AEROPORTO SANTOS DUMONT

AEROPORTO SANTOS DUMONT
AEROPORTO DO RIO DE JANEIRO

INTRODUÇÃO
O Aeroporto Santos Dumont é um tradicional aeroporto público brasileiro destinado às operações visuais e por instrumentos, noturnas e diurnas, de aeronaves de pequeno, médio e grande portes das aviações comercial (somente doméstica e regional), geral, governamental, policial e militar, localizado praticamente no centro da cidade do Rio de Janeiro, capital do estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Esse importante aeroporto brasileiro está localizado bem ao lado da Baía de Guanabara, considerada um ponto turístico da cidade. Ele é considerado um dos mais estratégicos aeroportos brasileiros, é um dos mais movimentados aeroportos destinados ao transporte aéreo civil regular, doméstico e regional, de instrução civil, transportes aéreos governamental, militar, policial e apoio de infraestrutura para o funcionamento das operações aéreas aeromédicas de asas rotativas e fixas para a região metropolitana do Rio de Janeiro.

Conhecido também como Aeroporto do Rio de Janeiro, ele é um dos dez aeroportos mais movimentados do Brasil, um dos mais estrategicamente bem localizados, muito próximo ao centro da cidade do Rio de Janeiro, a apenas dois quilômetros ao sul do centro da cidade. Dentro do meio aeronáutico, o Aeroporto Santos Dumont é oficialmente conhecido também pela sigla SDU, da IATA – International Air Transport Association, ou Associação do Transporte Aéreo Internacional, em português, e pela sigla SBRJ, da ICAO – International Civil Aviation Organization, ou Organização da Aviação Civil Internacional, em português.

O Aeroporto Santos Dumont é absolutamente fundamental para o desenvolvimento econômico e social da região metropolitana do Rio de Janeiro, ele concentra uma das maiores movimentações de aeronaves das aviações comercial, regional e geral (incluindo a aviação executiva), de instrução, governamental, policial, militar e aeromédica da capital, servindo como infraestrutura de base para o transporte de um grande número de empresários em visitas às suas filiais de empresas, fornecedores e revendedores, executivos, políticos e funcionários públicos, turistas, fazendeiros em visitas às suas fazendas, transporte de acidentados, cidadãos doentes e transporte de órgãos para transplante.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
O Aeroporto Santos Dumont é um dos mais antigos e conhecidos aeroportos do Brasil. É um aeroporto doméstico com administração compartilhada, com uma parte menor de sua área física sob controle da Aeronáutica Brasileira (COMAR – Comando Aéreo Regional e DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e a maior parte sob administração da Infraero - Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, empresa pública federal brasileira subordinada à SAC - Secretaria de Aviação Civil. A Infraero administra o Aeroporto Santos Dumont desde 1985.

Há planos concretos do Governo Federal de passar a administração do Aeroporto Santos Dumont para a iniciativa privada, por meio de concessão. A administração atual do presidente Jair Bolsonaro decidiu incluir o Aeroporto Santos Dumont na próxima rodada de privatizações do setor, que está sendo elaborada pelo Ministério da Infraestrutura.

Ele foi um dos primeiros terminais aeroportuários do Rio de Janeiro e um dos primeiros do Brasil, fundado na década de 1930, e tem atualmente uma variedade de linhas aéreas comerciais regulares, predominando o tráfego de jatos comerciais, turboélices comerciais, helicópteros e aviões de pequeno e médio portes, incluindo jatos executivos e turboélices, a denominada aviação geral. Apresenta também movimentações de helicópteros e sua infraestrutura contribui para que o Rio de Janeiro tenha um dos maiores tráfegos de jatos executivos do país, uma das regiões turísticas mais visitadas do Brasil.

O Aeroporto Santos Dumont não opera voos civis internacionais, isso significa que, de acordo com o regulamento de aviação civil em vigor no Brasil, qualquer aeronave civil com destino internacional deve, obrigatoriamente, passar antes por qualquer aeroporto internacional em território brasileiro, e vice-versa, ou seja, toda aeronave com procedência internacional e com destino ao Aeroporto Santos Dumont deve passar antes por qualquer aeroporto internacional em território brasileiro.

