ADMINISTRAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO
PLANEJAMENTO
TEORIAS E TEÓRICOS
BUROCRACIA
VANTAGEM COMPETITIVA
CONHECIMENTO

INTRODUÇÃO
A Administração é a ciência social que estuda, cria, desenvolve e implementa as práticas ou técnicas para administrar organizações em geral, com e sem fins lucrativos, incluindo empresas privadas, empresas estatais, empresas de capital misto, propriedades rurais e órgãos públicos de qualquer nível, federal, estaduais e municipais.

O termo administração é derivado do latim administratione e significa gerência e direção, ou seja, a administração é a atividade profissional de gerenciar e/ou controlar pessoas jurídicas e gerenciar patrimônios de pessoas físicas, principalmente com o objetivo de preservar e rentabilizar seus respectivos patrimônios e/ou recursos.

A palavra administração é usada também para identificar o conjunto de pessoas especializadas em atividades de planejamento, organização, liderança e controle de qualquer organização, pública ou privada, com ou sem fins lucrativos. A expressão administração também é usada para identificar o próprio ato de administrar.

Segundo o Dicionário Michaelis, a atual tendência do mundo moderno é de especialização da área de administração, com pessoas que não são necessariamente sócias ou acionistas trabalhando na administração de grandes e médias empresas, mas com políticas salariais consistentes, nas quais os sócios ou acionistas as nomeiam para administrá-las.

Assim o principal incentivo para o desenvolvimento e aperfeiçoamento da atividade de administração seria um bom salário, portanto a tendência é a de separação entre administração e propriedade, que é uma das características do sistema capitalista atual e das décadas mais recentes, principalmente em países desenvolvidos e em desenvolvimento.

A palavra administração teve origem no termo em latim ad, que significa direção, tendência para, e no termo em latim minister, que significa subordinação e obediência. A interpretação original da palavra administração seria então realizar uma função abaixo do comando de outrem, isto é, prestar um serviço a outra pessoa.

Entretanto, com o passar do tempo a palavra administração ganhou outro significado, que é realizar a função de entender os objetivos / desejos dos proprietários / investidores ou controladores / integrantes da organização e transformar esses objetivos / desejos em ação ou atividade organizacional por meio do planejamento, da organização, da direção e do controle de todos os recursos financeiros, humanos, materiais e organizacionais para alcançar objetivos, obter os resultados desejados.

O ADMINISTRADOR

O administrador é a pessoa responsável pelo desempenho dos funcionários de uma organização (uma empresa, por exemplo) sob seu controle ou responsável pelo desempenho dos funcionários de um ou mais departamentos sob seu controle. Ele é a pessoa que tem a responsabilidade de administrar bens de pessoas físicas ou administrar instituições públicas e/ou empresas privadas e/ou estatais.

É comum, hoje em dia, que em empresas de pequeno porte o administrador seja o proprietário dela, neste caso específico recebendo mensalmente um pró-labore (remuneração semelhante ao salário), mas a tendência atual é que em grandes e médias empresas, principalmente em grandes sociedades anônimas, o administrador seja nomeado pelos respectivos conselhos de administração, formados pelos sócios ou acionistas ou pessoas nomeadas por eles.

O administrador tem a função de liderar e supervisionar equipe formada por pessoas com objetivo comum dentro de instituições públicas, organizações não governamentais ou empresas privadas e estatais, ele é responsável pelo desempenho dessas pessoas.


O PLANEJAMENTO
O planejamento é uma das funções administrativas que deve ser desempenhada pelo administrador, inclusive por pessoas especializadas ligadas a ele dentro da empresa, ou por empresas contratadas para realizar o trabalho de planejamento, como empresas de consultoria, por exemplo.

O planejamento é parte fundamental da estratégia empresarial. É possível planejar bem com conhecimento, treinamento, comunicação, talento e comprometimento. O planejamento é um processo de escolher e/ou pensar sobre os objetivos e metas da organização, e estabelecer estratégias para alcançar esses objetivos definidos para a organização.

