EMBRAER - EMPRESA BRASILEIRA DE AERONÁUTICA


EMBRAER S.A. (HOLDING)
EMBRAER - EMPRESA BRASILEIRA DE AERONÁUTICA
EMBRAER EXECUTIVE JETS
EMBRAER DEFESA E SEGURANÇA
BOEING COMMERCIAL BRASIL

INTRODUÇÃO
Logo acima, o logotipo da Embraer S.A., uma das maiores empresas exportadoras de produtos do Brasil, a holding que controla, a partir do Brasil, várias subsidiárias fabricantes de aviões executivos e militares. Logo abaixo, imagem aérea da sede da multinacional em São José dos Campos, interior do Estado de São Paulo, no Brasil.

A Embraer S.A. é a empresa matriz multinacional que controla ou possui participação societária, a partir do Brasil, uma variedade de empresas que formam uma grande corporação que atua mundialmente no ramo aeronáutico, incluindo fabricantes de aviões comerciais, executivos, agrícolas / utilitários e militares. Conhecida anteriormente como Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica, a sede do grupo está localizada no município de São José dos Campos, interior do Estado de São Paulo, e possui diversas subsidiárias e unidades no Brasil e no exterior, inclusive duas joint ventures, uma na China e outra em Portugal.

Em 2016, com uma receita líquida de R$ 21 bilhões, o equivalente a US$ 6,1 bilhões, pela cotação da época, a Embraer esteve na terceira posição mundial no setor de aviação civil, acima da sua principal concorrente, a canadense Bombardier, e abaixo da Airbus e da Boeing. Em 2012, a empresa tomou uma decisão estratégica, optou por reduzir a sua atuação no mercado de aeronaves comerciais, onde há maior concorrência internacional, e ampliar seu mercado nas linhas executiva e de defesa. Essa mudança de estratégia levou a Embraer a ser, em 2012, a empresa que mais cresceu entre as maiores exportadoras brasileiras, 17,6% em relação a 2011.

Atualmente, a Embraer é uma das maiores empresas do ramo da indústria aeronáutica no mundo, posição alcançada em mais de 50 anos de existência, atuando nas etapas de projeto, desenvolvimento, fabricação, venda e suporte pós-venda (manutenção preventiva e corretiva, inclusive) de aeronaves para os segmentos de aviação comercial, aviação executiva, aviação agrícola / utilitária e aviação militar para governos, incluindo a oferta de soluções integradas para defesa, segurança e sistemas.

Em unidades vendidas, a empresa brasileira Embraer S.A. é, atualmente, a terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do planeta e uma das maiores fabricantes de aeronaves executivas, aeronaves utilitárias para uso agrícola e aeronaves militares. Comparando receitas, a Embraer é, atualmente, o terceiro maior grupo fabricante de aeronaves civis do planeta, somando os números de todas as unidades da empresa, no Brasil e no exterior.

Em 2018, a Embraer S.A. despertou o interesse da gigante americana da indústria aeronáutica e aeroespacial Boeing Company, que chegou ao ponto de fazer uma oferta de compra da fabricante aeronáutica brasileira, proposta reformulada meses depois em razão da disposição do Governo Brasileiro em manter sua participação minoritária do tipo golden share, já que a subsidiária Embraer Defesa e Segurança é a principal fornecedora de aeronaves para a FAB - Força Aérea Brasileira. A nova proposta da Boeing consiste em assumir o controle gerencial de uma nova subsidiária para a fabricação de aviões comerciais e, atualmente, as duas empresas estão em negociação para atuarem juntas na fabricação de aeronaves comerciais para a aviação regional.

PERFIL
Logo acima, o jato regional bimotor turbofan de médio porte para transporte regional Embraer E-190, o carro chefe da divisão de aviação comercial da Embraer, que, em breve, passará a ser fabricado pela Boeing Commercial Brasil. Logo abaixo, imagem da linha de produção da máquina brasileira, orgulho nacional, mais uma prova da capacidade brasileira.

A Embraer é uma multinacional brasileiro do ramo da indústria aeronáutica civil e militar. Ela nasceu no início da década de 1970 como um empresa de capital misto, mas totalmente controlada pelo Governo Brasileiro. Foi privatizada na década de 1990 e se tornou, a partir de então, a quarta maior fabricante de aeronaves civis, atrás apenas da Boeing, da Airbus e da Bombardier. Atualmente, ela é a terceira maior fabricante de aeronaves civis, já que a Bombardier tem recuado claramente desse setor, mantendo-se apenas em alguns segmentos, como o da aviação executiva, por exemplo.

Essa empresa brasileira S.A. tem escritórios, fábricas, centros de desenvolvimento, centros de treinamento e centros de manutenção preventiva e corretiva de aeronaves civis e militares em várias partes do mundo. Atualmente, são mais de 2.500 aeronaves comerciais da aviação regional em operação no mundo, inclusive no Brasil, e, desde o início da década de 1970, mais de 8.000 aeronaves fabricadas no total, civis e militares, comerciais, executivas e agrícolas / utilitárias, fabricadas e vendidas em todos os continentes. A Embraer é a maior fabricante de jatos comerciais de médio porte no mundo, para uso regional e doméstico, com capacidade para até 120 passageiros. É a quinta maior fabricante de jatos executivos no mundo e a maior empresa brasileira de soluções de defesa e segurança.

