INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
INDÚSTRIA AUTOMOTIVA
INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
AUTOMÓVEL
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Logo acima, o Fusion Hybrid, o belo e confortável sedã
de luxo fabricado em série pela Ford, uma ousada e sofisticada proposta para
reduzir o consumo de combustível e a emissão de poluentes na atmosfera. Logo
abaixo, o elegante e compacto Chevrolet Volt, o modelo de automóvel híbrido fabricado
em série pela General Motors dos Estados Unidos.
A indústria automobilística é
a indústria que desempenha atividades variadas relacionadas ao projeto, ao
desenvolvimento, à fabricação e à comercialização de veículos terrestres usados
no transporte de passageiros e cargas, incluindo automóveis, comerciais leves, motocicletas,
caminhões e ônibus. É um dos maiores e mais dinâmicos setores da economia
mundial, exigente de uso intensivo de capital, matérias primas de boa qualidade
e conhecimento humano para criação, desenvolvimento e fabricação em larga
escala dos produtos finais. Os fabricantes de autopeças também são considerados
parte da indústria automobilística, eles também empregam milhões de pessoas e
contribuem para manter a atividade econômica dos países nos quais estão
instalados, gerando renda para todas as classes sociais envolvidas nessa atividade econômica.
Conhecida também como indústria automotiva, essa indústria produz veículos terrestres para o
transporte de pessoas e cargas leves e pesadas, inclusive para auxiliar
profissionais autônomos na prestação de serviços, entre outras funções. Atualmente os automóveis,
comerciais leves, motocicletas, caminhões e ônibus estão entre os bens de maior
necessidade prática, expandindo sua relevância a diversos campos da natureza
humana. Além de sua utilidade prática, o automóvel, hoje, também representa um
símbolo de status. Entretanto, de modo geral, as pessoas optam por possuir veículos
por necessidade. Por outro lado, desde o início do século passado a indústria
automobilística percebeu que os veículos poderiam ter maior ou menor procura em
função de sua aparência, o que, ao longo dos anos, elevou a importância dos
departamentos de design das fabricantes ou montadoras. Hoje em dia, acredita-se
que um automóvel pode transmitir ao observador externo uma noção razoável sobre
a personalidade do seu dono, ou, pelo menos, sobre como ele gostaria de ser
visto pela sociedade.
Não é muito diferente das teorias psicológicas a
respeito das roupas e calçados que as pessoas usam, do que ouvem, vêm e lêm pelos
canais de TV e rádio, jornais, revistas e sites na Internet, ou, até mesmo,
lugares que costumam frequentar e o que costumam comer.
Com o aumento da população mundial, com a redução de
custos de produção, com a revolução dos materiais e com técnicas de fabricação
inovadoras, a frota de automóveis cresce a cada ano, trazendo um conjunto de
problemas inimagináveis na época da criação do automóvel, como, por exemplo,
congestionamentos. A poluição do ar, o barulho e os acidentes são alguns dos
problemas oriundos do número excessivo de automóveis nos centros urbanos.
O AUTOMÓVEL
O automóvel ou carro é um veículo motorizado a combustão interna, ou, mais recentemente, híbrido e/ou elétrico, sobre quatro rodas, utilizado para transportar pessoas e suas bagagens por curtas, médias e longas distâncias, em trajetos urbanos, rodoviários, rurais (geralmente de leito natural) ou mistos. Essa definição abrange todos os veículos com autopropulsão movidos a combustão interna, porém nas últimas décadas foram colocadas no mercado sofisticadas opções de automóveis movidos totalmente por motor elétrico, com bateria de longa duração, como, por exemplo, o belíssimo Tesla Model S, e também opções de automóveis impulsionados por uma combinação de motor a combustão interna com motor elétrico, como, por exemplo, o sedã de luxo Ford Fusion e o fastback Chevrolet Volt.
O automóvel é uma das maiores invenções da humanidade.
Existem, atualmente, aproximadamente 1,2 bilhão de automóveis registrados no
nosso planeta, entretanto esse número está aumentando, principalmente na China
e na Índia. Lá na China, por exemplo, há, atualmente, cerca de 280 milhões de
automóveis em circulação. Somando o número de automóveis, comerciais leves,
motocicletas, caminhões e ônibus são cerca de 400 milhões.