Segundo os teóricos modernos, atualmente existem três tipos de planejamento:
  • Planejamento estratégico: É realizado pelos administradores do nível estratégico das organizações, ou seja, pela alta administração das organizações em geral. Inclui questionamentos existenciais como: O que somos? O que queremos ser? Quando? Como? Com que recursos?
  • Planejamento tático: Geralmente, esse tipo de planejamento é de nível médio, ou seja, ele é elaborado pelos gerentes das organizações, mas sempre obedecendo às diretrizes do planejamento estratégico, sem mudar os rumos traçados pela alta administração;
  • Planejamento operacional: São os planos dos supervisores ou chefes das áreas operacionais das organizações para colocar em prática o que foi planejado, incluindo os orçamentos e os planos operacionais para iniciar as operações desejadas;

TEORIAS E TEÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
TEORIA CIENTÍFICA (1903)
FREDERICK TAYLOR

O empresário Frederick Winslow Taylor foi o criador da Administração Científica. Ele nasceu em uma família rica, na cidade de Filadélfia, nos Estados Unidos, em 1856. Estudou na França, na Alemanha e nos Estados Unidos. Após ingressar na Harvard School, Frederick Taylor teve problema de saúde que lhe impossibilitou seguir a carreira pretendida e optou pelo aprendizado industrial, o que, por sua vez, lhe proporcionou experiência. Em 1883, Taylor conseguiu o diploma de engenheiro mecânico por meio de um curso por correspondência. De 1890 a 1893, Taylor trabalhou como gerente geral e engenheiro consultor de gestão em grandes fábricas de papel.

Naquela época havia um forte crescimento da produção industrial, mas o trabalho não era racionalizado, ou seja, simplificado o máximo possível, prático e eficiente. O objetivo da Teoria Científica de Frederick Taylor era melhorar a produção eliminando desperdícios e reduzindo o tempo gasto na produção de cada unidade. Um dos exemplos mais interessantes do emprego prático da Teoria Científica é a inovadora linha de produção de automóveis implantada na fabricante automotiva Ford Company, por Henry Ford.

Frederick Taylor propôs a criação de métodos de treinamento para os operários produzirem mais e melhor, evitando desperdício de tempo, inclusive eliminando movimentos desnecessários na linha de produção. Por isso Taylor é considerado o pai da Administração Científica por propor métodos científicos na administração de empresas, com ênfase na eficiência operacional.

No início do século XX, quando havia um forte crescimento da produção industrial, não se considerava adequadamente o lado humano da produção industrial, ou seja, dava-se mais importância às máquinas que ao ser humano, causando insatisfação da classe operária, com a consequente queda na qualidade dos produtos, como consequência dessa insatisfação.

Esse era, com certeza, o ponto mais frágil da Teoria Científica, mas não era o único:
  • Taylor valorizava muito o porte físico do operário, mas não levava em consideração que o mesmo operário poderia também, eventualmente, apresentar sugestões e fazer observações sobre novas formas de melhorar os métodos de produção e a qualidade dos produtos fabricados, além de, eventualmente, fazer alertas sobre a segurança no local de trabalho.
  • Ele não considerou as condições do ambiente externo, do lado de fora da organização.
  • Crença de que o ser humano é estimulado apenas por incentivos materiais e econômicos, desprezando aspectos óbvios como vocação, aptidão natural, talento e qualidade de vida.
  • Alienação do operário em relação aos ambientes internos e externos da organização.

TEORIA CLÁSSICA (1916)
HENRI FAYOL

Jules Henri Fayol nasceu em 1841, na região de Istambul, no então Império Otomano, onde hoje se localiza a Turquia. Seu pai era engenheiro e lhe incentivou a seguir a carreira na engenharia. Em 1860, Henri Fayol se formou em engenharia de minas e, a partir de então, ele se tornou um dos protagonistas da Teoria Clássica da Administração, inclusive com o lançamento do livro Administração Industrial e Geral.

No início do século XX, havia um forte crescimento da produção industrial, mas o trabalho não era organizado, com estrutura hierárquica formal clara e precisa, portanto a Teoria Clássica da Administração, criada décadas antes por Henri Fayol, tinha como enfoque a esfera produtiva, com objetivo de organizá-la.

