BOMBARDIER CHALLENGER 604


CANADAIR CHALLENGER
BOMBARDIER CHALLENGER

FAMÍLIAS

CHALLENGER 300
CHALLENGER 600
CHALLENGER 800

CHALLENGERS CURTOS

CHALLENGER 600 (A PARTIR DE 1980)
CHALLENGER 601 (A PARTIR DE 1983)
CHALLENGER 604 (A PARTIR DE 1996)
CHALLENGER 605 (A PARTIR DE 2006)
CHALLENGER 650 (A PARTIR DE 2015)
CHALLENGER 300 (A PARTIR DE 2003)
CHALLENGER 350 (A PARTIR DE 2013)

CHALLENGERS LONGOS

CHALLENGER 800 (A PARTIR DE 1996)
CHALLENGER 850 (A PARTIR DE 2006)

INTRODUÇÃO
Logo acima, o sofisticado Challenger 300, um dos mais bem sucedidos membros da moderna, veloz e segura família Challenger 300 de jatos executivos de porte médio e de alcance intercontinental, fabricada pela canadense Bombardier Aerospace a partir da década de 2000. Logo abaixo, uma opção refinada, confortável e elegante de cabine de passageiros do mesmo modelo de aeronave, uma das mais bem sucedidas versões da linhagem Bombardier Challenger, todos dividindo a mesma seção transversal de fuselagem metálica, com pé-direito de 1,8 metro de altura, com galley na parte da frente e toalete totalmente privativo atrás.

O nome Bombardier Challenger é uma marca registrada da empresa canadense Bombardier Incorporated para designar uma de suas sofisticadas linhagens de jatos executivos bimotores de médio porte, de alta performance e de alcance intercontinental, com capacidade para transportar com muito conforto de 8 até 15 passageiros, dependendo do modelo e da configuração de assentos adotada, cujo primeiro modelo de longo alcance dessa família, o Canadair Challenger 600, foi criado na década de 1970 nos Estados Unidos e no Canadá pelo empresário e projetista americano William Lear e pela fabricante canadense Canadair Ltd, desenvolvido a partir de então como um projeto exclusivo da então estatal canadense Canadair e fabricado em série a partir da década de 1980, inicialmente pela fabricante canadense Canadair e, posteriormente, pela Bombardier Aerospace, uma subsidiária da Bombardier Incorporated.

Essa variada linhagem de jatos executivos compartilha a mesma seção transversal de fuselagem metálica, que, por sua vez, também foi usada para dar origem a outras famílias de aviões, tanto para atender o mercado de aviação executiva, a família Bombardier Global de jatos executivos, como para atender o mercado mundial de jatos regionais bimotores para transporte de passageiros, conhecida como família Bombardier CRJ, composta de vários modelos, com tamanhos diferentes, com capacidades que variam de 50 passageiros até 100 passageiros, dependendo da configuração de assentos adotada.

Os principais concorrentes da linhagem de jatos executivos de porte médio e de alcance intercontinental Bombardier Challenger são o americano Cessna Citation Sovereign, o francês Dassault Falcon 2000, o americano Cessna Citation X, o britânico British Aerospace 125-800, o americano Cessna Citation Latitude, o britânico British Aerospace 125-1000, o americano Cessna Citation Longitude, os franceses Dassault Falcon 50 e Dassault Falcon 50EX, o americano Gulfstream G200, o brasileiro Embraer Legacy 600, o americano Raytheon Hawker 800XP, o brasileiro Embraer Legacy 500, o americano Raytheon Hawker 4000, o brasileiro Embraer Legacy 650, o americano  Gulfstream IV, o brasileiro Embraer Praetor, o americano Gulfstream G280, o francês Dassault Falcon 900 e o americano Gulfstream G450.

Uma parte desses modelos concorrentes dos aviões da linhagem Bombardier Challenger não é mais fabricada, só é possível encontrá-la no mercado mundial de aeronaves usadas.

A BOMBARDIER

Bombardier Incorporated é uma companhia multinacional de capital aberto que controla, a partir do Canadá, várias empresas que formam uma grande corporação que atua internacionalmente no ramo de fabricação de veículos para transportes aéreo e ferroviário, principalmente fabricantes de aviões executivos e locomotivas e vagões para transporte de passageiros. A sede do grupo Bombardier está localizada em Montreal, em Quebec, no Canadá, e possui diversas subsidiárias no Canadá, nos Estados Unidos, no México e na Europa.

A empresa já foi uma grande gigantesca multinacional do ramo de transportes, tendo sido, inclusive, a quarta maior fabricante de aviões comerciais do mundo e uma fabricante de avião turboélice utilitário para combate a incêndios florestais.

Em 2013, por exemplo, com uma receita de US$ 18,3 bilhões (incluindo os números de todas as suas subsidiárias, inclusive aquelas que não têm relação direta com aviação), o grupo industrial Bombardier esteve na terceira posição mundial no setor de indústria aeronáutica civil, logo acima de sua principal concorrente, a empresa brasileira Embraer, que, por sua vez, encerrou 2013 com um faturamento de US$ 5,8 bilhões, ambas abaixo da europeia Airbus e da americana Boeing, as duas gigantes do setor aeronáutico e aeroespacial.