A Embraer S.A. é uma das maiores exportadoras brasileiras. Ela está listada nas carteiras do DJSI - Índice Dow Jones de Sustentabilidade e do ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 / BM&F Bovespa, compostas de empresas que possuem os mais elevados padrões de governança e gestão sustentável.

Ele é uma corporação multinacional ou, mais precisamente, transnacional, com mais de 19 mil funcionários espalhados pelo mundo, somando mais de 20 nacionalidades. A Embraer é considerada e reconhecida como uma empresa que está na vanguarda tecnológica mundial da indústria aeronáutica, e tem como suas principais concorrentes, também avançadas, a corporação canadense Bombardier (aeronaves comerciais e executivas), a corporação japonesa Mitsubishi (aeronaves comerciais), a americana Textron Aviation (Cessna e Beechcraft, duas grandes marcas de aeronaves executivas), o grupo francês Dassault (aeronaves executivas), a americana Gulfstream (aeronaves executivas) e a fabricante russa Sukhoi, da UAC - United Aircraft Corporation, fabricante do jato regional Sukhoi SuperJet 100.

HISTÓRIA
Logo acima, imagem aérea histórica dos protótipos do turboélice bimotor para uso militar e transporte regional Embraer EMB-110 Bandeirante, um avião clássico, mas que ainda é utilizado por dezenas de empresas de voos charter e táxi-aéreo em várias partes do mundo. Logo abaixo, a sua linha de montagem na década de 1970, que foi encerrada na década de 1990, após um grande sucesso de vendas, com cerca de 500 unidades fabricadas, inclusive para os mercados mais exigentes, como Estados Unidos e Europa Ocidental.

A Embraer nasceu, no final da década de 1960, como uma iniciativa do Governo Brasileiro dentro de um projeto estratégico para implementar a indústria aeronáutica no país, em um contexto de políticas de substituição de importações. Em Brasília, a sede do Governo Federal, nos corredores da capital federal, e entre militares brasileiros, o principal incentivador e entusiasta para a criação da Embraer era o também militar Ozires Silva, na época major, atualmente aposentado.

São considerados os precursores da Embraer o antigo CTA – Centro Técnico Aeroespacial, que em 2009 passou a ser denominado DCTA – Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, e o ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Ambas as instituições foram criadas, respectivamente em 1946 e 1950, pelo cearense Casimiro Montenegro Filho, na época tenente-coronel da FAB - Força Aérea Brasileira.

Em 1953, Casimiro Montenegro convidou o engenheiro aeroespacial e fundador da fabricante Focke-Wulf em Bremen, o alemão Henrich Focke e seus engenheiros, para que atuassem no então CTA – Centro Técnico Aeroespacial. Isso ocorreu após Montenegro tomar conhecimento dos projetos inovadores que esses engenheiros vinham realizando na Alemanha, desenvolvendo desde 1939 helicópteros como o Focke-Wulf Fw 61, e aeronaves, como Focke-Wulf Fw 190 e Focke-Wulf Fw 200.

Mais precisamente, a Embraer foi fundada no final de 1969 como uma sociedade de economia mista, controlada pelo então Ministério da Aeronáutica, atualmente Ministério da Defesa. Seu primeiro presidente foi o engenheiro Ozires Silva, que havia liderado a criação e o desenvolvimento do avião Embraer EMB-110 Bandeirante, a partir de 1965. Inicialmente, a maior parte de seu quadro de funcionários formou-se com pessoal oriundo do ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, que fazia parte do então CTA – Centro Técnico Aeroespacial. De certo modo, a Embraer nasceu dentro do CTA – Centro Técnico Aeroespacial e o principal motivo para ou objetivo da criação da Embraer era a fabricação do turboélice bimotor regional Embraer EMB-110 Bandeirante, o que significa que o Embraer Bandeirante nasceu antes da Embraer.

No ano de 1980 houve uma fusão com a fabricante de aeronaves leves Indústria Aeronáutica Neiva, que se tornou sua subsidiária. Durante as décadas de 1970 e 1980, a Embraer conquistou importante projeção nacional e internacional com os aviões bimotores turboélice Embraer EMB-110 Bandeirante, Embraer EMB-121 Xingu e Embraer EMB-120 Brasilia.

Por decisão do Ministério da Aeronáutica brasileiro, a Embraer iniciou na década de 1980 negociações com as fabricantes italianas Aeritalia / Alenia e Aermacchi para a fabricação no Brasil, sob contrato de parceria para transferência de tecnologia, cerca de 80 unidades do jato monomotor militar subsônico de ataque Embraer AMX, considerado na época um importante salto tecnológico para a elaboração de novos projetos. Parte da experiência e dos conhecimentos que a Embraer obteve na fabricação do Embraer AMX foi aproveitada na fabricação de outras aeronaves criadas, desenvolvidas e fabricadas pela empresa brasileira, inclusive aeronaves civis.

Em 1986, Ozires Silva deixou a presidência da Embraer para assumir a presidência da Petrobras.