JACK WELCH

O escritor americano John Frances Welch Jr, conhecido também como Jack Welch foi consultor e autor de livros. Ele foi considerado um dos maiores executivos do século XX e líder em negócios. Nasceu na cidade de Salem, no estado americano de Massachussetts e, em 1960, iniciou sua carreira na gigante americana de tecnologia General Electric, tornando-se, em 1981, o oitavo presidente da empresa.

De 1960 até 2001, Jack Welch fez uma promissora carreira dentro de uma das maiores empresas do mundo, a General Electric, sediada nos Estados Unidos, fabricante de equipamentos para uso hospitalar, eletrodomésticos, equipamentos para distribuição de energia elétrica, motores elétricos em geral, empresas financeiras, motores turbofan para aeronaves, lâmpadas, locomotivas e vagões para transporte, máquinas e equipamentos para uso da indústria petrolífera, eletrodomésticos e eletroeletrônicos para uso residencial, dentre outros produtos.

Em 1981 assumiu a presidência da General Electric e quando saiu da empresa Jack Welch passou a dedicar uma parte do seu tempo na prestação de serviços de consultoria empresarial, por meio da sua própria empresa Jack Welch LLC, até 2020, quando faleceu.

Quando assumiu a presidência da General Electric, Jack Welch iniciou um trabalho para reduzir o excesso de burocracia dentro da empresa e implementar técnicas modernas de administração. Nos 20 anos em que liderou a General Electric, diversificou os negócios e o valor de mercado da empresa subiu muito. O executivo Jack Welch tornou-se então uma referência em liderança e gestão, sua capacidade de planejamento ficou evidente.

TEORIA NEOCLÁSSICA
PETER DRUCKER
Segundo o teórico Peter Drucker, o apoio dos executivos, diretores e gerentes, chefes de departamentos, supervisores, operadores e especialistas é fundamental para o líder da empresa. Isto significa que sozinho ele não consegue alcançar resultados.

Alguns dos principais esforços do bom administrador são atrair e reter bons profissionais.

Segundo Drucker, analisar as oportunidades deve ser prioridade dentro das empresas, pois somente elas produzem resultados. E depois de analisar oportunidades vêm as reflexões sobre os problemas e suas soluções.

Os líderes das empresas devem observar atentamente o que acontece no mundo exterior e que possa ter alguma influência ou consequência sobre o negócio.

Para criação da teoria da administração por objetivos, e sua utilização nos Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960, foi utilizada como base a Teoria Neoclássica de Peter Drucker, dentre outros teóricos.

No entanto, aqui no Brasil, os resultados da administração por objetivos foram melhor percebidos nas décadas de 1960 e 1970.

O ponto principal da administração por objetivos está relacionado com o que o seu próprio nome sugere, a escolha de objetivos para a organização, com o consequente planejamento e o envolvimentos de encarregados, supervisores e diretores na implementação das estratégias criadas para a organização alcançar os objetivos, vencer desafios e superar dificuldades.

TEORIA DE RELAÇÕES HUMANAS (1932)
ELTON MAYO

George Elton Mayo foi um psicólogo australiano, professor sociólogo e pesquisador da administração. Como professor da Harvard Business School, entre 1923 e 1926, realizou a destacada pesquisa que popularizou-se como Hawthorne Studies, revelando a importância de considerar os fatores sociais que poderiam influenciar uma situação de trabalho, tornando-se reconhecido por esses experimentos.

Elton Mayo supervisionou uma experiência em uma fábrica da Western Electric Company, localizada em Hawthorne, distrito de Chicago, nos Estados Unidos. Esta experiência caracterizou-se como um movimento de resposta e visava democratizar a administração nas frentes de trabalho das indústrias, aliado ao desenvolvimento das ciências humanas, como a psicologia e a sociologia, por exemplo, dentre outras, e as conclusões da Experiência de Hawthorne fez brotar a Teoria das Relações Humanas.

Na época em que havia um forte crescimento da produção industrial, principalmente em países ocidentais, não se considerava adequadamente o lado humano da produção industrial, ou seja, dava-se mais importância às máquinas que ao ser humano, causando insatisfação da classe operária, com o consequente risco de redução do ritmo de produção e queda na qualidade dos produtos, como consequência dessa insatisfação.