As principais companhias aéreas que operam no Aeroporto Santos Dumont são a LATAM Airlines, a Gol Linhas Aéreas, a Azul Linhas Aéreas e a Passaredo. As principais locadoras de automóveis no aeroporto são Localiza / Hertz, Movida, Unidas, Alamo e Avis. Os principais bancos são Itaú e Bradesco, mas há caixas automáticos do Banco do Brasil e do Santander. As empresas de táxi aéreo com bases ou salas de atendimento no aeroporto são TAM Aviação Executiva, Líder Aviação, Icon Aviation e Heli Rio. O telefone fixo da administração do aeroporto é (21) 3814-7070. O aeroporto possui ainda balcões e/ou salas de atendimento da Polícia Federal, do Juizado Cível e da Polícia Militar.

A Shell, a BR Aviation / Petrobrás e a Air BP são as principais fornecedoras de combustíveis (querosene e gasolina) para aeronaves no Aeroporto Santos Dumont. Também há no aeroporto duas escolas de aviação civil, a Top Fly e a Skylab. 

Oficialmente, a principal entrada ou acesso ao Aeroporto Santos Dumont está localizada em frente à Praça Senador Clóvis Salgado Filho, mas uma parte de sua infraestrutura, a maior parte, aliás, está localizada na Avenida General Justo, bem próxima ao prédio do Ministério Público do Rio de Janeiro, ao Hotel Ibis e à Praça Antenor Fagundes. Do outro lado do Aeroporto, ao sul, está a famosa Baía de Guanabara e a Escola Naval.

O Aeroporto Santos Dumont está bem próximo da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, esta à noroeste, do Espaço Cultural da Marinha, este ao norte, e do Museu de Arte Moderna, este a oeste. Ele está rodeado pela Marina da Glória, esta também a oeste, e pelo morro Pão de Açúcar, este a cerca de seis quilômetros ao sul, os dois também considerados pontos turísticos da cidade.

Embora seja considerado um aeroporto de infraestrutura sofisticada, com terminais de embarque climatizados e fingers para embarque de passageiros da aviação comercial, inclusive, o Aeroporto Santos Dumont possui duas pistas de pouso pavimentadas de asfalto de comprimento limitado, com apenas 1.300 metros de comprimento, a principal, e 1.200 metros de comprimento, a auxiliar. Não há margens para erros, todos os pousos e decolagens exigem extrema atenção das respectivas tripulações das aeronaves de asas fixas.

Um dos destaques arquitetônicos do Aeroporto Santos Dumont é a moderna sala de embarque, a primeira no Brasil totalmente revestida de material transparente, que dá uma ampla visão para a Baía de Guanabara, onde é possível observar pontos turísticos como a gigantesca Ponte Rio - Niterói, uma das mais compridas do mundo, a Ilha Fiscal, o Museu de Arte Contemporânea, a cidade de Niterói, a Escola Naval e o morro Pão de Açúcar.

Atualmente, o Aeroporto Santos Dumont opera com a aviação comercial, doméstica e regional, e a aviação geral, incluindo a aviação executiva e de táxi aéreo. O aeroporto opera com o sistema de balizamento noturno e VOR – VHF Omnidirectional Range / DME - Distance Measurig Equipment, que permitem operações noturnas de todas as aviações, exceto a internacional. As pistas de pouso paralelas, a principal e a auxiliar, estão posicionadas com as cabeceiras 02R / 20L e 02L / 20R, respectivamente. As coordenadas geográficas do aeroporto são 22º54'36"S e 43º09'45"W com elevação de apenas três metros. O telefone fixo da Sala AIS do aeroporto é (21) 2101 – 6411 ou (21) 3814 - 7733.

Ele não deve ser confundido com o Aeroporto de Paranaguá, no estado do Paraná, também chamado Aeroporto Santos Dumont.

O complexo aeroportuário Santos Dumont está instalado em uma área de 833.000 metros quadrados, contando com duas pistas de pouso curtas e paralelas com capacidade para até 29 operações por hora e dois terminais de passageiros climatizados, sendo um terminal para embarque e outro para desembarque. Essa estrutura oferece a capacidade para atendimento de até 9.900.000 passageiros por ano, segundo a Infraero. O aeroporto tem um pátio de estacionamento de aeronaves de 95.000 metros quadrados e todo o terminal de passageiros, para embarque e desembarque, possui área construída de 61.000 metros quadrados.