Na década de 1980, foi iniciado o desenvolvimento de um avião bimotor turboélice binacional para uso comercial que seria projetado e construído tanto pela Embraer como pela argentina FMA – Fábrica Militar de Aviones. A aeronave teve a designação de Embraer CBA-123, sendo CBA a sigla para Cooperação Brasil Argentina. Porém, naquele momento a tendência de mercado era aumentar o tamanho e capacidade dos projetos das aeronaves comerciais, e não o contrário, como havia sido planejado pelas duas fabricantes para o desenvolvimento do CBA-123.

Em 1990 o primeiro protótipo do Embraer CBA-123 voou, mas seu alto custo de desenvolvimento, além da crise econômica e política da época, tanto no Brasil como na Argentina, acabou com o projeto. O desenvolvimento do Embraer CBA-123 foi cancelado então, antes que provocasse ainda mais prejuízos aos dois países, Brasil e Argentina.

Um dado curioso sobre o Embraer CBA-123 é a motorização na parte traseira da fuselagem, com as hélices posicionadas na parte de trás de seus motores.

As décadas de 1980 e 1990 foram marcadas por graves recessões econômicas mundiais que abalaram a economia do Brasil e atingiu em cheio a Embraer. Em 1992, Ozires Silva foi convidado a voltar à presidência da empresa para conduzir o processo de privatização. Em 1994, durante o governo do então presidente Itamar Franco, a empresa foi leiloada para depois passar por um longo processo de reestruturação e apresentar novos projetos que a tornaria uma gigante do setor.

PRIVATIZAÇÃO
Logo acima, o engenheiro Maurício Botelho, um dos principais responsáveis pela reestruturação da Embraer após sua privatização em 1994. Logo abaixo, o jato regional Embraer ERJ-145, o produto decisivo para garantir a sobrevivência e a lucratividade da empresa após a privatização. 

Antes de ser privatizada, a companhia estava à beira da falência e sequer figurava entre as empresas com maior valor de mercado. Depois de alguns anos da privatização, passou a ser a terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo, considerando receitas e unidades fabricadas. Em 2013 foi a Empresa do Ano da edição especial Melhores e Maiores da Revista Exame, do Grupo Abril, por ter sido a empresa brasileira que mais cresceu em exportações em 2012, 17,6% em relação ao ano anterior, sendo uma das maiores exportadoras do país.

Após a privatização, a Embraer tornou-se uma das mais importantes blue chips negociadas na Bovespa, e, por anos seguidos, bem mais de uma década, distribui até hoje dividendos aos seus acionistas minoritários. Em 2016, por exemplo, ela teve um lucro líquido de R$ 585 milhões. Durante a década de 1990, após concluído o processo de privatização, os novos controladores acionários passaram então a ser os fundos de pensão Previ (Banco do Brasil) e Sistel (Telebras), e a Cia. Bozano Simonsen. Após a privatização, a empresa foi presidida pelo engenheiro Maurício Botelho, que foi substituído em 2007 por Frederico Curado.

COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA PÓS-PRIVATIZAÇÃO (1995)
PARTICIPAÇÃO
ACIONISTA
25%
Governo Federal
15%
Scorpio
12%
Sistel
9%
Previ
9%
Ciemb
4%
Banco de Investimentos S.A.
3%
Bozano Simonsen
23%
Outros





Alguns anos após a privatização, a Embraer passou a ter como sócios um grupo de grandes e importantes investidores europeus, entretanto com participação acionária menor, no total de 20%, composto pela Dassault, pela EADS, pela Snecma e pela Thales Group.

A recuperação de mercado da Embraer após a privatização foi resultado do sucesso do programa EMB-145 Regional Jet / ERJ-145 Regional Jet, um jato comercial bimotor concebido para acompanhar a tendência mundial na aviação regional na época, que era de utilizar aviões de tamanho maior, na faixa de 50 assentos. O sucesso continuou na década de 2000 com os modelos Embraer E-190 e Embraer E-170, entretanto estes projetos completamente novos, com capacidade ainda maior, com fileiras de quatro assentos, separados por um corredor central.

Entretanto, durante a década de 1990, durante seu processo de privatização e de reestruturação, no qual esteve atuante o engenheiro Juarez Wanderley e, pouco depois, o executivo Maurício Botelho, a Embraer soube aproveitar melhor sua capacidade produtiva, incluindo instalações e mão-de-obra de 3.800 funcionários, para atuar também como fornecedor de peças, partes e componentes para outros grandes fabricantes, como os flaps do McDonnell Douglas MD-11 e outras peças para o Boeing 777, em material composto, inclusive

Na época a empresa possuía um parque industrial de 1,3 milhão de m², com área construída de 255 mil m². A empresa já possuía instalações de manutenção fora do Brasil, para atender operadores estrangeiros, clientes da Embraer, inclusive a EAC - Embraer Aircraft Corporation, em Fort Lauderdale, no estado norte-americano da Flórida; e a EAI - Embraer Aviation International, em Paris, na França.

Um dos setores da empresa que mais recebeu investimentos após a privatização foi o de Pesquisa e Desenvolvimento. Atualmente, a  Embraer S.A. possui um dos mais avançados centros de realidade virtual do mundo. Esse centro é usado para concepção de novos modelos de aeronaves e modernizações dos modelos já existentes.

