GLOBALSTAR (TELEFONIA POR SATÉLITE)

GLOBALSTAR LP (1991)
GLOBALSTAR LLC (2003)
GLOBALSTAR INCORPORATED (2006)
SPOT INCORPORATED (2007)
THERMO CAPITAL PARTNERS

INTRODUÇÃO
Logo acima, modelos de telefones por satélite da Globalstar, fabricados pela Qualcomm, pela Ericcson e pela Telit, capazes de fazerem e receberem chamadas de voz por satélite em praticamente toda a América do Norte, América do Sul e Caribe (exceto Cuba), praticamente toda a Europa e Austrália, incluindo florestas, oceanos, desertos e montanhas, exceto nos dois polos do planeta e no lado sul do Oceano Pacífico. Logo abaixo, o logotipo atual da Globalstar, uma das pioneiras em telecomunicações móveis por satélite.

A Globalstar Incorporated é uma grande empresa americana de telefonia por satélite criada na década de 2000. Ela possui um sofisticado sistema de telecomunicações baseado em uma grande e complexa constelação formada por aproximadamente 24 satélites LEO – Low Earth Orbit, ou de órbita baixa, em tradução livre, em plena atividade, somados a satélites de reserva. Inicialmente, o sistema foi projetado e lançado na década de 1990 pela fabricante americana de satélites Loral Corporation e pela fabricante americana de equipamentos eletrônicos Qualcomm Incorporated, acompanhadas pelas empresas Alcatel, AirTouch, Deutsche Aerospace, Hyundai e Vodafone, e tem o objetivo de fornecer um serviço móvel digital mundial de telecomunicações de voz, mensagens eletrônicas e dados de baixa velocidade por meio de dispositivos portáteis e leves ou dispositivos instalados em veículos. Atualmente, a Globalstar Incorporated é uma empresa americana de capital aberto, com novos proprietários.

Esse sistema de telefonia por satélite foi implementado na década de 1990 e estimativas apontam para um custo inicial de cerca de US$ 4 bilhões, em valores da época, incluindo os custos de fabricação e lançamento de satélites, infraestrutura tecnológica em terra e todos os demais investimentos (incluindo marketing) realizados desde o início.

Os seus principais concorrentes são a americana Iridium Communications, que também usa satélites de órbita baixa; a árabe Thuraya / Yahsat Communications, que usa satélites geoestacionários; e a inglesa Inmarsat plc, que também usa satélites geoestacionários.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Logo acima, mapa de cobertura (map of coverage) do sistema de telefonia por satélite (voz) da Globalstar. As regiões do planeta pintadas em amarelo ou laranja são atendidas pela Globalstar. As regiões pintadas em azul podem ter acesso ao serviço, mas com alguma limitação técnica. Logo abaixo, mapa de cobertura do sistema de transmissão de dados simplex e rastreamento SPOT da Globalstar. As regiões pintadas em laranja são atendidas pela Globalstar.
A empresa de telecomunicações Globalstar Incorporated presta vários serviços de transmissão de voz, mensagens eletrônicas (pedidos de socorro, inclusive, com botão de pânico) e transmissão de dados digitais de baixa velocidade (Internet, inclusive) por meio de sua grande, sofisticada e cara rede de satélites de órbita baixa, incluindo o serviço de telefonia (voz) prestado por meio de aparelhos portáteis e móveis não muito diferentes, no seu aspecto externo, aos aparelhos de telefonia celular de 2ª geração, das décadas de 1990 e 2000. Também é possível enviar e receber mensagens eletrônicas simples por meio aparelhos compactos, semelhantes a pagers de mão.

O serviço de telefonia e transmissão de dados de baixa velocidade por satélite Globalstar é composto, atualmente, por uma constelação de 24 satélites de órbita baixa plenamente ativos e mais alguns satélites de reserva, mantidos para eventualidades.