Durante a década de 2010, principalmente nos anos mais recentes, a empresa iniciou uma profunda reestruturação baseada em uma série de desinvestimentos, incluindo a venda dos projetos Bombardier CRJ, de aviões comerciais para aviação regional, para a fabricante japonesa Mitsubishi, a venda dos projetos dos aviões turboélice regionais Bombardier Q-Series, dos aviões turboélice semi-utilitários  Twin Otter e do avião turboélice para combate a incêndios Bombardier CL-415 para a empresa americana Viking Air / Longview Aviationcom a sua saída definitiva do ramo de fabricação de aeronaves comerciais concluída em 2020, com a venda de uma participação societária minoritária no projeto do avião comercial Airbus A220, conhecido anteriormente como Bombardier C-Series, com fuselagem inteiramente fabricada em material composto. 

Em 2017, a Bombardier possuía quase 70.000 empregados em vários países, principalmente no Canadá, nos Estados Unidos e na Europa.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Logo acima, a elegância, a sofisticação e o acabamento refinado da cabine de passageiros do Challenger 650, a mais recente versão da família Challenger 600, fabricada atualmente no Canadá pela Bombardier Aerospace. Logo abaixo, a cabine de comando dentro do conceito glass cockpit do modelo de jato intercontinental, com aviônicos de última geração, com HUD - Head Up Display e EVS - Enhanced Vision System, a última palavra em alta tecnologia disponível para uso civil.
A linhagem Bombardier Challenger é uma variedade moderna, elegante, sofisticada e refinada de aeronaves executivas de médio porte e de alcance intercontinental que compartilham uma mesma seção central de fuselagem e uma parte dos sistemas, embora cada uma das três famílias dessa linhagem possua identidade própria, com famílias de motores específicos, por exemplo. Conhecida também como linhagem Canadair Challenger, ela é composta por três famílias de aviões executivos, Challenger 600, Challenger 300 e Challenger 800, esta última formada por aviões com fuselagens alongadas, portanto com maior capacidade de passageiros. 

Lançada há décadas atrás, com fabricação em série iniciada em 1980, a família Challenger 600, por exemplo, oferece ao seu exigente usuário o que existe de mais avançado em aviônicos e itens de conforto, com um toalete com vaso para necessidades básicas e pia para lavar as mãos e escovar os dentes, forno de microondas e forno elétrico, refrigerador para bebidas, CD player, DVD player e Blue Ray player (nas versões mais recentes ou nas versões submetidas a upgrades), guarda-roupas compacto, entre outros. As versões mais modernas oferecem TV por assinatura via satélite, acesso via satélite a Internet e telefone por satélite, itens também disponíveis por meio de upgrades nas versões anteriores.

Todas essas facilidades e conveniências podem ser utilizadas e acessadas por tempo indeterminado e com a aeronave ainda no solo, com os motores desligados, incluindo o sistema de ar-condicionado alimentado pela eletricidade gerada pela APU – Auxiliary Power Unit, uma unidade independente fornecedora de energia.

Vários itens de segurança, conforto e desempenho podem ser solicitados pelos atuais proprietários das versões anteriores da família Challenger 600 em oficinas aeronáuticas homologadas e certificadas por autoridades aeronáuticas e pelo fabricante, por meio de retrofits e upgrades, esses termos usados no meio aeronáutico para modernizações e atualizações do produto original de fábrica. Por exemplo, a fixação de winglets nos modelos que não os possuem resulta em redução do consumo de combustível, nas viagens mais longas, e, consequentemente, aumento de alcance.

Por outro lado, o altíssimo nível de tecnologia em aviônicos nas versões mais recentes das três famílias de jatos da linhagem Bombardier Challenger, chega a um ponto extremo de oferecer um equipamento chamado EVS – Enhanced Vision System, que permite ao piloto visualizar à noite, na tela, como se fosse de dia, o terreno sobrevoado, incluindo o aeroporto de destino. O EVS – Enhanced Vision System está conjugado a outros equipamentos também no estado da arte, incluindo o chamado HUD – Head Up Display, que permite ao piloto perceber o eixo da pista de pouso em aproximações com espessa neblina / nevoeiro ou chuva leve, de dia ou à noite.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Logo acima, o jato executivo bimotor e intercontinental Challenger 350, uma das mais modernas e atualizadas versões da linhagem Bombardier Challenger, fabricada atualmente no Canadá pela Bombardier Aerospace e operada por várias empresas de táxi-aéreo e de propriedade compartilhada, incluindo a americana e europeia NetJets, a maior operadora de jatos executivos do mundo. Logo abaixo, a belíssima cabine de passageiros desse modelo de aeronave, deslumbrante, muito confortável, elegante e refinada, com cores agradáveis, com espaço de sobra para até oito passageiros, com galley para refeições rápidas na frente e toalete totalmente privativo atrás.

A linhagem de jatos executivos intercontinentais Bombardier Challenger, conhecida anteriormente como Canadair Challenger, é uma sequência de projetos semelhantes de jatos executivos, com o primeiro modelo Canadair Challenger 600 desenvolvido na década de 1970 e com fabricação em série iniciada na década de 1980 pela então Canadair Ltd, conhecida atualmente como Bombardier Aerospace, que usou como base o projeto LearStar 600 de jato executivo totalmente original criado na mesma época pela equipe de engenheiros contratados por William Lear, o fundador da fabricante americana de jatos executivos Learjet Corporation.