Ele é um veículo dotado de motor a combustão interna,
motor elétrico ou ambos, para tração, destinado ao transporte de passageiros e
bagagens. Ele possui quatro rodas pneumáticas que suportam a carroceria por
meio de uma suspensão. Geralmente, o sistema de direção controla as rodas
dianteiras, embora haja casos de esterçamento das quatro rodas. Geralmente, o
sistema de frenagem atua nas quatro rodas, com discos ou tambores. Eles podem
ter tração dianteira, tração traseira ou tração nas quatro rodas. Os modelos
com tração traseira e tração nas quatro rodas usam um sistema de eixo cardan
para transmitir o torque às rodas traseiras. Esse sistema de transmissão de
torque é composto por embreagem, caixa de mudanças ou câmbio, diferencial e
eixo de transmissão.
Ao longo da história da indústria automobilística
foram projetados três tipos básicos de estrutura para os automóveis, a
carroceria sobre chassi, que é a mais antiga e que ainda hoje é utilizada nos
modelos maiores, pois oferece mais robustez; a carroceria monobloco, que é a
mais comum, mais leve e mais estável, utilizada intensivamente nos modelos
menores e mais modernos; e a carroceria monobloco sobre chassi, também
conhecida como monoframe, que é mais moderna e mais bem resolvida, capaz de
combinar os benefícios de ambos os conceitos, chassi e monobloco. Este tipo é
usado principalmente em utilitários esportivos modernos, que são automóveis de
passeio.
As carrocerias mais modernas oferecem a vantagem das
zonas de deformação programável, o que significa que em caso de acidentes
graves com impacto frontal ou traseiro, a própria carroceria absorve e dissipa
uma parte significativa da energia do impacto. Porém, somente essa tecnologia
não é suficiente para proteger os ocupantes do veículo. São necessários então
outros recursos tecnológicos para aumentar o máximo possível a probabilidade de
sobrevivência dos ocupantes, entre eles os importantíssimos cintos de
segurança. Os airbags também formam esse conjunto e reduzem ainda mais o risco
de lesões fatais nos ocupantes do veículo. Atualmente, os airbags frontais são
obrigatórios em todos os modelos de automóveis que saem de fábrica aqui no
Brasil.
HISTÓRIA
NO MUNDO
Logo acima, o antigo, charmoso e gracioso Benz Velo, automóvel criado por Karl Benz, em 1885. Ele é considerado o primeiro automóvel fabricado em série e em larga escala no mundo. Logo abaixo, o icônico Ford T, o primeiro modelo com quatro rodas montado em larga escala no Brasil, um gigantesco sucesso mundial de vendas da Ford, um dos modelos de automóveis mais vendidos no mundo.
Não há consenso sobre a origem exata do automóvel, mas é possível estimar sua origem por meio de exemplos de veículos usados para transportar pessoas, inicialmente rústicos, como o exemplo do carro a vapor de Nicolas Joseph Cugnot, em 1771, na China e na França, e, posteriormente, nos séculos seguintes, os avanços sucessivos das técnicas de desenvolvimento de componentes, partes e peças, incluindo o freio de mão e de pedal, a caixa de câmbio, o motor de quatro tempos e a direção, dentre outras.
Essas tecnologias foram aos poucos se somando e se
combinando para dar origem, guardadas as devidas proporções, é claro, se
considerarmos as inúmeras inovações tecnológicas da indústria automobilística ao longo da história,
ao que mais se assemelha a um automóvel moderno, o Benz Velo, fabricado em larga escala por Karl Benz a partir de 1895, baseado no Motorwagen, um projeto de triciclo patenteado em 1885, considerado por muitos historiadores o primeiro automóvel. No entanto, há uma terceira corrente entre historiadores que afirma que o primeiro automóvel, com quatro rodas, inclusive, foi fabricado por Gottlieb Daimler, na Alemanha, em 1886, o Daimler Motorcoach.
No final do século XIX, o automóvel se diferenciou
gradativamente das antigas carruagens, principalmente pela adoção do motor a
combustão interna e pela adoção de novos materiais usados para dar maior
conforto ao usuário. A partir desse ponto, o automóvel passou a ser considerado
um objeto de desejo, um meio transporte prático e razoavelmente confiável.
Em 1893, na cidade de São Paulo, surgiu o primeiro
carro com rodas emborrachadas, porém ainda de carroceria aberta. Era um modelo
ainda primitivo de automóvel, com “motor” a vapor com caldeira, fornalha e
chaminé. Porém, no ano de 1903, já havia seis automóveis circulando pela cidade
de São Paulo e, então, a Prefeitura de São Paulo tornou obrigatória a inspeção
de veículos para o emplacamento de identificação, obrigatoriamente fixada na
parte traseira dos automóveis.