O enfoque da Teoria das Relações Humanas, criada por Elton Mayo e vários psicólogos, são as pessoas e a interação dos grupos de pessoas, com objetivo de melhorar os relacionamentos entre operários e entre empregados e patrões.

TEORIA BUROCRÁTICA
MAX WEBER
Maximilian Karl Emil Weber nasceu na Alemanha, em 1864, ele foi um intelectual, jurista e economista alemão, considerado um dos fundadores da Sociologia, por sua vez a ciência que estuda a sociedade e seus fenômenos relacionados. Seu irmão foi o também famoso sociólogo e economista Alfred Weber. Além disso, Marianne Weber, sua parceira e biógrafa, foi uma das alunas pioneiras na universidade alemã e integrava grupos feministas de seu tempo.

Max Weber é considerado um dos fundadores do estudo moderno da sociologia, mas sua influência também pode ser sentida na Economia, na Filosofia, no Direito, na Ciência Política e na Administração. Começou sua carreira académica na Universidade Humboldt de Berlim e, posteriormente, trabalhou na Universidade de Freiburg, na Universidade de Heidelberg, na Universidade de Viena e na Universidade de Munique.

Ele foi um personagem influente na política alemã da época, foi consultor dos negociadores alemães no Tratado de Versalhes (1919) e da comissão encarregada de redigir a Constituição de Weimar.

O objetivo da Teoria Burocrática, era explicar o funcionamento da máquina burocrática, havia necessidade de definir claramente as papéis de cada pessoa nas organizações, considerando os aspectos de autoridade, de princípios normativos e de hierarquia com delegação de responsabilidades. Max Weber contribuiu para formação dessa teoria que, infelizmente, décadas depois, passou a ser mal compreendida por parte da população que precisa de serviços públicos, chegando ao ponto de ser apelidada, aqui no Brasil, de Burrocracia.

TEORIA SISTÊMICA
TEORIA DOS SISTEMAS (1951)
.
A Teoria Sistêmica foi uma tentativa de Ludwig Bertalanfy de integrar o que ele considerava que havia de melhor nas teorias anteriores. Na Teoria dos Sistemas as organizações são vistas como um conjunto de partes interdependentes.

TEORIA CONTINGENCIAL
TEORIA DA CONTINGÊNCIA (1972)
.
Essa teoria de Alfred Chandler Jr faz uma análise do lado interno e do lado externo das organizações, chamado de análise ambiental. O objetivo e enfoque da Teoria da Contingência é o estudo da organização e de sua administração, levando em consideração os aspectos de tempo, de estrutura, sua realidade, seus valores e seus ambientes interno e externo.

TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO
.
Todas as teorias citadas acima trouxeram alguma contribuição válida para formar a Teoria Geral da Administração. Então, naturalmente a Teoria Geral da Administração é a teoria mais completa de todas apresentadas.

RESPONSABILIDADE SOCIAL

A responsabilidade social e ética é o conjunto de princípios morais que se deve observar no exercício de uma profissão.

REENGENHARIA
A reengenharia é um sistema de gestão utilizado por empresas em dificuldades para recuperarem a competitividade no mercado e alcançar metas e objetivos da administração, a reengenharia sugere uma mudança radical do seu jeito de fazer negócios, das suas estruturas organizacionais, das suas atividades e dos seus processos.

A reengenharia foi criada pelos americanos Michael Hammer e James Chumpy na década de 1990.

MÉTODO CIENTÍFICO

O ser humano é um animal que tem a capacidade de pensar e essa característica permite que seja capaz de refletir sobre o significado de suas próprias experiências, ou seja, o ser humano consegue entender sobre o que se passa ao seu redor e quase sempre sobre o que se passa em si mesmo. Isto gera conhecimento e, por consequência, a transmissão desse conhecimento para seus semelhantes.

