OPERAÇÃO PRATO (UFOLOGIA)

OPERAÇÃO PRATO
UYRANGÊ HOLLANDA
WELLAIDE CECIM

INTRODUÇÃO
Logo acima, um dos registros manuscritos oficiais militares de observação de Objeto Voador Não Identificado realizado por homens do I COMAR, órgão da FAB - Força Aérea Brasileira, em 1977. Note que são registros realizados por pessoas com bom conhecimento técnico sobre máquinas voadoras de origem humana em geral, o que reduz acentuadamente o risco de interpretação equivocada sobre a natureza do objeto avistado. Logo abaixo, capa do jornal O Estado do Pará, com uma entre várias reportagens e matérias jornalísticas de vários órgãos de imprensa brasileiros sobre o fenômeno ocorrido na década de 1970.

A Operação Prato foi uma polêmica investigação militar oficial realizada pelo I COMAR – Comando Aéreo Regional, órgão da FAB – Força Aérea Brasileira, sediado em Belém, capital do Estado do Pará, no Brasil, entre os meses de outubro e dezembro de 1977, que resultou em um dos maiores, mais relevantes e sérios registros de imagens e relatos oficiais impressos sobre impressionantes e reais fenômenos de aparecimentos e movimentações de OVNIS - Objetos Voadores Não Identificados na Ilha de Colares e nos municípios de Vigia, Colares, São Bento, Pinheiro e Santo Antônio do Tauá, região distante cerca de 100 quilômetros da capital do Estado do Pará.

Segundo um grande número de testemunhas, incluindo parte da população e parte da elite desses municípios, os estranhos fenômenos associados a corpos luminosos não identificados, de origem desconhecida, apelidados pela população de “chupa-chupa”, resultavam em ataques reais com raios de luz, causadores de queimaduras, perfurações na pele e, em alguns casos, até mortes.

Documentos oficiais guardados no Arquivo Nacional em Brasília e documentos extraoficiais vazados e divulgados pela mídia em geral, no Brasil e no exterior, são os principais registros do período. Também envolveram-se nas investigações dos fenômenos os extintos SNI – Serviço Nacional de Informações e o CISA – Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica.

Essa série de fenômenos ufológicos ocorrida no ano de 1977 no Brasil é considerada pela Ufologia brasileira e estrangeira uma das mais importantes evidências e/ou indícios concretos da existência material do fenômeno OVNI / UFO de todos os tempos, tão ou quase tão significativa e relevante para o estudo do fenômeno quanto outros casos de grande repercussão internacional, como o Caso Roswell, por exemplo.

Mais surpreendente ainda, e digno de ser encarado com seriedade, é o testemunho gravado de um militar aposentado brasileiro, o senhor Uyrangê Hollanda, em 1997, portanto cerca de 20 anos após a ocorrência do fenômeno, em sua residência, no município brasileiro de Cabo Frio, interior do Estado do Rio de Janeiro, afirmando categoricamente, claramente, sem margem para dúvidas, que o fenômeno OVNI / UFO é real, é concreto, e deve ser levado a sério e estudado com profundidade, e que ele próprio teve experiências de terceiro e quarto graus com alienígenas em 1977, durante a Operação Prato.

Esse caso se tornou ainda mais intrigante e preocupante quando, meses após ter dado sua inusitada entrevista para a publicação brasileira Revista UFO, o militar aposentado Uyrangê Hollanda morreu... Ele teria se suicidado em sua residência, hipótese negada por um de seus ex-colegas de trabalho...

ANTECEDENTES
Imagem do satélite Landsat em 1984, com a microrregião coberta pela Operação Prato.