Essa linhagem de jatos executivos Bombardier Challenger, formada pelas famílias também conhecidas como Challenger 600 Series, Challenger 300 Series e Challenger 800 Series, em inglês, é uma sequência de modelos de jatos executivos com conceitos semelhantes de estrutura,  principalmente no design externo, mas diferentes nos comprimentos das fuselagens e potências dos motores, produzida em série, inicialmente, pela Canadair Ltd a partir da década de 1980, ainda como uma empresa estatal e, posteriormente, a partir de 1986, como uma empresa privatizada, subsidiária do Grupo Bombardier.

Basicamente, de forma resumida, o projeto original Canadair CL-600 Challenger, conhecido também como Bombardier Challenger 600, da década de 1970, consiste em um sofisticado jato executivo intercontinental de alta performance e muito confortável, com asas moderadamente enflechadas e de perfil supercrítico, impulsionando inicialmente por motores turbofans americanos Avco Lycoming ALF-502 e, posteriormente, o projeto da versão refinada Canadair CL-601 Challenger, conhecido também como Bombardier Challenger 601, consiste em um jato impulsionado por dois motores turbofans também americanos General Electric CF34 e com winglets nas asas para reduzir o arrasto aerodinâmico, aumentar a velocidade de cruzeiro e melhorar o alcance.

Essa linhagem de aeronaves Bombardier Challenger impressiona observadores e usuários pelo conforto da cabine de passageiros e pela sofisticação dos sistemas hidráulico, elétrico, mecânico, pneumático e eletrônico e pelo grande alcance, que pode variar de cerca de 5.000 quilômetros até cerca de 7.000 quilômetros (75% potência / com reservas), dependendo do modelo, com os modelos da Série Challenger 600 apresentando os maiores alcances da linhagem Bombardier Challenger e com os modelos da Série Bombardier 800 e da Série Challenger 300 apresentando alcances menores, no entanto todos os modelos da família Bombardier Challenger dentro da categoria intercontinental, ou seja, o suficiente para viagens entre continentes, inclusive para sobrevoar oceanos, desertos e florestas.

A construção das asas de perfil supercrítico e das espaçosas fuselagens dos modelos Bombardier Challenger e Canadair Challenger é convencional em alumínio e ligas metálicas. O primeiro modelo foi certificado pelas autoridades aeronáuticas canadense e americana, a TC – Transport Canada e a FAA – Federal Aviation Administration, em 1980, inicialmente com algumas restrições para peso máximo de decolagem. A partir de então a Canadair Ltd iniciou um programa para reduzir o peso da estrutura e sistemas da aeronave e assim aumentar o payload, ou seja, a capacidade de transportar seus passageiros e bagagens, melhorando a performance, inclusive.

A fuselagem e as asas do modelo original Canadair Challenger 600 foram projetadas para ter uma vida útil de 30.000 horas. Durante a década de 1970, tratava-se de um dos projetos mais ousados da indústria aeronáutica canadense, avaliado em cerca de US$ 1 bilhão, em valores da época, apoiado pelo Governo do Canadá e com o desafio de tornar a indústria aeronáutica canadense menos dependente de tecnologias aeronáuticas importadas dos Estados Unidos e da Europa, o que de fato se tornou uma realidade, embora parcial. Por outro lado, o alto custo de desenvolvimento inicial desse modelo de aeronave quase causou a falência da então fabricante canadense Canadair Ltd, ao ponto dessa empresa estatal ser comprada pela Bombardier Incorporated em 1986.

FAMÍLIA CHALLENGER 600

A família de jatos executivos Challenger 600 está entre as mais sofisticadas, elegantes, eficientes e confortáveis famílias de aeronaves executivas fabricadas pelas principais e mais conceituadas fabricantes de aeronaves do mundo. Ela está no mesmo nível de qualidade de construção e sistemas dos jatos executivos fabricados pela Cessna Aircraft (atualmente Textron Aviation), Gulfstream Aerospace, Dassault Falcon, Raytheon Aircraft / Hawker Beechcraft (atualmente Textron Aviation), Pilatus Aircraft, Honda Aircraft, Cirrus Aircraft e Embraer. O icônico Bombardier Challenger 604, por exemplo, com fabricação seriada iniciada em 1996, é um modelo de jato executivo veloz, com uma já conhecida estrutura robusta e confiável, composta por fuselagem e asas de alumínio e ligas metálicas, bem projetadas e bem construídas, com asas enflechadas de perfil supercrítico, com potente e confiável motorização turbofan General Electric CF34, por sua vez já consagrada no mercado aeronáutico mundial, o que o torna um jato executivo veloz e de alcance intercontinental.

A configuração típica da cabine de passageiros é composta por um club seat de quatro assentos na primeira metade da cabine de passageiros, dianteira, complementada por um sofá de três lugares e mais dois assentos assentos frente a frente na segunda metade, traseira. É um avião chique e muito confortável, com acabamento refinado, com uso de materiais nobres, com capacidade para transportar com muito conforto até 9 passageiros, mas o comprador pode optar também por uma configuração de alta densidade para até 10 passageiros, com uma combinação mista de sofás e assentos individuais.

