FOKKER F-100
FOKKER F-100
FOKKER MK-28
FOKKER 100
INTRODUÇÃO
O Fokker F-100
é uma moderna e econômica aeronave bimotor
de médio porte, com motorização turbofan
e capacidade para transportar entre 98 e 118 passageiros, dependendo da
configuração de assentos adotada, em viagens interestaduais e internacionais,
criada, desenvolvida e fabricada em larga escala na Holanda a partir da década de 1980 pela Fokker Aircraft, que utilizou como base para sua criação o antigo
jato bimotor a jato Fokker F-28,
porém com uma quantidade significativa de mudanças, melhorias, modernizações,
refinamentos e inovações que tornou o Fokker F-100 um projeto de aeronave para
uso comercial quase completamente novo.
Durante as décadas de 1990 e 2000, a aeronave se
tornou uma peça importante do transporte aéreo comercial no Brasil, se tornando uma
presença marcante na maioria dos aeroportos de grandes metrópoles e aeroportos
regionais de cidades do interior, com flexibilidade operacional, modernidade e eficiência.
Durante essas duas décadas, a sua principal operadora no Brasil foi a TAM Transportes Aéreos, conhecida
atualmente como LATAM Airlines.
Posteriormente, anos depois, ele foi operado intensivamente também pela Ocean Air / Avianca Brasil, que não
existe mais.
Os seus principais concorrentes nas décadas de 1990 e
2000 foram os jatos regionais Embraer
E-190, British Aerospace 146-200 / Avro RJ85, McDonnell
Douglas MD-95 / Boeing 717, Bombardier CRJ1000, Embraer E-195, British Aerospace
146-300 / Avro RJ100
e Sukhoi SuperJet 100. Uma parte
desses modelos concorrentes não é mais fabricada.
A
FOKKER AIRCRAFT
A Fokker Aircraft foi uma das maiores e mais tradicionais fabricantes de aeronaves civis e militares do planeta. Ela foi fundada na Holanda em 1919 pelo empresário Anthony Fokker, após a Primeira Guerra Mundial, e se tornou uma grande fabricante de aeronaves militares e civis, neste caso para uso comercial no transporte de passageiros e cargas, tornando-se a maior fabricante mundial de aeronaves comerciais na década de 1920, com uma subsidiária fabricante de aviões comerciais nos Estados Unidos, inclusive.
Ela se manteve como uma grande fabricante de aeronaves
civis e militares nas décadas seguintes, até a década de 1990, embora tenha
sofrido durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido tomada à força pelos
militares alemães e, antes do final da guerra, praticamente destruída pelos
aliados Estados Unidos, União Soviética e Inglaterra. Mesmo assim, a empresa se
reergueu durante as décadas de 1950 e 1960, com a fabricação seriada do seu
maior sucesso na época, o turboélice regional Fokker F27, e tornou-se também
uma respeitada e conceituada fabricante de satélites e de componentes para
satélites, por meio de sua subsidiária Fokker
Space, que, aliás, ainda existe, mas agora com o nome Airbus Defense and Space Netherlands.
Mesmo fabricando produtos de boa qualidade, a Fokker
Aircraft não resistiu às várias recessões econômicas mundiais da década de
1990, ela faliu em 1996, após tentativas fracassadas de salvamento por
corporações europeias, entre elas a alemã Daimler
Chrysler / DASA Aviation, entretanto a divisão de fabricação de satélites e
a divisão de manutenção de aeronaves e de pesquisa e desenvolvimento
aeroespacial e aeronáutico, a Fokker
Space / Dutch Space e a Stork
Aerospace / Fokker Technologies, respectivamente, foram separadas e
sobreviveram à crise da Fokker Aircraft.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
O Fokker F-100 é uma moderna e econômica aeronave bimotor de médio porte, pressurizada e com construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com motorização turbofan com alta taxa de bypass, com asas baixas e trem de pouso triciclo retrátil, com capacidade para transportar entre 98 e 118 passageiros, dependendo da configuração de assentos adotada, em viagens interestaduais e internacionais, criada, desenvolvida e fabricada em larga escala na Holanda a partir da década de 1980 pela Fokker Aircraft, na época uma grande e tradicional fabricante de aeronaves comerciais.
