AEROSPATIALE CONCORDE


AÉROSPATIALE CONCORDE
BRITISH AIRCRAFT CONCORDE
SUD AVIATION CONCORDE

INTRODUÇÃO
Logo acima, o jato comercial quadrimotor supersônico Concorde, fabricado na França e na Inglaterra pelas empresas europeias Aérospatiale e British Aircraft, aquela conhecida atualmente como Airbus Group e esta conhecida atualmente como BAE Systems. Logo abaixo, mais uma imagem do clássico e ousado avião para transporte de passageiros. 

O Concorde é uma antiga, sofisticada e muito ousada aeronave comercial quadrimotor de grande porte, de alcance intercontinental e de velocidade supersônica, com motorização turbojato e com capacidade para transportar entre 80 e 120 passageiros, dependendo da configuração de assentos em classe única adotada, desenvolvida e fabricada no Reino Unido e na França pela British Aircraft Corporation, conhecida posteriormente, anos depois, como British Aerospace e BAE Systems, e pela Aerospatiale, conhecida posteriormente, anos depois, como EADS e Airbus Group, respectivamente, nas décadas de 1960 e 1970.

O seu único concorrente direto foi o avião supersônico russo Tupolev Tu-144, mas a origem desse avião até hoje não foi bem explicada, inclusive com acusação de espionagem contra o governo da então União Soviética, conhecida atualmente como Rússia. Além disso, o avião soviético não conseguiu superar sérios problemas técnicos como, por exemplo, o elevado consumo de combustível, o alcance insatisfatório e o alto nível de ruído dentro da cabine de passageiros.

A BAC E A AEROSPATIALE

Logo acima, o logotipo da Aérospatiale, a empresa estatal antecessora do consórcio europeu EADS e da atual corporação gigante europeia Airbus Group. Logo abaixo, o logotipo da British Aircraft Corporation, a empresa privada antecessora da British Aerospace e da BAE Systems, também uma gigante europeia de alta tecnologia aeroespacial.

A empresa britânica BAE Systems, conhecida anteriormente, até 1999, como British Aerospace, e, até 1977, como British Aircraft Corporation e Hawker Siddeley, é, atualmente, uma das maiores e mais tradicionais fabricantes do ramo tecnológico aeroespacial e militar terrestre no mundo. Ela foi fundada na Inglaterra em 1999 e está sediada atualmente em Farnborough, na Inglaterra. É uma gigante de altíssima tecnologia, e atua principalmente na fabricação de equipamentos e aparelhos militares, empregando mais de 100.000 pessoas, principalmente no Reino Unido.

A empresa europeia Airbus Group, conhecida anteriormente, até 2014, como EADS – European Aeronautic, Defense and Space Company, e, até o ano 2000, como Aerospatiale Matra, da França, CASA – Construcciones Aeronáuticas, da Espanha, e DASA – Daimler Aerospace, da Alemanha, é, atualmente, é uma das maiores e mais tradicionais multinacionais do ramo tecnológico aeroespacial no mundo. A Airbus Group está sediada atualmente em Leiden, na Holanda, mas é uma companhia de perfil europeu, com a maioria de suas fábricas próprias e fornecedores concentrada em países europeus, incluindo França, Alemanha, Espanha, Inglaterra e Itália. É uma gigante de altíssima tecnologia, e atua principalmente na fabricação de aviões civis e militares, helicópteros civis e militares, satélites e foguetes. empregando mais de 130 mil pessoas.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Logo acima, a cabine de passageiros do Concorde, com capacidade para até 120 passageiros em alta densidade, numa configuração convencional de assentos, mas com serviço de bordo equivalente aos serviços de primeira classe da época. Logo abaixo, o jato de altíssima performance na linha de produção da Aérospatiale, na França, construído em alumínio e ligas metálicas.

O Concorde é um sofisticado e muito ousado projeto de aeronave supersônica de grande porte de perfil comercial, com design futurista e aerodinâmica extremamente refinada, impulsionada por quatro motores turbojatos com pós combustores e com fuselagem e asas com construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com um corredor central na sua cabine de passageiros. Apesar da idade do projeto, pode-se dizer que é uma aeronave sofisticada e de altíssima performance. Foi um dos mais emblemáticos e icônicos símbolos da alta tecnologia aeroespacial europeia das décadas de 1970, 1980 e 1990.

O nome Concorde é uma alusão clara e direta à palavra francesa concorde, que significa acordo.

