GULFSTREAM G200

IAI GALAXY

GULFSTREAM G200

INTRODUÇÃO

Logo acima, o sofisticado IAI Galaxy, o primeiro modelo dessa moderna família de jatos executivos de porte médio e de alcance intercontinental, fabricado em série pela então Galaxy Aerospace a partir do final da década de 1990. Logo abaixo, o Gulfstream G200, um derivado direto do IAI Galaxy, fabricado a partir da década de 2000, quase idêntico ao seu antecessor.

O confortável Gulfstream G200 é uma sofisticada aeronave bimotor executiva de porte médio e de alta performance, com capacidade para transportar confortavelmente 10 ou 12 passageiros, dependendo da configuração de assentos adotada, com motorização turbofan da marca americana e canadense Pratt & Whitney, projetada para viagens internacionais e intercontinentais, fabricada em larga escala nos Estados Unidos a partir da década de 2000 pela Gulfstream Aerospace, que utilizou como base para sua criação o projeto de jato executivo IAI Galaxy, quase idêntico, também de porte médio, bonito, confortável, sofisticado e com aerodinâmica refinada.

Os principais concorrentes dos aviões da família IAI Galaxy são os modelos de jatos executivos de porte médio e alcance intercontinental Cessna Citation X / Cessna Citation X+, Bombardier Learjet 60, Dassault Falcon 2000 / Dassault Falcon 2000 EX, Bombardier Challenger 604, Raytheon Hawker 4000 / Beechcraft Hawker 4000, Bombardier Challenger 300 / Bombardier Challenger 350 e Raytheon Hawker 800 / Beechcraft Hawker 800.

A GULFSTREAM AEROSPACE

A Gulfstream Aerospace é uma das maiores, mais respeitadas, mais conceituadas e mais bem sucedidas fabricantes de aeronaves executivas do mundo, especializada na fabricação de jatos executivos de médio porte. Inicialmente, a partir de 1957, os aviões com a marca Gulfstream (pronuncia-se Gâufstrím) eram fabricados pela indústria aeronáutica americana Grumman Corporation (conhecida atualmente como Northrop Grumman) e, posteriormente, a partir de 1967, o segmento de fabricação de aeronaves civis da Grumman Corporation ganhou vida própria.

Ela é uma das principais e mais rentáveis subsidiárias da companhia americana General Dynamics, um dos maiores e mais importantes grupos industriais de alta tecnologia aeroespacial, espacial e de defesa do planeta, especializada na criação, no desenvolvimento e na fabricação de aeronaves civis e militares, embarcações militares, mísseis, tanques de guerra e outros veículos terrestres para uso militar, softwares e hardwares para uso militar e componentes para lançadores de satélites.

Atualmente, a Gulfstream Aerospace emprega mais de 13.300 pessoas, a grande maioria delas nos Estados Unidos.

A ISRAEL AEROSPACE

A atual empresa estatal IAI – Israel Aerospace Industries, é também uma das maiores criadoras, desenvolvedoras e fabricantes especializadas em alta tecnologia aeroespacial, espacial, aeronáutica e de defesa do planeta. Ela atua basicamente nos segmentos aeroespaciais, civil e militar, incluindo aeronaves e satélites, mísseis, drones, lançadores de satélites ou foguetes, e atua e na fabricação de veículos militares marítimos e terrestres.

Conhecida anteriormente como IAI – Israel Aircraft Industries, ela foi fundada em 1953, inicialmente com o nome Bedek Aviation Company, como uma das principais fabricantes da indústria aeronáutica, aeroespacial e espacial de Israel. Entre os seus principais produtos das décadas de 1970, 1980 e 1990 estão os modelos de jatos executivos IAI Westwind e IAI Astra.

Ela é a maior indústria aeronáutica civil e militar, indústria aeroespacial, espacial e de defesa de Israel, com mais de 16.000 empregados e seus principais clientes são as Forças Armadas de Israel. Ela possui uma importante subsidiária, a Elta Systems LTD, uma fabricante de radares militares.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Logo acima, a cabine de passageiros do jato executivo de porte médio Gulfstream G200, um dos maiores, melhores, mais sofisticados, mais refinados e mais confortáveis modelos de aviões da categoria super midsize fabricados na década de 2000, um símbolo de status, considerado uma das obras primas da fabricante americana Gulfstream, tanto em termos de aerodinâmica como em termos de sistemas e acabamento interno. Logo abaixo, a cabine de passageiros de seu irmão quase gêmeo IAI Galaxy, também elegante e confortável.