Conhecido também como Fokker F-28 Mark 0100 ou simplesmente Fokker 100, aliás este o nome fantasia mais utilizado em todo o
mundo, pelos seus operadores e usuários, ele foi um dos principais modelos de
aeronaves comerciais das décadas de 1990 e 2000, principalmente para companhias
aéreas regionais. Ele é impulsionado por dois motores turbofan Rolls-Royce Tay 620, menos potentes, ou
Rolls Royce Tay 650, mais potentes, fixados
no cone de cauda, o que resulta em velocidades de cruzeiro de aproximadamente
800 km / h e alcances entre 2.400 quilômetros e 3.100 quilômetros, dependendo
da versão, com cabine lotada de passageiros e reservas de combustível.
Ele ainda é considerado um avião moderno no meio
aeronáutico, desde o início, na década de 1980, fabricado já com uma das
primeiras versões do sistema EFIS –
Electronic Flight Instrument System, o sistema de voo por instrumentos, com
interfaces digitais em tubos de raios catódicos, e com o FMC - Flight Management Computer, o computador de gerenciamento de
voo, que, mais tarde, por sua vez, passou a integrar o FMS - Flight Management System, o sistema de gerenciamento de voo,
dentro de um contexto de glass cockpit
ou cockpit de vidro, como também é conhecido no meio aeronáutico.
O Fokker F-100 é considerado no meio aeronáutico um
avião de porte médio, porém a sua capacidade de transportar até 118 passageiros
na configuração de alta densidade o coloca na linha divisória entre aviões de
médio porte e aviões de grande porte. Um pouco acima dessa linha estão os
modelos de aeronaves de grande porte Boeing
737 Max 7, Airbus A319 e Boeing
737-700, por exemplo. O Fokker F-100 foi projetado pela Fokker Aircraft com
o seu foco principal no passageiro de linhas aéreas regionais, ligando grandes
hubs de grandes metrópoles aos aeroportos regionais, geralmente com
infraestrutura menos sofisticada que os aeroportos internacionais das grandes
metrópoles. Ele foi projetado para operar voos curtos, típicos da aviação
regional.
Um exemplo dessa flexibilidade é o eficiente conjunto
formado por asas semi-retas com flaps do tipo fowler, que melhoram bem a operação em pistas de pouso com 2.000
metros de comprimento. Em pistas de pouso mais curtas há limitações de peso de
decolagem. Para completar esse conjunto, a Fokker Aircraft optou por introduzir
já na década de 1990 o sistema de frenagem com freios de carbono, mais
eficientes que os freios comuns de metal. Quando foi lançado, na década de
1980, ele foi considerado um dos mais modernos modelos de aviões comerciais
disponíveis no mercado, com motores turbofan com alta taxa de bypass, mais
econômicos e com menor nível de ruído que motores turbojato; painel digital
moderno e preciso, equipado com speed
brakes de cauda e spoilers de asa
para tornar mais dóceis as aproximações e os pousos; equipado com ILS Categoria
III, para permitir pousos com neblina / nevoeiros espessos; e equipado com
auto-throttle, uma espécie de acelerador eletrônico, que controla a potência
para cada fase do voo; entre outros itens de segurança, conforto e desempenho.
A Fokker Aircraft escolheu os econômicos e modernos turbofans
britânicos Rolls-Royce Tay 620 e Rolls-Royce Tay 650 para impulsionar o Fokker
F-100, o primeiro com 13.850 libras de potência / empuxo e o segundo com 15.100
libras de potência / empuxo, ambas na decolagem. Assim, no momento da
encomenda, o comprador e/ou operador da aeronave podia escolher entre os dois
motores para impulsionar os seus aviões. É claro que a grande maioria dos
operadores preferiu o motor mais potente, já que se trata de um avião dedicado
a operações em aeroportos regionais, com pistas de pouso de comprimento
limitado. Com a motorização Rolls-Royce Tay 650, o Fokker F-100 pode chegar a cerca
de 800 km/h de velocidade de cruzeiro.