Como todo serviço de telecomunicações por satélite é necessário que a antena do aparelho receptor e transmissor, em terra, mar ou ar, seja ele portátil ou instalado em veículos, esteja exposta, ao ar livre ou protegida por um radome, de forma a permitir uma linha de visada com os satélites de órbita baixa. Mas ao contrário dos satélites geoestacionários usados em telecomunicações para transmissão de sinais de TV aberta, TV por assinatura e Internet de alta velocidade, que estão sempre em uma posição relativamente fixa para o observador comum aqui na Terra, os satélites da rede Globalstar estão em movimento constante em relação ao planeta, em altíssima velocidade, a cerca de 26.000 km/h. Eles conseguem completar uma volta em torno do planeta, passando próximos aos polos Norte e Sul, em cerca de 2 horas, a cerca de 1.400 km de altitude.

Dessa forma, é possível para uma pessoa numa sacada de apartamento ou em um heliponto localizado no topo de um prédio, na calçada de uma avenida ou na praça de alimentação aberta de um restaurante, numa plataforma de petróleo, na praia ou no balneário, em qualquer trecho de uma rodovia ou de estrada vicinal, no meio de um pasto de fazenda ou no meio de uma floresta, em pleno deserto, em mar aberto ou oceano (com algumas exceções), sobre um rio qualquer ou lago, no pico ou cume de uma grande montanha e em um aeródromo afastado da cidade fazer uma chamada telefônica e receber uma chamada telefônica por meio de um aparelho telefônico portátil específico para este tipo de chamada, fornecido pelas fabricantes Qualcomm, Ericsson e Telit.

Também é possível fazer chamadas e receber chamadas por meio de aparelhos instalados dentro de embarcações, aeronaves, trens, automóveis e caminhões, de forma conveniente, confortável, segura e privativa, por meio de antenas externas ligadas diretamente aos aparelhos receptores e transmissores internos.

É claro que toda essa sofisticação não é barata. Esse serviço de telecomunicação da Globalstar, semelhante aos serviços prestados pela Iridium, por exemplo, está entre os mais caros serviços de transmissão de voz da indústria de telecomunicações, cobrado por minuto ou por pacote de minutos. Por outro lado, também está claro que não se trata que de um luxo apenas, mas de uma necessidade que só pode ser satisfeita por meio da telefonia por satélite, um serviço impossível de ser prestado por empresas de telefonia celular comum, que usam a tecnologia GSM e CDMA, cujos sinais não chegam a todos os pontos do planeta. Por exemplo: Fiscais públicos tributários, trabalhistas e ambientais; delegados, policiais e investigadores; agrimensores, agricultores, pecuaristas e administradores de fazendas; agentes de serviços de inteligência e militares de média e alta patentes; pesquisadores e cientistas; empresários e executivos; bombeiros, salva-vidas e paramédicos; aviadores; chefes de estados e ministros; capitães de navios mercantes; engenheiros civis; guias de turismo; jornalistas; maquinistas de trem; missionários religiosos; e diplomatas; entre outros, dependem desse tipo de serviço para se manter conectados com o mundo.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Logo acima, imagem de um dos satélite da segunda geração da Globalstar, usado para prover o serviço de comunicação por satélite em qualquer lugar do planeta. Eles estão em órbita baixa, prestando serviços de telecomunicações. Logo abaixo, o lançador de satélites russo Soyuz-2 do Governo da Rússia, responsável pelo lançamento dos satélites Globalstar de 2ª geração, todos já em órbita e em atividade.
Durante a década de 1990, a fabricante americana de satélite Loral Corporation e a fabricante americana de aparelhos de telecomunicações Qualcomm Incorporated se juntaram às empresas Alcatel, Airtouch, Deutsche Aerospace, Hyundai e Vodafone para dar início a um ousado e caro projeto de telefonia por satélite da então nova empresa Globalstar Telecommunications / Globalstar LP, composto por uma rede de 48 satélites em plena atividade, todos de órbita baixa, e mais 4 aparelhos complementares em órbita, totalizando 52 satélites. Nessa década foram gastos cerca de US$ 4 bilhões, em valores da época, para a criação, o desenvolvimento, a fabricação e o lançamento dos satélites e instalação de infraestrutura tecnológica em terra para a então nova tecnologia de telecomunicação móvel baseada em Banda S e em Banda L de frequência eletromagnética de rádio, para permitir a conexão entre usuários e a rede de satélites, capaz de cobrir cerca de 70% da superfície do planeta Terra, incluindo florestas, oceanos e desertos, exceto o Polo Norte, o Polo Sul, o lado sul do Oceano Pacífico e todo o Oceano Índico.