É um avião antigo, mas ainda hoje impressiona observadores, profissionais e entusiastas da aviação, principalmente pela sua altíssima velocidade de cruzeiro e pelo seu design muito ousado. Ele pode ser facilmente identificado pelo seu aspecto externo incomum com um grande conjunto de duas asas que lhe dão o formato delta e sua elegante fuselagem esbelta com nariz pontudo e deriva aerodinâmica. Esse formato é semelhante ao dos jatos militares supersônicos típicos das décadas de 1970 e 1980, também com asas em delta, como o Dassault Mirage, por exemplo.

O Concorde não voa mais, as suas operações comerciais foram encerradas em 2003. No entanto, ele possui capacidade para transportar entre 80 e 120 passageiros em seus assentos, dependendo da configuração de assentos adotada pela companhia aérea. Ele transportou passageiros durante quase três décadas pela companhia aérea BOAC, conhecida atualmente como British Airways, e pela Air France.

O Concorde era operado por uma tripulação formada pelo piloto principal, o comandante da aeronave, acompanhado do co-piloto e do engenheiro de voo. Na cabine de passageiros o serviço de bordo era prestado por várias comissárias e/ou comissários, com serviço equivalente ao de primeira classe das companhias aéreas da época, embora se tratasse de uma configuração de classe única.

Ambos os fabricantes e ambas as companhias europeias realizaram uma série de voos de teste e de demonstração ao redor do globo, a partir do ano de 1974, quando recordes aeronáuticos foram estabelecidos e até hoje não superados. No total, foram mais de 5.000 horas voadas com os seis primeiros modelos do Concorde, protótipos, aviões que não foram utilizados comercialmente, sendo mais de 1.600 horas de testes em voo supersônico.

Voar no Concorde era uma experiência única. O Concorde era um símbolo de status, quase um privilégio, algo inesquecível. O custo da passagem ida e volta entre Nova York e Londres era altíssimo, o equivalente hoje a cerca de US$ 13 mil ou R$ 65 mil, com o serviço de bordo com pratos finos incluso. As duas operadoras optaram por uma configuração de média densidade, com espaçamento bastante razoável entre fileiras de poltronas, o suficiente para reclinar moderadamente o assento para tirar um cochilo durante o voo.

Tendo mais que o dobro da velocidade de cruzeiro que qualquer aeronave comercial ou executiva já construída e comercializada em série pela humanidade, aproximadamente 2.300 km/h, ele foi capaz de realizar algo memorável: Um Concorde e um Boeing 747, ambos da Air France, decolaram ao mesmo tempo, o Concorde, a partir de Boston, nos Estados Unidos, e o Boeing 747, a partir de Paris, capital da França. O Concorde sobrevoou o Oceano Atlântico, chegou em Paris, ficou uma hora no solo para reabastecimento e retornou a Boston, pousando 11 minutos antes do Boeing 747.

Turbulência era uma condição desagradável que raramente o Concorde enfrentava, devido a sua grande altitude de voo. Olhando pela janela podia-se ver claramente a curvatura do globo terrestre. A aeronave era mais rápida que a velocidade de rotação da Terra, e isso se fazia notar quando ela decolava após o pôr do sol de Londres e chegava a Nova York ainda de dia. Porém, por se tratar de um avião supersônico, o Concorde emitia ruído e poluição acima dos níveis considerados aceitáveis para a época, e assim, por algum tempo, restrições ambientais impediram sua operação nos Estados Unidos, até que as autoridades aeronáuticas americanas autorizaram sua operação após várias demostrações de sua viabilidade pelos fabricantes.

Foram fabricados no total 20 unidades de Concorde, sendo 6 unidades de protótipos para testes estáticos e de voo e 14 unidades para voos comerciais. O Concorde tem o mérito de ser o primeiro avião comercial da história da indústria aeronáutica a ser introduzido no mercado com o sistema de controles de voo precursor do que hoje conhecemos como fly-by-wire, baseado em fios e impulsos ou pulsos elétricos.

HISTÓRIA
Logo acima, uma imagem do jato franco-britânico decolando de um aeroporto internacional. Logo abaixo, a aeronave não passava despercebida nas décadas de 1970, 1980 e 1990, em todos os aeroportos ela chamava a atenção por suas linhas estéticas muito ousadas, esbeltas e futuristas. Era o mais sofisticado jato comercial da década de 1970, embora não tenha alcançado sucesso comercial.

O Concorde é um antigo avião comercial a jato franco-britânico com velocidade de cruzeiro supersônica para transporte internacional e intercontinental de passageiros. Ele foi fabricado entre 1965 e 1978 pelo consórcio formado pela então fabricante britânica de aviões BAC – British Aircraft Corporation e pela então fabricante francesa de aviões Sud Aviation, a antecessora da Aerospatiale. Seus voos comerciais começaram em 1976 e terminaram em 2003, tendo sido operado apenas pelas companhias BOAC / British Airways e Air France.

