CATALISADOR (INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA)
CATALISADOR
CATALISADOR
AUTOMOTIVO
CONVERSOR
CATALÍTICO
INTRODUÇÃO
O
catalisador automotivo é um componente metálico e de cerâmica que
faz parte do sistema de escapamento de veículos automotores de
combustão interna, incluindo automóveis, utilitários do tipo
comerciais leves e utilitários pesados, como caminhões, por
exemplo. A sua principal função é reduzir o máximo possível a
emissão de gases poluentes e tóxicos na atmosfera por meio do
fenômeno de catálise, que por sua vez é uma reação química
obtida pela ação de metais catalisadores presentes no catalisador
aos gases sujos e tóxicos que saem da câmara de combustão do motor
a pistão, resultando na transformação desses mesmos gases
poluentes em gases menos poluentes e tóxicos.
Ele
é um dispositivo usado pela indústria automobilística ou
automotiva para reduzir o grau de poluição e toxicidade dos gases
de escape de motores a pistão de combustão interna, principalmente
os motores que usam a gasolina, o GNV – Gás Natural Veicular e o
diesel como combustível. Veículos com motores a álcool combustível
/ etanol também possuem catalisador instalado, entretanto esse
combustível é considerado, por si mesmo, menos poluente que
combustíveis de origem fóssil, como a gasolina e o diesel, por
exemplo.
Os
combustíveis fósseis são todos aqueles extraídos do subsolo
continental e/ou abaixo do nível do leito dos oceanos do planeta
Terra. Esses combustíveis foram formados naturalmente, através dos
séculos e/ou milênios, por reações químicas e biológicas
ocorridas a partir da mistura de restos de animais e plantas. Eles
são combustíveis de origem natural, mas são processados pelo ser
humano em refinarias de petróleo e/ou outras instalações industriais para
alcançarem valor comercial e viabilidade técnica, incluindo o processo de refinamento e
filtragem. A partir do petróleo, por exemplo, que é uma
matéria-prima bruta, é possível conseguir a gasolina, o diesel e o
querosene, por meio do processo de filtragem e refinamento.
A
partir de 1993, o catalisador foi introduzido pela indústria
automotiva para atender a fase L2 do Proconve – Programa de
Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores. Entretanto,
ele tornou-se obrigatório em todos os veículos vendidos no Brasil,
nacionais ou importados, a partir de 1997.
PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS
De modo geral, um catalisador é um dispositivo ou substância que altera ou acelera uma reação química qualquer sem que seja consumido (a) nesse mesmo processo químico. Existem vários tipos de catalisadores utilizados na indústria, eles são amplamente utilizados para aumentar a intensidade de uma reação química, sem necessidade de aumentar a pressão e a temperatura durante esse processo.
Já catalisador automotivo é um dos tipos de catalisadores, ele é um componente ou dispositivo automotivo presente ou
que faz parte do sistema de escapamento de veículos automotores de
combustão interna. Ele é composto por uma caixa de aço inoxidável
e, dentro dela, uma espécie de colmeia de cerâmica, que por sua
vez dá suporte a metais catalisadores, que são justamente as peças
responsáveis pelo fenômeno de catalisação, que é a transformação
dos gases altamente tóxicos e sujos que saem do interior das câmaras
de combustão dos motores a pistão de automóveis e utilitários,
movidos principalmente a gasolina, GNV e diesel, para gases com teor
poluente e tóxico mais baixo.
Não
há consenso nos meios científicos, acadêmicos e industriais sobre
se o catalisador automotivo é ou não é um filtro. Mas essa é apenas uma questão conceitual. O fato é que o
catalisador tem uma grande importância, ele contribui para a redução
dos níveis de poluição atmosférica das grandes metrópoles
mundiais. No Brasil, por exemplo, o seu uso passou a ser obrigatório
por lei em veículos automotivos novos a partir da década de 1990, e
uma necessidade para que os veículos automotores novos fabricados no
Brasil e/ou importados se enquadrassem no Proconve – Programa de
Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, que é uma
divisão interna do Ibama – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente,
para controlar a emissão de poluentes na atmosfera.