Obviamente, o nome Aeroporto Santos Dumont é uma merecidíssima homenagem ao modesto projetista brasileiro Santos Dumont, o ousado e brilhante inventor do avião, invenção testemunhada e homologada pelo Aeroclube da França, em Paris, em 1906.

HISTÓRIA
O Aeroporto Santos Dumont tem uma localização privilegiada e de fácil acesso, próximo ao centro financeiro da segunda maior cidade do Brasil, uma das maiores regiões metropolitanas do país. Oficialmente, ele foi inaugurado em 1936 pelo então presidente da república Getúlio Vargas, quando a cidade do Rio de Janeiro ainda era a capital federal do Brasil, ainda com uma infraestrutura muito limitada de apenas 700 metros de comprimento de pista. Mas, a rigor, a sua construção foi iniciada cerca de 14 anos antes, em 1922, quando naquele ponto ainda havia uma espécie de prisão de escravos negros praticamente abandonada, a chamada Ponta do Calabouço, construída no século XVII, que foi demolida para dar origem a um aeroporto civil para atender o tráfego nacional e internacional de hidroaviões.

Com as rochas, pedras e terra provenientes do Morro do Castelo, cedidas pela Prefeitura do Rio de Janeiro, foi dada a origem a um aterro à beira da Baía de Guanabara. Nascia assim o Aeroporto Santos Dumont, o primeiro aeroporto civil construído para atender a cidade do Rio de Janeiro. Os números são impressionantes, foram necessários mais de 2.700.000 m³ de rochas, pedras e terra usados para o aterramento de uma pequena parte da Baía de Guanabara, principalmente a pista de pouso. Uma obra de engenharia bem projetada, que até o momento não apresentou problemas graves de afundamento da superfície do aterro.

Na verdade, o município do Rio de Janeiro e municípios vizinhos já usavam, na época, outros campos de pousos ou aeródromos de perfis civil e militar, entre eles o Campo dos Afonsos (Exército), Campo de Manguinhos (operações civis) e a Base do Galeão (Marinha), esta conhecida na época como Centro de Aviação Naval do Rio de Janeiro. Mas o maior potencial de crescimento de operações civis, governamentais, policiais e aeromédicas era mesmo do Aeroporto Santos Dumont, pois sua localização era mais favorável. Além disso, o Santos Dumont foi, de fato, o primeiro com estrutura de aeroporto civil.

Como grande cidade e, sobretudo, na condição, na época, de capital federal do Brasil, o município do Rio de Janeiro precisava dispor de um aeroporto condizente com suas necessidades. Duas áreas então foram estudadas para a construção do aeroporto da então capital do País, o chamado Aterro do Calabouço, onde já operavam hidroaviões, e o Campo de Manguinhos, que recebia aeronaves convencionais de operação em pistas de pouso. A proposta de implantar o aeroporto no Aterro do Calabouço foi bem aceita por especialistas em aviação e com isso o urbanista francês Alfred Agache idealizou o Aeroporto Santos Dumont, a ser construído praticamente no centro da cidade do Rio de Janeiro.

Na época, o engenheiro César Silveira Grillo, diretor do DAC – Departamento de Aeronáutica Civil, posteriormente rebatizado para DAC – Departamento de Aviação Civil e, atualmente, ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil, defendia firmemente a mega-construção (para os padrões da época, é claro) de um aeroporto mais próximo do centro da cidade, até que conseguiu convencer autoridades governamentais a investir pesadamente na construção do Aeroporto Santos Dumont.

Na época de sua inauguração, a VASP – Viação Aérea São Paulo, por exemplo, já operava linhas regulares para a cidade do Rio de Janeiro, partindo de São Paulo, com o trimotor Junkers 52, para cerca de 12 passageiros. Mas a primeira instalação, completa, coberta e adequada para embarque e desembarque de passageiros foi, de fato, construída pela Panair do Brasil, uma filial brasileira da companhia aérea americana Pan American, conhecida também como Pan Am.