CRESCIMENTO

Logo acima, o jato militar monomotor subsônico Embraer AMX, o produto binacional, ítalo-brasileiro, que tornou possível à Embraer absorver tecnologia relevante e assim dar o salto tecnológico necessário para fabricar aviões mais sofisticados, como o Embraer ERJ-145, por exemplo. Logo abaixo, o Embraer EMB-120 Brasília, o principal produto da empresa na década de 1980.
O então presidente da Embraer, engenheiro Maurício Botelho, foi responsável pela reestruturação da empresa após a privatização, principalmente no âmbito financeiro. O lançamento do projeto da família Embraer ERJ-145 Regional Jet, composta por três jatos comerciais com várias capacidades, de 35 passageiros até 50 passageiros, foi um sucesso de mercado que atingiu a marca de mil aviões vendidos na década de 2000.

O passo seguinte foram novos investimentos para a criação de uma linha totalmente nova de aviões, incluindo o Embraer E-170 e o Embraer E-190, uma aposta no segmento de 70 lugares a 120 lugares, nomeados pela empresa como família Embraer E-Jets. Desde os primeiros anos, eles foram um sucesso, com 878 encomendas firmes e 915 intenções de compra, e foram logo associados a um novo nicho de mercado, ocupado tanto pelas companhias aéreas principais como pelas de baixo-custo e baixa-tarifa, conhecidas também com low-cost / low-fare. Até alguns anos atrás, sua maior concorrente era a empresa canadense Bombardier, com vários modelos de aviões regionais entre 50 e 130 lugares, mas recentemente a empresa recuou fortemente do mercado de aviação comercial, vendendo quase tudo as linhas de produção nessas faixas de assentos.

Em 2000, a Embraer lançou ações na bolsa de valores de Nova York.

Devido a subsídios adotados pela empresa canadense Bombardier, o governo brasileiro entrou com um pedido de reparação na OMC – Organização Mundial do Comércio. A disputa durou alguns anos e ambas as partes foram condenadas a adotar novas formas de financiamento aceitas internacionalmente para a criação, desenvolvimento e fabricação de suas aeronaves.

JOINT VENTURES E AQUISIÇÕES

Logo acima, o avião utilitário agrícola com motor a pistão Embraer Ipanema, com mais de 1.400 unidades fabricadas, o principal produto da Unidade Embraer Botucatu, conhecida anteriormente como Indústria Aeronáutica Neiva. Logo abaixo, um dos vários modelos de jatos executivos fabricados pela Embraer, o bimotor Embraer Phenom 300, com capacidade para até oito passageiros.

Em dezembro de 2002, uma joint venture com a AVIC II – Aviation Industry Corporation of China  (pronuncia-se Eviêchan Indâstri Córporêchan óv Tcháina) criou a HEAI – Harbin Embraer Aircraft Industry Co. Ltd., possibilitando a construção e venda do avião Embraer ERJ-145 para o mercado chinês.

Em 2004, foi criada uma associação com a empresa do ramo de defesa Lockheed Martin, para o fornecimento de aviões de sensoriamento remoto, com base no Embraer ERJ-145, para a Marinha e Aeronáutica dos Estados Unidos. No entanto, esse projeto foi suspenso em janeiro de 2006.

Ainda em 2004, um consórcio liderado pela Embraer foi declarado o vencedor no processo de privatização da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal S.A., deste modo derrotando o consórcio ítalo-americano que havia sido constituído pelas companhias Alenia Aeronautica e Lockheed Martin.

Para os próximos anos está prevista uma nova joint venture com a Boeing Company, para e comercialização do jato bimotor de logística militar Embraer C-390 Millennium.

AVIAÇÃO EXECUTIVA
Logo acima, o centro de manutenção de aeronaves executivas da Embraer em Sorocaba, interior do Estado de São Paulo, no Brasil. Logo abaixo, o carro chefe de vendas da Embraer no segmento de aviação executiva, o moderno e bonito Phenom 300.

Em 2005, a empresa deu início a um trabalho de marketing para ampliar sua participação no mercado de aviões executivos, presente até então apenas com o Embraer Legacy, cuja plataforma é o jato regional Embraer ERJ-135 Regional Jet. Para tanto, iniciou uma reestruturação interna nessa área, organizada pelo seu então vice-presidente de aviação executiva, Luís Carlos Affonso. Em maio do mesmo ano, anunciou o projeto do Embraer Phenom 300, jato executivo dentro da categoria light jet, e do Embraer Phenom 100, jato executivo dentro da categoria very light jet.

Juntamente com modelos em tamanho real, chamados dentro do meio aeronáutico de mock-ups, seus nomes oficiais foram divulgados em novembro, durante a NBAA - National Business Aviation Association (pronuncia-se Én-Bi-Ei-Ei ou, ainda, Néchânal Bíznes Eviêchan Assossiêchan), em Orlando, no estado norte-americano da Flórida. Também nesse ano foi lançado o Embraer Lineage 1000, o maior avião executivo fabricado pela Embraer, baseado na plataforma do jato comercial Embraer E-190.