Está justamente aí a importância do método científico, ele surgiu como uma tentativa de organizar o pensamento para se chegar ao meio adequado de conhecer a natureza, produzir conhecimento inteligível e torná-lo acessível para as novas gerações. O conhecimento científico não teria utilidade prática se as novas gerações de humanos não conseguissem entendê-lo.

O conhecimento científico é o tipo de conhecimento que mais se aproxima do método científico, embora, em certa medida ou intensidade, os demais conhecimentos (intuitivo, racional e intelectual) também estejam presentes no método científico, sutilmente ou mais evidente.

O conhecimento científico é sistemático e revela aspectos da realidade que talvez não sejam perceptíveis em outras formas mais simples do conhecimento. Por exemplo, foi por meio do conhecimento científico que o ser humano conseguiu criar e desenvolver equipamentos que geram e armazenam energia a partir dos raios do sol, por meio de painéis solares e baterias. Isto não seria possível apenas com o uso do conhecimento intuitivo.

A observação objetiva é um dos componentes (ou o principal componente) do conhecimento científico, ela é explicada por meio de teorias.

ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS

O objetivo da organização, no contexto do campo administrativo, é o de gerir capital, recursos humanos, equipamentos e processos com o objetivo de se atingir um determinado resultado.

Organização, no contexto da disciplina Organização, Sistemas e Métodos é considerada o desenvolvimento ou a adequação dos sistemas funcionais da empresa, de forma a capacitá-los ao desenvolvimento de suas atividades produtivas.

Sistemas, no contexto da disciplina Organização, Sistemas e Métodos são considerados um conjunto de métodos, procedimentos e/ou técnicas que, trabalhados, geram informações necessárias ao processo decisório da empresa.

Métodos, no contexto da disciplina Organização, Sistemas e Métodos são considerados a forma mais prática dentro do processo para fazer as coisas com o menor dispêndio de energia possível e maior eficácia do executante, com resultados práticos aceitáveis.

Organização, Sistemas e Métodos é uma ferramenta administrativa utilizada na administração de empresas, é um conjunto de técnicas empresariais que dão origem à formulação e síntese dos procedimentos, administração, organização e métodos de controle relacionados a qualquer espécie de empreendimento.

Organização, Sistemas e Métodos também é uma função que, combinada com a estrutura da organização, resulta na racionalização e estruturação do trabalho, inclusive eliminando desperdícios de tempo e de material, por exemplo.

Também é definida como um conjunto de técnicas, métodos, processos de sistemáticas aplicáveis à análise de causas e soluções dos problemas inerentes aos sistemas de informação em que se baseia a administração e a organização.

BUROCRACIA VERSUS ADHOCRACIA

A burocracia e a adhocracia são conteúdos de processos organizacionais, com diferenças significativas entre elas.

A burocracia sugere ou estabelece ênfase na rigidez das rotinas, enquanto a adhocracia adota o máximo possível de simplificação dos processos e a rápida adaptação para cada nova situação particular. A burocracia é mais visível na Administração Pública, mais conservadora, às vezes até engessada, enquanto a adhocracia é mais comum na iniciativa privada, mais inovadora, criativa e ousada.

No Brasil, na linguagem comum das pessoas que precisam e recorrem aos serviços públicos, o termo burocracia quase sempre tem sentido pejorativo, que lembra administração com excesso de formalidades. Mas entre os significados da palavra burocracia, presentes nos dicionários conceituados, como Michaelis e Sérgio Ximenes, por exemplo, também estão: estrutura piramidal de dirigentes que conduzem de maneira racional uma grande organização; administração de negócios e serviços públicos, a cargo de funcionários distribuídos numa hierarquia e obedientes a trâmites inflexíveis;

Na verdade, a burocracia também está presente na iniciativa privada, existem padrões que se convencionam necessários também na iniciativa privada. Para evitar desentendimentos, confusões e fraudes nos processos toma-se a decisão de padronizá-los, principalmente no departamento de contabilidade, no departamento financeiro e no departamento de recursos humanos. A diferença está na rapidez e facilidade em que soluções inovadoras, criativas e ousadas são adotadas nas empresas que privilegiam e valorizam a adhocracia nos departamentos produtivos, mais dinâmicos.