Logo em seguida, um ano depois da construção do terminal de passageiros da Panair do Brasil, foi iniciada a construção do terminal público de embarque do Aeroporto Santos Dumont, por meio de licitação. O arquiteto Atílio Corrêa Lima e o escritório arquitetônico MM Roberto foram os escolhidos e o novo terminal público de embarque foi inaugurado pelo então presidente Getúlio Vargas.

Em 1950 foi dado início a tão aguardada e absolutamente necessária ampliação da pista de pouso do Aeroporto Santos Dumont, com um aterro complementar para o aumento do comprimento da pista para 1.300 metros e a criação de uma pista de pouso auxiliar de 1.200 metros.

CRONOLOGIA DO DUMONT
1922 – Início da construção de um aeródromo na Ponta do Calabouço, chamado na época de Aeródromo do Calabouço, que servia para operação de embarque e desembarque de passageiros em antigos hidroaviões domésticos e internacionais.

1934 – Inicio das obras de construção do Aeroporto Santos Dumont, com a ampliação do aterro da Ponta do Calabouço em mais 370.000 metros quadrados, utilizando cerca de 2.700.000 metros cúbicos de rochas, pedras e terra, além da construção de uma muralha de contenção para evitar erosão do aterro.

1935 - Pequenos aviões de operação convencional já começam a utilizar o aeroporto, ainda com uma pista de 400 metros de comprimento.

1936 - O Aeroporto Santos Dumont foi oficialmente inaugurado, com uma pista de pouso de 700 metros de comprimento. No mês anterior à inauguração, Getúlio Vargas, então presidente da república, publicou um decreto dando o nome do aeronauta Santos Dumont ao aeroporto, considerando sua relevância para a história da aeronáutica mundial.

1938 – Início dos trabalhos de ampliação da pista de pouso do Aeroporto Santos Dumont, de 700 metros para 1.000 metros de comprimento, para atender a demanda de aviões maiores. Sendo o Rio de Janeiro a capital do país e o com intenso movimento de turistas na cidade, o Aeroporto Santos Dumont era o preferido para o transporte aéreo nacional. No mesmo ano, foi dado início à construção do terminal público de passageiros que, aliás, foi adiada por anos e só inaugurada em 1947, atraso este, segundo dizem, causado pela Segunda Guerra Mundial.

1950 – Mais uma obra de ampliação de pista de pouso do Aeroporto Santos Dumont, de 1.000 metros para 1.300 metros de comprimento e a construção da pista auxiliar.

1959 - É inaugurada a ponte aérea Rio - São Paulo, acordo firmado entre as companhias aéreas Varig, Vasp e Cruzeiro do Sul, que operavam os Convair 240, Scandia e Convair 340 na ligação aérea entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, com horários pré-estabelecidos, com intervalos regulares entre um voo e outro, de modo a tornar mais convenientes as viagens para os passageiros.

1960 - Brasília, a nova capital do Brasil é inaugurada e São Paulo assume o posto de cidade mais importante do país devido a sua industrialização. Com essas mudanças nos contextos econômico e político nacional o Aeroporto Santos Dumont sofreu uma redução no tráfego e deixou de ser o principal hub nacional.

1991 - Os aviões a jato, principalmente o Boeing 737-300, passaram a ser utilizados no Aeroporto Santos Dumont. Nessa época, outro modelo de aeronave a jato, o Fokker F-100 também passou a ser utilizado em ligações do Rio de Janeiro para vários destinos, neste caso operado pela então TAM Linhas Aéreas, conhecida atualmente como LATAM Airlines.

1998 - O terminal do Aeroporto Santos Dumont foi destruído por um grande incêndio em janeiro, fazendo com que todas as suas operações de aviação comercial fossem transferidas para o Aeroporto do Galeão. Por causa do incêndio, o terminal do Aeroporto Santos Dumont passou por uma reforma e os voos retornaram por completo para o aeroporto em agosto daquele ano.

2004 - Início de reformas e ampliação do Aeroporto Santos Dumont.