A categoria light jet compreende aeronaves com mais de 5.600 kg de peso máximo de decolagem, são aviões conhecidos no Brasil como de médio porte. A categoria very light jet compreende aeronaves com menos de 5.600 kg de peso máximo de decolagem, são conhecidos como de pequeno porte, ou seja, são jatinhos. Atualmente, a Embraer atua também nos segmentos mid size jet, com os novíssimos jatos executivos Embraer Legacy 450, Embraer Legacy 500, Embraer Praetor 500 e Embraer Praetor 600, todos esses sofisticados jatos executivos intercontinentais de médio porte.

Em junho de 2012 foi criada uma nova joint venture com a AVIC – Aviation Industry Corporation of China, para a fabricação na China dos jatos executivos Embraer Legacy 600 e Embraer Legacy 650, usando a infraestrutura e demais recursos já existentes na joint venture HEAI - Harbin Embraer Aircraft Industry Co., Ltd..

Em setembro de 2012 foram inauguradas em Évora, Portugal, duas novas fábricas, as primeiras no continente europeu.

Recentemente, a Embraer anunciou a transferência da linha de produção dos jatos executivos Phenom 300 e Phenom 100 para os Estados Unidos.

REESTRUTURAÇÃO SOCIETÁRIA
Em 2006, a Embraer anunciou um plano de reestruturação societária, segundo o qual o poder decisório seria pulverizado entre todos os acionistas, pois todos os portadores de ações da empresa na Bolsa de Valores de São Paulo teriam direito a voto. Além disso, seria desfeito o bloco de controle em vigor desde a privatização, no qual os fundos de pensão Previ, Sistel e a Cia. Bozano controlavam a empresa, com 60% das ações. O engenheiro Maurício Botelho continuaria na presidência do Conselho de Administração da empresa até 2009.

Em 2007, a corporação gigante europeia EADS, conhecida atualmente como Airbus Group, vendeu sua participação acionária de 2,12% da Embraer por  € 124 milhões.

Em 2012, a Embraer contava com 740,5 milhões de ações no mercado, negociadas na NYSE - Bolsa de Valores de Nova York, e na B3 / BM&F BOVESPA – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo, cerca de 50% em cada bolsa. Suas ações estavam distribuídas entre os fundos de pensão PREVI, Oppenheimer Fund's, Thornburg Investment, Blackrock Inc., BNDESPAR, a empresa de participações societárias e acionárias do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, entre outros investidores.

COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA DA EMBRAER S.A. (2018)
PARTICIPAÇÃO
ACIONISTA
14%
Brandes Investments
10%
Mondrian Investments
5%
BlackRock Incorporated
5%
BNDES Par
64%
Outros



MUDANÇA DE NOME
Logo acima, o belíssimo Legacy 500, o novo modelo de jato executivo de alcance intercontinental da Embraer, projetado desde o início para ser controlado por meio da tecnologia fly-by-wire, baseada em impulsos ou pulsos elétricos para transmissão de comandos até os atuadores, uma tecnologia herdada do Projeto AMX. Logo abaixo, o bonito Embraer Legacy, um sucesso de vendas da Embraer. 
Em 2010, o Conselho de Administração da Embraer aprovou a sugestão da diretoria para que o nome empresarial fosse alterado de Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. para simplesmente Embraer S.A., decisão que foi ratificada pela assembleia geral dos acionistas no mesmo ano. Nessa mesma assembleia foi também aprovada a ampliação da área de atuação da empresa, que passou a ser não apenas a área aeronáutica, mas também a de sistemas de energia e a área de sistemas de defesa e segurança.

Com a mudança do nome empresarial, o CNPJ da matriz, que até então era 60.208.493/0001-81, foi extinguido. Então o CNPJ da nova matriz passou a ser 07.689.002/0001-89.

RESULTADOS FINANCEIROS

AnoReceita líquida
(R$ milhões)
Lucro (prejuízo) líquido ajustado
(R$ milhões)
EBITDA ajustado
(R$ milhões)
Aeronaves entregues
ComerciaisExecutivasMilitaresTotal
201818.721,6(-224,3)1.713,9909111192
201718.776,19952.291,51011097217
201621.435,7585,42.844,210811715240
201520.301,8241,62.450,610112020241
201414.935,9796,11980,7921167215
201313.635,8777,72.239,1901196215
201212.180,5697,81.762,81069914221
20119.837,9156,3923,1105998212
20109.381,0574,01.069,01001452247
200910.871,0912,01.219,01221197248
200811.747,0429,01.500,0162396207

CONTRATEMPOS

Em 2006, foi anunciado o veto dos Estados Unidos à venda de aviões de treinamento e ataque leve Embraer EMB-314 Super Tucano para a Venezuela, por alegada transferência de tecnologia de origem norte-americana, presente na aviônica e no motor das aeronaves. Pelo mesmo motivo, foi anunciado veto à venda para o Irã, na mesma época.