O bonito Gulfstream G200 é uma sofisticada aeronave bimotor de médio porte e de alta performance, com motorização turbofan e alcance intercontinental, com construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com capacidade para transportar confortavelmente 10 ou 12 passageiros, dependendo da configuração de assentos adotada, desenvolvida em Israel e nos Estados Unidos na década de 1990 e fabricada em série nos Estados Unidos pela Gulfstream Aerospace a partir da década de 2000, que utilizou como base para sua criação quase todo o projeto de jato executivo intercontinental IAI Galaxy, com poucas diferenças.

Ele é uma das mais sofisticadas, elegantes, confortáveis e refinadas aeronaves de alta performance fabricadas pela Gulfstream Aerospace, um modelo de jato executivo com asas enflechadas e motorização turbofan Pratt & Whitney potente, que o torna um jato executivo veloz e de alcance intercontinental. A configuração da cabine de passageiros em club seat duplo é muito confortável e tem acabamento refinado, com capacidade para transportar com muito conforto 10 passageiros, mas o comprador pode optar também por uma configuração para até 12 passageiros, com uma combinação mista de sofás e assentos individuais.

A sua produção seriada foi iniciada em 2001, impulsionado por motores turbofan Pratt & Whitney PW306A, com potência / empuxo de 6.040 libras / cada, totalizando 12.080 libras, potência de sobra para dar-lhe uma velocidade de cruzeiro de 850 km/h e um teto de serviço de 13.700 metros, com alcance de cerca de 6.000 quilômetros, com oito passageiros a bordo e reservas de combustível.

Durante a década de 2000, os jatos executivos intercontinentais Gulfstream G200 e Gulfstream G100 vieram completar o portfólio da Gulfstream Aerospace, que na época só fabricava jatos executivos de porte médio maiores e mais caros, como o Gulfstream IV, por exemplo, com capacidade para 13 ou 15 passageiros. O Gulfstream G200 e o Gulfstream G100 foram bem aceitos no mercado aeronáutico mundial. A Gulfstream Aerospace e a Israel Aircraft Industries fabricaram 250 unidades da família IAI Galaxy, incluindo o IAI Galaxy e o Gulfstream G200, cuja produção seriada foi encerrada em 2011, dando lugar a um modelo derivado, o Gulfstream G280, com várias melhorias em relação ao seu antecessor.

Atualmente, o Gulfstream G200 e o IAI Galaxy estão entre as melhores opções de jatos executivos intercontinentais disponíveis no mercado mundial de aeronaves usadas. Eles estão entre os mais chiques modelos de aviões fabricados pela Israel Aircraft Industries e pela Gulfstream Aerospace. Os jatos executivos de porte médio Gulfstream G200 e Gulfstream G100 foram os responsável por colocar definitivamente a Gulfstream na disputa pelo segmento super mid-size e mid-size de aviões executivos a partir da década de 2000, ao lado da Cessna Aircraft, da Raytheon Aircraft / Hawker Beechcraft e da Bombardier Learjet. Até então, a Gulfstream só fabricava aviões maiores e realmente muito caros.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Logo acima, mais uma confortável e refinada opção de configuração de assentos e de acabamento para o Gulfstream G200, com espaço interno de sobra para 10 ou 12 passageiros. Essa cabine tem um corredor central rebaixado e totalmente plano, o suficiente para que passageiros com até 1,8 metro acessem a galley, na frente, e o toalete, atrás, sem necessidade de se curvar. Logo abaixo, o jato executivo no pátio de um aeroporto regional, com a porta aberta.