O sistema elétrico é alimentado por 115 volts de
energia alternada de dois geradores principais nos motores, um gerador em cada
motor, e mais um gerador secundário, a APU – Auxiliary Power Unit, totalizando
3 geradores. Ou seja, é quase impossível uma falha simultânea nos três
geradores, portanto é baixíssimo o risco de uma pane elétrica total em pleno
voo. Em aviação, esta precaução ou preocupação toda pode ser resumida em uma
palavra: Redundância...
O sistema hidráulico do Fokker F-100 também é
redundante. Ele é duplo, com o controle primário de voo, ou seja, aquele que é
imprescindível para manter a aeronave na sua trajetória em voo e pousá-la em segurança,
composto pelo leme, profundor e ailerons. O leme tem efeito direcional, o
aileron tem efeito de inclinação lateral e o profundor tem efeito sobre a
atitude (não confundir com altitude) da aeronave em relação ao horizonte. Essas
três superfícies de controle são atuadas hidraulicamente por duas unidades
independentes, ou seja, o sistema hidráulico é duplo, se uma linha hidráulica
falhar em voo a remanescente pode, se estiver ativa, manter o controle.
Já na década de 1980, a Fokker projetou o Fokker F-100
com moderno cockpit ou cabine de comando com seis telas digitais, sendo duas
unidades de PFD – Primary Flight Display, uma do lado esquerdo, para o
comandante da aeronave, e outra do lado direito, para o co-piloto, complementadas
com duas unidades de ND – Navigation Display, também uma de cada lado. No
centro do painel de comando, há duas unidades de MFD – Multi Function Display.
Quando o Fokker F-100 foi projetado a moderna e recém-lançada tecnologia glass cockpit estava disponível ainda
nos tubos de raios catódicos. Posteriormente, anos depois, os tubos foram
substituídos pelas telas de cristal líquido. Já o console central do cockpit do
Fokker F-100 possui a interface de outra tecnologia importante, o FMS – Flight
Management System, o sistema de gerenciamento de voo.
Na década de 1990, a Fokker Aircraft já incluía no
projeto e na fabricação do Fokker F-100 uma boa variedade e quantidade de
partes e componentes em material composto, utilizados na montagem da aeronave,
como partes e componentes integrantes da aeronave. Entretranto, as partes principais
que formam a estrutura da aeronave (fuselagem e asas) sempre foram construídas
em alumínio e ligas metálicas.
CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
O jato comercial de médio porte para transporte regional de passageiros Fokker F-100 é a maior aeronave fabricada pela Fokker Aircraft. Ele foi projetado, desde o início, com fuselagem próxima do solo para facilitar o embarque e desembarque de passageiros em aeroportos regionais, com infraestrutura menos sofisticada que a infraestrutura oferecido pelos grandes aeroportos metropolitanos. Além disso, a introdução e retirada de bagagens dos passageiros do porão de carga também é relativamente fácil e a checagem diária de parte dos sistemas é facilitada por meio de painéis acessíveis no solo, sem necessidade de escadas.
O jato bimotor para transporte regional, doméstico e
internacional de passageiros Fokker F-100, conhecido também como Fokker MK-28, foi projetado,
desenvolvido e fabricado pela Fokker Aircraft a partir da década de 1980 para
atender pedidos de companhias aéreas que atuavam no mercado de transporte aéreo
doméstico e regional. Ele foi projetado e fabricado pela Fokker para competir
com outras grandes e tradicionais fabricantes de aeronaves comerciais da época,
como a americana McDonnell Douglas, por exemplo, no transporte regional e
doméstico de passageiros, numa faixa estreita de capacidade entre 80 e 120
assentos, servida por apenas alguns produtos, entre eles o antigo bimotor
Douglas DC-9 e, posteriormente, na década de 1990, o moderno bimotor Boeing
717, este com mais de 150 unidades fabricadas.
