TEORIAS E TEÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
FREDERICK TAYLOR
TEORIA CLÁSSICA
HENRI FAYOL
JACK WELCH
TEORIA NEOCLÁSSICA
PETER DRUCKER
TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
ELTON MAYO
TEORIA BUROCRÁTICA
MAX WEBER
TEORIA SISTÊMICA
TEORIA CONTINGENCIAL

ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
TEORIA CIENTÍFICA (1903)
O polêmico Frederick Taylor, um dos mais inovadores teóricos da Administração

O engenheiro Frederick Winslow Taylor foi o criador da Administração Científica. Ele nasceu em uma família rica na Filadélfia, nos Estados Unidos, em 1856. Estudou na França, na Alemanha e nos Estados Unidos. Após ingressar na Harvard School, Frederick Taylor teve problema de saúde que lhe impossibilitou seguir a carreira pretendida e optou pelo aprendizado industrial, que lhe proporcionou experiência. Em 1883, Taylor conseguiu o diploma de engenheiro mecânico, por meio de um curso por correspondência. De 1890 a 1893, Taylor trabalhou como gerente geral e engenheiro consultor de gestão em grandes fábricas de papel.

Naquela época havia um forte crescimento da produção industrial, mas o trabalho não era racionalizado, ou seja, organizado e simplificado o máximo possível para ganho de eficiência. Um dos objetivos da Teoria Científica de Frederick Taylor era melhorar a produção eliminando desperdícios e reduzindo o tempo gasto na produção de cada unidade. Um dos exemplos mais interessantes do emprego prático da Teoria Científica é a inovadora linha de produção de automóveis implantada por Henry Ford.

Taylor propôs a criação de métodos de treinamento para os operários produzirem mais e melhor. Frederick Taylor é considerado o pai da Administração Científica por propor métodos científicos na administração de empresas, com ênfase na eficiência operacional.

No início do Século XX, quando havia um forte crescimento da produção industrial, não se considerava adequadamente o lado humano da produção industrial, ou seja, dava-se mais importância às máquinas que ao ser humano, causando insatisfação da classe operária, com a consequente queda na qualidade dos produtos, como consequência dessa insatisfação.

Segundo uma parte da comunidade acadêmica, esse era o ponto mais frágil da Teoria Científica, mas não era o único:
  • Valorizava muito o porte físico do operário, mas não levava em consideração que o mesmo operário poderia também, eventualmente, fazer observações e apresentar sugestões de novas formas de melhorar os métodos de produção e a qualidade dos produtos fabricados.
  • Não considerou as condições do ambiente externo, do lado de fora da organização.
  • Crença de que o ser humano é estimulado apenas por incentivos materiais e econômicos, não valorizando adequadamente aspectos óbvios como vocação e aptidão.
  • Alienação do operário em relação aos ambientes internos e externos da organização.

TEORIA CLÁSSICA (1916)

No início do século XX, havia um forte crescimento da produção industrial, mas o trabalho não era organizado, com estrutura hierárquica formal clara e precisa, portanto a Teoria Clássica criada por Henri Fayol tinha como enfoque a esfera produtiva, com objetivo de organizá-la.