Os primeiros satélites da rede Globalstar foram lançados em 1998, mas a distribuição completa em órbita dos satélites do sistema foi atrasada devido ao fracasso de lançamento pela Agência Espacial Russa, também 1998, que resultou na perda de 12 satélites. Vale ressaltar que, em nível mundial, a perda de satélites em lançamentos é desagradável, é claro, mas, infelizmente, é algo comum. Cerca de 5% até 10% do número total de satélites fabricados no mundo são perdidos em lançamentos fracassados, números que variam para cada fabricante de veículos lançadores. Os investidores têm consciência dessa condição e contratam serviços de seguro contra perdas em lançamentos, porém o atraso e, consequentemente, o prejuízo são inevitáveis, caso as operações de lançamentos falhem.

A empresa de telecomunicações por satélite Globalstar Telecommunication foi uma das primeiras do mundo a fazer o uso intensivo de satélites de órbita baixa para prover serviço de telefonia (voz), mensagens eletrônicas simples e transmissão de dados (Internet de baixa velocidade, inclusive) para civis, semelhante ao serviço lançado pela Iridium, também uma pioneira do setor. Antes disso havia opções de telefonia móvel para civis e militares com o uso de satélites geoestacionários, que exigia o uso de transmissores e receptores móveis mais potentes e antenas maiores, mais pesados e com o inconveniente do delay, que é um pequeno atraso na recepção dos sinais de voz entre interlocutores, semelhantes aos serviços oferecidos pela operadora árabe Thuraya / Yahsat e pela operadora europeia Inmarsat, por exemplo.

Antes do lançamento do serviço de telecomunicação Globalstar, outros competidores entraram nesse mercado de transmissão de voz por satélites, entre eles a Iridium, que, aliás, também possui tecnologia de órbita baixa, semelhante à tecnologia da Globalstar, e as competidoras já estabelecidas, incluindo Thuraya / Yahsat e a Inmarsat, passaram a modernizar gradativamente seus serviços para reduzir o tamanho e o peso dos transmissores (telefones, por exemplo) e reduzir o máximo possível o delay (pronuncia-se delêi), além de fornecer pacotes mensais ou anuais de minutos de voz, com preços mais competitivos, para tornar o serviço menos caro.

A TECNOLOGIA

Logo acima, ilustração simplificada sobre como as redes de satélites LEO da Globalstar e da Iridium estão relativamente próximas do planeta Terra, em comparação com outros sistemas de satélites, incluindo as redes de satélites GPS e de satélites geoestacionários de telecomunicações. Os satélites LEO da Globalstar circundam, em velocidade altíssima, o planeta Terra a cerca de 1.400 quilômetros de altitude. Logo abaixo, profissionais liberais, executivos e empresários usam o serviço de telecomunicação da Globalstar.

Oficialmente, a tecnologia de telefonia móvel por satélite é designada como serviço móvel via satélite. Ela está autorizada e está regulamentada pela UIT – União Internacional de Telecomunicações, uma agência da ONU – Organização das Nações Unidas para a regulamentação e controle das telecomunicações em geral em todo o planeta. Geralmente, o serviço de telefonia móvel por satélite utiliza o espectro de frequência eletromagnética de rádio de Banda L, algo entre 1,5 GHz e 2,5 GHz, o que significa é proibido o uso dessa frequência para outros fins, sem autorização prévia de autoridades. Mas no caso da Globalstar, a Banda S também é utilizada para a prestação do serviço.

Essa regulamentação e fiscalização são necessárias para disciplinar e organizar o uso das frequências eletromagnéticas de rádio e evitar que um prestador de serviço entre, inadvertidamente (acidentalmente), na faixa de frequência de outro prestador de serviço, causando assim a interrupção ou prejudicando o desempenho do serviço do seu concorrente. A fiscalização também evita o uso indevido das frequências por piratas eletrônicos, terroristas e hackers. Aqui no Brasil a fiscalização é realizada pela ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações, com ou sem o auxílio da PF - Polícia Federal, da PM - Polícia Militar, da Polícia Civil e das Forças Armadas Brasileiras, dependendo de cada caso.