Antes da investigação oficial militar realizada entre outubro e dezembro de 1977, as autoridades locais dos municípios com jurisdição sobre a Baía do Marajó, a Baía do Sol, sobre o Rio Bituba, sobre a Ilha de Colares e as autoridades dos municípios de Santo Antônio do Tauá, Vigia, Colares, Ananindeua, Castanhal e sobre da Ilha do Mosqueiro, no município de Belém, receberam um grande número de relatos da população sobre estranhos fenômenos de origem desconhecida, entre elas o de três homens de origem humilde que estavam na Ilha dos Caranguejos para coleta e transporte de madeira por meio de barco e, na manhã seguinte, reclamavam de fortes dores, apresentando queimaduras de segundo grau, inclusive, e o quarto estava morto.

A polícia maranhense investigou o caso e, pelo que se sabe, nunca chegou a uma conclusão. Os três sobreviventes nunca lembraram de mais detalhes sobre o que havia por trás dos acontecimentos daquela madrugada. A única referência do suposto causador da tragédia foi atribuída a um dos sobreviventes que teria dito a um dos médicos do hospital no qual foi atendido que "viu um fogo", desmaiando em seguida.

O Instituto Médico Legal do Maranhão identificou a morte de um deles por hipertensão arterial, gerando um acidente vascular cerebral, provavelmente em decorrência do choque emocional.

A imprensa maranhense noticiou a tragédia. O Jornal Pequeno em 29 de abril de 1977 noticiou: "Misterioso Acontecimento na Ilha dos Caranguejos". O jornal O Estado do Maranhão em maio noticiou da seguinte forma: "Sobreviventes do Mistério da Ilha dos Caranguejos estão Incomunicáveis". O mesmo jornal em dias posteriores continuou a dar cobertura ao caso.

O jornal O Liberal de Belém do Pará associou o caso a estranhas luzes voadoras não identificadas sobre municípios do Maranhão. Registrou também que os noticiários de televisão da capital São Luís divulgavam as ocorrências das estranhas luzes em Cajapi.

Duas hipóteses surgiram na tentativa de explicar o caso, algum tipo de descarga elétrica decorrente de fenômeno atmosférico natural, um raio, versão defendida por médicos e policiais, ou a ação mortal das “luzes voadoras”, provavelmente discos voadores ou sondas alienígenas, versão ou hipótese levantada por outras pessoas.

Outros relatos estranhos se seguiram ao primeiro, sempre com algo em comum com o primeiro relato. O jornal O Estado do Maranhão, em julho de 1977, noticiou encontros ou simples avistamentos entre moradores humildes e até mesmo da elite local com estranhas luzes voadoras, em geral relatados pela população da Baixada Maranhense, microrregião com 21 municípios, geograficamente próxima a Ilha dos Caranguejos. No município de São Bento um simples lavrador, por exemplo, teria visto um misterioso objeto que de tão luminoso caiu do cavalo e desmaiou. Na fazenda Ariquipa, um homem teria sido queimado por uma tocha vinda de uma grande bola. Em Bom Jardim uma mulher teria sido atingida por um raio emitido por uma bola de fogo e desmaiou, sem queimaduras.

No município de Pinheiro uma viatura policial foi perseguida por um OVNI que emitiu sinais luminosos, interpretado pelos policiais como uma tentativa de comunicação. No município de São Vicente o delegado teria sacado um revólver para atirar num OVNI sobre sua residência, mas a forte luz emitida o impediu.

Na capital federal, o Jornal de Brasília, em julho de 1977, trazia informações sobre a extensa área geográfica onde haviam sido observadas luzes no céu. Habitantes dos municípios de Peri Mirim, São Bento, Santa Helena, Pinheiro, Guimarães e Bequimão, na Baixada Maranhense, sofriam crises nervosas. A notícia foi finalizada com uma estimativa do Coordenador de Segurança do Estado, de que 50% da população da Baixada Maranhense já teria visto os estranhos objetos.

PERPLEXIDADE E MEDO
Logo acima, mapa do estado do Maranhão e parte do estado do Pará, com os municípios nos quais se manifestaram o fenômeno OVNI na década de 1970. O município de Viseu no Pará, localiza-se às margens do Rio Gurupi, fronteira natural entre os estados do Pará e Maranhão. Logo abaixo, imagem real, registrada oficialmente por militares da FAB - Força Aérea Brasileira, durante a Operação Prato, com o fenômeno OVNI.