O problema é que justamente a inflexibilidade da burocracia (ou, talvez, a forma equivocada de interpretar a teoria e aplicá-la no dia a dia de trabalho) muitas vezes causa a insatisfação dos cidadãos que solicitam serviços públicos, que são justamente os que pagam impostos e taxas para ter acesso aos serviços, ou seja, na prática o serviço é pago, não é gratuito, ou seja, é pago pelo contribuinte, pelo cidadão...

Utiliza-se as expressões “por favor”, “por gentileza” e “obrigado” por uma razão de educação, para que as relações fluam com naturalidade e espontaneidade, mas, na verdade, o serviço público não é um favor, é a função principal do Estado, ou seja, o Estado não é um fim em si mesmo, ele é um prestador de serviços...

A burocracia está presente também em empresas privadas, em bancos, por exemplo, que a adotam por opção ou são obrigadas pelo Poder Público a adotar sistemas semelhantes de rotina e inflexibilidade, por meio das leis e dos regulamentos.

O economista e sociólogo alemão Max Weber é considerado um grande colaborador para a Escola Burocrática. A burocracia, segundo o seu criador, proporciona uma maneira consciente de organizar pessoas e atividades de um modo eficiente e racional em determinadas situações, ou seja, a burocracia foi criada originalmente para melhorar a vida das pessoas, não o contrário, como, infelizmente, acontece muitas vezes hoje em dia...

A burocracia foi criada originalmente para dar segurança, regularidade e previsibilidade na produção de bens e prestação de serviços. A burocracia é, essencialmente, conservadora.

A adhocracia é um sistema de administração considerado justamente o oposto da burocracia. A Adhocracia é dinâmica e ousada. A expressão adhocracia foi criada por Alvin Tofler para denominar um sistema que privilegia novas ideias, simplificações dos processos onde isso é possível, é praticável e traga vantagens de redução de tempo, economia de material, etc.

A burocracia tem o seu “lado bom”, desde que seja usada com moderação, sem exageros, sem excessos, desde que seja usada somente onde ela é absolutamente necessária, somente onde ela é realmente inevitável.

VANTAGEM COMPETITIVA

A vantagem competitiva é um conceito criado pelo professor Michael Porter, autor do livro Advantage Competitive, no qual expõe a forma como a estratégia escolhida e seguida pela organização pode resultar em sucesso competitivo.

Em um ambiente concorrencial, o que é comum em mercados de países desenvolvidos e em países em desenvolvimento, uma vantagem competitiva é um fator que atrai e mantêm clientes e/ou consumidores de produtos e serviços, é um diferencial competitivo de uma empresa em relação às demais empresas atuantes no mesmo mercado.

Não é fácil ser diferente e, ao mesmo tempo, manter-se elegante e atraente para o consumidor, em meio a muitas opções que ele tem à disposição no mercado. É necessária uma boa dose de bom senso para não exagerar na dose de originalidade.

Segundo Michael Porter, a vantagem competitiva está relacionada ao valor que determinada empresa consegue criar em seu produto ou serviço para os seus clientes.

Por exemplo: Um bonito vestido, bem desenhado, elegante, ou seja, sem excessos de decotes e com corte não muito acima dos joelhos, pode ter um significado especial para uma jovem executiva ou secretária, que quer causar uma boa impressão aos seus colegas de trabalho, em uma reunião importante, por exemplo.

Neste caso, o fabricante do vestido conseguiu criar e oferecer à jovem um valor de sobriedade e elegância no produto, o vestido. É um produto adequado para aquele ambiente no qual a jovem está inserida. Para ela isto tem importância, é mais do que um vestido, é quase um recado: “Vejam como levo o meu trabalho a sério”.

Segundo Michael Porter, o termo valor também está relacionado ao benefício criado pelo fabricante ou prestador de serviço, e que ultrapassa o seu custo de produção, resultando em lucro.

A vantagem competitiva é uma característica ou um conjunto de características que torna uma empresa fabricante de produtos ou prestadora de serviços diferente das demais, sob o ponto de vista dos clientes, diferenciando-se da concorrência e, por isso, obtendo vantagem no mercado.