Entre as características mais marcantes dos aviões da família Challenger 600 estão as suas asas de perfil supercrítico com enflechamento moderado, com um interessante conjunto de flaps do tipo fenda dupla, que ocupa cerca de 75% do bordo de fuga das duas asas. Isso explica, pelo menos em parte, a sua boa capacidade de pousar e decolar em pistas de pouso pavimentadas de comprimento médio, entre 1.500 metros e 2.000 metros.

Apesar dos preços altos no mercado de aeronaves novas, os aviões da família Challenger 600 foram muito bem aceitos no mercado aeronáutico mundial nas décadas de 1980, 1990, 2000 e 2010. Atualmente, o Bombardier Challenger 650 é uma das melhores opções de jatos executivos intercontinentais disponíveis no mercado mundial de aeronaves novas.

CANADAIR CHALLENGER 600
CANADAIR CL-600 CHALLENGER
Logo acima, imagem de perfil do elegante design do primeiro modelo da família Challenger 600, o modelo Challenger 600, um dos mais modernos modelos de jatos executivos da década de 1980. Logo abaixo, com um olhar atento, percebe-se que na década de 1980 o design elegante e o acabamento refinado já estavam entre as principais características dessa família de aviões. Na época, ele já deixava uma ótima impressão em observadores e usuários.

É o modelo original da família Challenger 600, usado como base para o desenvolvimento das demais versões posteriores da mesma família e das famílias Challenger 300 e Challenger 800, melhoradas e atualizadas. A sua produção seriada foi iniciada em 1980, impulsionado por dois motores turbofan de alta taxa de bypass Avco Lycoming ALF-502, fixados no cone de cauda, com potência / empuxo de 7.500 libras / cada, totalizando 15.000 libras, potência suficiente para dar-lhe uma velocidade de cruzeiro de cerca de 780 km/h e um teto de serviço de cerca de 12.000 metros, com alcance de cerca de 5.500 quilômetros, com oito passageiros a bordo e reservas de combustível.

Conhecido também como Canadair Challenger CL-600, mais de 80 unidades foram fabricadas entre 1980 e 1983, incluindo sub-versões encomendadas por operadores privados e por forças armadas, entre elas os modelos Canadair Challenger CL-600S, com winglets; Canadair Challenger CL-600 CC-144, versão militar para a Royal Air Force Canadá, traduzindo Força Aérea do Canadá; e o Canadair Challenger CL-600 CE-144, uma versão militar. 

Basicamente, de forma resumida, a aeronave possui uma fuselagem com três seções, a dianteira, onde está o nariz e o cockpit ou cabine de comando; a seção central, de perfil totalmente circular, com um diâmetro de 2,5 metros, com piso e corredor totalmente planos, da entrada, com a galley, até o toalete, no fundo; e o cone de cauda, com empenagem em forma de T, onde estão fixados os motores. Esse mesmo design estrutural básico foi mantido em todos os demais modelos da família Challenger 600, até chegar ao modelo mais recente Bombardier Challenger 650. 

Asas enflechadas foram fixadas na base fuselagem, sem invadir o habitáculo ou cabine de passageiros, o que permitiu uma maior liberdade para os projetistas desenharem algumas configurações de assentos, com 8, 9 ou 10 passageiros, dependendo das necessidades ou do gosto do clientes. Além disso a aeronave foi projetada com tanques de combustível sem invadir o espaço útil da fuselagem e do cone de cauda, o que liberou mais espaço na cabine de passageiros e no cone de cauda para a instalação de um toalete amplo, com vaso para necessidades básicas e pia pressurizada para lavar as mãos e escovar os dentes, amplo bagageiro traseiro e até a instalação de uma APU - Auxiliary Power Unit, o que permite usar o ar condicionado e o telefone por satélite (upgrade), por exemplo, até mesmo com a aeronave no pátio do aeródromo, com os motores desligados.

A aeronave foi projetada com um sofisticado conjunto de aviônicos, completo para voos IFR - Instrument Flight Rules, traduzindo voos por instrumentos, com uma das melhores opções disponíveis para uso civil na época, o conjunto Sperry SPZ-600, com diretor de voo e ADC, com ILS III, radar meteorológico, rádios Collins, VOR e NDB, lembrando que na época ainda não havia GPS - Global Positioning System, o que, atualmente, pode ser resolvido com um upgrade de cabine de comando. Além disso, o seu sistema hidráulico é triplo, o que permite manter o controle da aeronave, até uma parada de emergência mais próxima, com apenas um dos sub-sistemas em funcionamento. Essa redundância possibilitou ao Canadair Challenger 600 alcançar a certificação FAR 25, uma das mais rígidas e seguras.

Para quem precisa viajar muito, esse modelo ainda é uma boa opção de compra no mercado mundial de aeronaves usadas, mas é preciso ficar atento a alguns detalhes, pois no início da década de 1980 a sua performance estava limitada, até o fabricante implementar, nas aeronaves já comercializadas e entregues aos proprietários, uma variedade de melhorias e modernizações, incluindo a redução de peso do conjunto e, consequentemente, aumento da carga útil.