O
catalisador automotivo, conhecido também como conversor catalítico
ou simplesmente catalisador, está localizado após o coletor de
gases de escape do sistema de escapamento do veículo, que por sua
vez está fixado na saída de gases do motor a combustão interna,
seja um motor a gasolina ou motor flex, isto é, com a capacidade de
funcionar com gasolina e/ou álcool combustível / etanol, em
qualquer proporção. Motores a GNV, a diesel e a álcool combustível
/ etanol também precisam do catalisador.
A
sua principal função é reduzir o máximo possível a emissão de
gases poluentes e tóxicos na atmosfera, contribuindo para um meio
ambiente mais sustentável e saudável, principalmente nas grandes
cidades. Entretanto, o catalisador automotivo também contribui para
reduzir os níveis de ruído externo emitido pelos veículos, como se
fosse um abafador de som ou silenciador do escapamento.
O
catalisador provoca em seu interior uma reação química nos gases
de escape, transformando as emissões altamente tóxicas, poluentes e
nocivas dos gases em emissões menos nocivas para a atmosfera. Se os
motores a combustão interna com pistões fossem perfeitos eles
queimariam todo o combustível fóssil que entrasse em suas câmaras
de combustão, mas a realidade não é assim. Mesmo que o seu sistema
de injeção eletrônica esteja funcionando normalmente e as suas
velas estejam em bom estado de conservação um motor de carro queima
quase todo o combustível que entra em sua câmara de combustão.
Quase, mas não todo. Se fosse perfeito na queima de combustível,
isto é, se todo combustível que entrasse no motor fosse queimado,
ele emitiria na atmosfera o dióxido de carbono, conhecido também
como gás carbônico, e o vapor d'água. Mas
como não é perfeito, esse motor emitiria o monóxido de carbono e
outros gases tóxicos e poluentes, caso não entrasse em ação nesse
momento o catalisador automotivo.
A
princípio, a combustão incompleta de combustível fóssil,
principalmente da gasolina, do GNV e do diesel em automóveis,
utilitários leves e utilitários pesados, incluindo caminhões, tem
como resíduo gases de monóxido de carbono e vários compostos
orgânicos voláteis. Quando o veículo está em marcha lenta
(com o motor funcionando, mas com o veículo parado) ou está
desacelerando, a emissão desses gases poluentes e nocivos aumenta um
pouco em relação a emissão com veículo em rotação mais alta e/ou em movimento.
Para
quem não sabe, o dióxido de carbono é um gás um pouco poluente e
um pouco tóxico. Ele é formado por dois átomos de oxigênio e um
átomo de carbono. Já o monóxido de carbono é um gás altamente
poluente e altamente tóxico, ele é venenoso e é altamente
prejudicial à saúde humana. Além disso, ele é prejudicial à
natureza. Esses dois gases, o dióxido de carbono e o monóxido de
carbono são formadores do efeito estufa, o fenômeno climático
artificial de aquecimento anormal da atmosfera terrestre, provocado
pela emissão de gases poluentes de combustíveis fósseis. Esses
combustíveis fósseis, principalmente a gasolina, o GNV e o diesel,
são compostos de hidrocarbonetos, eles são compostos orgânicos
voláteis e são prejudiciais à saúde de humanos, alguns deles
inclusive relacionados ao câncer em humanos.
Quando
o motor de combustão interna está em funcionamento, as altas
temperaturas nas suas câmaras de combustão provocam a formação de
óxido nitroso, que é um tipo de óxido de nitrogênio, gerado a
partir da reação do nitrogênio e do oxigênio presente no ar
aspirado pelo motor, que por sua vez é usado para formar, junto com
a gasolina, a chamada mistura ar-combustível. Esse óxido nitroso é
pouco tóxico, mas é altamente poluente. Quando lançado na atmosfera
do planeta ele reage formando chuva ácida e outros tipos de
poluição. Ele é um dos principais causadores do efeito estufa no
planeta e um dos destruidores da camada de ozônio que protege o
planeta dos raios nocivos do sol.