No Brasil, o primeiro modelo de automóvel com quatro
rodas montado em larga escala foi o Ford T, fabricado no Estado de São Paulo, a
partir de 1919. O primeiro carro nacional fabricado em série com injeção
eletrônica foi o Gol GTI, fabricado a partir de 1989. Todos os automóveis
fabricados no Brasil atualmente já saem de fábrica com este importante
componente, responsável pela distribuição e injeção precisa de combustível nos
cilindros.
No Brasil, o cinto de segurança foi tornado
dispositivo ou item de segurança obrigatório em automóveis de série a partir de
1969. No mundo, as primeiras fabricantes a oferecer automóveis em série com
air-bag foram a General Motors e a BMW. No Brasil, a primeira fabricante a
oferecer automóvel fabricado aqui com air-bag foi a Fiat, com o hatch Fiat Tipo.
Esses dois itens de segurança são, atualmente, obrigatórios no Brasil, ou seja,
todos os fabricantes instalados aqui devem disponibilizá-los nos automóveis
como itens de série.
No início da década de 1990, o sedan Volkswagen
Santana foi o primeiro automóvel fabricado em série no Brasil com a opção de
freios ABS, disponível na sua versão top de linha. O ABS é um sistema que
impede o travamento das rodas quando o pedal de freio é acionado com forte
pressão pelo condutor. Atualmente, todos os automóveis fabricados no Brasil já
possuem o ABS como item de série, tornado obrigatório na legislação brasileira.
Em toda a história da indústria automobilística
mundial, o Volkswagen Fusca, conhecido nos Estados Unidos como Volkswagen
Beetle e na Europa como Volkswagen Kafer, ainda é considerado o carro mais
popular de todos os tempos, ele é um dos automóveis mais vendidos do mundo. Muitos
analistas de mercado e publicações especializadas o consideram o modelo de
automóvel mais vendido, já que o Toyota Corolla e o Volkswagen Passat são, a
rigor, projetos diferentes que levam o mesmo nome. Na Europa, o Volkswagen
Fusca era conhecido como Volkswagen Beetle, e, até recentemente, um modelo
completamente novo e moderno, porém que lembra seu aspecto externo incomum, foi
vendido com o nome New Beetle (pronuncia-se Níu Bítol), com design gracioso.
O pequeno e modesto Volkswagen Fusca ainda é
considerado o modelo mais popular do planeta. A popularidade foi tanta que deu
origem até a um personagem de cinema, o Herbie.
A linha de produção em larga escala de automóveis foi
introduzida nos Estados Unidos em 1902, por Ransom Olds, da Oldsmobile, porém o
conceito de linha de produção foi fortemente expandido por Henry Ford, em 1914.
Isso permitiu aumentar o ritmo de produção de automóveis, tornando-os mais
acessíveis que antes. Assim, o empresário americano Henry Ford foi um dos
maiores responsáveis pela popularização do automóvel, a partir de 1914.
Pelo que se sabe, o câmbio automático foi inventado
por dois engenheiros brasileiros, José Braz Araripe e Fernando Lemos, que
venderam o projeto para a fabricante americana General Motors. Essa fabricante,
mais conhecida atualmente pela marca Chevrolet, produziu o primeiro carro com
câmbio automático que se tem conhecimento, na época chamado de câmbio
hidramático, em 1940, depois de desenvolver o protótipo de automóvel com câmbio
automático baseado na invenção patenteada pelos dois inventores brasileiros.
No Brasil, os automóveis Opala Comodoro e Opala
Diplomata, versões diferentes de um mesmo projeto, fabricados em larga escala
pela General Motors, foram considerados símbolos de status na década de 1980.
Uma parte significativa dos compradores do Opala Diplomata optava pelo câmbio
automático. Ele foi substituído no Brasil pelo Chevrolet Omega, conhecido na
Europa Ocidental e na Austrália como Opel Omega, Vauxhall Carlton e Holden
Commodore, respectivamente.
Atualmente, o câmbio automático é um componente muito
mais popular nos Estados Unidos e na Europa Ocidental que em países da América
Latina, incluindo o Brasil. A grande maioria das fabricantes de automóveis
instalada no Brasil oferece como opcional esse item na maior parte dos modelos
de automóveis não populares, com motores com mais de 1.000 cilindradas.
NO BRASIL
O Brasil tem, atualmente, uma indústria automobilística dinâmica e sofisticada. No final do século XIX chegaram ao Brasil os primeiros automóveis importados. Alguns anos depois, entre 1903 e 1905, o empresário paulista Cláudio Bonadei deu início à fabricação meio artesanal dos primeiros automóveis nacionais, utilizando motores importados. Em 1917, a multinacional Ford Motor Company iniciou a construção da primeira linha de montagem de automóveis no Brasil.