No início da década de 1990, os executivos, projetistas e investidores da Israel Aircraft Industries acreditavam que havia espaço suficiente no mercado para mais um jato competidor no segmento intercontinental de médio porte, conhecido também como super mid-size jet, em inglês. Esse é um dos segmentos mais superlativos da indústria aeronáutica, com quase tudo o que existe de melhor em termos de conforto, segurança e desempenho. Não era, exatamente, um substituto para o IAI Astra, pois este é um pouco menor e tem um alcance menor, o que significa que a Israel Aircraft estava dando um passo adiante para alcançar um público ainda mais exigente e ainda mais endinheirado, disposto a pagar ainda mais para ter um produto top de linha, ainda mais completo.

O jato executivo de médio porte e de alcance intercontinental IAI Galaxy foi projetado e desenvolvido pelos engenheiros e técnicos da Israel Aircraft Industries, inicialmente com o compartilhamento dos custos de desenvolvimento com a fabricante russa Yakovlev OKB, que mais adiante seria a responsável pela fabricação de algumas partes de todas as unidades de fabricação seriada. Porém, a Yakovlev aparentemente não conseguiu manter o ritmo do cronograma de desenvolvimento do novo modelo de aeronave e, então, foi substituída pela Sogerma, uma subsidiária da então EADS – European Aeronautic Defense and Space Company, conhecida atualmente como Airbus Group, responsável pela fabricação de parte da fuselagem e da cauda da aeronave.

Como se tratava de um produto dedicado a superar expectativas de quem já estava acostumado com produtos de alta performance, com desempenho excepcional, com velocidade de cruzeiro elevada, teto de serviço elevado e bom alcance intercontinental, os projetistas da Israel Aircraft Industries e da EADS optaram por aproveitar o projeto de asas e empenagem do IAI Astra para dar origem a um modelo diferente de aeronave, com fuselagem mais larga, mais alta e mais comprida, com novos motores, mais potentes, mas mantendo o conjunto de aviônicos Collins ProLine 4 do seu irmão menor, já que este apresentava um conjunto satisfatório na época.

É praticamente impossível fabricar um avião intercontinental que não seja sofisticado, faz parte do negócio, porque ninguém gosta ser fechado em uma cabine de passageiros por horas e horas seguidas, sobrevoando oceanos, desertos e florestas, sem um mínimo de conforto biológico, tecnologia de entretenimento, telecomunicações e alimentação. Assim, os jatos intercontinentais possuem, quase que obrigatoriamente, um certo nível mínimo necessário de sofisticação, começando pela pressurização de cabine com climatização, passando pelo toalete e pela galley com água mineral, sucos, refrigerantes e refeições rápidas, estas geralmente aquecidas por microondas e / ou forno elétrico.

A combinação de velocidade e alcance do IAI Galaxy possibilita ao proprietário particular do jato, pessoa física ou pessoa jurídica, e aos operadores de fretamento (empresas de táxi-aéreo) e de propriedade compartilhada, cumprirem missões típicas entre Nova York e Londres, por exemplo, sobrevoando o Oceano Atlântico, sem necessidade de paradas para reabastecimento, e viajarem da costa oeste dos Estados Unidos, partindo de Los Angeles ou San Francisco, por exemplo, até a costa leste, Nova York ou Washington, por exemplo, também sem necessidade de parada para reabastecimento, com números de consumo de combustível próximos de seus principais concorrentes. A travessia de oceanos, desertos e florestas é possível, já que o modelo possui a certificação FAR PART 25, com a redundância de um sistema hidráulico duplo, e a certificação RVSM – Reduced Vertical Separation Minimum, um novo padrão de separação vertical reduzida entre aeronaves dentro de uma aerovia de tráfego aéreo controlado.

O objetivo dos executivos e projetistas da Israel Aircraft Industries era fabricar um jato executivo para competir em um segmento de mercado da aviação executiva formado por clientes com poder aquisitivo muito alto, para viagens non-stop interestaduais, e viagens internacionais e intercontinentais com ou sem paradas para reabastecimento, dependendo da distância entre origem e destino, a bordo de um jato executivo bem confortável, com cabine de passageiros de bom tamanho para até 10 ou 12 passageiros; com toalete totalmente privativo, inclusive com pia para lavar as mãos e escovar os dentes; com bagageiro traseiro pressurizado e aquecido; com galley com refrigerador para bebidas e água mineral, microondas e forno elétrico para aquecer refeições semipreparadas; e com conjunto de aviônicos moderno, preciso e confiável.