ESTRUTURA

Para testes das aeronaves, a Embraer utiliza duas pistas de pousos e decolagens. Uma delas é a pista do Aeroporto de São José dos Campos, que possui 2.676 metros de extensão. Esta área pertence ao DCTA – Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, mas é utilizada tanto pela Embraer quanto para transporte aéreo comercial, sendo a infraestrutura compartilhada e mantida em parceria com a Infraero. A outra é a pista da unidade da Embraer no município de Gavião Peixoto, no Aeródromo de Gavião Peixoto, que possui 4.967 metros de extensão e é considerada a mais longa da América Latina.

MATRIZ, SUBSIDIÁRIAS E UNIDADES

BRASIL

EMBRAER S.A.
A sede do grupo, a matriz da Embraer S.A., está localizada na Av. Brigadeiro Faria Lima, 2170, em São José dos Campos, interior do Estado de São Paulo, no Brasil. O início de sua construção foi em 2 de janeiro de 1970 (o número 2170 é uma alusão a essa data) e é responsável por projetar, fabricar, comercializar e fornecer suporte pós-venda das aeronaves para os mercados de aviação comercial, executiva e de defesa.

UNIDADE EMBRAER SÃO PAULO

Localizada no bairro Itaim Bibi, na cidade de São Paulo, essa unidade é o escritório da Embraer S.A. na capital paulista.

UNIDADE EMBRAER EUGÊNIO DE MELO

Essa unidade da Embraer está localizada no distrito Eugênio de Melo, que pertence ao município de São José dos Campos. Essa unidade foi implantada em 2000 e iniciou suas operações em 2001. Ela desenvolve e produz ferramental, sistemas de tubulação, solda e serralheria. Também monta cablagens elétricas. Em suas instalações também são realizados projetos de desenvolvimento e treinamento para engenheiros aeronáuticos recém-formados.

UNIDADE EMBRAER GAVIÃO PEIXOTO

Essa unidade da Embraer está localizada no município de Gavião Peixoto, microrregião de Araraquara, interior do Estado de São Paulo, sob as coordenadas 21° 45' 36,28" S 48° 24' 12,4" O. Essa unidade foi implantada em 2001 e tem como principais atividades a produção das asas para as aeronaves Embraer E-190 e Embraer E-195, a fabricação final dos jatos executivos Phenom e Legacy, da aeronave militar turboélice monomotor de ataque leve Embraer EMB-314 Super Tucano e do cargueiro militar bimotor turbofan Embraer C-390 Millennium, conhecido anteriormente como Embraer KC-390.

Na Unidade Gavião Peixoto também são realizadas todas as atividades de ensaios em voo dessas aeronaves. Em Gavião Peixoto também foram modernizados a partir de 2011, os caças Northrop F-5 Tiger II e algumas unidades de Embraer AMX da FAB – Força Aérea Brasileira, por meio da subsidiária Embraer Defesa e Segurança, cuja planta industrial está instalada dentro da Unidade Gavião Peixoto.

Em 2013, a Embraer deu início, em Gavião Peixoto, à montagem dos protótipos do jato militar Embraer KC-390. Em 2014, foi apresentado o primeiro protótipo da aeronave. Essa aeronave está, atualmente, em fase de produção seriada.

UNIDADE EMBRAER BOTUCATU (NEIVA)
Essa unidade da Embraer está localizada no município de Botucatu, também no interior do Estado de São Paulo. Conhecida anteriormente como Indústria Aeronáutica Neiva, foi fundada em 1954 como empresa independente, no Estado do Rio de Janeiro, e em 1956 o seu parque industrial foi instalado no município paulista de Botucatu. Quase duas décadas depois, em 1975 a empresa foi subcontratada pela Embraer para produzir a linha de aeronaves leves Embraer, sob licença da fabricante Piper Aircraft americana.

Em 1980, a Neiva tornou-se subsidiária integral da Embraer, embora tenha continuado a operar como empresa independente até 2006, lembrando que a marca Neiva foi mantida pela Embraer. A Unidade Botucatu tem como foco fabricar e fornecer suporte pós-venda da linha de aviões agrícolas Neiva Ipanema. Produz também peças, partes e componentes para as linhas Embraer E-170, Embraer E-190, Phenom 100 e Phenom 300, além de partes do Embraer EMB-314 Super Tucano, Embraer KC-390, Embraer Legacy 450, Embraer Legacy 500 e Embraer Legacy 650.

As suas instalações possuem cerca de 90.000 m², com cerca de 1.800 funcionários.

UNIDADE EMBRAER TAUBATÉ
.

Essa unidade da Embraer está localizada no município de Taubaté, interior do Estado de São Paulo. Ela foi implantada em 2008 e é o um centro de distribuição e logística da Embraer. A partir de 2010 essa unidade passou a também atuar na atividade industrial de corte de matérias-primas e na atividade administrativa de planejamento, programação, execução e abastecimento de matérias-primas cortadas, atendendo inclusive às demandas dos subcontratos.

ELEB EQUIPAMENTOS LTDA

Essa subsidiária da Embraer está localizada no município de São José dos Campos. Ela foi implantada em 1984 com o nome de EDE - Embraer Divisão de Equipamentos, com a finalidade de desenvolver e produzir trens de pouso do turboélice monomotor de treinamento EMB-312 Tucano e do jato militar de ataque AMX. Ela desenvolve e produz também diversos componentes para os sistemas eletro-hidráulicos e eletro-mecânicos das aeronaves da Embraer. Em 1999, passou por uma reestruturação societária quando formou uma joint venture com a europeia Liebherr Aerospace SAS, entretanto voltou ao controle da Embraer em 2008.