NO BRASIL
O Brasil tem, atualmente, uma indústria automobilística dinâmica e sofisticada. No final do século XIX chegaram ao Brasil os primeiros automóveis importados. Alguns anos depois, entre 1903 e 1905, o empresário paulista Cláudio Bonadei deu início à fabricação meio artesanal dos primeiros automóveis nacionais, utilizando motores importados. Em 1917, a multinacional Ford Motor Company iniciou a construção da primeira linha de montagem de automóveis no Brasil.
A Ford do
Brasil foi a primeira fabricante de automóveis brasileira. Ela foi fundada em
1919, meses depois de uma reunião da diretoria da multinacional americana em
Detroit em que se decidiu reforçar a presença da marca no mercado sul
americano, já que a subsidiária da multinacional na Argentina já tinha sido
fundada algum tempo antes. Porém, nos primeiros anos, a subsidiária brasileira
somente importava os veículos semi-montados e encaixotados e completava o
trabalho com a montagem deles em território brasileiro.
Inicialmente,
a subsidiária Ford do Brasil estava localizada na Rua Florêncio de Abreu,
próxima ao Lago São Bento, na cidade de São Paulo. No ano seguinte, a empresa
foi transferida para o centro da cidade, próxima à Praça da República. Em 1921,
a empresa mudou-se novamente para a Rua Sólon, no Bairro Bom Retiro, também em
São Paulo, em um prédio novo, projetado por engenheiros americanos. A partir de
então, a empresa passou a, de fato, fabricar automóveis em linha de montagem no
Brasil.
Essa
fábrica possuía equipamentos importados em sua linha de montagem, na época com
capacidade para fabricar até 4.700 automóveis e 360 tratores por ano. Três anos
depois, a empresa já empregava 124 pessoas. A matriz americana baseava a sua
iniciativa de produzir no Brasil de forma também pragmática, considerando
inclusive que o país ocupa cerca de 6% da superfície terrestre do planeta e um
país rico em minérios e potencial agricultável, o que obviamente teria reflexos
diretos e indiretos na demanda por veículos.
A partir de 1921, o então presidente da república Washington Luís determinou a construção de rodovias em larga escala no Brasil, com o objetivo de integrar os estados brasileiros por meio do transporte rodoviário. Em 1925, a General Motors decidiu se instalar no Brasil, inicialmente de forma semelhante como a Ford Motor Company fez, com a instalação de linha de montagem de veículos em CKD's - Completely Knocked Down, o que significa que os veículos eram importados desmontados, para posterior montagem no Brasil, em linha de montagem
Ela foi
fundada em 1925, na cidade de São Paulo, mas ainda com outra razão social, Companhia
Geral de Motores, e, algum tempo depois, General Motors of Brazil. Mas foi
somente a partir de 1930 que ela passou a fabricar, efetivamente, em linha de
montagem, veículos no Brasil, na sua primeira fábrica em São Caetano do Sul.
Nessa
fábrica, ela começou a fabricar ônibus e caminhões, inicialmente, e, a partir
de 1969, com a inauguração de uma nova fábrica em São José dos Campos, passou a
fabricar o primeiro modelo de automóvel brasileiro com a marca Chevrolet, o Chevrolet Opala, em duas versões, a sedan e a cupê, ambas baseadas no projeto do Opel
Rekord, da fabricante alemã Opel, então uma subsidiária da General Motors
Corporation, a matriz americana.
No início da década de 1950, o Brasil importava um volume muito grande de automóveis. Então o Governo Brasileiro, na época liderado pelo presidente da república Getúlio Vargas, iniciou negociações com fabricantes estrangeiras e investidores nacionais, tanto com as empresas que já estavam instaladas no Brasil quanto com empresas ou investidores que ainda não produziam automóveis aqui, para que aumentassem o índice de nacionalização de peças, partes e componentes ou passassem a fabricar automóveis e utilitários no Brasil, dependendo de cada caso.
Os primeiros frutos dessas negociações foram as fundações da Willys Overland do Brasil, da FNM - Fábrica Nacional de Motores (pronuncia-se Fê-Nê-Mê), da Volkswagen do Brasil, da Vemag e da Mercedes-Benz do Brasil. Os primeiros produtos da Volkswagen a serem fabricados aqui foram o Volkswagen Fusca (na época chamado de Volkswagen Sedan) e a Volkswagen Kombi.
