ORDENHADEIRA MECÂNICA (AGROPECUÁRIA)

ORDENHADEIRA MECÂNICA

ORDENHADEIRA DE LEITE

ORDENHADEIRA FIXA

ORDENHADEIRA MÓVEL

ORDENHADEIRA BALDE AO PÉ

ORDENHADEIRA CANALIZADA

INTRODUÇÃO

A ordenhadeira mecânica é um tradicional e eficiente sistema elétrico e mecânico, parcialmente automatizado, usado na produção de leite de origem animal, geralmente instalado em propriedades rurais para extração de leite de vacas, composto por um conjunto de componentes ligados e/ou conectados entre si, baseado na já conhecida e simples tecnologia de sucção a vácuo de leite por meio de conjuntos de teteiras conectados por mangueiras aos latões, ou conjuntos de teteiras conectados por mangueiras e tubos ou canos de plástico ou de metal diretamente aos resfriadores de leite.

Atualmente, as versões mais simples, econômicas e acessíveis de ordenhadeiras mecânicas, que, na verdade, são elétricas e mecânicas ou eletromecânicas, as chamadas ordenhadeiras com balde ao pé, estão instaladas e são usadas diariamente na maioria das pequenas propriedades rurais produtoras de leite no Brasil. Para o futuro, nos próximos anos, a tendência é que a grande maioria das pequenas propriedades rurais adotem a ordenha mecanizada que, a cada dia que passa, se torna ainda mais acessível e mais fácil de manusear, com ou sem bezerro dentro da mangueira ou barracão.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

A ordenhadeira mecânica, em inglês milking machine, é um sistema elétrico e mecânico ou eletromecânico, parcialmente automatizado, para uso agropecuário na produção de leite de origem animal, principalmente o leite de vacas. Ela é composta por um conjunto de componentes que atuam simultaneamente e em harmonia, baseado na tecnologia de sucção a vácuo de leite por meio de conjuntos de teteiras colocadas diretamente nas tetas ou tetos do animal, por cerca de seis ou oito minutos (tempo que pode variar de animal para animal) até esgotar quase totalmente o leite acumulado nos úberes dos animais.

Para efeito de simples comparação, o tempo total de ordenha totalmente manual de leite de vaca é de cerca de 15 minutos por animal. Percebe-se então claramente a vantagem econômica e técnica da ordenhadeira mecânica.

Para evitar equívocos e confusões, é importante citar as principais diferenças conceituais entre os atuais e modernos sistemas de ordenhadeiras mecânicas parcialmente automatizadas:

Ordenhadeiras fixas: A maioria das ordenhadeiras vendidas e instaladas em pequenas, médias e grandes propriedades rurais no Brasil é fixa, ou seja, o motor (a grande maioria deles elétrica) e a bomba de vácuo são fixos, instalados dentro das mangueiras, barracões ou salas de ordenha das propriedades rurais nas quais é executado o trabalho de ordenha.
Ordenhadeiras móveis: Todo o conjunto é levado para perto do animal. Não é o sistema mais aconselhável, porque, de modo geral, vacas leiteiras em fase de lactação são ou estão mais sensíveis, se assustam, tendem a se tornar nervosas, tensas ou agitadas com qualquer movimento “estranho” ou qualquer “coisa estranha” ou excessivamente barulhenta dentro do barracão ou da mangueira.

Mais diferenças conceituais importantes:

Ordenhadeiras com balde ao pé: É o tipo de ordenhadeira mecanizada mais comum em pequenas propriedades rurais no Brasil. A expressão “balde ao pé” é usada, na verdade, para se referir ao latão ao pé e para definir a configuração de ordenhadeira em que o conjunto formado por quatro teteiras é ligado por mangueiras a um dispositivo chamado pulsador, que por sua vez é conectado sobre um recipiente ou latão no qual é temporariamente acumulado o leite do animal, até ser levado manualmente para o resfriador de leite.
Ordenhadeiras canalizadas: Como o próprio nome diz, a ordenhadeira canalizada é o sistema de ordenha em que o leite é sugado por meio das teteiras e tem seu fluxo direcionado, por meio de canalização própria, diretamente para o resfriador de leite, conhecido também como tanque de expansão.

É importante também não confundir o processo altamente tecnológico de ordenha totalmente automatizada e o processo mais comum de ordenha parcialmente automatizada. A ordenha totalmente automatizada dispensa o manuseio humano diretamente no animal, o gado já está acostumado a entrar no barracão ou mangueira quando sente que seus úberes estão cheios, o sistema identifica cada animal por meio de uma coleira eletrônica de identificação, e então o sistema inicia automaticamente a ordenha do animal, localizando precisamente as suas tetas por meio de feixes de laser, coloca as teteiras automaticamente nas tetas ou tetos e completa o trabalho de sucção do leite em alguns minutos.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Pelo que se sabe, a primeira patente de um antigo equipamento totalmente mecânico de sucção a vácuo de leite com o uso de teteiras foi registrada em 1894 na Europa, pelo projetista sueco Gustaf de Laval, porém era um equipamento muito mais simples que os sistemas atuais de ordenha eletromecânica parcialmente automatizada. Naquela época, não havia sequer motor mecânico ou elétrico diretamente acoplado ou ligado por meio de correia à bomba de vácuo, pelo contrário, o equipamento tinha apenas uma manivela para uso intensivo do esforço humano durante a ordenha de cada um dos animais.