Para tornar mais fácil de entender e executar o processo administrativo e o funcionamento das organizações, Henry Fayol criou uma teoria sugerindo uma divisão das empresas em áreas bem definidas, com funções técnicas, funções comerciais, funções financeiras, funções administrativas, funções de segurança e funções contábeis. Fayol acreditava que a divisão da empresa em funções possibilita a divisão do trabalho, das responsabilidades e dos papéis dos administradores nas diferentes áreas, na especialidade da empresa:
  • Funções técnicas: Estão relacionadas diretamente à atividade fim da empresa, a produção de bens ou prestação de serviços. É a função para a qual o administrador precisa ter conhecimentos e habilidade técnica. Atualmente, esses conhecimentos e habilidades são tão importantes que, com o passar do tempo e após sucessos de iniciativas nessa área, uma parte dos engenheiros e técnicos desses setores chegam até níveis de administração mais elevados da organização, como presidência e conselho de administração, após passarem por cursos superiores;
  • Funções financeiras: Estão relacionadas às atividades de gerenciamento dos recursos financeiros e do capital da empresa, com origem nas captações no mercado financeiro, no mercado de ações, nas vendas dos bens e produtos fabricados ou comercializados e / ou na prestação de serviços. Essa área também é importante, não é raro os melhores profissionais dessa área assumirem funções mais elevadas de administração, como presidência e conselho de administração, após se submeterem também a cursos superiores;
  • Funções comerciais: Estão relacionadas às atividades de compra e venda de produtos e prestação de serviços. São as funções que estabelecem a relação entre clientes e fornecedores. Na empresa, representa as funções do gerente ou do diretor nas compras do material necessário ao funcionamento da empresa. O sucesso nessa área também pode resultar em altas promoções.
  • Funções contábeis: Estão relacionadas à contabilidade da empresa, com registro de dados, balanços e controles estatísticos. O contador é o profissional especializado em registrar dados e apresentar estatísticas da origem e aplicação dos recursos financeiros da empresa;
  • Funções de segurança: Estão relacionadas à proteção do patrimônio da empresa e segurança das pessoas que trabalham nela ou são clientes dela;
  • Função administrativa: Estão relacionadas à integração, coordenação e harmonização de todas as outras funções, para viabilizar e otimizar os melhores resultados possíveis. Geralmente, representa a administração geral da empresa e o principal papel do administrador é integrar todas as atividades organizacionais. As funções administrativas correspondem ao planejamento, à organização, à liderança e ao controle de todas as funções da empresa;
Segundo Henry Fayol, entre os vários princípios da administração estão os seguintes:
  • Divisão do trabalho: Fayol acreditava que executando somente uma parte da tarefa cada trabalhador produziria mais e melhor com o mesmo esforço (energia) e tempo que gastasse caso executasse várias tarefas em várias etapas na produção de bens ou prestação de serviços;
  • Disciplina: A obediência às regras e aos princípios da organização é uma necessidade, e a melhor forma de conseguir o respeito e a obediência dos funcionários da empresa é criar e manter regras justas e claras, inteligíveis e praticáveis;
  • Unidade de comando: Fayol acreditava que deveria haver somente um chefe para cada empregado ou grupo de empregados, dentro de um contexto de organograma. Esta é uma forma segura de evitar confusões e bagunça dentro de organizações;
Fayol acreditava que a criação das funções nas organizações resultava em eficácia para realização dos objetivos dela. Dentro desse contexto e nesse sentido, seria possível estabelecer funções específicas para cada departamento ou setor, de maneira que as funções administrativas estivessem acima das demais funções, ou seja, de maneira que o nível estratégico tivesse controle sobre os níveis intermediário e operacional.

Os objetivos básicos da teoria antiga de Fayol e das teorias modernas são praticamente os mesmos: eficiência e ordem. Pode-se dizer também que as teorias de Frederick Taylor e Henri Fayol se complementam ou completam em vários aspectos, embora não sejam harmônicas em tudo.

Modelos de departamentalização da Teoria Clássica:
  • Funcional: Esse é o método mais tradicional e mais comum de departamentalização, incluindo marketing, finanças, segurança, recursos humanos, compras e controle;
  • Processo: É uma forma muito presente em empresas industriais. No comércio esta divisão não está muito presente;
  • Produto: A departamentalização por produto é caracterizada pela divisão da indústria por produtos. Está presente nas grandes indústrias ou nas indústrias com uma grande variedade de produtos. A expressão produto usada aqui também tem o sentido de serviço;

JACK WELCH

O americano John Frances Welch Jr, conhecido também como Jack Welch, é, atualmente, consultor, palestrante e autor de livros, é considerado um dos maiores executivos do século XX e um líder em negócios.

De 1960 até 2001, Jack Welch fez uma promissora carreira dentro de uma das maiores empresas do mundo, a General Electric, sediada nos Estados Unidos, fabricante de equipamentos para uso hospitalar, motores para aeronaves, lâmpadas, locomotivas e vagões para transporte, canais de TV e gravadoras de música, eletrodomésticos e eletroeletrônicos para uso residencial e industrial, aerogeradores de energia eólica, etc.

Em 1981 assumiu a presidência da General Electric e quando saiu da empresa Jack Welch passou a dedicar uma parte do seu tempo na prestação de serviços de consultoria pela empresa Jack Welch LLC.

Quando assumiu a presidência da General Electric Jack Welch iniciou um trabalho para reduzir a burocracia dentro da empresa e implementar técnicas modernas de administração.

Nos 20 anos em liderou a General Electric, diversificou os negócios e o valor de mercado da empresa subiu muito, Jack Welch tornou-se uma referência em liderança e gestão, sua capacidade de planejamento ficou evidente.

TEORIA NEOCLÁSSICA

O norte-americano Peter Drucker, um dos mais respeitados teóricos da Administração

Segundo o teórico Peter Drucker, o apoio dos executivos, diretores e gerentes, chefes de departamentos, supervisores, operadores e especialistas é fundamental para o líder da empresa, sozinho ele não consegue alcançar resultados.