A FNM - Fábrica Nacional de Motores fabricava caminhões a diesel grandes, a Willys Overland fabricava jipes ou utilitários pequenos e a Mercedes-Benz fabricava caminhões e ônibus. Porém, somente depois de muitos anos, a partir de 1988, a primeira fábrica de automóveis inteiramente nacional, a Gurgel, passou a fabricar o BR800.
O mercado
brasileiro está, atualmente, entre os dez mais importantes no mundo para
praticamente todas as grandes montadoras multinacionais. Entretanto, nas
décadas de 1970, 1980 e 1990 este mesmo mercado já era grande. O sucesso do
Chevrolet Monza, do Chevrolet Chevette e de outros modelos de fabricantes
concorrentes, como Ford Escort, Fiat Uno e Volkswagen Gol reforçou essa
impressão e despertou a atenção e curiosidade de praticamente todas as grandes
montadoras multinacionais americanas, japonesas, europeias e sul-coreanas,
embora somente na década de 1990 a maioria delas decidiu entrar definitivamente
no mercado brasileiro, seja por meio de importações ou seja por meio de
fabricação própria em larga escala em território nacional.
As gigantes
multinacionais General Motors / Chevrolet, Volkswagen, Ford e Fiat já estavam
no Brasil naquela época e a abertura do mercado promovida pelo então presidente
Fernando Collor de Mello acelerou os planos de investimentos de várias outras
montadoras estrangeiras, que queriam entender melhor o mercado nacional e
identificar os nichos de mercado mais adequados para serem explorados
comercialmente. A fórmula ou receita de sucesso dessas quatro grandes
multinacionais americanas e europeias que já estavam instaladas no Brasil foi
seguida pelas demais estreantes: Robustez; manutenção simples e barata; baixo e/ou razoável custo de aquisição; e bom e/ou razoável valor de revenda;
O mercado
brasileiro é pragmático e a propaganda boca-a-boca ainda tem influência sobre a
decisão de compra do consumidor. Isso significa, para quem não é brasileiro,
não mora no Brasil e ainda não sabe o significado dessa expressão popular, que
um consumidor satisfeito em geral fala bem do produto e estimula ou influencia
outro consumidor a comprar mais uma unidade do mesmo produto, resultando em
algo como se fosse uma reação em cadeia positiva, resultando em um sucesso de
vendas. É um mercado que se comporta com alguma resistência no início, mas
passa a fazer propaganda gratuita do produto se experimentar e se sentir
satisfeito.
Antes da
década de 1990, havia um pretexto ou argumento, seja lá como for, de “proteção”
à indústria nacional em geral, na forma de uma ampla reserva de mercado. O que
em tese seria uma forma de proteger e gerar empregos no Brasil, acabou se
tornando ao longo dos anos ou décadas em um entrave para a modernização e competitividade
da indústria nacional em geral, em praticamente todas as áreas da indústria
nacional, na maior parte dos segmentos da economia, com uma espécie de
comportamento acomodado, indiferente às inovações tecnológicas e excessivamente
conservador.
MERCADO MUNDIAL
Em 2007, a General Motors foi a maior fabricante de automóveis e comerciais leves do planeta, com mais de 9,3 milhões de veículos fabricados, seguida pela Toyota, com mais de 8,5 milhões. A terceira maior fabricante de veículos foi a Volkswagen, com mais de 6,3 milhões, depois a quarta maior, a Ford, com mais de 6,2 milhões:
- 5º lugar: Honda, com 3,9 milhões;
- 6º lugar: Peugeot / Citroen, com 3,4 milhões;
- 7º lugar: Nissan, com 3,4 milhões;
- 8º lugar: Fiat, com 2,68 milhões;
- 9º lugar: Renault, com 2,67 milhões;
- 10º lugar: Hyundai, com 2,6 milhões;
Em 2014, a Toyota (incluindo suas marcas Lexus e
Daihatsu) foi a maior fabricante do planeta, com mais de 10,2 milhões de
unidades fabricadas, seguida pela Volkswagen (incluindo suas marcas Audi e
Seat) com mais de 10,1 milhões de unidades fabricadas, pela General Motors em
terceiro lugar, com mais de 8 milhões de unidades fabricadas, pela Renault
Nissan em quarto lugar (ressaltando que atualmente estas duas fabricantes
formam um mesmo grupo), com mais de 7,9 milhões de unidades fabricadas, pela
Hyundai Kia (estas duas também formam um mesmo grupo) em quinto lugar, com 7,5
milhões, e pela Ford em sexto lugar, com mais de 5,9 milhões.