É recomendável contratar uma consultoria no Brasil para acompanhamento da compra, para evitar eventuais desvantagens econômicas de um avião desatualizado, sem os upgrades e retrofits necessários para torná-lo compatível com os padrões atuais de navegação, inclusive. Várias empresas idôneas aqui prestam esse tipo de serviço, entre elas a Líder Aviação, a Global Aircraft e a Icon Aviation. Algumas delas também prestam serviços de treinamento de tripulação, gerenciamento de aeronaves e manutenção.

Pra quem viaja pouco, duas ou três vezes por ano para o exterior, Europa, América do Norte e África, por exemplo, é aconselhável, por uma razão econômica, fretar (alugar) esse modelo ou um de seus principais concorrentes. Entre as operadoras de táxi-aéreo que utilizam esse modelo está a AirCharter Service, com escritório no Brasil, inclusive.

CANADAIR CHALLENGER 601
CANADAIR CL-601 CHALLENGER
Logo acima, o Challenger 601 marcando presença em um típico aeroporto regional de cidade do interior. Embora seja um jato executivo de alta velocidade e longo alcance, ele possui um boa capacidade para operar a partir de aeródromos e aeroportos com pistas de pouso pavimentadas de médio comprimento. Logo abaixo, o cockpit ou cabine de comando do avião, completo para voos por instrumentos, com uma das primeiras versões do conjunto de aviônicos do tipo EFIS da década de 1980.

Essa é uma versão derivada da família Challenger 600, que recebeu uma variedade de melhorias e modernizações em relação ao modelo original. A sua produção seriada foi iniciada em 1983, impulsionada por dois motores turbofan de alta taxa de bypass General Electric CF34-1A, mais potentes, fixados no cone de cauda, com potência / empuxo de 8.700 libras / cada, totalizando 17.400 libras, potência suficiente para dar-lhe uma velocidade de cruzeiro de cerca de 850 km/h e um teto de serviço de cerca de 13.000 metros, com alcance de cerca de 5.800 quilômetros, com oito passageiros a bordo e reservas de combustível.


Conhecido também como Canadair CL-601 Challenger, mais de 260 unidades foram fabricadas entre 1983 e 1996, incluindo sub-versões encomendadas por operadores privados e forças armadas, entre elas os modelos Canadair Challenger CL-601 3R, com winglets e alcance melhorado; e Canadair Challenger CL-601 3A, com aviônicos do tipo EFIS ou cockpit de vidro. 

Basicamente, de forma resumida, a aeronave possui quase a mesma estrutura de fuselagem e asas e sistemas de seu antecessor Canadair Challenger 600, com praticamente a mesma capacidade de transportar passageiros, entretanto com alguns reforços estruturais, troca para motores General Electric CF34 mais potentes, e, nas sub-versões, instalação de um tanque de combustível adicional no cone de cauda para aumentar o alcance. 

O moderno EFIS – Electronic Flight Instrument System é um sistema digital de instrumentos de voo instalado em aeronaves, cuja interface está baseada em tecnologias eletrônicas, em substituição aos clássicos conjuntos de aviônicos analógicos disponíveis como padrão em modelos de aeronaves fabricados até algumas décadas atrás.

Ele é formado por um conjunto de aviônicos que desempenham diversas funcionalidades, entre elas a de navegação, de controle de voo, de meteorologia e de comunicação, com a exibição de dados digitais ou informações em telas coloridas. Ele é uma plataforma de aviônicos que exibe eletronicamente os dados ou informações à tripulação da aeronave, ao contrário das exibições convencionais dos aparelhos analógicos clássicos de bordo, cuja base tecnológica é eletromecânica, com aspecto de interface que lembra vagamente o formato de relógios analógicos.

De modo geral, as versões mais modernas e sofisticadas do EFIS – Electronic Flight Instrument System são formadas pelo PFD – Primary Flight Display, que é uma interface de exibição de dados primários de voo, entre eles o chamado horizonte artificial, pelo MFD – Multi Function Display, que é uma interface complementar de dados de navegação e de meteorologia. No caso específico do Canadair Challenger 601, também há o FMC - Flight Management Computer, que é o computador de gerenciamento de voo, responsável por fazer cálculos de navegação e de operação.

Foi um dos primeiros modelos de jatos executivos com cockpit dentro do conceito glass cockpit, na época ainda com a interface disponível em tubos de raios catódicos, o que não acontece mais hoje em dia porque os fabricantes em geral adotaram, nos anos seguintes, a interface em LCD – Liquid Crystal Display.

Esse modelo ainda é uma boa opção de compra no mercado mundial de aeronaves usadas.

BOMBARDIER CHALLENGER 604
BOMBARDIER CL-604 CHALLENGER

Logo acima, o moderno cockpit do jato executivo Challenger 604, um sucesso de vendas do fabricante canadense, com o conjunto de aviônicos Collins ProLine 4, completo para voos por instrumentos, um dos mais modernos da década de 1990. Logo abaixo, a refinada e confortável cabine de passageiros desse modelo de avião, com capacidade para até dez passageiros e uma comissária.