Em nível mundial, a Iridium Communications, a Thuraya / Yahsat Communications, a Inmarsat plc e a Orbcomm Incorporated são as principais concorrentes da Globalstar Incorporated no mercado de telefonia por satélite, entretanto os sistemas de comunicações da Iridium e da Globalstar são mais parecidos, têm pontos em comum (ausência quase total de delay, por exemplo) e a Iridium também usa uma grande e sofisticada constelação de satélites LEO - Low Earth Orbit, neste caso com aproximadamente 66 satélites e mais alguns satélites de reserva.

Os 52 satélites de primeira geração da Globalstar foram fabricados pela americana SSL – Space Systems Loral, atualmente propriedade da Maxar Company. Atualmente, a constelação original de satélites está desativada, substituída pela nova geração de satélites da Globalstar, fabricada pela empresa francesa Thales Alenia Space. Esses novos satélites foram lançados ao espaço pelos foguetes russos Soyuz-2, da Roscosmos, a agência espacial russa.

SERVIÇOS DA GLOBALSTAR

Logo acima, o sinal de telefonia móvel emitido pelos satélites da Globalstar chega até onde os sinais da telefonia celular comum não chega. Em uma grande variedade de casos muito específicos, esse sistema de telecomunicação por satélite é a única solução para manter pessoas e empresas conectadas com o resto do mundo. Logo abaixo, mais uma imagem dos satélites Globalstar, neste caso quando ainda em terra, sendo fabricados.

Atualmente, com mais de 315 mil assinantes, a Globalstar Incorporated é um dos maiores fornecedores mundiais de serviços móveis de voz (ligações telefônicas) e dados móveis por satélite, inclusive conexão de baixa velocidade à Internet. A Globalstar oferece esses serviços aos usuários pessoas físicas e pessoas jurídicas em mais de 120 países do mundo.

Os produtos da companhia incluem telefones móveis por satélite, modems de dados por satélites simplex ou one way, que significa uma via de comunicação, para telemetria ou rastreamento, por exemplo; e duplex ou two way, que significa duas vias de comunicação simultânea, para telefonia, por exemplo; e pacotes de Internet via satélite. Em 2007, a Globalstar Incorporated lançou um serviço de mensagens via satélite e rastreamento por meio de dispositivo de segurança pessoal conhecido como SPOT Satellite Messenger, usados para pedidos de socorro, inclusive.

Muitas indústrias, agroindústrias, empresas de transporte marítimo, empresas de exploração mineral em terra e exploração de petróleo em terra e no mar fazem uso dos diversos produtos e serviços da Globalstar Incorporated, em áreas remotas do planeta, além do alcance dos serviços de telefonia móvel e telefonia fixa.

Entre os segmentos de clientes globais da Globalstar estão empresas exploradoras e transportadoras de petróleo, exploradoras de gás, governos, mineração, silvicultura, transmissão de energia elétrica, pesca comercial, serviços públicos, militares, transportes, construção pesada, atendimentos emergenciais e combate a incêndios, bem como os usuários recreativos individuais.

As soluções de dados, monitoramento e rastreamento da Globalstar são usadas também para rastreamento de pessoas, monitoramento de dados e telemetria.

MERCADO

Logo acima, ilustração em computação gráfica do satélite de baixa órbita da Globalstar, usado para prover o serviço de comunicação por satélites em qualquer lugar do planeta. Logo abaixo, imagem de um dos vários modelos de telefone por satélite da Globalstar ao lado do aparelho compacto de envio de mensagens escritas e pedidos de socorro SPOT.

A Globalstar LLC e sua sucessora, a Globalstar Incorporated, ambas as empresas criadas para prestação do serviço de telefonia por satélite com a marca Globalstar, enfrentaram uma variedade de problemas técnicos e dificuldades financeiras para se estabelecer no mercado mundial de telecomunicações. De certa forma, enfrentaram inclusive a dura competição da tecnologia celular GSM e TDMA / CDMA , e seu rápido e eficiente desenvolvimento nas décadas de 1990 e 2000.