EMBRAER DEFESA E SEGURANÇA

Com sede comercial no bairro do Brooklin, na cidade de São Paulo, a Embraer Defesa e Segurança Participações S.A., cuja planta industrial foi instalada no início de 2011 na Unidade Gavião Peixoto, tem como foco o fortalecimento da indústria brasileira de defesa e segurança, aplicando a experiência acumulada pela Embraer ao longo dos anos. É responsável pela produção e modernização tecnológica de aeronaves militares como o Embraer EMB-314 Super Tucano, o Embraer AMX e o desenvolvimento e produção do cargueiro tático Embraer C-390 Millennium.

A Embraer Defesa e Segurança detém capacitação em gestão de integração de tecnologia e sistemas, aplicáveis ao setor de defesa. Tem parcerias estratégicas com empresas que atuam nas áreas de comando e controle, radares, armamentos e veículos aéreos não-tripulados. Entre suas parceiras estão a Atech, a Visiona, e a OGMA.

Ela é parceira da fabricante sueca Saab para a fabricação do caça militar Saab JAS-39 Gripen NG, da FAB - Força Aérea Brasileira, um dos mais avançados e eficientes caças militares da América Latina.

UNIDADE EMBRAER MINAS GERAIS

Essa unidade da Embraer, formalmente conhecida como Centro de Engenharia e Tecnologia da Embraer, está localizada em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Essa unidade foi instalada inicialmente em 2012 na CETEC – Centro Tecnológico de Minas Gerais e tem suas atividades relacionadas à capacitação, pesquisa e tecnologia aplicadas à indústria aeronáutica. Em breve, essa unidade será transferida para o CCAE - Centro de Capacitação e Tecnologia Aeroespacial de Minas Gerais, em implantação na cidade mineira de Lagoa Santa.

UNIDADE EMBRAER RIO DE JANEIRO

Essa unidade da Embraer, formalmente conhecida como Embraer Systems, está localizada no Estado do Rio de Janeiro. Ela atua no desenvolvimento e aplicação de sistemas tecnológicos para as indústrias de gás e petróleo.

UNIDADE EMBRAER SOROCABA

Essa unidade da Embraer está localizada no município de Sorocaba, interior do Estado de São Paulo, a cerca de 100 quilômetros do centro da capital paulista. A Unidade Embraer Sorocaba é um centro de serviços de manutenção, reparos e revisões para as linhas executivas da Embraer, incluindo os jatos Phenom e Legacy. A construção dessa unidade foi concluída e inaugurada em 2014, e conta com sala VIP, hangares, salas para reuniões e escritórios administrativos.

É uma oficina mecânica e elétrica para aeronaves executivas de clientes da Embraer, principalmente proprietários, pessoas físicas e jurídicas, das linhas Legacy e Phenom. A Embraer investiu aproximadamente US$ 25 milhões no projeto, na construção da estrutura em alvenaria, na aquisição de equipamentos para manutenção e no treinamento de mecânicos da Unidade Embraer Sorocaba. gerando mais de 200 empregos diretos em todas essas fases.

CHINA

BEIJING

Essa unidade da Embraer está localizada em Pequim / Beijing, capital da China. Essa subsidiária foi criada em parceria com o Governo Chinês no ano de 2000. Na prática, é um escritório para suporte de vendas, relações públicas com clientes e governos chineses, marketing e vendas.

HEAI – HARBIN EMBRAER AIRCRAFT INDUSTRY

Essa unidade está localizada em Harbin, capital da província de Heilongjiang. Essa joint venture da Embraer e das fabricantes chinesas de aeronaves Harbin e Hafei Aviation Industry foi criada em 2002 e seu foco são atividades operacionais de fabricação, venda e suporte pós-venda da linha Embraer Embraer ERJ-145 na China.

EMBRAER AVIC

Essa unidade está localizada em Harbin, capital da província de Heilongjiang. Essa joint venture da Embraer e da AVIC – Aviation Industry Corporation of China foi criada em 2012 e seu foco é a produção, em território Chinês, dos jatos executivos intercontinentais Legacy 600 e Legacy 650, utilizando a infraestrutura industrial já existente da HEAI – Harbin Embraer Aircraft Industry.

ESTADOS UNIDOS

EMBRAER AIRCRAFT HOLDING
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Unidade localizada em Fort Lauderdale, no estado norte-americano da Flórida. Ela foi criada em 1979 para prestar serviços de suporte pós-venda (manutenção) para os aviões vendidos às companhias aéreas americanas, além de treinamento para pilotos e mecânicos e fornecimento de peças de reposição.

AIRCRAFT MAINTENANCE SERVICES
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Unidade localizada em Nashville (pronuncia-se Néchviu), no estado norte-americano do Tennessee (pronuncia-se Tenecí), focada em serviços de manutenção das aeronaves comerciais Embraer E-Jets operadas por companhias aéreas americanas e canadenses. 