A imprensa também registrou nesses municípios o aparecimento de luzes no céu e supostos ataques com raios contra a população, além da presença de uma entidade, aparentemente tecnológica, capaz de sugar sangue de suas vítimas. O período temporal das notícias no Pará coincidia com as notícias publicadas no Maranhão. Em julho de 1977 vários relatos foram publicados sobre o que a população afirmava ser uma "lanterna com luz forte" que rondava os arredores de Viseu, como Curupati, Urumajó e Itaçu.

Em outubro de 1977, a população do município de Vigia, no Pará, a cerca de 100 quilômetros da capital Belém, presenciou às 18 horas e 45 minutos o ostensivo surgimento de objetos não identificados cruzando o céu, causadores, aparentemente, de uma interrupção temporária de energia elétrica. O prefeito do município relatou ter ouvido rumores nas ruas sobre um objeto estranho que cruzava os céus em altíssima velocidade.

A reportagem de 20 de outubro de 1977 do jornal A Província do Pará, sobre objetos sobrevoando Vigia do Nazaré e sobre o desespero no povoado de Santo Antônio do Ubintuba, acrescida da manifestação do prefeito claramente a favor de ajuda militar, foi um dos motivadores da presença de oficiais do I COMAR – Comando Aéreo Regional, sediado em Belém.

OS REGISTROS MILITARES
Logo acima, mais um dos registros manuscritos oficiais militares de observação de OVNI - Objeto Voador Não Identificado realizado por homens do I COMAR, órgão da FAB - Força Aérea Brasileira, em 1977. Logo abaixo, imagem atual da região da Baía de Marajó, em Colares. 

Em setembro de 1991, relatórios elaborados durante a missão militar de observação e registro de imagens e relatos realizada em 1977 foram vazados para publicação em um revista de Ufologia, chamada UFO Documento. Em outubro de 2008, o CENDOC – Centro de Documentação Histórica da Aeronáutica, enviou ao Arquivo Nacional em Brasília, a capital do Brasil, envelopes com os primeiros documentos sigilosos sobre OVNIS – Objetos Voadores Não Identificados, após uma campanha de entidades da sociedade organizada brasileira e pressão da imprensa, aquela iniciada em 2004 pela liberdade de informação sobre objetos voadores não identificados, que recolheu milhares de assinaturas, liderada pela CBU - Comissão Brasileira de Ufólogos.

Em abril de 2009 novos lotes foram liberados e finalmente apareceram os primeiros documentos sobre a operação militar no Pará. Ainda em 2009, o GSI – Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, liberou um lote de documentos do antigo SNI – Serviço Nacional de Informações sobre a operação no Pará. O lote continha várias páginas iguais ou semelhantes àquelas existentes nos relatórios vazados, confirmando a autenticidade de muitas delas. O principal documento liberado pelas autoridades chama-se Registros de Observações de OVNIS, uma coletânea de 130 registros, emitido pelo I COMAR e enviado ao Estado Maior da Aeronáutica em fevereiro de 1979.

Um cruzamento desses registros oficiais com os existentes em um conjunto de documentos vazados, denominado Resumo Sintético Cronológico, onde estão relacionadas 284 observações oficiais de militares e relatos de civis, permite obter aproximadamente 99% de comparações positivas entre os documentos, nas datas e horários, com descrições entre idênticas e muito semelhantes, com apenas um registro em cento e trinta sem seu par correspondente. Em outro cruzamento, desta vez de um subconjunto de 122 observações militares de 1977 do vazado Resumo Sintético Cronológico com seus pares registrados nos relatórios de missão, obtêm-se uma correspondência de aproximadamente 94% de comparações positivas.