Em relação ao modelo de aeronave que lhe deu origem, o
antigo jato regional bimotor Fokker F-28, o então novo Fokker F-100 era bem
superior em termos tecnológicos. De forma resumida, considerando dimensões,
capacidades e modernidade tecnológica do projeto e tecnologia embarcada, ele
tem fuselagem quase 6 metros mais comprida, com a capacidade de passageiros
aumentada de 85 assentos para 108 assentos, em média densidade; tem asas
maiores, com 3 metros a mais de envergadura; tem estabilizador horizontal maior;
tem cabine digital, ao contrário de seu predecessor, que possui cabine
analógica, formada basicamente por instrumentos eletromecânicos; possui trem de
pouso mais robusto; entre outras mudanças, melhorias e modernizações. Na prática, considerando todas as diferenças, trata-se de um modelo de aeronave quase completamente novo em relação ao seu antecessor.
Vale ressaltar ou lembrar que quando a Fokker Aircraft
lançou o Fokker F-100 a empresa brasileira Embraer e a empresa russa Sukhoi
ainda não fabricavam o Embraer E-190 e o Sukhoi SuperJet 100, respectivamente.
Restava assim aos operadores de linhas aéreas regionais poucas opções de
aeronaves nessa faixa de assentos. Além disso, quando foi introduzido nos
mercados regionais e domésticos americanos, europeus, australianos e brasileiros,
o Fokker F-100 realmente surpreendeu o meio aeronáutico mundial com o seu alto
nível de automatismo e flexibilidade operacional. Sem exageros, ele era uma das
mais modernas aeronaves regionais na faixa entre 80 assentos e 120 assentos na época, talvez o
mais moderno.
Na década de 1990, uma parte importante do treinamento
de pilotos do jato Fokker F-100 de vários operadores, entre eles a TAM
Transportes Aéreos, era realizada nos Estados Unidos, no centro de treinamento
da American Airlines, o maior centro de treinamento de pilotos do mundo,
localizado em Dallas, no estado do Texas.
Foram fabricadas quatro versões do Fokker F-100, o
Fokker F-100 com motorização Rolls-Royce Tay 650; o Fokker F-100 com motorização
Rolls-Royce Tay 620; o Fokker F-100 QC
(Quick Change), para conversões rápidas de transporte de passageiros para
transporte de cargas; e o Fokker F-100
EJ (Executive Jet), para transporte executivo, este com capacidade para até
30 passageiros, com alcance melhorado, com cozinha completa e toalete completo,
com mini-ducha para banhos rápidos, inclusive.
Após a falência da Fokker Aircraft, em 1997, uma
empresa foi criada para atender os operadores do modelo Fokker F-100, a Stork BV / Fokker Aviation, que passou
a prestar serviços de manutenção nos modelos fabricados pela Fokker.
MERCADO
As aeronaves comerciais com motorização turbofan são economicamente e tecnicamente mais vantajosas no transporte de passageiros em viagens com mais de 750 quilômetros de distância, enquanto os turboélices apresentam mais vantagens em viagens com menos de 500 quilômetros de distância e operando em aeroportos menores e menos sofisticados que os aeroportos internacionais das grandes cidades, com pistas de pouso com menos de 1.850 metros de comprimento e com obstáculos próximos das cabeceiras e prolongamentos, com até 6 graus de inclinação na rampa de aproximação.
A principal vantagem do jato é a produtividade maior,
em função justamente da velocidade de cruzeiro maior. Considerando apenas o
aspecto tempo, apenas para efeito de comparação, desconsiderando outros
aspectos técnicos, como, por exemplo, o comprimento da pista de pouso, o jato
pode ser até duas vezes mais produtivo que um turboélice, viajando até duas
vezes mais quilômetros que um turboélice em um mesmo dia. Por outro lado, em
viagens de menos de 500 quilômetros de distância o turboélice pode ser até 15%
mais econômico, consumindo menos combustível.