O confortável IAI Galaxy é uma aeronave derivada do IAI Astra, mas o número de mudanças, modernizações e melhorias em relação ao projeto do seu antecessor é tão grande que se chega facilmente à conclusão de que se trata de um projeto diferente. Os engenheiros da Israel Aircraft Industries aproveitaram os conhecimentos e experiências adquiridos durante o desenvolvimento e a fabricação seriada da família IAI Astra para dar origem a um modelo de aeronave maior, mais confortável, mais sofisticada, mais refinada e com maior alcance. Por exemplo, o projeto deu prioridade para um isolamento acústico melhorado, com um nível de ruído baixo em voo de cruzeiro; e um pé direito (medida entre o corredor da cabine de passageiros e o seu teto) melhorado, com quase 1,9 metro, possibilitando que a grande maioria dos passageiros possa circular na cabine sem necessidade de se curvar.

O resultado é uma aeronave confortável e confiável, projetada para viagens internacionais e intercontinentais, com modernos e potentes motores americanos e canadenses Pratt & Whitney PW306A, e com capacidade bastante razoável de pousar e decolar em pistas de pouso de médio tamanho, com algo entre 1.500 metros e 2.000 metros de comprimento, dependendo do número de passageiros a bordo, da temperatura ambiente e do volume de combustível nos tanques. Para viagens interestaduais, o avião é mais flexível. Por exemplo, em um dia com temperatura ambiente alta, com cerca de 35º de temperatura, com até oito passageiros a bordo e com pouca bagagem, é possível decolar de uma pista de pouso pavimentada de apenas 1.400 metros de comprimento em uma fazenda no interior do Estado de Tocantins, por exemplo, e pousar no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro apenas duas horas depois.

IAI GALAXY

O veloz IAI Galaxy é uma moderna aeronave bimotor executiva de alta performance, de médio porte e de alcance intercontinental, com construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com motorização turbofan com alta taxa de bypass e com capacidade para transportar confortavelmente 10 ou 12 passageiros, dependendo da configuração de assentos adotada, projetada, desenvolvida e fabricada em série a partir da década de 1990 nos Estados Unidos pela Galaxy Aerospace, na época uma subsidiária da Israel Aircraft Industries, em sociedade com a empresa de investimentos Hyatt Corporation, por sua vez de propriedade da Família Pritzker.

Conhecido também como IAI Astra Galaxy e como IAI 1126 Galaxy, ele é um dos dois projetos da família IAI Galaxy, da qual o Gulfstream G200 também faz parte, ambos modelos de jatos executivos de médio porte e de alcance intercontinental. O IAI Galaxy e o Gulfstream G200 são projetos derivados do modelo de jato executivo de porte médio IAI Astra, um modelo de avião um pouco menor e de menor alcance.

Desde o início de sua fabricação em série, em 1999, o IAI Galaxy já saía de fábrica com um moderno e preciso conjunto de aviônicos EFIS - ElectronicFlight Instrument System, modelo Collins ProLine 4, composto por duas telas PFD - Primary Flight Display, as telas primárias, uma do lado esquerdo do painel, para o piloto, e outra do lado direito, para o co-piloto, e duas telas MFD - Multi Function Display, ou multifunção, com moving map, inclusive, complementadas pelo EICAS – Engine Indicating Crew and Alerting System, que é um sistema de alerta à tripulação sobre o funcionamento dos motores e dos sistemas hidráulico, elétrico e eletrônico da aeronave. No console central estão fixadas as interfaces do FMS - Flight Management System, que é o sistema de gerenciamento de voo.

Um aparelho complementar de navegação conhecido no meio aeronáutico como IRS – Inertial Reference System ou, simplesmente, inercial foi introduzido no IAI Galaxy, para tornar as viagens ainda mais precisas e seguras.