Esses documentos oficiais estão disponíveis na Internet, no site do Arquivo Nacional, sob o código de referência BR AN e BSB ARX, e é possível ter acesso por meio digital a todos os arquivos oficiais sobre OVNIS – Objetos Voadores Não Identificados liberados até o momento. Os documentos vazados, entregues a ufólogos, estão hospedados no site mantido pela Revista UFO.

Em outubro de 2007, parte das imagens vazadas dos arquivos da FAB - Força Aérea Brasileira foram alvo de declarações de Fernando Costa, filho do sargento José Flávio de Freitas Costa, que teria assinado a maioria dos relatórios e documentos produzidos pela Operação Prato. Fernando disse que manipulou algumas dessas imagens e que teria, "por brincadeira", distorcido algumas no momento da ampliação, no laboratório de revelação fotográfica na casa da família, na Vila Militar. Segundo ufólogos envolvidos nessas investigações não oficiais sobre o fenômeno OVNI ocorrido em 1977, essa confissão de Fernando não diminui, no entanto, a importância dos registros não manipulados.

É importante que o leitor do blog entenda que registros militares sérios sobre avistamentos de OVNIS - Objetos Voadores Não Identificados existem aos milhares, literalmente, em todo o mundo. O organização não governamental MUFON, sediada nos Estados Unidos, por exemplo, registra muitos deles todos os anos, a maioria vazados para a imprensa e para a própria organização. A grande maioria das forças armadas mundiais classificou e ainda classifica esses registros, ou seja, torna-os altamente sigilosos. Mas o caso Operação Prato se destaca dos demais pela extrema riqueza de detalhes e pela combinação de datas, horários e demais características dos fenômenos, com inúmeras testemunhas populares, testemunhas mais qualificadas e até vítimas afirmando basicamente a mesma coisa, o que reduz para praticamente zero o risco de que tudo não tenha passado de um grande mal entendido.

OBSERVAÇÕES E RELATOS
Os dois conjuntos de documentos que formam a coletânea dos registros das observações realizadas pelos agentes oficiais, pelos informantes civis e informantes militares, são os documentos relacionados ao Resumo Sintético Cronológico, vazado, e o Registro de Observações de OVNI, oficial. Eles incluem, além do período clássico, já conhecido, da Operação Prato, também o período posterior de monitoramento do I COMAR, finalizado em novembro de 1978. O primeiro é o conjunto total de observações, incluindo imagens, vídeos e desenhos a mão sobre os objetos observados, e imagens de satélites artificiais. O segundo é um extrato particular de conteúdo considerado relevante sobre OVNIS – Objetos Voadores Não Identificados.

Ambos são documentos que formam uma espécie de resumo sobre o fenômeno OVNI (na época o fenômeno era denominado oficialmente como OANI - Objeto Aéreo Não Identificado), presenciado na região, e as observações originais, via de regra, estão contidas nos relatórios da primeira e segunda missões da Operação Prato, nos relatórios do agente Flávio Costa em vigílias noturnas na Baía do Sol e visitas a Colares e região, em 1978, e relatórios de missões específicas.

A região afetada pelos fenômenos ufológicos no Pará concentrou-se numa faixa de cerca de 260 quilômetros do litoral nordeste paraense banhado pelo Oceano Atlântico, no extremo leste o Rio Gurupi, divisa natural com o Maranhão, e, a oeste, a Baia de Marajó.

As localidades geográficas cobertas foram principalmente a Baia do Marajó, Baia do Sol, Rio Bituba, Ilha de Colares e municípios de Santo Antônio do Tauá, Vigia do Nazaré, Colares, Ananindeua, Castanhal e Ilha do Mosqueiro, no município de Belém.

Os relatórios oficiais da Operação Prato contêm mais de 130 relatos de moradores e autoridades e registros de avistamentos pelos próprios militares envolvidos na operação e por civis da região. Segundo os relatórios, cerca de 400 pessoas no total teriam sido atingidas por luzes que, segundo esses depoimentos, sugavam sangue.