Dos
males o menor... Quando o catalisador entra em ação ele provoca
reações químicas que transformam o monóxido de carbono, o óxido
de nitrogênio e os hidrocarbonetos, todos esses gases poluentes e
tóxicos, em dióxido de carbono, um gás menos poluente e menos
tóxico...
MERCADO
Desde
a década de 1970, os catalizadores automotivos já estavam presentes
em alguns modelos de automóveis nos Estados Unidos. Eles se
tornaram-se componentes obrigatórios para veículos automotores nos
Estados Unidos, na União Europeia e no Japão a partir da década de 1990. Somente com ele instalado é possível
cumprir a legislação exigida pela EPA sobre emissões de gases
poluentes e nocivos.
Para
reduzir a poluição atmosférica no Brasil, principalmente nas
grandes cidades, os catalisadores automotivos são obrigatórios por
lei para todos os automóveis novos e utilitários leves fabricados
no Brasil e importados desde 1997. Naquela época houve polêmica
aqui no Brasil sobre se eles prejudicavam o desempenho dos
automóveis, pois provocam uma pequena resistência ao fluxo de ar
que sai do motor, mas ficou tecnicamente constatado que a redução
no desempenho dos veículos é mínima, muito pequena, praticamente
imperceptível ao motorista comum.
Outra
polêmica é a de que o catalisador “trocaria o seis pelo meia
dúzia”, isto é, trocaria o monóxido de carbono, o óxido de
nitrogênio e os hidrocarbonetos, que são gases poluentes e tóxicos,
por outro gás poluente e tóxico, o dióxido de carbono. Na verdade,
o dióxido de carbono, conhecido também como bióxido de carbono, é
o gás que dá vida ao planeta, ele é a fonte de toda a vida no
planeta Terra, juntamente com o Sol e a água. As plantas em geral,
precisam dele para concluir o processo natural de fotossíntese, que
é a transformação da luz solar em carboidrato, que é um nutriente
vital. Sem o carboidrato, nenhum ser vivo no planeta consegue viver,
nós, seres humanos, inclusive. O problema está no excesso de
dióxido de carbono presente na atmosfera terrestre atualmente...
Quando ela tem dióxido de carbono demais aí ele passa a ser um
problema...
Já
o monóxido de carbono é um gás altamente tóxico, ele provoca em
seres humanos dores de cabeça e no peito, tonturas, náuseas,
fraqueza, confusão mental e vômitos, entre outros sintomas. Só pra
se ter uma ideia da gravidade, da periculosidade e da insalubridade
do monóxido de carbono, ele foi usado como veneno em campos de
concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, em câmaras
de extermínio de judeus...
Na
verdade, a maioria dos automóveis fabricados no Brasil a partir de
1993 já saíam de fábrica com o catalisador instalado, pois as
normas da época para emissão de poluentes e tóxicos, estabelecidas
pelo Governo Brasileiro, praticamente inviabilizavam tecnicamente a
fabricação de modelos de automóveis sem catalisador. Somente a
General Motors, cujos modelos de automóveis na época já possuíam
injeção eletrônica de série demorou um pouco mais para instalar
catalisadores em todos eles.
PEÇAS
DO CATALISADOR
Em
motores de ciclo Otto, isto é, motores a pistão, movidos a
gasolina, etanol e GNV – Gás Natural Veicular, o catalisador é
formado por uma caixa de aço inoxidável, com vários elementos
internos fixos, entre eles uma espécie de colmeia em cerâmica que
dá suporte às peças metálicas nobres responsáveis pelo processo
de catalisação. Entre as peças metálicas utilizadas em
catalisadores estão o paládio e a platina, responsáveis pela
conversão dos gases poluentes que saem do motor em dióxido de
carbono.