No compartimento do nariz do IAI estão fixados aviônicos e garrafas de oxigênio que alimentam as máscaras de oxigênio na cabine de comando. O sistema elétrico do IAI Galaxy é redundante, com três geradores, sendo um gerador movido por cada motor e um gerador complementar que integra a APU – Auxiliary Power Unit, a unidade independente para geração de energia complementar. O sistema hidráulico do avião também é redundante, caso contrário não estaria falando de um avião intercontinental, com uma bomba para cada motor. Uma combinação do sistema hidráulico com o sistema elétrico é responsável, dependendo de cada caso, pela movimentação e/ou acionamento do trem de pouso, dos slats, dos flaps, dos speed brakes e spoilerons, do wheel steering (controle da roda de nariz) e do leme. Caso essa sofisticada combinação falhe, o que é pouquíssimo provável, quase impossível, o controle da aeronave pode, teoricamente, ser mantido por meio de cabos e roldanas ligados diretamente aos manches da cabine de comando, o que, é claro, vai exigir uma boa dose de força física dos pilotos.

O acionamento do wheel steering é fly-by-wire, ou seja, o controle das rodas de nariz no solo é realizado por meio de impulsos ou pulsos elétricos, mas a atuação junto às rodas dianteiras é hidráulica. Os freios do IAI Galaxy são de carbono e possuem anti-skid e o trem de pouso é do tipo trailing link, com haste de arrasto, para pousos mais suaves. As asas enflechadas foram projetadas para permitir a operação em altas velocidades e altas altitudes, com pousos tranquilos em pistas de pouso pavimentadas de comprimento médio, graças a uma combinação de dispositivos hipersustentadores, composta por slats nos bordos de ataque e flaps Krueger nos bordos de fuga. Por exemplo: É possível decolar do Aeroporto de Viracopos, em Campinas – S.P., com oito passageiros a bordo e tanques cheios, às cinco horas da manhã, com uma escala para reabastecimento em Porto Rico, no Caribe, e chegar a Los Angeles ou San Francisco pouco depois do anoitecer.

Para quem precisa viajar com frequência para a Europa Ocidental, África e América do Norte o IAI Galaxy é uma das melhores opções de compra. Pra quem viaja pouco, duas ou três vezes por ano, para essas regiões é mais aconselhável, por uma razão econômica, alugar esse modelo de aeronave ou seus principais concorrentes. Várias empresas de táxi-aéreo no Brasil alugam esses modelos intercontinentais de porte médio.

O moderno IAI Galaxy possui três tanques de combustível, um em cada asa e mais um tanque complementar central, fixado sob a fuselagem, com bombas de transferência, com ponto único para reabastecimento, o que torna as escalas para reabastecimento de combustível mais ágeis. O sistema elétrico do jato executivo é composto por uma APU – Auxiliary Power Unit da marca Honeywell, modelo GTPC 36-150, para complementar o fornecimento de energia elétrica ou manter os sistemas da aeronave energizados no solo, quando os motores estão desligados, o que significa que praticamente todos os itens de telecomunicações, mídia, alimentação e saneamento (higiene) podem ser usados antes da decolagem e depois do pouso.

O avião possui várias telas de cristal líquido na cabine de passageiros, que integram o sistema multimídia com DVD player e CD player, com saída para fone de ouvido estéreo em cada uma delas. O acabamento é requintado, com assentos revestidos em couro ou tecido, dependendo do gosto do cliente, com galley e toalete com detalhes em madeira nobre. A cabine de passageiros possui um isolamento acústico exemplar, com baixo nível de ruído a bordo no voo de cruzeiro. O bagageiro traseiro tem espaço suficiente para malas e bolsas de até 8 passageiros, com pressurização e aquecimento. Assim os passageiros não precisam se preocupar com um eventual congelamento de seus shampoos, perfumes e desodorantes.

GULFSTREAM G200

O Gulfstream G200 é uma moderna aeronave bimotor executiva de médio porte e alta performance, com asas enflechadas e motorização turbofan, com capacidade para transportar confortavelmente 10 ou 12 passageiros em viagens internacionais e intercontinentais, fabricada em série nos Estados Unidos a partir da década de 2000 pela Gulfstream Aerospace, que utilizou como base para sua criação e desenvolvimento o IAI Galaxy, da mesma família. Na verdade, os dois modelos são quase idênticos, exceto por alguns fornecedores de peças, partes e componentes que foram trocados.