É uma versão derivada da família Challenger 600, que recebeu uma variedade de melhorias e modernizações em relação ao modelo Canadair Challenger 601. A sua produção seriada foi iniciada em 1996, impulsionada por dois motores turbofan de alta taxa de bypass General Electric CF34-3B, mais potentes, fixados no cone de cauda, com potência / empuxo de 8.700 libras / cada, totalizando 17.400 libras, potência suficiente para dar-lhe uma velocidade de cruzeiro de cerca de 850 km/h e um teto de serviço de cerca de 13.000 metros, com alcance de cerca de 6.500 quilômetros, com oito passageiros a bordo e reservas de combustível.


Conhecido também como Bombardier Challenger CL-604, ele foi e é um dos modelos mais bem mais aceitos dessa família de aeronaves executivas, com 360 unidades fabricadas a partir de 1996, incluindo sub-versões encomendadas por forças armadas, entre elas os modelos Bombardier Challenger CL-604 MMA, para a Força Aérea da Dinamarca. Atualmente, ele está disponível somente no mercado de aeronaves usadas. 

Basicamente, de forma resumida, a aeronave possui quase a mesma estrutura de fuselagem e asas e sistemas de seu antecessor Canadair Challenger 601, entretanto com alguns reforços estruturais e o reforço do trem de pouso, com motores General Electric CF34-3B mais potentes e aumento da capacidade de combustível, o que resultou no aumento do alcance. Essa versão impressiona observadores e usuários pela performance. Por exemplo, embora seja um jato executivo intercontinental, ele é capaz de decolar a partir de uma pista de pouso pavimentada de 1.400 metros, mesmo em dias quentes, com 8 passageiros a bordo, e viajar até duas horas e meia, com reservas de combustível, o suficiente para decolar de uma fazenda no interior do Estado do Tocantins e pousar em Campinas apenas duas horas depois. 

Em dias quentes, com a cabine lotada de passageiros (seis adultos, uma criança e comissária) e bagagem não é possível decolar com tanques cheios, mesmo assim o alcance 6.500 quilômetros é um dos melhores da categoria de jatos intercontinentais de porte médio, o suficiente para decolar de um aeroporto internacional, Campinas - S.P., por exemplo, até Berlim, na Alemanha, com uma escala técnica para reabastecimento em Dacar, no Senegal.

O moderno Collins ProLine 4 é um moderno sistema digital de instrumentos de voo. Ele é formado por um conjunto de aviônicos que desempenham diversas funcionalidades, incluindo dois PFD's, ou telas primárias, e dois MFD's, ou telas multifuncionais, complementados pelo EICAS - Engine Indicating and Crew Alerting System e pelo FMS - Flight Management System, este um sistema de gerenciamento de voo, cuja utilidade é fazer os cálculos relacionados à navegação e operação da aeronave, reduzindo a carga de trabalho da tripulação e tornando as viagens mais seguras, precisas e tranquilas.

Na década de 1990, a aeronave já saía de fábrica completíssima, inclusive equipada com um moderno sistema de comunicações, um dos melhores da época, com telefone por satélite, fax e, acredite, acesso à Internet por satélite, embora na época ainda com velocidade limitada. Atualmente, essa velocidade pode ser aumentada por meio de upgrade. A cabine de passageiros tem oito metros de comprimento e pé-direito (altura do corredor até o teto) de 1,8 metro, o suficiente para que a maioria dos passageiros acesse a galley, na frente, e o toalete, atrás, sem necessidade de se curvar.

E como se tudo isso fosse pouco, na época ela já saía de fábrica com CD player e DVD player, com monitores individuais.

Esse modelo é uma boa opção de compra no mercado mundial de aeronaves usadas.

BOMBARDIER CHALLENGER 605
BOMBARDIER CL-605 CHALLENGER

Logo acima, o moderno cockpit do jato executivo Challenger 605, com o sofisticado, preciso e confiável conjunto de aviônicos Collins ProLine 21, completo para voos por instrumentos. Logo abaixo, a confortabilíssima cabine de passageiros do avião, com espaço de sobra para até oito passageiros e uma comissária.

Versão derivada da família Challenger 600, que recebeu algumas melhorias e modernizações em relação ao modelo Bombardier Challenger 604. A sua produção seriada foi iniciada em 2006, impulsionada por dois motores turbofan de alta taxa de bypass General Electric CF34-3B, fixados no cone de cauda, com potência / empuxo de 8.700 libras / cada, totalizando 17.400 libras, potência suficiente para dar-lhe uma velocidade de cruzeiro de cerca de 850 km/h e um teto de serviço de cerca de 13.000 metros, com alcance de cerca de 6.500 quilômetros, com oito passageiros a bordo e reservas de combustível.

Conhecido também como Bombardier Challenger CL-605, a aeronave possui quase a mesma estrutura de fuselagem, asas e sistemas de seu antecessor Bombardier Challenger 604, entretanto com algumas atualizações e melhorias, inclusive a introdução do sistema de aviônicos EFIS Collins ProLine 21, a introdução do autothottle, piloto automático duplo, duplo FMS-6000, duplo sistema de navegação inercial Honeywell Laseref V, e aumento do tamanho das janelas na cabine de passageiros. Os números de capacidade, velocidade, alcance e teto de serviço são semelhantes aos números do Challenger 604.