Alguns dos principais esforços do bom administrador são atrair e reter bons profissionais.

Analisar as oportunidades deve ser prioridade dentro das empresas, pois somente elas produzem resultados, e depois de analisar oportunidades vêm as reflexões sobre os problemas e suas soluções.

Os líderes das empresas devem observar atentamente o que acontece no mundo exterior e que possa ter alguma influência ou conseqüência sobre o negócio.

Para criação da teoria da administração por objetivos, e sua utilização nos Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960, foi utilizada como base a Teoria Neoclássica de Peter Drucker, entre outros teóricos. No entanto, no Brasil os resultados da administração por objetivos foram melhor percebidos nas décadas de 1960 e 1970.

O ponto principal da administração por objetivos está relacionado com o que o seu próprio nome sugere, a escolha de objetivos para a organização, com o consequente planejamento e o envolvimentos de encarregados, supervisores e diretores na implementação das estratégias criadas para a organização alcançar os objetivos, vencer desafios e superar dificuldades.

TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS (1932)

Na época em que havia um forte crescimento da produção industrial não se considerava adequadamente o lado humano da produção industrial, ou seja, dava-se mais importância às máquinas que ao ser humano, causando insatisfação da classe operária, com o consequente risco de redução do ritmo de produção e queda na qualidade dos produtos, como conseqüência dessa insatisfação. O enfoque da Teoria das Relações Humanas, criada pelo psicólogo australiano Elton Mayo e vários outros psicólogos, são as pessoas e a interação dos grupos de pessoas, com objetivo de melhorar os relacionamentos entre operários e entre empregados e patrões.

TEORIA BUROCRÁTICA

O objetivo da Teoria Burocrática era explicar o funcionamento da máquina burocrática, havia necessidade de definir claramente as papéis de cada pessoa nas organizações, considerando os aspectos de autoridade, princípios normativos e de hierarquia com delegação de responsabilidades. Max Weber contribuiu para formação dessa teoria.

TEORIA SISTÊMICA
TEORIA DOS SISTEMAS (1951)

A Teoria Sistêmica foi uma tentativa de Ludwig Bertalanfy de integrar o que ele considerava que havia de melhor nas teorias anteriores. Na Teoria dos Sistemas as organizações são vistas como um conjunto de partes interdependentes.

TEORIA CONTINGENCIAL
TEORIA DA CONTINGÊNCIA (1972)


Essa teoria de Alfred Chandler Jr faz uma análise do lado interno e do lado externo das organizações, chamado de análise ambiental. O objetivo e enfoque da Teoria da Contingência é o estudo da organização e de sua administração, levando em consideração os aspectos de tempo, de estrutura, sua realidade, seus valores e seus ambientes interno e externo.

TEORIA COMPORTAMENTAL (1957)
HEBERT ALEXANDER SIMON
ABRAHAM MASLOW
.
O ser humano é, por natureza, um ser sociável. Portanto, seria até estranho que nenhum teórico levantasse essa questão da formação natural e inevitável de grupos informais dentro das organizações, uma tendência humana óbvia...

A organização informal manifesta-se da seguinte maneira:
  • Padrões de produção que os funcionários convencionam ser normal, incluindo o ritmo de trabalho e a forma de trabalho, os procedimentos. Para evitar eventuais consequências desagradáveis disto a solução é o treinamento dos funcionários, oferecido pela empresa ou prestado por empresas terceirizadas;
  • Práticas não formalizadas de punição social que o grupo aplica aos funcionários que excedem o padrão (ou se desviam do padrão) e são considerados rebeldes.
  • Expressões pelas quais se percebe a insatisfação sobre os salários, incentivos por produção e participação nos lucros;
  • Liderança informal de alguns funcionários que mantêm o grupo unido em torno de um bom objetivo ou, pelo contrário, desvirtuam as mentes dos demais funcionários contra aqueles que consideram ser seus “concorrentes” dentro da empresa, ou seja, uma loucura...
  • Contentamento ou descontentamento em relação às atitudes dos superiores no relacionamento com funcionários;
Um dos maiores temores de administradores de empresas em relação a este assunto seria uma eventual formação de “panelinhas” dentro das organizações, e as possíveis consequências indesejáveis que isso poderia trazer contra a empresa: inveja, fofocas, retaliações, calúnias, difamações, preconceitos, brigas dentro ou fora do ambiente de trabalho, discriminações, sabotagens, perda de produtividade resultante de desperdício de tempo, distrações, acidentes, vandalismo, etc...