A Gulfstream Aerospace deu continuidade ao programa de desenvolvimento de sua família de aeronaves IAI Galaxy, após a aquisição, em 2001, da fabricante americana Galaxy Aerospace por cerca de US$ 330 milhões, em valores da época. Basicamente, o projeto do IAI Galaxy foi mantido no Gulfstream G200, mas com algumas mudanças, como o fornecimento de reversores de empuxo pela Dee Howard, por exemplo.

ALTA TECNOLOGIA

Os aviões da família IAI Galaxy são o resultado de pelo menos duas décadas seguidas de acúmulo de experiências e conhecimento dos investidores, executivos e projetistas da Israel Aircraft Industries na fabricação de aeronaves de alto desempenho, com motorização a jato, entre eles o IAI Westwind e o IAI Astra, principalmente o IAI Astra, um projeto bem resolvido, tanto em termos de tecnologia, quanto em termos de estética.

O IAI Galaxy foi projetado e anunciado ao mercado, pela Israel Aircraft Industries, em 1993, com a sua fase de testes práticos para certificação concluída em 1998 e sua fabricação em série foi iniciada em 1999. Durante as suas fases de criação e desenvolvimento, verificou-se que seria possível reduzir o arrasto aerodinâmico em várias partes da estrutura do novo projeto, implementando várias tecnologias, entre elas a regra de área, para redução de arrasto aerodinâmico, com a fixação de carenagens em quase toda a parte inferior da fuselagem, começando próximo à porta principal até chegar ao seu cone de cauda. O objetivo disso é fazer com que o ar flua ou escoe harmonicamente ou suavemente, reduzindo o máximo possível a geração de arrasto. Além disso, optou-se por estreitar a fuselagem e o cone de cauda da aeronave bem ao lado dos motores, para reduzir o máximo possível a probabilidade de arrasto aerodinâmico entre as naceles dos motores, os pilones, a fuselagem e o cone de cauda.

Optou-se também pelo desenvolvimento de asas enflechadas de perfil supercrítico com slats e flaps para possibilitar um trecho final de aproximação em torno de 230 km/h, próximo à cabeceira, em condições típicas de missão, um pouco mais ou um pouco menos, dependendo da temperatura ambiente, da altitude do aeródromo e do peso da aeronave. Jatos executivos com asas de perfil supercrítico não precisam de pistas de pouso muito compridas para pousar e decolar normalmente, em segurança. Dentro de padrões normais, com cabine lotada de passageiros em dias quentes o Gulfstream G200 pousa e decola em pistas de pouso com menos de 2.000 metros de comprimento. Tudo isso sem abrir mão da alta velocidade de cruzeiro.

As asas do IAI Galaxy foram baseadas no projeto de asas do IAI Astra, já apresentando winglets nas pontas das asas, flaps nos bordos de fuga e slats do tipo Krueger nos bordos de ataque. A aeronave possui também uma cauda no estilo cruciforme, motores Pratt & Whitney PW306A, que possui FADEC - Full Authority Digital Engine Control, que é um sistema computadorizado de controle do funcionamento do motor, evitando que seus parâmetros de segurança de funcionamento sejam ultrapassados inadvertidamente (involuntariamente) pela tripulação, seja por distração ou inexperiência.

O confiável motor turbofan canadense Pratt & Whitney PW306A de alto desempenho que impulsiona o IAI Galaxy e o Gulfstream G200 faz parte da consagrada família de motores turbofan Pratt & Whitney PW300, desenvolvida para impulsionar vários modelos de jatos executivos. Essa família de motores turbofan para uso civil é usada, inclusive, para impulsionar o Bombardier Learjet 60, o Raytheon Hawker 1000, o Beechcraft Hawker 4000, o Cessna Citation Sovereign, o Dassault Falcon 2000 e o Cessna Citation Latitude, todos esses considerados modelos de aeronaves tecnicamente bem sucedidas.

Essa versão executiva de motor turbofan da família Pratt & Whitney PW300 é uma opção moderna e confiável de propulsão projetada principalmente para jatos executivos, com alta performance, com taxa de bypass de 4,5:1, o que significa que ele movimenta quatro vezes mais ar que não passa pela sua câmara de combustão, em relação ao ar misturado ao querosene e queimado na câmara, portanto bem mais econômico e menos poluente que motores turbojato.