Esse modelo é uma boa opção de compra no mercado mundial de aeronaves usadas.

BOMBARDIER CHALLENGER 650
BOMBARDIER CL-650 CHALLENGER

Logo acima, o moderno e atualizado jato executivo Challenger 650 conserva as mesmas dimensões e estrutura que seus irmãos antecessores Challenger 604 e Challenger 605, mas com algumas melhorias e modernizações. Logo abaixo, a belíssima, sofisticada, confortável e refinada cabine de passageiros do jato executivo.

Versão derivada da família Challenger 600, que recebeu algumas melhorias e modernizações em relação ao modelo Bombardier Challenger 605. A sua produção seriada foi iniciada em 2015, impulsionada por dois motores turbofan de alta taxa de bypass General Electric CF34-3B MTO, fixados no cone de cauda, com potência / empuxo de 9.200 libras / cada, totalizando 18.400 libras na decolagem, potência suficiente para dar-lhe uma velocidade de cruzeiro de cerca de 850 km/h e um teto de serviço de cerca de 13.000 metros, com alcance de cerca de 6.700 quilômetros, com oito passageiros adultos a bordo, comissária, bagagem e reservas de combustível.

Conhecido também como Bombardier Challenger CL-650, a aeronave possui quase a mesma estrutura de fuselagem e asas e sistemas de seu antecessor Bombardier Challenger 605, entretanto com algumas atualizações e melhorias, incluindo uma cabine de passageiros totalmente redesenhada em relação ao modelo anterior; telefone por satélite e Internet por satélite de alta velocidade, com Wi-Fi, inclusive; galley completa, com cafeteira, inclusive; acesso interno ao bagageiro, mesmo em voo; 

É um dos mais modernos e eficientes modelos de aeronaves executivas disponíveis no mercado mundial de aeronaves novas e compete em pé de igualdade com aviões o Cessna Citation Longitude, com o Dassault Falcon 2000, com o Gulfstream G280 e com o Embraer Praetor. Ele está homologado para aproximações RNP, possui SVS - Synthetic Vision System, possui sistema de navegação IRS - Inertion Reference System, conhecido também como inercial, e possui WAAS GPS.

Ele é o modelo atual de linha de produção do fabricante canadense.

MOTOR CF-34

O motor turbofan de alta taxa de bypass General Electric CF34 é um projeto melhorado e contemporâneo de motorização a jato para impulsionar aviões civis, derivado de um antigo projeto militar de conceito semelhante, conhecido nos meios militares como General Electric TF34, este criado, desenvolvido e fabricado em larga escala a partir da década de 1970 para impulsionar grandes clássicos da aviação militar, entre eles os bem sucedidos jatos bimotores militares Lockheed S-3 Viking, da Marinha dos Estados Unidos, e o Fairchild A-10 Thunderbolt II, da Força Aérea dos Estados Unidos, ambos subsônicos.

Esse moderno motor a jato da General Electric é um derivado modernizado do antigo General Electric TF34, que por sua vez já acumulava, na década de 1980, milhares de horas de voo em missões de treinamento, ataque real em operações navais e ataque anti-blindados. Quando ele foi lançado na década de 1980 ele já era um projeto amadurecido, de estrutura robusta e com alto índice de confiabilidade, isto é, com baixíssimo número de ocorrências de falhas em voo.

Trata-se de um motor turbofan típico de alta taxa de bypass, resistente e confiável, neste caso com uma configuração convencional, semelhante à configuração de outros modelos bem sucedidos no mercado aeronáutico mundial, neste caso com um fan ou ventilador de estágio único, uma turbina de baixa pressão de quatro estágios, um compressão de alta pressão de 14 estágios, nas versões anteriores, e 10 estágios, nas versões posteriores, e uma turbina de alta pressão de dois estágios, tudo isso combinado com uma combustor anular.

As versões General Electric CF34-10A e General Electric CF34-10E possuem uma configuração diferente da descrita logo acima.

MERCADO
Apesar do preço elevado, cerca de US$ 35 milhões para a sua versão mais recente, o Bombardier Challenger, 650, a família Challenger 600 conseguiu atingir recentemente a impressionante marca de 1.100 unidades fabricadas e vendidas em mais de 40 anos de fabricação seriada e ininterrupta de modelos melhorados, modernizados e atualizados a cada nova versão fabricada. É um número surpreendente, já que se trata de uma família de produtos de preço elevado. É um dos maiores sucessos da indústria aeronáutica civil.

A família Challenger 600, lançada na década de 1970 e com fabricação seriada iniciada na década de 1980, inicialmente com o nome Canadair Challenger e, posteriormente, Bombardier Challenger, incluindo suas mais variadas versões fabricadas nas décadas de 1980, 1990, 2000 e 2010 e ainda em produção, competia e ainda compete diretamente com o sofisticados jatos executivos Gulfstream IV,  Gulfstream G-200, Gulfstream G-100 e Gulfstream G-280, todos esses da americana Gulfstream / General Dynamics, com o Cessna Citation X, Cessna Citation Longitude e o Cessna Citation Latitude, da fabricante americana Textron Aviation / Cessna, com o Astra SPX e o Astra Galaxy, da Israel Aerospace, com o Hawker 4000 e o Hawker 800 e seus derivados, esses da Textron Aviation / Beechcraft e Raytheon, os Legacy 600, Legacy Executive, Legacy 650 e os novíssimos Legacy 500 e Embraer Praetor, esses da fabricante brasileira Embraer, e o Falcon 2000, da Dassault Aviation.