MANUALIZAÇÃO

Os manuais são documentos elaborados dentro da empresa com o intuito de padronizar os procedimentos que devem ser observados nas diversas áreas de atividades. Têm uma importante função como instrumento de racionalização de métodos e aperfeiçoamento de sistemas de comunicação, estimulando uma simbiose nos diversos subsistemas organizacionais, isso quando feito com base em cenários reais de cultura organizacional, ou seja, a experiência das pessoas envolvidas na elaboração dos manuais também é importante para o sucesso dos manuais.

Uma empresa deve ser manualizada quando é percebida a falta ou escassez de orientações e treinamentos em determinadas atividades, com poucos ou nenhum detalhamento sobre os trabalhos a serem executados e verifica-se a necessidade de mudanças e reciclagem para que haja eliminação de falhas na execução dos trabalhos e uma otimização do serviço.

Entre as vantagens da manualização estão ser uma fonte de informações sobre o trabalho da empresa; e fixar padrões de trabalhos, possibilitando a normatização das atividades administrativas.

Entre as desvantagens da manualização estão ser pouco flexíveis; se sua preparação for mal conduzida, trará inconvenientes no desenvolvimento normal das operações ou, talvez, cause até o desrespeito dos funcionários em relação à direção da empresa ou à equipe responsável pela sua elaboração.

DISTRIBUIÇÃO DO TRABALHO

O objetivo da distribuição do trabalho é possibilitar uma diagnose na qual se verificará a qualidade do trabalho, sua eficiência e a produtividade em relação aos investimentos feitos, a fim de avaliar se é necessária alguma mudança para racionalizá-lo ou simplificá-lo, levando sempre em conta a política e os objetivos da organização.

O objetivo da distribuição do trabalho é evitar as consequências desagradáveis (mau desempenho, por exemplo) da insatisfação dos funcionários no ambiente de trabalho; evitar sobrecarga de trabalho para uma parte dos funcionários e ociosidade para outra parte dos funcionários dentro do mesmo ambiente ou departamento, para evitar desequilíbrios; eliminação de tarefas supérfluas, que causam desperdício de tempo e material; eliminação de altos índices de rotatividade de pessoal; etc.

1ª etapa: Identificação e anotação das tarefas individuais, realizadas pelos funcionários, entendidas como um agrupamento de passos sequenciais relacionados diretamente a outras tarefas.

2ª etapa: Agrupar as tarefas semelhantes ou relacionadas em atividades ou serviços. É feita a identificação e anotação das tarefas que tenham caráter de similaridade, ou semelhança, ou complementaridade. É necessária a combinação de uma tarefa à outra tarefa para que se identifique um serviço.

3ª etapa: Análise do quadro de distribuição do trabalho. Analisar o trabalho propriamente dito por meio do quadro. A análise é feita com base em quadro blocos:
  • Tempo;
  • Capacidade profissional;
  • Equilíbrio no volume de trabalho;
  • Racionalidade;
Esta é a etapa na qual os ajustes são feitos para corrigir eventuais imprecisões ocorridas nas etapas anteriores e para eliminar sobrecargas e ociosidade.

RACIONALIZAÇÃO DO TRABALHO
.
A racionalização do trabalho pode ser o resultado da utilização de outras técnicas complementares ao quadro de distribuição do trabalho, quando somente a aplicação do quadro de distribuição do trabalho não é suficiente para a racionalização.

Racionalizar o trabalho é torná-lo mais simples (nunca é demais repetir isso) e tornar mais eficiente os processos pelos empregos de métodos científicos, e sua importância é óbvia: economia de tempo, de energia mental e física dos empregados e de material ou insumos. Aprenda a economizar tempo, simplifique tudo o que é possível simplificar, caso contrário sua empresa vai afundar...