Embora tenha sido retirado precocemente de linha de
produção seriada, o Fokker F-100 foi um dos mais eficientes modelos de
aeronaves comerciais da história da aviação comercial. Com mais de 280 unidades
fabricadas entre 1986 e 1997, ele só não foi mantido em linha de produção
seriada porque a Fokker Aircraft, uma empresa privada, enfrentava dificuldades
financeiras na época. A sua holding DASA / Deutsche Aerospace, conhecida
atualmente como Airbus Group, tentou salvá-la, injetando capital nela, mas não
conseguiu evitar a falência da empresa holandesa, que foi divida em três
partes, com duas sendo aproveitadas e uma fechando as portas.
A companhia americana American Airlines, com 75 unidades; a então companhia regional
brasileira TAM Transportes Aéreos, conhecida atualmente como LATAM Airlines, com
50 unidades; a companhia americana US
Airways, com 40 unidades; a companhia holandesa KLM, com 22 unidades; a companhia mexicana Mexicana de Aviación, a companhia suíça Swissair, e a companhia chinesa Mandarin Airlines foram algumas das maiores operadoras do jato Fokker F-100 e, dizem, o
jato holandês foi um dos principais responsáveis por tornar a então companhia
TAM uma das maiores companhias aéreas do mundo.
Aqui no Brasil, a companhia regional TABA - Transportes Aéreos da Bacia Amazônica também operou o Fokker F-100, mas neste caso por pouco tempo, apenas um ano.
Atualmente, a companhia regional autraliana Qantas Link, com 17 unidades; a companhia iraniana Iran Aseman Airlines, com 16 unidades; a companhia australiana Alliance Airlines, com 17 unidades; a companhia austríaca Austrian Airlines, com 15 unidades; e a companhia australiana Virgin Australia / Skywest Australia, com 14 unidades, estão entre as principais operadoras do Fokker F-100.
Aqui no Brasil, a companhia regional TABA - Transportes Aéreos da Bacia Amazônica também operou o Fokker F-100, mas neste caso por pouco tempo, apenas um ano.
Atualmente, a companhia regional autraliana Qantas Link, com 17 unidades; a companhia iraniana Iran Aseman Airlines, com 16 unidades; a companhia australiana Alliance Airlines, com 17 unidades; a companhia austríaca Austrian Airlines, com 15 unidades; e a companhia australiana Virgin Australia / Skywest Australia, com 14 unidades, estão entre as principais operadoras do Fokker F-100.
Mais de 280 unidades de Fokker F-100 foram fabricadas
pela Fokker Aircraft e vendidas para várias grandes e tradicionais operadoras.
Uma parte dessas aeronaves fabricadas pela Fokker foi vendida por meio de
financiamento do próprio fabricante. Mais de 100 unidades desse modelo de
aeronave ainda estão voando, transportando passageiros em viagens interestaduais
e internacionais, principalmente na Austrália e no Irã.
Cerca de 19 companhias aéreas ainda estão operando o
jato Fokker F-100, tanto em países desenvolvidos, quanto em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento.
A empresa de voos charter Air Charter Service, sediada nos Estados Unidos, é uma das operadoras do Fokker F-100, em sua versão de média densidade. Os seus serviços de fretamento (aluguel) também estão disponíveis para o mercado brasileiro, por meio de sua filial brasileira.
A empresa de voos charter Air Charter Service, sediada nos Estados Unidos, é uma das operadoras do Fokker F-100, em sua versão de média densidade. Os seus serviços de fretamento (aluguel) também estão disponíveis para o mercado brasileiro, por meio de sua filial brasileira.
