LUCRATIVIDADE, RECEITA E CUSTOS

LUCRATIVIDADE
RENTABILIDADE
CUSTOS FIXOS
CUSTOS VARIÁVEIS

INTRODUÇÃO

A Administração é a ciência social que estuda, cria, desenvolve e implementa as práticas ou técnicas para administrar, de modo geral, organizações com e sem fins lucrativos, incluindo empresas privadas e estatais e órgãos públicos de qualquer nível, federal, estaduais e municipais.

O termo administração é derivado do latim administratione e significa gerência e direção, ou seja, a administração é a atividade profissional de gerenciar e / ou controlar pessoas jurídicas e gerenciar patrimônios de pessoas físicas, com o objetivo de preservar e rentabilizar seus respectivos patrimônios e / ou recursos.

A palavra administração é usada também para identificar o conjunto de pessoas especializadas em atividades de planejamento, organização, liderança e controle de qualquer organização, pública ou privada, com ou sem fins lucrativos. A expressão administração também é usada para identificar o próprio ato de administrar.

Segundo o Dicionário Michaelis, a atual tendência do mundo moderno é de especialização da área de administração, com pessoas que não são necessariamente sócias ou acionistas trabalhando na administração de grandes e médias empresas, mas com políticas salariais consistentes, nas quais os sócios ou acionistas as nomeiam para administrá-las. Assim um dos principais incentivos para o desenvolvimento e aperfeiçoamento da atividade de administração seria um bom salário, portanto a tendência é a separação entre administração e propriedade, que é uma das características do sistema capitalista.

LUCRATIVIDADE E RENTABILIDADE
A lucratividade é um indicador usado em Administração de Empresas e Contabilidade para demonstrar, indicar e declarar na demonstração de resultado anual ou trimestral e em estatísticas para relacionamento com investidores o resultado de uma empresa após um trimestre ou após seu exercício social de um ano, sobre qual é o lucro ou ganho em porcentagem que a empresa consegue ter sobre suas vendas, sobre suas receitas ou, numa linguagem mais livre, como é comum ouvir e ler no Brasil, sobre seu faturamento anual.

Já a rentabilidade é um indicador usado no mesmo contexto para demonstrar e indicar o ganho de capital, também em porcentagem, em relação ao que o investidor ou os investidores usaram para criar (capital inicial) ou capitalizar (aumento de capital) a empresa. Esse índice representa o quanto aumentou o dinheiro ou o valor em bens que os sócios ou acionistas investiram na empresa. 

Apenas para facilitar ainda mais a compreensão sobre esse aspecto, a grosso modo, é possível fazer uma comparação entre o capital investido em um negócio com o equivalente em dinheiro investido em uma caderneta de poupança, por exemplo, que normalmente rende 6% de juros ao ano, ou seja, se uma empresa rende 10% ao ano em relação ao valor total que os investidores usaram para criá-la (capital inicial) então pode-se dizer que ela é um pouco mais rentável que a caderneta de poupança.

É importante não confundir lucratividade com rentabilidade, sobretudo durante a análise dos balanços financeiros e demonstrações de resultado de uma empresa. Enquanto o primeiro indicador está relacionado à receita trimestral ou anual da empresa o segundo está relacionado ao valor investido pelos acionistas para criá-la e / ou aumentar seu capital.

RECEITA E CUSTOS

A receita total, receita bruta ou faturamento é o valor bruto ou soma em unidade monetária em determinado período que uma empresa obtém com a venda se sua produção (agricultura, pecuária, mineração, agroindústria, máquinas e equipamentos, veículos, eletrônicos, etc.), com a comercialização de produtos (comércio em geral) ou prestação de serviços em geral. A receita é o montante de dinheiro que a empresa consegue em determinado período como consequência da venda de produtos e / ou prestação de serviços.

Os custos fixos, conhecidos também como custos indiretos, são custos, gastos ou despesas que ocorrem de maneira praticamente inalterada em qualquer situação de alta ou baixa produtividade da organização, até seu limite máximo de capacidade instalada, ou, em situações extremas, no sentido contrário, ocorrem mesmo que a organização não esteja produzindo ou comercializando. Normalmente, esses custos não têm relação direta com a quantidade produzida ou volume produzido, comercializados ou número de serviços executados, este último no caso de empresa prestadora de serviços.

Os custos fixos não são diretamente afetados pela quantidade produzida ou volume produzido, ou ainda, no caso de empresa prestadora de serviços, pelo número de clientes atendidos.

Os custos fixos mais comuns são:
  • Manutenção e conservação de imóveis, veículos, máquinas e equipamentos próprios, incluindo os salários relacionados de mecânicos, eletricistas e pedreiros;
  • Depreciação de imóveis, veículos, máquinas e equipamentos próprios;
  • Juros e parcelas de principal de empréstimos realizados para executar investimentos iniciais ou aumentar a capacidade instalada de produção;
  • Prêmios de seguros de máquinas próprias, equipamentos próprios e instalações próprias;
  • Tributos (impostos e taxas) sobre imóveis e veículos;
  • Despesas administrativas;
Em geral, em termos relativos, esses itens citados acima em base unitária se tornam cada vez menores, menos onerosos ou, numa linguagem mais simples, mais leves na proporção inversa do aumento do número de unidades ou volume produzidos ou comercializados, ou número de clientes atendidos. Esse fenômeno é conhecido também em Contabilidade e Administração de Empresas como economia de escala.

É normal máquinas e equipamentos envelhecerem a cada ano e, consequentemente, perderem um pouco do seu valor. A depreciação calcula esta perda de valor e a desvalorização é contabilizada e tem reflexos diretos nos balanços financeiros das organizações. É necessário calcular e registrar a depreciação de máquinas e equipamentos para que os administradores das organizações tenham consciência da necessidade de substituição dessas máquinas e equipamentos velhos ao final de longos períodos de utilização intensiva deles, nos quais percebe-se a inviabilidade técnica e econômica de mantê-los.

Os custos variáveis, conhecidos também como custos diretos, são custos, gastos ou despesas que se relacionam diretamente com a atividade produtiva. Eles acompanham os níveis de atividade produtiva, e se alteram, para mais ou para menos, na medida em que há alterações nos níveis de produtividade da organização, para mais ou para menos, praticamente acompanhando a quantidade produzida, o volume de produção ou comercialização de um determinado item, o número de clientes atendidos ou o número de serviços executados, este último no caso de empresa prestadora de serviços.

Os custos variáveis são diretamente afetados pela quantidade produzida ou volume produzido, ou ainda, no caso de empresa prestadora de serviços, pelo número de clientes atendidos.

Os custos variáveis são os custos, gastos  ou despesas que se alteram de acordo com a produção e a venda, de acordo com o número de clientes atendidos ou o número de serviços executados. Para tornar ainda mais claro o conceito de custos variáveis, e para evitar qualquer dúvida sobre eles, pode-se dizer que os custos variáveis seguem as mesmas tendências de alta ou de baixa da produção, da comercialização ou dos serviços prestados.

A lógica é simples: Quando mais se produz, quanto mais se comercializa ou quanto mais se presta serviços, mais há necessidade de insumos ou fatores de produção, considerando aqui os termos insumo e fatores de produção em sentidos bem amplos, incluindo empregados. Os custos variáveis se alteram com os diversos níveis de produção, o que não acontece com os custos fixos.

VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
  • Unigran - Universidade da Grande Dourados
  • Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
  • Dicionário Michaelis - Consulte também a versão executiva do Michaelis
  • Dicionário Larousse
  • Wikimedia: Imagem
  • Dreamstime: Imagem

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