2005 - Entrou em vigor uma determinação pela Portaria nº 187, do então DAC – Departamento de Aviação Civil, que restringiu as operações no Aeroporto Santos Dumont a voos da ponte aérea e voos regionais, além de atender os voos das empresas de táxi aéreo e da aviação geral. Dentre outras, a principal limitação se dava na exclusividade para operação de aeronaves turboélice, com capacidade máxima de 50 assentos nos voos regulares, com exceção dos voos para o aeroporto de Congonhas, que continuavam sendo operados com jatos de grande porte.

2007 - Inauguração do atual e moderno terminal de embarque, com oito pontes ou fingers de embarque.

2009 - Revogação da Portaria nº 187, do DAC – Departamento de Aviação Civil, por meio da Resolução nº 75, da então recém criada ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil. Com isso, dado o limite da capacidade operacional do Aeroporto Santos Dumont, com base em critérios técnicos da própria agência reguladora, o aeroporto foi liberado para voos interestaduais e também para uso de aviões a jato em outras linhas aéreas ou rotas, além da ponte-aérea.

2016 - Por meio da decisão nº 104 da ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil, o Aeroporto Santos Dumont passou a ser um aeroporto coordenado no sistema de alocação de slots, o que significa que a infraestrutura aeroportuária tem uma limitação técnica para atender com segurança até 29 operações (pousos ou decolagens) para cada período de uma hora. Assim, pousar e decolar no Aeroporto Santos Dumont exige uma autorização prévia em função dessa limitação.

MERCADO
Atualmente, o Aeroporto Santos Dumont é o segundo aeroporto civil mais movimentado do estado do Rio de Janeiro, depois do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro / Antônio Carlos Jobim, e foi o sétimo aeroporto mais movimentado do Brasil, em 2014, por exemplo. Mas, por muitos anos, desde sua inauguração na década de 1930, ele foi uma das principais infraestruturas aeroportuárias civis brasileiras. Dentro do município do Rio de Janeiro, por exemplo, ele foi superado apenas na década de 2000 pelo Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, conhecido também como Aeroporto do Galeão, inaugurado na década de 1950.

Ele serve de infraestrutura para um dos principais tráfegos aéreos domésticos do Brasil, a famosa Ponte Aérea Rio - São Paulo, que transporta passageiros entre o Rio de Janeiro e o Aeroporto de Congonhas, dentro da cidade de São Paulo, movimentando mais de 4.000.000 de passageiros por ano, o que representa grande parte de todo o movimento do aeroporto. A segunda e a terceira linhas aéreas ou rotas mais movimentadas são com destino ao Aeroporto Internacional de Brasília e ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, conhecido também como Aeroporto Internacional Confins, localizado nos municípios de Confins e Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, a capital do estado de Minas Gerais, ambas as linhas aéreas transportando mais de um 1.000.000 de passageiros ao ano, cada.

Segundo o CGNA - Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea, em 2015, por exemplo, passaram pelo Aeroporto Santos Dumont quase 140.000 aeronaves. Desse número, cerca de 75% dos voos foram da aviação comercial (somente doméstica e regional), 21% da aviação geral (incluindo as operações de empresas de táxi aéreo e operações particulares) e 4% da aviação militar.

É claro que há necessidade de aumento do comprimento das duas pistas de pouso do Aeroporto Santos Dumont, sobram argumentos para justificar essa ampliação de infraestrutura e, talvez, até a consequente implantação do sistema ILS – Instrument Landing System nesse importante aeroporto doméstico brasileiro, entre eles o grande e lucrativo movimento anual de passageiros e o aumento da segurança das operações, principalmente as operações com jatos, que geralmente possuem potência estática / tração estática menor que a tração de turboélices do mesmo tamanho e capacidade.