Dessa forma, quando o serviço de telefonia via satélite Globalstar foi lançado, já se podia fazer e receber ligações nas grandes e médias cidades do mundo sem grandes dificuldades técnicas e, a partir da década de 2000, também já se utilizava o sistema digital, superior em qualidade e facilidades quando comparado ao sistema analógico.

Por outro lado, é válido ressaltar que o foco e a pretensão da Globalstar, e da sua principal concorrente Iridium, não é necessariamente competir diretamente com as grandes redes de telecomunicações celular, pelo contrário, a ideia é oferecer um complemento de produto para manter conectadas pessoas, empresas e veículos (incluindo embarcações, aeronaves, automóveis e trens) que estão distantes dos centros urbanos e, portanto, na maioria das vezes, não dispõem do sinal de telefonia celular ou onde o sinal chega com baixa intensidade.

A proposta inicial da Qualcomm Incorporated e da Loral Corporation, de oferecer uma solução de comunicação bem mais flexível e muito mais sofisticada que os telefones celulares comuns de tecnologia GSM e / ou CDMA / TDMA, já que este sinal não chega em lugares inóspitos e isolados do planeta, foi quase totalmente inviabilizada pelo elevado custo de minutagem cobrado para uso dos satélites da rede Globalstar. No Brasil, por exemplo, cerca do triplo do custo de minutagem da telefonia celular na época do lançamento, lembrando que na época, na década 1990 e no início da década de 2000, o custo do serviço de telefonia celular não era barato, pois era uma tecnologia relativamente nova.

Inicialmente, o sistema Globalstar precisava naturalmente de uma certa quantidade mínima de aparelhos portáteis e móveis de telefonia por satélite comercializados para uma certa quantidade mínima de clientes que frequentemente usassem uma quantidade razoável de minutos mensais para cobrir os custos fixos do sistema e torná-lo economicamente viável, porém este aproveitamento mínimo não foi alcançado tão rapidamente como planejado pelos executivos da empresa.

Em 2002, a Globalstar LP se submeteu aos termos do Capítulo 11 do Código de Falência dos Estados Unidos, conhecido por lá como Chapter 11, dando início ao processo de reestruturação da empresa. A primeira etapa foi concluída em 2003, quando a Thermo Capital Partners LLC comprou e assumiu o controle do negócio, incluindo a constelação de satélites. A holding americana Thermo se tornou a dona da empresa. Assim, uma nova empresa foi criada para absorver a grande constelação de satélites e manter o serviço que já estava sendo oferecido aos seus clientes, e a marca Globalstar foi mantida. O serviço foi mantido no mercado mundial com a mesma rede de satélites Globalstar ainda em órbita para oferecer um tipo de serviço flexível de telecomunicações, inclusive o serviço de comunicação de voz, transmissão de dados, telemetria e rastreamento para uso embarcado em aeronaves comerciais e aeronaves executivas, e também para caminhões, trens e embarcações. Em 2004, a reestruturação da antiga Globalstar foi completada.

A Globalstar LLC foi formada como sociedade anônima em 2003 e foi convertida em Globalstar Incorporated em 2006. Alguns anos depois, em 2007, a Globalstar lançou seus outros oito satélites de reserva, de primeira geração, no espaço, com o intuito de compensar o fim de vida útil de alguns dos seus satélites em órbita, corrigindo em parte algumas limitações e problemas do serviço.

Entre 2010 e 2013, a Globalstar investiu no desenvolvimento da sua segunda geração de satélites, com a construção de novos satélites, mais potentes e com maior durabilidade. Foram lançados 24 satélites da segunda geração no esforço de reestabelecer o seu sistema de serviço completo, objetivo que foi atingido ao final de 2012.