Os relatórios oficiais da Operação Prato contêm mais de 2.000 páginas, com mais de 500 fotografias e mais de 16 horas de filmagem, porém somente 200 páginas e 100 imagens tornaram-se públicas, foram liberadas para consulta pública.

A PRIMEIRA MISSÃO MILITAR
Logo acima, o militar aposentado Uyrangê Hollanda, durante uma entrevista à Revista UFO em 1997, na qual afirma claramente que o fenômeno OVNI é real e que ele mesmo presenciou durante a Operação Prato, comandada por ele, quando era capitão da Aeronáutica. Logo abaixo, mais uma imagem recente da região onde ocorreu o fenômeno, a Baía do Sol.

Oficialmente, a primeira missão militar relacionada aos fenômenos ufológicos no Pará foi realizada entre 20 de outubro de 1977 e 11 de novembro de 1977. No primeiro dia da missão, uma equipe da seção de informações do I COMAR, conhecida como 2ª Seção ou A2, composta por três agentes, saiu de Belém em direção ao município de Santo Antônio do Tauá, distante cerca de 60 quilômetros da capital.

Nos primeiros dias realizaram uma série de entrevistas com habitantes dos municípios de Tauá, Colares e de povoados próximos ao Rio Bituba, como Santo Antônio do Ubintuba, Vila Nova do Ubintuba e Paraíso do Ubintuba, todos no município de Vigia. Realizaram também as primeiras observações de objetos voadores, alguns identificados, outros não.

Durante os primeiros dias da missão, o chefe da 2ª Seção, coronel Camillo Ferraz de Barros, além de uma equipe médica militar, citada na documentação vazada, mas nunca identificada em suas páginas, acompanharam depoimentos e chegaram a ter suas próprias observações de objetos voadores não identificados. Logo no início da missão, estavam presentes também o então sargento Flávio Costa e o então capitão Uyrangê Hollanda, ambos lotados na 2ª Seção.

Comenta-se que, inicialmente, o capitão Uyrangê Hollanda era cético em relação à existência de discos voadores e extraterrestres, mas estava particularmente curioso para entender e compreender aqueles fenômenos estranhos que repercutiam informalmente e discretamente até mesmo entre militares de outros estados.

O capitão Uyrangê Hollanda assumiu a chefia da operação no primeiro dia de novembro. A base de operações se estabeleceu em Colares dia 29 de outubro. O sargento Flávio Costa registrou em relatório específico uma descrição de como os cidadãos de Colares estavam percebendo os fenômenos e como estavam sendo afetados. Basicamente, eram ataques com focos de luz. Os militares interpretavam a reação da população como uma “histeria coletiva” e testemunhavam com perplexidade as constantes procissões de moradores soltando fogos de artifício e tiros para "afugentar" as luzes. Em resumo, a sociedade local estava apavorada.

Os militares criticavam o papel imprensa na cobertura dos fatos. Segundo eles, a imprensa fazia uma cobertura sensacionalista e irracional. Segundo o relatório: “Em sua totalidade a região (...) tem habitantes de níveis cultural, socioeconômico e sanitário dos mais baixos, aliados a crendices e formação simples, facilmente influenciados pelos meios de comunicação, nem sempre usados por pessoas escrupulosas.”

No primeiro dia de novembro de 1977 estava formado o maior contingente militar registrado na documentação da Operação Prato, nove militares, incluindo o chefe da 2ª Seção, o chefe da Operação Prato, uma equipe de três sargentos da 2ª Seção e quatro tripulantes de um helicóptero Bell H-1H Huey. Entretanto, há versões não oficiais de que o número total de militares e civis envolvidos na Operação Prato pode ter sido de 20 pessoas, ou até mais.

OBSERVAÇÕES MILITARES
Logo acima, os militares brasileiros envolvidos na Operação Prato de 1977 descreveram em manuscritos oficiais então secretos da Aeronáutica Brasileira os formatos dos OVNIS - Objetos Voadores Não Identificados. Logo abaixo, imagem recente da sede do I COMAR - Comando Aéreo Regional, localizado na Base Aérea de Belém, a chamada Ala 9.