MOVIMENTO ANUAL DE PASSAGEIROS
ANO
NÚMERO DE PASSAGEIROS
2015
9.618.197
2014
9.924.977
2013
9.102.187
2012
8.960.345
2011
8.522.225

LINHAS AÉREAS (ROTAS) MAIS MOVIMENTADAS
ANO
LINHA AÉREA
PASSAGEIROS (EMB. E DESEMB.)
2014
São Paulo (Congonhas)
Aprox. 4 milhões (40%)
2014
Brasília
Aprox. 1,4 milhão (15%)
2014
Belo Horizonte
Aprox. 1 milhão (10%)
2014
São Paulo (Guarulhos)
Aprox. 970 mil (10%)
2014



O PERFIL DO DUMONT

O Aeroporto Santos Dumont tem uma área total de aproximadamente 833.000 metros quadrados, o equivalente a aproximadamente 83 hectares. Ele está localizado à beira da Baía de Guanabara, bem próximo ao centro da cidade do Rio de Janeiro. A cerca de 15 quilômetros a noroeste do Aeroporto Santos Dumont está localizado o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) e a cerca de 18 quilômetros a sudoeste está localizado o Aeroporto Jornalista Roberto Marinho (Jacarepaguá).

Em 2015, por exemplo, passaram pelo Aeroporto Santos Dumont uma grande variedade de aeronaves, a maioria de companhias aéreas domésticas e regionais, totalizando quase 140.000 operações, com uma média diária de 380 operações (pousos e decolagens), principalmente entre 6 horas da manhã e meia noite. O aeroporto tem infraestrutura que permite pousos e decolagens noturnos. No sítio aeroportuário, ou seja, na área do aeroporto, estão construídos vários hangares e outras construções, entre eles o prédio do COMAR – Comando Aéreo Regional (militar), as instalações do DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo (militar), o prédio usado pelo BINFAE – Batalhão de Infantaria Especial (militar), as instalações do Clube da Aeronáutica e o Instituto Histórico e Cultural da Aeronáutica.

É possível acessar a Escola Naval e várias concessionárias do aeroporto, entre elas a Gol Cargo e a LATAM Cargo, pela Avenida Silvio de Noronha, localizada a oeste.

No Aeroporto Santos Dumont cerca de 75% das atividades operacionais estão relacionadas às aviações doméstica e regional, na maioria aviões de médio porte para transporte de passageiros, mas há também operações militares, operações da aviação geral, incluindo a aviação executiva, e a aviação de treinamento civil de novos pilotos.

O aeroporto também tem importância econômica, movimenta centenas de milhões de reais da economia do Rio de Janeiro, gera uma grande soma de recursos arrecadados na forma de impostos e taxas e gera centenas de empregos diretos e indiretos.

COMPOSIÇÃO DAS OPERAÇÕES
Existem três tipos principais de aviação operandos no Aeroporto Santos Dumont:
  • A chamada aviação comercial, formada por companhias aéreas domésticas e regionais com voos regulares que comercializam passagens. Para quem não sabe, as companhias aéreas domésticas ou companhias de alcance nacional são aquelas que realizam voos regulares para grandes cidades, principalmente ou geralmente capitais de estado. Já as companhias aéreas regionais são aquelas que realizam voos para cidades médias ou pequenas, principalmente ligando grandes metrópoles a cidades do interior, geralmente com infraestrutura aeroportuária limitada.
  • A chamada aviação geral, formada por empresas de táxi aéreo (aviação executiva e turística), operadores particulares pessoas físicas e jurídicas (aviação executiva, desportiva e de passeio), voos civis de treinamento para pilotos iniciantes e outras atividades aéreas que não sejam voos civis regulares e voos militares;
  • A aviação militar, com a utilização de aviões para fins exclusivamente militares e governamentais, incluindo o uso de helicópteros.

AMPLIAÇÃO E MODERNIZAÇÃO
No início dos anos 2000 o Aeroporto Santos Dumont operava com mais que o dobro de sua capacidade. Nos anos 2003 e 2004, por exemplo, passaram pelo aeroporto cerca de 5.000.000 de passageiros, em cada ano, quando sua capacidade operacional era de apenas 1,8 milhão de passageiros por ano. Nesse período houve uma polêmica sobre o que seria feito diante da situação do aeroporto: De um lado a Infraero, companhias aéreas e habituais passageiros justificavam a emergência da ampliação do terminal sob a alegação de que o local era incapaz de comportar o fluxo atual de usuários; por outro lado, arquitetos, ambientalistas, agentes de viagem e defensores do patrimônio histórico defendiam a preservação das características originais do aeroporto.