O jato comercial supersônico quadrimotor foi criado a partir da percepção dos investidores e executivos das fabricantes British Aircraft e Sud Aviation sobre o então mercado inexplorado de transporte aéreo internacional e intercontinental de passageiros na velocidade supersônica, ou seja, na época não existia nenhum modelo de aeronave comercial supersônica disponível no mercado. E até hoje não existe.

A tecnologia para voar a velocidades acima da velocidade do som foi criada nos meios militares americanos, europeus e soviéticos a partir da década de 1960, com o seu desenvolvimento nas décadas seguintes. Na década de 1970, por exemplo, já havia tecnologia de propulsão supersônica nos Estados Unidos e na Europa para emprego militar que poderia ser adaptada ao uso civil no transporte de passageiros. A indústria aeronáutica americana não teve a mesma ousadia (há quem diga audácia) da indústria aeronáutica europeia.

Teoricamente, a base ou início da velocidade supersônica é 1.200 km/h, ao nível do mar. Esse é o ponto de partida para qualquer aeronave militar ou civil ser considerada supersônica. Nessa velocidade está a barreira do som, ou seja, é nela que o som se propaga na atmosfera natural conhecida. Vale lembrar que o som não se propaga no vácuo e o espaço (qualquer ponto acima da atmosfera terrestre) não tem ar, portanto é um vácuo natural. Já as ondas eletromagnéticas usadas em telecomunicações formam um fenômeno natural diferente, um outro fenômeno, elas são uma faixa do espectro de luz invisível ao olho humano, e, como muitas pessoas sabem, a luz viaja a velocidade muito superior à velocidade do som, dentro de qualquer atmosfera transparente e no espaço, desde que não haja barreiras físicas significativas.

Nas décadas de 1960 e 1970, novos e inéditos projetos americanos e europeus de aeronaves comerciais a jato para transporte internacional e intercontinental de passageiros foram desenvolvidos e colocados em prática por meio da fabricação em larga escala, incluindo os quadrimotores americanos Boeing 707 e Douglas DC-8, todos eles com velocidade de cruzeiro sempre abaixo de 950 km/h, ou seja, velocidades subsônicas.

Nas décadas de 1950 e 1960, governos de vários países europeus, principalmente da Inglaterra, levaram em consideração vários projetos militares para serem adaptados ao transporte civil supersônico de passageiros. O Governo da Inglaterra, por exemplo, levou em consideração vários projetos militares, até escolher o projeto Fairey Delta 2, de origem inglesa, como a base para a criação do Concorde, cujo design original foi criado pela Handley Page, como o projeto civil HP.115, usando vários conceitos básicos do Fairey Delta 2.

Em 1962, ingleses e franceses assinaram um acordo para desenvolvimento em conjunto de uma aeronave comercial supersônica para transporte de passageiros. Estiveram envolvidas no projeto do Concorde pelo menos quatro empresas de alto nível tecnológico, a British Aircraft e a Rolls Royce, ambas da Inglaterra, a Sud Aviation (posteriormente Aérospatiale), e a SNECMA, estas três da França.

O projeto de criação, desenvolvimento e os primeiros gastos para a fabricação do Concorde envolveram a gigantesca soma de £ 170 milhões (libras), que é a moeda inglesa, o equivalente hoje a cerca de US$ 1,3 bilhão, em valores atualizados. Cada unidade do Concorde foi vendida por cerca de £ 23 milhões em 1977, o equivalente hoje a cerca de US$ 170 milhões, um pequena fortuna por aeronave fabricada. Mesmo assim, as 14 unidades vendidas não foram o suficiente para cobrir os custos totais do projeto. Isto significa que o projeto do Concorde não deu lucro. Como se tratava de um projeto de vanguarda e, até certo ponto, um laboratório para levar novíssimas tecnologias desenvolvidas para outros projetos posteriores da indústria aeronáutica europeia, como o Airbus A300, por exemplo, esse gigantesco investimento foi absorvido em parte pelos governos britânico e francês.

A construção do primeiro protótipo francês começou em 1965 pela Sud Aviation em Toulouse, na França, e foi concluída em 1967. Após quinze meses de testes em solo, o Concorde decolou para seu primeiro voo de teste em 1969. O segundo protótipo foi construído em 1969 pela BAC – British Aircraft Corporation em Filton, na Inglaterra, e decolou para seu primeiro voo de testes pouco tempo depois.