Em 2011, a Globalstar dispensou funcionários, para reduzir custos e restruturar a empresa. Entre 2010 e 2011, a Globalstar mudou-se do Vale do Silício, no estado da Califórnia, para Covington, no estado da Louisiana, para tirar proveito da redução fiscal e do baixo custo de vida do estado. A partir de então, houve um grande esforço conjunto para reestabelecer a marca no mercado internacional e para melhorar a qualidade do serviço. A partir do ano de 2012, houve novas contratações na empresa, trazendo novos especialistas e funcionários para a Globalstar, inclusive no Brasil. Nesse novo momento, a empresa vem melhorando sua cadeia de representantes e revendedores, investindo em ações de marketing e desenvolvimento de novos produtos.

Atualmente, as duas operadoras concorrentes, Globalstar Incorporated e a Iridium Communications, fazem um esforço contínuo pela redução dos seus preços cobrados pelos serviços de voz, disponibilizando aos seus usuários cadastrados vários pacotes mensais e anuais de minutos para pessoas físicas e pessoas jurídicas, o que significa que quanto maior o número total de minutos do pacote mensal contratado, menor é o preço por minuto cobrado, uma solução interessante para empresas, governos, organizações não governamentais, forças armadas, instituições religiosas e usuários individuais que precisam de comunicação regular acessível em regiões inóspitas e isoladas do planeta.

FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
  • Razão Social (atual): Globalstar Incorporated;
  • Razão Social (anterior): Globalstar LLC;
  • Tipo de empresa: Capital aberto (NYSE);
  • Serviços: Telecomunicações por satélites;
  • Sede: Estados Unidos;
  • Frota atual: 24 satélites ativos, mais 8 de reserva;
  • Frota anterior: 48 satélites ativos, mais 4 de reserva;
  • Frequência: Banda S e Banda L;
  • Órbita (1ª geração): LEO / 1.400 quilômetros de altitude;
  • Órbita (2ª geração): LEO / 1.400 quilômetros de altitude;
  • Satélites de 1ª geração:
  • Fabricante dos satélites (1ª geração): Loral (Estados Unidos);
  • Satélites de 2ª geração:
  • Fabricante dos satélites (2ª geração): Thales Alenia (França);
  • Vida útil (1ª geração): 7 anos (expirados);
  • Vida útil (2ª geração): 14 anos (estimativa);
  • Lançadores (1ª geração):
  • Lançador (2ª geração): Soyuz-2 (Roscosmos);
  • Empregados:
  • Estações em terra:
  • Número total de clientes: Mais de 315 mil;
  • Principal cliente:
  • Preço em 2019: Aprox. R$ 247 (pacote mensal 75 minutos);

GALERIA DE IMAGENS

Logo acima, antena parabólica de um dos vários gateways da Globalstar, espalhados pelo planeta. Os gateways são estações terrestres que recebem e enviam sinais dos satélites e para os satélites da Globalstar, todos eles em órbita baixa a cerca de 1.400 quilômetros de altitude. Como não há gateways da Globalstar nos dois polos do planeta, no lado sul da África e no lado sul do Oceano Pacífico, a comunicação pela Globalstar em algumas áreas extremamente isoladas dessas regiões é limitada ou praticamente nula. Logo abaixo, outro exemplo de usuários do serviço de telefonia por satélite.


Logo acima, mais exemplos de aparelhos telefônicos portáteis via satélite, capaz de fazer e receber chamadas diretamente da rede de satélites Globalstar de segunda geração, mais compactos, mais leves e mais modernos que os modelos anteriores, de primeira geração. Logo abaixo, ilustração simplificada em inglês da nova rede de satélites Globalstar, que já está em órbita, prestando serviços de telecomunicações de voz, mensagens eletrônicas e dados de baixa velocidade.



Logo acima, esquema simplificado em inglês sobre como funciona a rede de telecomunicação por satélites da Globalstar. Logo abaixo, o sistema de telecomunicação por satélite da Globalstar também é usado por embarcações, principalmente as embarcações fluviais na América do Norte, na América do Sul e na Europa Ocidental.



VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
  • Wikipedia (em inglês): https://en.m.wikipedia.org/wiki/SPOT_Satellite_Messenger
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Globalstar
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Iridium
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Globalstar
  • Globalstar (divulgação): Imagens

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