No primeiro dia de novembro de 1977, no município de Colares, no Estado do Pará, às 19 horas, um corpo luminoso amarelado de forte intensidade vindo da Baía do Sol, inicialmente a cerca de 2.000 metros de altitude entrou no campo de visão dos militares e da população. Vinha em trajetória descendente ligeiramente curva emitindo lampejos azulados intensos. Possuía em sua parte superior um semicírculo avermelhado. Baseados em sua experiência militar, os oficiais afirmaram que sua velocidade era cerca de 800 km/h, mas na retomada do voo em ascensão acelerou abruptamente, repentinamente, atingindo o acreditavam ser uma velocidade supersônica, curvou levemente no sentido contrário a primeira curva, alterou sua cor para vermelho rubro e parou de emitir os lampejos azulados.

A força g (com letra minúscula) é uma unidade de aceleração, uma grandeza física, relacionada com a inércia e com o campo gravitacional do planeta Terra. É importante ressaltar que o corpo humano não suporta mais que 7 g ou 8 g em manobras militares. Além disso, há também uma limitação estrutural do equipamento. Apenas para exemplificar, o limite estrutural de um caça militar de altíssimo desempenho Saab JAS-39 Gripen NG é de cerca de 9 g. Acima disso corre-se o risco de danificar a aeronave ou de desintegração de sua estrutura.

Aparentemente, o objeto voador avistado pelos militares naquela época não se submetia às leis físicas conhecidas pela humanidade, com trajetórias, acelerações positivas e acelerações negativas absolutamente impossíveis de serem reproduzidas por qualquer máquina construída e tripulada pela humanidade, tomando como base de análise a tecnologia conhecida.

No dia 6 de novembro de 1977, ainda no município de Colares, no Estado do Pará, entre 05 horas e 20 min e 05 horas e 25 minutos, foi avistado pelos militares um objeto estranho vindo da direção sudoeste, sobre a Baia do Marajó, a aproximadamente 5.000 metros de distância um corpo luminoso de cor amarelo avermelhado seguiu uma trajetória reta descendente, emitindo lampejos intermitentes azulados de intenso brilho. Chegou a 500 metros de distância e 200 metros de altitude, abruptamente virou para a esquerda na direção sul-sudeste, em ascensão, com recuperação de velocidade, subindo para 3.000 metros de altitude e atingindo velocidade supersônica, sem emitir boom sônico, numa rota em direção ao município de Tauá em longa reta.

E assim por diante, por alguns meses do ano de 1977 foram registrados oficialmente por militares brasileiros imagens e relatos semelhantes nessa parte da Região Norte do Brasil, compreendida nos estados do Maranhão e Pará.


OS ATAQUES
Os militares da Operação Prato realizaram várias entrevistas com habitantes dos municípios dos estados do Maranhão e Pará, incluindo os povos ribeirinhos da região. Foram entrevistados dezenas de moradores da região que relataram a presença de corpos luminosos voadores e que, diversas vezes atiravam raios paralisantes contra suas vítimas.

Entre os entrevistados estava a médica da Unidade Sanitária de Colares, Dra. Wellaide Cecim Carvalho de Oliveira, que declarou o seguinte:

"(...) com referência às pessoas que se dizem atingidas por um 'foco de luz' de procedência desconhecida (quatro casos que atendeu), disse que, além de crise nervosa, seus pacientes apresentavam outros sintomas tais como: paresia (amortecimento parcial do corpo) (...) Seus pacientes manifestavam sintomas de cefaleia, astenia, tonturas, tremores generalizados e o que reputa mais importante são as queimaduras de 1º grau, bem como marcas de microperfurações. De acordo com o sexo, os homens sobre o pescoço (jugular) e as mulheres, digo, a mulher no seio (só um caso)."