Posteriormente, as várias tecnologias que hoje combinadas formam o sistema de ordenhadeira mecânica foram se somando até o estágio atual de desenvolvimento da produção mecanizada de leite de origem animal. Pelo que se sabe, a primeira ordenhadeira mecânica (na verdade eletromecânica) a entrar em linha de produção seriada foi desenvolvida anos depois pela empresa sueca DeLaval, que, atualmente, faz parte do Grupo Tetra Laval, por sua vez com sede na Suíça.

Na década de 1990, passou a ser fabricado e oferecido a produtores de leite o sofisticado sistema totalmente automatizado de ordenha de leite de origem animal, sem que haja necessidade sequer de qualquer humano manuseando diretamente os conjuntos de teteiras durante a ordenha, algo realmente impressionante. Mais uma vez a pioneira na introdução dessa tecnologia foi a DeLaval, que também oferece conjuntos completos de equipamentos para salas de ordenha, incluindo estruturas de contenção e resfriadores.

ORDENHADEIRA COM BALDE AO PÉ

O equipamento de ordenha mecânica possibilita o trabalho ágil e eficiente de ordenha. Na maioria dos casos, é possível ordenhar simultaneamente, na mesma mangueira, barracão ou sala de ordenha, até três vacas de cada vez por meio de três conjuntos de teteiras ligadas por mangueiras a três latões, um latão para cada conjunto de quatro teteiras.

Conhecida também como ordenhadeira de latão ao pé, esse é o tipo mais comum e barato de ordenhadeira usado em pequenas propriedades rurais no Brasil. Ela é formada pelos seguintes componentes:

Motor elétrico, geralmente bifásico de 220 volts:
Bomba de vácuo simples, com palhetas rotativas;
Regulador de vácuo: Por meio do regulador de vácuo, mantenha o ponteiro do medidor de vácuo ou vacuômetro sempre na posição média entre o início e o limite do seu curso total, aproximadamente -50 KPa;
Linhas de interligação de vácuo, geralmente tubos de PVC ou metálicos.
Pulsadores: São dispositivos fixados na tampa do latão de leite. Verifique se estão pulsando cerca de 60 vezes por minuto.
Recipientes: Conhecidos também como baldes ou latões.
Teteiras: São os únicos componentes que têm contato direto com as tetas do animal, por isso seja cuidadoso com a limpeza diária delas;

O uso do equipamento de ordenha parcialmente automatizado não dispensa o controle manual do processo de ordenha e também não dispensa os cuidados sanitários (cuidados de higiene) antes, durante e após o processo de ordenha, principalmente a questão da limpeza das peças móveis do sistema de ordenha mecanizada, incluindo as teteiras e o latão:

Observe todos os dias no nível de óleo lubrificante da bomba de vácuo;
Faça a sanitização / higienização (lavagem) das teteiras e dos latões todos os dias, sempre após o trabalho de ordenha;
Lave as mãos antes, durante (quando achar necessário), e uma vez após todo o trabalho de ordenha das vacas;

MERCADO

O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores mundiais de leite de origem animal, com mais de 35 bilhões de litros produzidos em 2013 e cerca de 37 bilhões de litros produzidos em 2014. Segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o brasileiro consome em média 170 litros de leite por habitante, in natura e / ou o equivalente em seus derivados.

Os estados de Minas Gerais, Paraná, Goiás e São Paulo são os maiores produtores nacionais de leite in natura de origem animal.

O principal produto concorrente do leite de vaca é o leite soja.

ONDE COMPRAR

DeLaval: http://www.delaval.com.br/Sobre-a-DeLaval/

DLAC Sistemas: https://www.telelistas.net/locais/ms/dourados/maquinas+agricolas/336464884/dlac+sistemas+de+ordenha

Sulinox: http://www.sulinox.com/index.php/empresa.html

Ordeleite: http://www.ordeleite.com.br/categoria/ordenhadeira-fixa/3858

PR Sul Ordenhadeiras: http://www.prsulordenhadeiras.com

GALERIA DE IMAGENS

Logo acima, o sofisticado sistema carrossel de ordenhadeira mecanizada semi-automática da DeLaval, tradicional empresa multinacional sueca fabricante de sistemas em geral para produção de leite. Logo abaixo, imagem com detalhes de um sistema de ordenhadeira canalizada. Com um olhar mais atento, percebe-se a ausência dos latões no piso da sala de ordenha, pois o fluxo de leite é direcionado por meio de tubos ou canos diretamente para o resfriador de leite.

Logo acima, mais um exemplo de sistema de ordenhadeira canalizada. Logo abaixo, o sofisticado sistema totalmente automatizado de ordenhadeira da DeLaval. Neste caso não há necessidade de acompanhamento humano junto ao animal. A vaca sente quando seus úberes estão cheios e segue para a máquina, que a identifica por meio de uma coleira eletrônica.

Logo acima e logo abaixo, um exemplo de estrutura de contenção. Como o próprio nome diz, a contenção serve para disciplinar a entrada e a saída das vacas na sala de ordenha, e para conter seus movimentos enquanto é realizado o trabalho de ordenha.