Os mercados dos Estados Unidos, Canadá, Europa
Ocidental, Austrália, Japão e Coreia do Sul estão mais ou menos estáveis, o que
significa que a grande maioria das novas aquisições de veículos por lá é
realizada pelos consumidores apenas para substituir as unidades que estão
envelhecendo ou com vida útil esgotada. Isso explica porque grandes fabricantes
mundiais de automóveis estão focando seus esforços em expandir suas operações
para regiões emergentes, principalmente América Latina, Índia, Sudeste Asiático,
China e Rússia.
MERCADO BRASILEIRO
Em 2014, o Brasil foi o 4º maior mercado de automóveis do planeta, com mais de 3,5 milhões de unidades fabricadas e comercializadas, seguido pela Alemanha com mais de 3,2 milhões de unidades fabricadas e comercializadas. Naquele ano, o maior mercado de automóveis do planeta foi o da China, com mais de 21 milhões de unidades fabricadas e comercializadas, seguido pelos Estados Unidos, com mais de 16 milhões, e do Japão, com mais de 5,3 milhões.
Em 2008, a Fiat foi a maior montadora / fabricante e
vendedora / importadora de veículos no Brasil, com mais de 24% de participação
de mercado, seguida pela Volkswagen, com mais de 21% de participação de
mercado, e da General Motors (Chevrolet), com mais de 20% de participação de
mercado. Ressaltando que, no Brasil, as maiores importadoras de veículos são
também as montadoras / fabricantes brasileiras que fazem parte dos mesmos
grupos multinacionais proprietários das respectivas marcas no exterior.
- 4º lugar: Ford, com mais de 9% do mercado;
- 5º lugar: Honda, com mais de 4% do mercado;
- 6º lugar: Renault, também com mais de 4% do mercado;
- 7º lugar: Peugeot, com 3,9% do mercado;
- 8º lugar: Toyota, com mais de 3% do mercado;
- 9º lugar: Citroen, com mais de 2,5 % do mercado;
- 10º lugar: Hyundai, com mais de 1,6% do mercado;
Em 2014, a Fiat foi a maior montadora / fabricante e
vendedora (incluindo nacionais e importados) de veículos do Brasil, com mais de
698.000 unidades fabricadas, equivalente a cerca de 20% do mercado, seguida
pela General Motors, com mais de 578.000 unidades fabricadas e vendidas,
equivalente a cerca de 17% do mercado. A Volkwagen foi a terceira maior
montadora e vendedora de veículos do Brasil, com mais de 576.000 unidades,
equivalente a cerca de 17% do mercado e a Ford foi a quarta maior, com mais de
308.000 unidades, equivalente a cerca de 9% do mercado brasileiro.
Em seguida, a Renault, a quinta, com mais de 237.000
unidades, equivalente a cerca de 7% do mercado, a Hyundai, a sexta, também com
mais de 237.000 unidades, a Toyota, a sétima, com mais de 195.000 unidades,
equivalente a cerca de 6% do mercado, a Honda, a oitava, com mais de 137.000 unidades,
equivalente a cerca de 4% do mercado, a Nissan, a nona, com mais de 72.000
unidades, equivalente a cerca de 2% do mercado, e a Mitsubishi, a décima, com
mais de 59.000 unidades, equivalente a cerca de 1,7% do mercado.
A circulação de automóveis no Brasil está
regulamentada pelo Código de Trânsito Brasileiro, Lei nº 9.503 de setembro de
1997. O conceito de automóvel ou carro é definido por esse código ou
regulamento como veículo com capacidade para até 8 passageiros, excluindo o seu
condutor.
MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS
Logo acima, o aspecto adequado de uma boa oficina, ambiente limpo, organizado, clean e bem arejado. Logo abaixo, o sofisticadíssimo sistema de transmissão automática sequencial dos automóveis Lexus, uma marca de alto-luxo de propriedade da fabricante Toyota. Com um olhar mais atento percebe-se a complexidade desse sistema, com uma grande variedade de peças.
Segundo dados da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, o Brasil é um dos maiores mercados consumidores de veículos motorizados do planeta, com mais de 3,5 milhões de unidades fabricadas e vendidas em 2014, incluindo veículos nacionais e importados, incluindo automóveis, comerciais leves, utilitários esportivos e caminhonetes, de cabines simples e cabines duplas. Segundo dados da empresa de consultoria Audamec, o mercado brasileiro foi atendido em 2012 por mais de 100 mil oficinas mecânicas registradas.
A manutenção adequada de automóveis é fundamental para
manter sob controle razoável os níveis de emissões de poluentes na atmosfera,
com a consequente redução do impacto ambiental, como parte de um esforço
conjunto para manter o equilíbrio climático do planeta em que vivemos. Itens
como catalisador, filtro de óleo, filtro de ar, filtro de combustível e injeção
eletrônica devem ser periodicamente checados para manter controlados os níveis
de emissões de poluentes na atmosfera.