Existem outras duas famílias da linhagem Bombardier Challenger, a Challenger 800, fabricada a partir de 1996, com fuselagem alongada, com capacidade para transportar com muito conforto até 15 passageiros, e a Challenger 300,  fabricada a partir de 2003, com capacidade para transportar com muito conforto até 10 passageiros. Essas duas família também conseguiram alcançar boas vendas e a família Challenger 300 é fabricada em série, atualmente.

FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

BOMBARDIER CHALLENGER 650
  • Tripulação (voos curtos): 1 piloto, 1 co-piloto e 1 comissária;
  • Tripulação (voos longos): 1 piloto, 2 co-pilotos e 1 comissária;
  • Capacidade: 8 ou 10 passageiros;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 850 km / h;
  • Comprimento: Aprox. 21 metros;
  • Envergadura: Aprox. 20 metros;
  • Altura: Aprox. 6,5 metros;
  • Motorização (potência / empuxo): 2 X General Electric CF34-3B MTO (9.200 libras / cada);
  • Peso máximo de decolagem: Aprox. 21.800 kg;
  • Pista de pouso: Aprox. 1.999 metros (seis passageiros / dias quentes / tanques cheios);
  • Teto de serviço: Aprox. 13.500 metros;
  • Alcance: Aprox. 6.700 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Preço (no exterior): US$ 35 milhões (novo) 

BOMBARDIER CHALLENGER 604
  • Tripulação (voos curtos): 1 piloto, 1 co-piloto e 1 comissária;
  • Tripulação (voos longos): 1 piloto, 2 co-pilotos e 1 comissária;
  • Capacidade: 8 ou 10 passageiros;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 850 km / h;
  • Comprimento: Aprox. 21 metros;
  • Envergadura: Aprox. 20 metros;
  • Altura: Aprox. 6,5 metros;
  • Motorização (potência / empuxo): 2 X General Electric CF34-3B (8.700 libras / cada);
  • Peso máximo de decolagem: Aprox. 21.500 kg;
  • Pista de pouso: Aprox. 1.999 metros (seis passageiros / dias quentes / tanques cheios);
  • Teto de serviço: Aprox. 13.500 metros;
  • Alcance: Aprox. 6.500 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Preço (no exterior): US$ 4,8 milhões (usado / bom estado de conservação);

TRÊS VISTAS


ONDE COMPRAR

SEGURANÇA DE VOO

Estatisticamente, em números aproximados, a aviação comercial e a aviação executiva são os meios de transporte mais seguros que existem, com cerca de três acidentes graves com vítimas fatais para cada um milhão de viagens realizadas, considerando a média mundial. Porém, se forem levados em consideração apenas os números de países desenvolvidos, como Canadá, Estados Unidos, países da Europa Ocidental, o Japão, a Coreia do Sul e a Austrália, os números de acidentes para cada um milhão de viagens são ainda menores, na média cerca de um acidente grave com vítimas fatais para cada um milhão de viagens realizadas.

Os aviões da família Challenger 600 são considerados modelos de aeronaves muito seguros, principalmente as versões mais modernas e atualizadas. Por esse motivo, os upgrades para os primeiros modelos Challenger 600 e Challenger 601, para torná-los mais parecidos com os modelos posteriores, são altamente recomendados.

Foram registrados até o momento 10 ocorrências graves com fatalidades com esses aviões, o equivalente a cerca de 1% do número total de aeronaves fabricadas, embora um desses casos não deva ser considerado um acidente, já que a aeronave teria sido abatida por estar envolvida com o tráfico de drogas:
  • Challenger 600 (protótipo), Estados Unidos, 1980. Queda durante teste de desenvolvimento.
  • Challenger 600, Estados Unidos, 1983. Aproximação mal sucedida sob mau tempo, com colisão contra terreno montanhoso próximo à pista de pouso.
  • Challenger 604 (protótipo), Estados Unidos, 2000. Queda durante teste para certificação.
  • Challenger 604, Reino Unido, 2002. Decolagem mal sucedida, causada por gelo nas asas.
  • Chellenger 601, Estados unidos, 2004. Decolagem mal sucedida, causada por gelo nas asas.
  • Challenger 604, Cazaquistão, 2007. Decolagem mal sucedida, causada por gelo nas asas.
  • Challenger 601, Estados Unidos, 2014. Pouso mal sucedido sob mau tempo, com terreno montanhoso e frio próximo da pista de pouso. Falha humana.
  • Challenger 601, Aruba (Caribe), 2015. Aeronave usada por narcotraficantes abatida pela Força Aérea da Venezuela.
  • Challenger 604, Irã, 2018. Perda de controle da aeronave após várias tentativas de recuperá-la de um estol causado por falha do indicador aerodinâmico de velocidade ou velocímetro.

VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Bombardier_Challenger_600_series
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Bombardier_Challenger_850
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Bombardier_Aerospace
  • Bombardier (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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