KAORU ISHIKAWA

O executivo Kaoru Ishikawa nasceu em Tóquio em 1915. Ele foi um engenheiro de controle de qualidade e teórico de administração de empresas japonesas.

Sua família já tinha experiência acumulada na produção industrial. Em 1939, ele concluiu o curso de graduação em Química pela Universidade de Tóquio. Trabalhou no exército como técnico naval até 1941 e, posteriormente, trabalhou na Nissan Liquid Fuel Company até 1947.

Também trabalhou como professor de química na Universidade de Tóquio. Em 1949, entrou para a JUSE - União Japonesa de Cientistas e Engenheiros, um grupo de pesquisadores e teóricos de controle de qualidade.

Ishikawa é apontado como um dos principais teóricos do conceito japonês de controle de qualidade e, como se sabe, o Japão é uma das principais referências em desenvolvimento econômico e a maioria de suas fábricas está entre referências em qualidade industrial.

Nas décadas de 1950 e 1960, Ishikawa desenvolveu cursos para executivos e investidores. Em 1962, em conjunto com outros profissionais e cientistas da JUSE, introduziu o conceito de círculo de qualidade. Em 1982, criou o diagrama de causa e efeito, mais conhecido como Diagrama de Ishikawa, para ajudar pessoas envolvidas em produção industrial a resolver problemas.

Uma frase de Ishikawa: “A qualidade é uma revolução da própria filosofia administrativa, exigindo uma mudança de mentalidade de todos os integrantes da organização, principalmente da alta cúpula”.

Ishikawa tinha também entre seus princípios para formação do controle de qualidade o que costumamos chamar de apoio pós venda.

Ishikawa faleceu em 1989.

PHILIP CROSBY

O executivo Philip Crosby nasceu em Wheeling, no estado de West Virgínia, nos Estados Unidos, em 1926. Ele foi um consultor de qualidade, criador de filosofias de gestão de qualidade. Ele foi um empresário e criou teorias de práticas de gestão de qualidade.

Ele serviu na Marinha dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial e na Guerra da Coreia.

Crosby se formou em Pediatria na Faculdade de Ohio Kent State College.

Em 1952, ele passou a trabalhar em um departamento de controle de qualidade da Crosley Corporation, em Indiana, nos Estados Unidos, um fabricante de automóveis. Posteriormente, foi trabalhar na Bendix Corporation, como  engenheiro de confiabilidade, e na Glenn Martin Enterprise, na área de desenvolvimento de mísseis.

Em 1965, foi para a ITT Corporation, como diretor de qualidade.

Em 1979, Crosby fundou a Philip Crosby Associates, uma empresa de consultoria focada em gestão de qualidade e, no mesmo ano, lançou a livro A Qualidade é Gratuita.

Na década de 1980, a indústria norte-americana perdia mercado para produtos da industria japonesa, de reconhecida qualidade no mercado. Philip Crosby contribui então para melhorar os padrões de qualidade da indústria dos Estados Unidos, com a consequente recuperação de imagem dos produtos de indústrias norte-americanas.

Uma frase de Crosby: “Fazer certo da primeira vez”.

Entre os princípios de Crosby estavam:
  • A definição de qualidade é conformidade com os padrões desejados pelo fabricante e pelo consumidor;
  • O sistema de qualidade deve estar relacionado à prevenção contra falhas;
  • O padrão desejado de desempenho é a fabricação sem falhas;
Crosby faleceu em 2001, com 75 anos.

TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

Todas as teorias citadas trouxeram alguma contribuição válida para formar a Teoria Geral da Administração. Então, naturalmente, a Teoria Geral da Administração é a teoria mais completa de todas as apresentadas.

PROGRAMA 5S

O Programa 5S é um programa de controle de qualidade criado no Japão após a Segunda Guerra Mundial. É considerado um dos fatores que levaram ao impressionante desenvolvimento acelerado da economia do Japão após esse período.

O Programa 5S é um programa com cinco sensos ou passos básicos com o objetivo de melhorar a vida em sociedade, incluindo o ambiente de trabalho das pessoas:
  • Senso de utilização (evitar desperdício);
  • Senso de ordenação (organizar o trabalho);
  • Senso de limpeza;
  • Senso de saúde;
  • Senso de autodisciplina (ser disciplinado, ou seja, seguir regras e usar o bom senso e moderação no relacionamento com seus colegas de trabalho, para tornar o seu dia a dia de trabalho na empresa mais tranquilo e produtivo);

VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
  • Unigran - Universidade da Grande Dourados
  • Wikimedia: Imagens

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