SEGURANÇA DE VOO
Estatisticamente, em números aproximados, a aviação comercial e a aviação executiva são os meios de transporte mais seguros que existem, com cerca de três acidentes graves com vítimas fatais para cada um milhão de viagens realizadas, considerando a média mundial. Porém, se forem levados em consideração apenas os números de países desenvolvidos, como Canadá, Estados Unidos, países da Europa Ocidental, o Japão, a Coreia do Sul e a Austrália, os números de acidentes para cada um milhão de viagens são ainda menores, na média cerca de um acidente grave com vítimas fatais para cada um milhão de viagens realizadas.
Porém, infelizmente em 1996, na cidade de São Paulo,
entre os acidentes mais graves e de maior repercussão na imprensa e no mercado
de transporte aéreo, um jato Fokker F-100 da TAM Transportes Aéreos teve uma
falha grave de acionamento do reversor de empuxo, ou, mais precisamente, uma
disfunção de funcionamento de dispositivo eletrônico, que causou durante a sua
operação de decolagem um acionamento não comandado do reversor, o sistema que
nas operações de pouso inverte quase totalmente a direção do fluxo de ar que
sai do bocal de exaustão do motor turbofan. Esse acidente causou a morte de
quase 100 pessoas, entre passageiros, tripulantes da aeronave e moradores das
residências vizinhas ao Aeroporto de Congonhas.
A grosso modo, apenas para efeito de comparação, a
média estatística mundial de envolvimento em acidentes graves com vítimas
fatais de aeronaves comerciais fabricadas por grandes e tradicionais empresas
ocidentais, incluindo Boeing, Airbus / ATR, Embraer e Bombardier, é de
aproximadamente 2% do número total de aeronaves fabricadas. Não é o ideal, é claro,
porque o ideal é que não haja acidentes, mas sabe-se que a indústria
aeronáutica e as companhias aéreas fazem esforços para reduzir ainda mais este
número, que, aliás, é apenas tolerado pelas autoridades aeronáuticas dos países
desenvolvidos e em desenvolvimento.
No total, desde o início da operação comercial do
Fokker F-100 na década de 1980, foram registrados sete ocorrências / acidentes
graves com vítimas fatais. Entretanto, justiça seja feita, duas dessas
ocorrências / acidentes graves com vítimas fatais foram ocasionadas por fatores
que não têm absolutamente nenhuma relação com a qualidade do projeto do Fokker
F-100. Uma delas aconteceu no Brasil, em 1997, quando o jato da TAM foi vítima
de sabotagem, e o outro, em 2007, quando o jato do Governo da Costa do Marfim
foi vítima de ataque terrorista. Portanto, do ponto de vista puramente
estatístico, aproximadamente 3% do número total de jatos Fokker F-100
fabricados se envolveu em acidentes graves com vítimas fatais, excluindo deste
número os dois casos citados acima.
FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
- Capacidade: 98 passageiros (baixa densidade)
- Capacidade: 108 passageiros (média densidade)
- Capacidade: 118 passageiros (alta densidade)
- Tripulação: 1 piloto (comandante), 1 co-piloto e 3 ou 4 comissárias;
- Velocidade de cruzeiro: Aprox. 800 km / h;
- Comprimento: Aprox. 36 metros;
- Envergadura: Aprox. 28 metros;
- Altura: Aprox. 9 metros;
- Motorização (potência / empuxo): 2 X Rolls-Royce Tay 650 (15.100 libras / cada);
- Motorização (potência / empuxo): 2 X Rolls-Royce Tay 620 (13.850 libras / cada);
- Consumo médio (QAV): Aprox.
- Consumo médio (QAV): Aprox.