EMBRAER UNIDADE MELBOURNE
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Essa unidade está localizada em Melbourne, no estado norte-americano da Flórida. Não confundir com Melbourne, uma das principais metrópoles da Austrália. Inaugurada em 2011, ela é a fábrica dos jatos executivos Embraer Phenom 300 e Embraer Phenom 100 e também realiza pesquisa e desenvolvimento de produtos, com um centro de engenharia e tecnologia.

EMBRAER AERO SEATING
.
Unidade localizada em Titusville, no estado norte-americano da Flórida, focada na fabricação de assentos para aeronaves.

UNIDADE EMBRAER MESA
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Unidade localizada em Mesa, no estado norte-americano do Arizona. Ela foi inaugurada em 2008 e está focada na manutenção, reparos e revisões dos aviões executivos Embraer Legacy e Embraer Phenom.

UNIDADE WINDSOR LOCKS
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Unidade localizada em Windsor Locks, no estado norte-americano do Connecticut. Ela foi inaugurada em 2008, também executa serviços de manutenção, reparo e revisões dos jatos executivos da Embraer.

FRANÇA

UNIDADE EMBRAER VILLEPINTE
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Unidade localizada em Villepinte, no departamento francês de Aude. Ela foi inaugurada em 2001, com foco em marketing, vendas, suporte pós-venda (manutenção) e fornecimento de peças de reposição para as aeronaves fabricadas pela Embraer.

EMBRAER AVIATION INTERNATIONAL
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Unidade localizada em Le Bouget, na França. Ela foi inaugurada em 1983 e dá suporte técnico às aeronaves fabricadas pela Embraer, inclusive prestando serviços de manutenção, inclusive para as aeronaves com matrículas russas, britânicas e da Europa Oriental.

PORTUGAL

OGMA - INDÚSTRIA AERONÁUTICA DE PORTUGAL
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Unidade localizada na freguesia de Alverca, em Lisboa. Ela foi comprada em 2005 por um consórcio de investidores liderado pela Embraer. Atualmente, ela está focada em atividades de manutenção de aeronaves fabricadas pela Embraer, além de prestar serviços de modernização de aeronaves usadas.

UNIDADE EMBRAER PORTUGAL
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Unidade localizada em Évora, em Portugal. Ela foi inaugurada em 2012 e atualmente é uma fábrica de peças, partes e componentes aeronáuticos usinados (metálicos) e em material composto (de plástico reforçado), além de criar e desenvolver novas tecnologias aeronáuticas e aeroespaciais.

SINGAPURA

UNIDADE EMBRAER SINGAPURA
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Unidade localizada em Singapura. Ela foi inaugurada no ano 2000 e atualmente presta serviços de manutenção e fornecimento de peças de reposição para clientes asiáticos que possuem ou operam aeronaves fabricadas pela Embraer.

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO

De forma resumida, os processos de fabricação / produção mais recentes da Embraer, diretamente relacionados às linhas de montagem de aeronaves comerciais, executivas e militares, incluem as seguintes etapas:
  • Seleção de matérias primas especiais de baixo peso e alta resistência mecânica, como ligas de alumínio, titânio, aço inoxidável e materiais compostos. Todos esses materiais cumprem os requisitos do projeto definido pela área de engenharia da empresa. Até o momento, a Embraer não domina a tecnologia do emprego intensivo de materiais compostos na fabricação de fuselagens de aeronaves. Entre analistas de mercado, é bem provável que ela absorva essa tecnologia da Boeing Company em breve, graças ao acordo recente de venda da divisão de aeronaves comerciais Embraer Commercial Aviation, renomeada para Boeing Commercial Brasil.
  • Montagem dos segmentos de fuselagem, das asas, do cone de cauda, da empenagem e do trem de pouso, que juntos formam a estrutura do avião em liga de alumínio e outras ligas metálicas. Para juntar esses segmentos são usados rebites e cintas. Essa mesma estrutura possui cavernas (frames) e reforçadores (stringers) ou longarinas. O revestimento da fuselagem é feito com chapas de liga de alumínio rebitadas. Desde a década de 1980, a empresa brasileira emprega uma quantidade surpreendente de peças, partes e componentes menores em material composto em seus aviões, tecnologia fundamental para a sua sobrevivência em um mercado competitivo e altamente tecnológico como esse.
  • Em aviões bimotores, os motores são fixados nos suportes (pilones) sobre ou sob as asas ou em seus cones  de caudas. Atualmente, a Embraer não fabrica aviões monomotores.
  • Tratamento superficial anticorrosão na fuselagem, nas asas, no cone de cauda e na empenagem.
  • Um selante é aplicado na parte interna da fuselagem do avião, para possibilitar a pressurização de cabine e evitar vazamentos de ar.
  • Dutos e chicotes, fios de eletricidade, comandos eletrônicos e de troca de dados, cabos, sistemas hidráulicos, elétricos, mecânicos e eletrônicos são instalados.
  • O avião recebe assentos na cabine de passageiros e na cabine de comando, galley (cozinha compacta), peças e equipamentos do toalete.
  • O avião é levado para a cabine de pintura, com temperatura e pressão controlados.

VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Embraer
  • Embraer (divulgação): Imagens
  • Revista Isto É: Imagem
  • Wikimedia: Imagens

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