Automóveis com pneus mal calibrados, suspensão
desalinhada e desbalanceada também causam impacto negativo nos níveis de
consumo de combustível e desgaste excessivo de pneus, o que por sua vez aumenta
a emissão de poluentes na atmosfera e aumenta excessivamente o consumo de
recursos naturais. Portanto, é de fundamental importância para o equilíbrio do
meio ambiente a checagem periódica e manutenções preventiva e corretiva desses
itens.
No aspecto técnico, uma boa e completa oficina
mecânica deve estar preparada para realizar os trabalhos de manutenção
preventiva e corretiva nos seguintes itens em veículos:
- Transmissão, manual ou automática;
- Freios, suspensão, rodas e pneus;
- Direção, hidráulica, mecânica ou elétrica;
- Motor, com atenção especial ao nível de óleo lubrificante, ao estado de conservação da correia dentada, velas de ignição, injeção eletrônica e radiador;
- Faróis e lanternas;
- Sistema elétrico, incluindo gerador e bateria;
- Escapamento;
A oficina mecânica no Brasil passou por uma grande
modernização e atualização nos últimos 10 anos. Houve também o avanço da
tecnologia empregada na indústria automobilística brasileira desde a abertura
do mercado para automóveis importados, realizada no início da década de 1990
pelo então presidente da república Fernando Collor de Mello.
Na década de 1990, essa abertura de mercado pressionou,
de certa forma, para uma modernização e atualização dos padrões de
procedimentos e conceitos de manutenção, e uma modernização e atualização das
máquinas, equipamentos e dispositivos utilizados na manutenção de veículos
nacionais e importados.
Antes disso, as oficinas mecânicas tinham um padrão
desleixado, com oficinas sujas de graxa e óleo, pouco preocupado com o aspecto
visual, geralmente desorganizado e pouco arejado, com pouca ou nenhuma
estrutura física com conforto mínimo para os clientes aguardarem a execução do
trabalho.
Porém, com o avanço das novas tecnologias aplicadas na
fabricação e manutenção de veículos, os proprietários de oficinas mecânicas
notaram que se quisessem se manter no mercado para atender o novo perfil de
clientes teriam que investir em infraestrutura moderna, organização e mão de
obra especializada, bem treinada.
O câmbio automático, por exemplo, é um dos itens que,
na manutenção de veículos, exige um alto grau de especialização do mecânico,
pois é um componente complexo. Ele é um sistema para trocas automáticas de
marchas, que faz a relação ou comparação entre a velocidade do veículo e a
rotação do motor para executar a troca automática de marcha, quando necessária.
O sistema foi criado para manter níveis equilibrados de rotações do motor e o
aumento de velocidade quando o condutor do veículo assim deseja, pisando com
mais pressão no pedal do acelerador ou acionando o piloto automático.
Nos sistemas mais sofisticados de transmissão
automática de seis, sete ou oito velocidades, as trocas de marchas já estão em
nível bem avançado, com mudanças de marchas quase imperceptíveis ao motorista.
Décadas atrás esse nível de sofisticação não existia, nem mesmo nos modelos de
automóveis mais caros. No Brasil, na década de 1980, por exemplo, o Opala
Diplomata, um veículo top de linha, portanto de preço mais alto, possuía apenas
câmbio automático de quatro marchas.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Nos países desenvolvidos a manutenção preventiva é uma das atividades principais de um mecânico. Em países menos desenvolvidos ou em desenvolvimento, geralmente, ou na maioria das vezes, o mecânico é chamado somente quando o veículo já apresenta sinais de mau funcionamento. Pelo fato de muitos componentes serem trocados durante uma manutenção preventiva antes mesmo de apresentarem problemas, muitos proprietários de poder aquisitivo menor preferem evitar esse gasto extra, apesar dos riscos futuros envolvidos, principalmente quando o veículo é mais exigido, como em longas viagens rodoviárias ou em viagens sobre estradas rurais de leito natural, neste caso com o conjunto suspensão, rodas e pneus sendo mais exigidos, obviamente.
Segundo levantamento e análise realizados pela Polícia
Rodoviária Federal do Brasil, cerca de 5% dos acidentes envolvendo veículos nas
estradas brasileiras é consequência direta de falha mecânica do veículo.
Portanto, é preciso atenção na condução do veículo e na sua manutenção. Usar o
cinto de segurança e respeitar o limite de velocidade estabelecido pelas
autoridades é importante, mas não basta, é necessário também manter o veículo
revisado.