Diante do impasse, a Infraero submeteu o projeto de ampliação do aeroporto ao INEPAC – Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural e ao IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil, realizou duas consultas públicas e atendeu a todas as exigências dos órgãos de controle ambiental e urbanístico. Após se arrastar por dois anos, a projeto finalmente foi aprovado e as obras se iniciaram no ano 2004.

Foram instaladas 8 pontes de embarque e desembarque de passageiros, conhecidos também com fingers; Foi construído / montado um conector climatizado de acesso às pontes, com estrutura metálica e uso intensivo de vidro, totalizando 8.177 m² de área construída; Houve um aumento do número de balcões de check-in de 33 para 50 posições; Houve aumento de duas para cinco esteiras de bagagens; Houve ampliação do número de pontos comerciais de 50 lojas para 153 lojas;

As obras foram concluídas e entregues em 2007. Com isso, a área construída envolvendo os terminais de passageiros aumentou de 19.000 m² para 61.000 m² e a capacidade de 1.800.000 passageiros por ano foi ampliada para 9.900.000, a capacidade atual.

Em 2017, a empresa europeia Airbus Industrie informou que estava realizando alterações nos projetos dos seus modelos Airbus A320 para que operem no aeroporto. A partir de 2019, o modelo já pode operar com sua plena capacidade de até 174 passageiros no Santos Dumont, embora com restrição de combustível em dias quentes, em razão do comprimento limitado da pista de pouso. Até então, as empresas LATAM Airlines e Avianca só operavam os modelos Airbus A319 na ponte aérea, com capacidade de até 144 passageiros, em alta densidade. Aliás, a Avianca não existe mais.

A fabricante Airbus negociou com ambas as empresas uma nova versão, batizada internamente de SHARP - Short Airfield Package, ou pacote para pistas curtas, em português, e o pacote LIP - Lift Improvement Package, ou pacote de decolagem melhorada, em tradução livre, que introduziram alterações aerodinâmicas, nos motores, nos freios e no software, permitindo assim que o Airbus A320 e Airbus A320neo realizem pousos e decolagens no aeroporto, com capacidade máxima de transportar passageiros. Atualmente, a Azul Linhas Aéreas também opera aviões da família Airbus A320 com essas melhorias.

Seria uma solução semelhante ou não muito diferente da adotada na sub-versão Boeing 737-800 SFP, ou Short Field Performance, adotada pela Boeing Company nos seu modelo best-seller de aeronave a jato para transporte de passageiros. A Gol Linhas Aéreas é a principal operadora dessa sub-versão para pousos e decolagens em pistas de comprimento limitado.

FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
  • Localização: Cidade do Rio de Janeiro;
  • Endereço: Praça Senador Salgado Filho e Avenida General Justo;
  • CEP / ZIP code / Post code: 20021-340;
  • Coordenadas geográficas: 22º54'36"S e 43º09'45"W
  • Propriedade do solo: Governo Federal (União);
  • Código IATA: SDU;
  • Código ICAO: SBRJ;
  • Administração: Infraero e Aeronáutica Brasileira;
  • Telefone geral: (21) 3814-7070 (fixo);
  • Sala AIS: (21) 2101 – 6411 (fixo);
  • Ouvidoria Infraero: 0800-7271234;
  • Uso: Público, militar e governamental;
  • Inauguração: 1936;
  • Altitude: 3 metros;
  • Pista de pouso principal: Cabeceiras 02R e 20L, 1.300 metros (asfalto);
  • Pista de pouso auxiliar: Cabeceiras 02L e 20R, 1.200 metros (asfalto);
  • Pista de pouso: PCN 65;
  • Homologação: VFR e IFR (24 horas);
  • Pontes (fingers) dos terminais: 8;
  • Esteiras de bagagem: 6;
  • Capacidade do pátio (aviação comercial): 20 aviões;
  • Capacidade do pátio (aviação geral): 25 aviões e 7 helicópteros;
  • Capacidade total: 52 aeronaves;

VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto_do_Rio_de_Janeiro-Santos_Dumont
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto_Internacional_do_Rio_de_Janeiro-Gale%C3%A3o
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/14-bis
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto_de_Paranagu%C3%A1

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