Ele é um motor turbofan com alta taxa de bypass, com fan de estágio único, acoplado a uma turbina de baixa pressão com três estágios. O seu projeto é composto também por um compressor de alta pressão de quatro estágios, por uma turbina de alta pressão com dois estágios e com reversor de empuxo na saída de gases, tudo isso controlado por um sistema digital FADEC – Full Authority Digital Engine Control, que impede que os parâmetros, padrões ou limites de funcionamento dos motores sejam excedidos pela tripulação.

Um dos exemplos mais marcantes do nível de sofisticação do IAI Galaxy e, por consequência, do Gusfstream G200, é o seu projeto de asa de perfil supercrítico, com extradorso de curvatura mais suave que outros perfis de asas utilizados em vários modelos de aeronaves a pistão e turboélice de asas retas, possibilitando uma melhora do desempenho do jato executivo em pistas de pouso em relação às antigas aeronaves a jato com asas enflechadas convencionais, sem perda de desempenho no voo de cruzeiro a alta velocidade.

Na década de 1990, a Israel Aircraft Industries optou por sistema de degelo de borracha nos bordos de ataque das asas e do estabilizador horizontal. Curiosamente, a Gulfstream Aerospace manteve essa opção no Gulfstream G200. A maior parte dos jatos atualmente utiliza ar quente dos motores, canalizados para os bordos de ataque das asas para aquecer estas áreas e assim evitar a formação de gelo, evitando assim a formação de gelo nas asas em altas altitudes de cruzeiro, o que é comum em jatos executivos, que, por natureza, têm melhor desempenho acima de 10.000 metros de altitude, lembrando que quanto mais alto mais frio é.

SEGURANÇA DE VOO

Estatisticamente, em números aproximados, a aviação comercial e a aviação executiva são os meios de transporte mais seguros que existem, com cerca de três acidentes graves com vítimas fatais para cada um milhão de viagens realizadas, considerando a média mundial. Porém, se forem levados em consideração apenas os números de países desenvolvidos, como Canadá, Estados Unidos, países da Europa Ocidental, o Japão, a Coréia do Sul e a Austrália, os números de acidentes para cada um milhão de viagens são ainda menores, na média cerca de um acidente grave com vítimas fatais para cada um milhão de viagens realizadas.

O IAI Galaxy e o Gulfstream G200 são considerados modelos de aeronaves muito seguros, nenhum acidente grave com vítimas fatais foi registrado desde o início da fabricação.

MERCADO

O alcance do IAI Galaxy e do Gulfstream G200 pode variar. Segundo o fabricante, ele pode decolar em um dia quente, sob o sol do meio dia, com os tanques quase cheios de combustível, seis passageiros adultos e duas crianças a bordo e viajar non-stop cerca de 6.200 quilômetros. Mas à medida que o planejamento prévio da viagem contempla mais passageiros a bordo é necessário reprogramar a missão, talvez acrescentando uma parada para reabastecimento antes da chegada ao destino, dependendo da distância total entre origem e destino.

Na prática, o alcance do avião com 10 passageiros adultos a bordo e bagagem é de cerca de 5.800 quilômetros, um pouco mais ou um pouco menos, dependendo da velocidade de cruzeiro escolhida pela tripulação; do tempo (no sentido de meteorologia) em rota, na origem e no destino; e do comprimento da pista de pouso pavimentada na origem. Neste caso, quanto lotado, não é possível decolar com os tanques cheios, mesmo assim é um bom alcance, o suficiente para decolar de Porto Alegre – R.S., por exemplo, e viajar até Porto Rico, no Caribe, sem necessidade de parada para reabastecimento no meio do caminho.

A americana Textron Aviation é a maior fabricante de jatos executivos do mundo, com cerca de 9.000 unidades fabricadas desde a década de 1970, incluindo os números de vendas das marcas Cessna, Beechcraft e Hawker. Em seguida vem a canadense Bombardier Aerospace, com cerca de 5.500 unidades, incluindo os números dos produtos Learjet, Challenger e Global. Logo atrás vem a francesa Dassault Falcon, com cerca de 2.500 unidades, a americana Gulfstream Aerospace, com cerca de 2.000 unidades, e a brasileira Embraer, com cerca de 1.200 unidades. Mas há também mais três grandes emergentes nesse mercado, a Honda Aircraft, a Cirrus Aircraft e a Pilatus Aircraft.