Com o rápido avanço na tecnologia automobilística, o
serviço evoluiu de algo puramente mecânico para incluir também a eletrônica
embarcada. Pelo fato de os veículos modernos possuírem complexos sistemas
eletrônicos, incluindo seus módulos, e computadores de bordo, o mecânico
precisa estar constantemente fazendo treinamentos para saber operar os
sofisticados equipamentos de diagnóstico fornecidos pelos fabricantes de
veículos.
Hoje em dia, é comum o mecânico se especializar em
características ou partes específicas do automóvel, como, por exemplo,
suspensão e freios, incluindo serviços de alinhamento e balanceamento;
funilaria, que remove amassados da lataria, e pintura; circuito elétrico, incluindo
cabeamento; sonorização e instalação de GPS e DVD Player, alarmes e trava
elétrica; e injeção eletrônica; dentre outras.
MERCADO DE MANUTENÇÃO
O mercado brasileiro de reposição de peças automotivas movimentou cerca de R$ 106 bilhões no Brasil em 2014, com crescimento de 1,7% em relação a 2013. Cerca de 64% da receita é resultado das vendas de peças, partes e acessórios para veículos leves, automóveis e comerciais leves, e 36% das vendas para veículos pesados, incluindo caminhões e ônibus.
São 314.900 empresas que atuam no mercado brasileiro
de reposição automotiva, sendo 60% de comércio atacadista e varejista de peças,
partes e acessórios novos para veículos, 36% de oficinas mecânicas e 4% de
atacadistas e varejistas de veículos novos (concessionárias). Os distribuidores
atacadistas tem faturamento de 32% do mercado de reposição e vendem para as
empresas varejistas, oficinas e frotistas.
Já as empresas varejistas de autopeças, aquelas que
vendem peças principalmente para o consumidor final, representam cerca de 60%
do faturamento desse mercado de peças e partes de reposição e vendem
diretamente para os proprietários de veículos e para as seguradoras de
veículos. Mesmo com o grande número de veículos novos vendidos todos os anos,
grande parte da frota nacional ainda é composta por veículos com mais de 10
anos de uso, em que os donos recorrem, frequentemente e periodicamente ou não,
aos serviços de uma oficina para estender a vida útil deles. Também há muitos
veículos antigos circulando no Brasil, seja por gosto pessoal por automóveis e
caminhonetes antigos, ou ainda, por outro lado, simplesmente por incapacidade
financeira de comprar um veículo novo ou trocar o mais velho por um mais novo.
Sabendo disso, um empreendedor que queira atuar no
mercado de manutenção de veículos pode oferecer ao seu cliente uma diversidade
de serviços que pode ser prestada em uma oficina mecânica ou em uma
autoelétrica, ou, ainda, em um centro de serviços com oficina e autoelétrica.
Geralmente, no Brasil os proprietários de oficinas e
autoelétricas decidem diversificar o máximo possível, o máximo ao seu alcance,
com uma variedade de serviços. Havia um tempo em que um mecânico conseguia
consertar ou revisar qualquer carro e qualquer parte do carro, fosse elétrica,
mecânica, eletrônica e hidráulica. Mas hoje em dia a realidade é diferente,
pois o aumento da concorrência e o avanço tecnológico dos automóveis exigem a
profissionalização do setor, com a atuação dos profissionais em uma parte
específica do segmento automobilístico. A não ser, é claro, que o profissional
tenha capacidade intelectual e habilidade extraordinárias para desempenhar
várias funções dentro do mesmo segmento, o que, aliás, não é comum.
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REFERÊNCIAS
E SUGESTÃO DE LEITURA
- Unigran - Universidade da Grande Dourados
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Grupos_de_fabricantes_de_autom%C3%B3veis
- Globo / Pequenas Empresas Grandes Negócios: http://pegntv.globo.com/Jornalismo/PEGN/0,,MUL1605673-17958,00-OFICINA+MECANICA+MODERNA+PERMITE+QUE+CONSERTOS+SEJAM+ACOMPANHADOS+PELA+INTE.html
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria_automobil%C3%ADstica
- Revista Quatro Rodas: http://quatrorodas.abril.com.br/classicos/brasileiros/volkswagen-santana-612420.shtml
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Automóvel
- Site Notícias Automotivas: https://www.noticiasautomotivas.com.br/o-mundo-ja-tem-mais-de-1-bilhao-de-veiculos/
- Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Gottlieb_Daimler
- Pequenas Empresas Grandes Negócios: Imagens
- Revista Quatro Rodas: Imagens
- Wikimedia: Imagens
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