- Aviônicos: EFIS Rockwell Collins 700 (de série);
- Upgrades: TCAS III (obrigatório a partir de 2003), EGPWS e EICAS;
- V1/VR (decolagem): Aprox. 260 km/h (condições normais);
- VREF (aproximação final): Aprox. 240 km/h (condições normais);
- Peso máximo de decolagem: Aprox. 44.450 kg;
- Pista de pouso: Aprox. 1.999 metros (lotado / dias quentes);
- Teto de serviço: Aprox. 11.000 metros;
- Alcance: Aprox. 2.800 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
- Preço: Aprox. US$ 5 milhões (usado / bom estado de conservação);
O F-100 NO YOUTUBE
- Aviões e Músicas: https://www.youtube.com/watch?v=d-L8jI7YPjU
- Berne Aviation HD (spotter): https://www.youtube.com/watch?v=rSeBtsuR4qs
- National Geografic Channel: https://www.youtube.com/watch?v=ljH5RUMU3ic
- Berne Aviation HD (spotter): https://www.youtube.com/watch?v=c5T96f5I3Tw
- Jornal Nacional / TV Globo: https://www.youtube.com/watch?v=Lxjysl4tSEo
- Aviões & Cia: https://www.youtube.com/watch?v=jkk2fb_PoMs
- Matts Aviation (spotter): https://www.youtube.com/watch?v=d41m2x28K9U
TRÊS VISTAS
GALERIA DE IMAGENS
Logo acima, uma ilustração simplificada que relaciona as empresas que foram as principais fornecedoras de peças, partes e componentes da fabricante Fokker Aircraft, em seu processo produtivo do Fokker F-100 na Holanda, onde a montagem final era realizada. Logo abaixo, uma ilustração da seção circular da cabine de passageiros da aeronave, com cinco assentos (dois mais três) dispostos em cada fileira, separados por um corredor.
Logo acima, o Fokker F-100 nas cores da companhia aérea americana American Airlines, que foi a maior operadora desse modelo durante as décadas de 1990 e 2000, utilizando-o principalmente para atender o mercado doméstico americano. Logo abaixo, o mesmo modelo nas cores de outra tradicional companhia aérea americana, a US Airways, conhecida também como US Air, que, posteriormente, em 2015, foi fundida com a American Airlines, dando origem a maior companhia aérea do mundo, considerando número de aeronaves comerciais operadas, receita bruta e número de passageiros transportados.
Logo acima, para quem não cansa de apreciar o que é bonito, o “pássaro de prata” Fokker F-100 nas cores da American Airlines. Logo abaixo, o mesmo modelo de aeronave nas cores da companhia aérea brasileira Ocean Air / Avianca Brasil. Em 2006, essa companhia brasileira rebatizou todas as 15 unidades usadas de Fokker F-100 compradas da American Airlines, para Fokker MK-28. Comenta-se nos bastidores do meio aeronáutico que a compra por US$ 5 milhões por unidade, em valores da época, teria sido uma “pechincha”, pois os aviões estavam em ótimo estado de conservação, com apenas 1/3 (um terço) de suas vidas úteis consumidas.
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- Airbus A380
- Aeronaves (Indústria Aeronáutica)
- Let L-410 Turbolet
REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
- Revista Aero Magazine: https://aeromagazine.uol.com.br/
- Air Charter Service: https://www.aircharter.com.br/aircraft-guide/group/fokker-netherlands/fokker100
- Site Australian Aviation (em inglês): https://australianaviation.com.au/2018/08/casa-changes-two-in-the-cockpit-rule/
- Revista Veja / Abril: https://veja.abril.com.br/economia/fokker-100-fara-seu-ultimo-voo-comercial-no-brasil-nesta-terca/
- Folha de São Paulo: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1911200715.htm
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fokker_100
- Flight Safety Foundation (em inglês): http://aviation-safety.net/database/record.php?id=19970709-1
- Revista Flap Internacional: http://www.revistaflap.com.br/web/
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fokker
- Site AirWay / UOL: http://airway.uol.com.br/onde-estao-os-ultimos-fokker-100/
- Revista Época / Editora Globo: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR73030-5994,00.html
- Fokker Technologies (em inglês): http://www.fokker.com/
- Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Fokker_100
- Revista Avião Revue: https://www.aviaorevue.com/
- Fokker (divulgação): Imagens
- Wikimedia: Imagens
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