O CONHECIMENTO

O movimento do conhecimento está sendo difundido: as iniciativas na indústria, no setor de serviços, e nos governos buscam atacar os mesmos problemas, tratar as mesmas questões e oferecer oportunidades dentro de suas possibilidades;

A base de uma pesquisa colaborativa deve ser estabelecida. Na prática, o ser humano não consegue alcançar sozinho níveis elevados de conhecimento, na verdade os autodidatas não são totalmente independentes. Parece um paradoxo, mas nenhum autodidata é totalmente autodidata... Uma descoberta, uma invenção, uma teoria, uma inovação, um novo método de trabalho, uma ideia e a experiência adquirida levam a outras descobertas, invenções, teorias, inovações, novos métodos de trabalho, aperfeiçoamentos e novas ideias, e as experiências são transmitidas como tradição, como se fosse uma construção, em que a base, o alicerce, digamos assim, os fundamentos, ou seja, as noções básicas, são importantes e o restante da construção, com colunas e tijolos, também são importantes. Ser uma pessoa madura e humilde é reconhecer esta realidade.

Quase sempre, a tecnologia é essencial para o êxito de qualquer empresa. Além disso, a absorção do conhecimento e a aplicação do conhecimento adquirido na criação, no desenvolvimento e aprimoramento de produtos e serviços são essenciais para manter-se competitivo no mercado.

Criar coisas simples é mais fácil que criar coisas sofisticadas, isto é óbvio. Mas colocar coisas simples no mercado, divulgá-las adequadamente, aumentar a produção e ganhar escala sem abrir mão da qualidade, manter a rentabilidade e lucratividade do negócio enfrentando a concorrência crescente só é possível com conhecimento, ou seja, de uma forma ou de outra é necessário conhecimento.

TERCEIRIZAÇÃO
.
Terceirizar é passar para outras empresas, por meio de contratos, a responsabilidade pela execução de atividades acessórias ou complementares que não são consideradas atividades principais para a realização da chamada atividade-fim da empresa contratante ou tomadora. No entanto, aqui no Brasil, até mesmo a terceirização da atividade-fim é possível, a legislação permite.

A terceirização é uma tendência atual no meio empresarial para aumentar a competitividade de empresas com atividades-meio que possam ser melhor desempenhadas por outras empresas com mais experiência, com mais conhecimento de técnicas ou detalhes práticos que resulta em mais eficiência e melhores resultados em processos, com mais escala e com real interesse, disposição (vocação) e entusiasmo em prestar esses serviços.

Nas décadas de 1980 e 1990 as empresas perceberam a necessidade de alcançar a excelência empresarial na gestão das organizações. Para sobreviverem em mercados competitivos, havia necessidade de concentração nas partes centrais das missões das organizações, com as atividades-meio cedidas, por meio de contrato, para outras empresas, com maior economia de escala.

COACHING E MENTORING
.
Coaching é um trabalho de aconselhamento contratado pelas organizações para orientar seus colaboradores em suas respectivas carreiras dentro das organizações, aumentar suas respectivas performances dentro das organizações, é um processo utilizado pelas lideranças de organizações quando se quer melhorar o comportamento dos colaboradores no trabalho.

Existem sutis diferenças entre coaching e mentoring: 1 – No trabalho de coaching os profissionais das organizações orientam e ensinam os colaboradores das organizações e no trabalho mentoring, os profissionais descobrem talentos, orientam e ensinam. 2 – No trabalho de coaching é bem perceptível a relação de autoridade, mas no trabalho de mentoring, para alcançar os mesmos resultados, tenta-se criar um relacionamento de parceria com simpatia.

ERGONOMIA

Ergonomia é uma ciência que tem como foco principal a organização metódica do ambiente de trabalho, com consequências na melhora da saúde dos empregados.

O objetivo da ergonomia é harmonizar as relações entre o ser humano e a máquina, as instalações e os imóveis utilizados por ele, evitando problemas de saúde, incluindo LER’s – Lesões Por Esforços Repetitivos, por exemplo, e aumentando a produtividade dos empregados.

VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Administração
  • Unigran - Universidade da Grande Dourados
  • Dicionário Michaelis: Consulte também a versão executiva do Michaelis
  • Wikimedia: Imagens

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

AGRICULTURA E PECUÁRIA

MASSEY FERGUSON MF 265

MASSEY FERGUSON MF 290

MASSEY FERGUSON MF 275

TRATOR FORD 6600 (AGROPECUÁRIA)