O ufólogo e astrofísico Jacques Vallée, em sua viagem ao Brasil no ano de 1988, entrevistou a Dra. Wellaide Cecim, que relatou um amplo espectro de sintomas clínicos, como: fraqueza, tonturas, dor de cabeça, tremores, palidez, pressão baixa, anemia, pele enegrecida com diversos círculos vermelho-arroxeados (onde atingida pela luz), duas marcas de picada dentro das marcas vermelhas, pelos não cresciam mais na região afetada, náusea ou diarreia.

Utilizando os registros militares do relatório vazado da primeira missão, foram catalogados os seguintes efeitos físicos e número de ocorrências:
  • Paralisia ou Amortecimento: 12;
  • Tremores: 08;
  • Dor de cabeça ou calafrios: 07;
  • Rouquidão: 06;
  • Calor: 05;
  • Choque elétrico: 04;
  • Entorpecimento ou Queimadura: 03;
  • Compressão: 02;
  • Dor nos olhos, na nuca e musculares: 12;
  • Queda de pelos: 
Durante e após o fenômeno, a médica deu várias entrevistas para a mídia escrita e televisiva, ampliando significativamente o escopo de suas declarações de 1977, agregando novas informações e percepções pessoais.

CONCLUSÃO

O fenômeno ufológico intenso nos estados do Maranhão e Pará, em parte de 1977 e parte de 1978, compreendeu uma série de avistamentos, testemunhos e registros de imagens, tanto por parte da população quanto por parte dos próprios militares envolvidos na operação de investigação oficial do fenômeno, a chamada Operação Prato. Alguns ufólogos acreditam que, na verdade, foram vários fenômenos ufológicos ocorridos durante quase toda a década de 1970, com o auge dos ataques ocorrido em  1977.

E mais, há ufólogos que afirmam que ainda há, até hoje, fenômenos ufológicos ocorrendo naquela região, embora com menor gravidade, pelo menos na grande maioria dos casos conhecidos e catalogados. Para a própria FAB - Força Aérea Brasileira, a maioria dos fenômenos esteve concentrada entre os anos de 1975 e 1981.

De modo geral, os fenômenos testemunhados e registrados possuíam as seguintes características:
  • A maioria dos avistamentos e contatos de segundo e terceiro graus ocorriam à noite. Alguns desses contatos seriam com criaturas de estatura média, em torno de 1,5 metro, com aspecto físico que lembrava vagamente a forma física de humanos, embora com algumas particularidades físicas;
  • As formas físicas dos objetos voadores eram esférica e cilíndrica, com pelo um dos objetos com formato de bola de futebol americano;
  • Os deslocamentos da maioria dos objetos voadores era da abóbada celeste para a terra e do oceano para o continente;
  • Aparentemente, os objetos davam alguma preferência por sobrevoar as pequenas comunidades da região;
  • Não eram raros os casos de observadores do fenômenos serem atingidos por raios paralisantes, com sequelas de saúde, mais graves ou menos graves, por meses ou anos, dependendo de cada caso, com alguns casos registrados de mortes;
  • As vítimas dos ataques eram geralmente adultas, homens e mulheres;
  • Em alguns avistamentos era possível observar seres estranhos dentro das naves, o que se acreditava serem os tripulantes;
  • Segundo testemunhas, entre elas os militares brasileiros, uma das naves era grande, possuía 100 metros de comprimento, com formato de bola de futebol americano, que sobrevoava o Rio Guajará Mirim, com uma criatura dentro, vista através da janela.
  • Foram mais de 500 fotografias e 16 horas de filmagem, dentro da Operação Prato, inclusive em câmeras Super-8 e Super-16, com relatórios que somaram mais de 2.000 páginas.
  • Entre os jornalistas envolvidos nas reportagens e matérias sobre o caso estava Carlos Mendes, do Jornal Estado do Pará, que entrevistou mais de 80 pessoas que afirmaram ter presenciado, de alguma forma, o fenômeno.
  • Algumas das naves que sobrevoavam a região também tinha a capacidade de submergir nos rios.  

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