A
vida útil estimada de um catalisador pode variar entre 50.000
quilômetros e 80.000 quilômetros, dependendo do fabricante e do seu
estado de conservação, isto é, caso o veículo não tenha tido
problemas no sistema de ignição; caso não tenha sido abastecido
com gasolina com chumbo e/ou excesso de enxofre; caso não tenha
sofrido algum impacto direto, de uma lombada, por exemplo, já que
ele está localizado abaixo do assoalho do veículo; caso as velas do
motor não estejam sujas e/ou velhas; e caso o nível de óleo
lubrificante não tenha sido exagerado;
MIOLO
CERÂMICO
O
miolo cerâmico é um preenchimento em cerâmica da caixa do
catalisador. Ele é todo poroso, para permitir que os gases de escape
do motor passem por ele sem muita resistência. Vários metais
preciosos estão distribuídos e fixados em meio a outros produtos
químicos dentro dessa peça de cerâmica, eles são os agentes
ativadores das reações com oxigênio, que conseguem reduzir
acentuadamente a poluição por meio de reações químicas.
MANTA
É
uma espécie de papel entumecente que fixa a peça de cerâmica
dentro da caixa metálica do catalisador, sem necessidade de aquecimento para o processo, isto é, sem necessidade de solda.
SOLDA
Somente
a caixa do catalisador é soldada, por meio de processo de solda
automático.
CUIDADOS
COM O CATALISADOR
De
acordo com a Lei 9.503, remover o catalisador do escapamento e/ou
seus componentes internos e circular com o automóvel sem ele sujeita
o seu proprietário a multa. Por outro lado, é possível verificar
em um boa oficina mecânica ou concessionária se o catalisador
instalado em seu automóvel está funcionando normalmente, por meio
de equipamentos que fazem a análise dos gases que saem do
escapamento com o motor em funcionamento.
Uma
das principais causas de danos aos catalisadores é a alta
temperatura. Os catalizadores podem suportar até 600 graus
centígrados durante a utilização do automóvel, mas eventuais
falhas do sistema de ignição e altas velocidades de condução
podem levá-los a temperaturas de até 1000 graus centígrados,
causando danos ao catalizador, reduzindo a sua eficiência, e
causando até a perda de potência do motor. Em circunstâncias
extremas, pode até derreter a cerâmica interna do catalisador.
Outro
problema são os contaminantes nos gases de escape, como, por
exemplo, o enxofre na gasolina e/ou o fósforo do óleo do motor,
que podem danificar permanentemente a eficácia do catalisador. Outro
problema comum são danos causados por impactos, já que o
catalisador fica embaixo do veículo. Veículos rebaixados estão em
risco redobrado desse tipo de dano.
Alguns
dos principais sintomas de que o catalisador pode estar danificado
são os seguintes:
- Pouca potência e torque, mesmo quando se pisa firme no acelerador;
- Consumo de combustível alto demais, fora do padrão para o tamanho, o peso e a cilindrada do veículo;
- Aumento anormal da rotação do motor, mesmo quando o veículo está parado, desengatado e o pedal do acelerador não está sendo pressionado;
- Depois de alguns minutos de funcionamento, após a partida, o motor simplesmente deixa de funcionar;
Fique
atento ao nível do óleo lubrificante, ele nunca deve estar em
excesso; Sempre que possível e necessário, peça à oficina
mecânica de sua confiança a revisão da parte elétrica do seu
veículo; Use apenas aditivos no combustível ou no óleo
lubrificante que sejam recomendados pelo fabricante do seu carro, ou
apenas de marcas bem conhecidas e de confiança;
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REFERÊNCIAS
E SUGESTÃO DE LEITURA
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Catalisador
- Tuper Escapamentos: https://www.tuperescapamentos.com.br/produtos/catalisadores
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dióxido_de_carbono
- Site Carro de Garagem: https://www.carrodegaragem.com/como-funciona-serve-catalisador-automotivo/
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Monóxido_de_carbono
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Conversor_catalítico
- Site Motor S.A.: http://motorsa.com.br/como-funciona-o-catalisador/
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrocarboneto
- Site Carro 100: http://carro100.com.br/dicas-para-o-consumidor/conheca-as-autopecas-de-seu-veiculo/catalisador/
- Wikimedia: Imagens
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