A parceria entre a Gufstream Aerospace e Israel Aircraft Industries foi um sucesso, 250 unidades do IAI Galaxy e do Gulfstream G200 foram vendidas para clientes em vários países do mundo.

Aqui no Brasil, segundo o RAB – Registro Aeronáutico Brasileiro, havia em 2017 um total de 10 unidades de aviões da família IAI Galaxy registradas e operadas por pessoas físicas e pessoas jurídicas, inclusive empresas de táxi-aéreo, fazendo viagens interestaduais, internacionais e intercontinentais.

Aqui no Brasil, esses modelos são operados por várias empresas de táxi-aéreo, entre elas a Icon Aviation.

FICHA TÉCNICA

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

GALAXY E G200

Capacidade: 10 ou 12 passageiros;
Tripulação: 1 piloto, 1 co-piloto e 1 comissária;
Velocidade de cruzeiro: Aprox. 850 km/h;
Comprimento: Aprox. 19 metros;
Envergadura: Aprox. 18 metros;
Altura: Aprox. 6,5 metros;
Motorização (potência): 2 X Pratt & Whitney (6.040 libras / cada);
TBO (tempo entre revisões):
APU: Honeywell GTCP 36-150 (de série);
Aviônicos: EFIS Collins ProLine 4, com 5 telas digitais;
Aviônicos: FMS Collins FMC-6100, com 2 telas, e TCAS Collins 7.1;
Aviônicos: EGPWS Mark V, VOR, NDB e GPS;
Aviônicos: Collins WXP 4220 (radar meteorológico) e IRS Honeywell (inercial);
Opcionais (upgrade): Telefone por satélite e Internet por satélite;
Climb (subida): Aprox. 13.000 metros em 30 minutos (MTOW);
Peso máximo de decolagem (Galaxy): Aprox. 15.800 kg;
Peso máximo de decolagem (G200): Aprox. 16.000 kg;
Consumo médio (QAV): Aprox.
Consumo médio (QAV): Aprox.
Despachabilidade: 98%;
Alcance: Aprox. 5.800 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
Pista de pouso: Aprox. 1.999 metros (oito passageiros / dias quentes / tanques quase cheios);
Teto de serviço: Aprox. 13.700 metros;
Preço (no exterior): Aprox. US$ 3,8 milhões (usado / bom estado de conservação);

ONDE COMPRAR

A importação de unidades usadas dos aviões da família IAI Galaxy também é possível para compradores brasileiros. Porém, somando todos os impostos e taxas, o preço final da aeronave já nacionalizada pode sofrer um acréscimo de cerca de 20% em relação ao preço inicial no exterior.

Flight Market (classificados): http://www.flightmarket.com.br/pt/home
Controller (em inglês): http://www.controller.com
Aeromercado (classificados): http://www.aeromercado.com.br/defr.asp
Global Air (em inglês): https://www.globalair.com/aircraft-for-sale/Private-Jet
Aircraft 24 (no exterior): https://pt.aircraft24.com/search/search-jet.htm
AvBuyer (em inglês): https://www.avbuyer.com/aircraft/private-jets

Não é aconselhável comprar sozinho (a), sem acompanhamento, uma aeronave se não entende do assunto. É aconselhável buscar assessoria profissional especializada e confiável no Brasil para a seleção, a negociação de compra, o cumprimento de todos os trâmites burocráticos relacionados à importação e nacionalização, hangaragem, manutenção e treinamento de tripulação.

Várias empresas idôneas no Brasil oferecem esse tipo de serviço de assessoria e manutenção, entre elas a Global Aircraft e a Icon Aviation. Algumas delas oferecem também o serviço de gerenciamento de aeronaves.

A fabricante americana Gulfstream Aerospace mantém no Brasil uma oficina própria de manutenção de aeronaves para atender o mercado sul americano, a Gulfstream do Brasil Ltda, localizada no município de Sorocaba, no interior do Estado de São Paulo, a cerca de 100 quilômetros da capital do estado.

TRÊS VISTAS