Dois protótipos, o 001 e 002, foram produzidos para aperfeiçoamentos no projeto inicial. Mais dois protótipos foram construídos, o 101 e o 102, como aeronaves de pré-produção, e também serviram para refinar o projeto, de forma a aproximá-lo da configuração ideal para o serviço comercial. Foram feitas alterações no projeto dos motores, ensaios de rolagem em pista molhada, ensaios de altitude, em altas e baixas temperaturas e testes de sistemas e componentes com as novas tecnologias que estavam surgindo, como reversores de empuxo e freios de carbono. Também foi reprojetada a seção de nariz, com inclinação para uma melhor visibilidade do piloto nas operações de pousos e decolagens.

As unidades 201 e 202 também nunca entraram em serviço comercial, sendo utilizadas em testes como as anteriores, como treinamento da tripulação, testes de rotas, de resistência, refinamento técnico e desenvolvimento. Portanto, das vinte unidades produzidas, apenas quatorze operaram comercialmente, sete pela British Airways e sete pela Air France.

Em 1971, o Concorde começou a sua série de voos de demonstração em uma turnê mundial, inclusive inaugurando o Aeroporto Internacional Dallas Fort Worth em 1973, quando a aeronave visitou os Estados Unidos.

ALTA TECNOLOGIA

Logo acima, uma ilustração simplificada do sistema de controle de voo do Concorde, que utilizava superfícies aerodinâmicas convencionais, como elevons e lemes, por exemplo, combinadas com o bombeamento intercambiável de combustível entre os tanques. Logo abaixo, mais uma ilustração simplificada, desta vez para mostrar as partes estruturais aquecidas da aeronave em voo de cruzeiro, em graus Celsius.  

O emblemático jato quadrimotor para transporte comercial de passageiros Concorde elevou a aviação comercial ocidental para um novo patamar de tecnologia a partir da década de 1970. Ele foi o principal responsável por introduzir tecnologias pioneiras na época. A aeronave se tornou um ícone de sofisticação estrutural, de sistemas e de refinamento aerodinâmico, com tecnologia muito avançada para a época e aerodinâmica extremamente refinada, combinados com altíssima performance.

O avião se tornou um símbolo de alta tecnologia, um símbolo da capacidade técnica da indústria aeronáutica e aeroespacial europeia, comparável, no contexto de demostração de capacidade tecnológica, a outras vitrines tecnológicas da época, da década anterior e da década seguinte, como, por exemplo, ao programa americano Apollo,  ao ônibus espacial americano, ao antigo satélite russo Sputnik e ao foguete russo Soyuz.

Na década de 1960, já era de conhecimento do mercado aeronáutico mundial que o Reino Unido e a França dominavam alta tecnologia aeronáutica e aeroespacial, ou seja, já faziam parte de uma elite de construtores aeronáuticos e aeroespaciais, mas a partir da década de 1970, com o lançamento de Concorde, isso ficou evidente até para quem não viajava de avião.

O Concorde foi o pioneiro ou um dos pioneiros nas seguintes tecnologias:
  • Asas em delta;
  • Controle de voo fly-by-wire analógico. Na época, os computadores ainda não faziam a intermediação entre as ações da tripulação e os controles de voo;
  • Capacidade de voo supersônico supercruise, portanto sem o uso de pós-combustor em altitude de cruzeiro e velocidade supersônica;
  • Piloto automático, combinado com autothrottle;
  • Sistema hidráulico triplo, de alta pressão, com 4.100 psi, complementado por uma RAT - Ram Air Turbine, para eventuais emergências;
  • Freios by-wire, também analógico;
  • Controle automatizado do centro de gravidade, por meio do fluxo intercambiável (transferência) de combustível nos tanques, ou seja, a aeronave usava o peso do combustível nos tanques para tornar viável a sua manobrabilidade em voo, na decolagem e no pouso;
  • Fabricação de peças e partes por meio de usinagem metálica, reduzindo assim o peso final da estrutura da aeronave em relação a outros tipos de construção da época;
  • Motor turbojato Snecma / Rolls-Royce Olympus, de altíssimo desempenho;
  • Construção da estrutura em ligas metálicas, incluindo o Hiduminium, uma liga de alumínio de alta resistência, com margem de tolerância de até 127º Celsius ou centígrados em voo de cruzeiro, a 18.000 metros de altitude, resultando em uma vida útil de até 45.000 horas de voo; 
  • Parte do sistema de refrigeração da cabine de passageiros usava, acredite, fluxo de combustível como líquido dissipador de calor;
  • Tinta branca reflexiva de raios solares na fuselagem e nas asas para reduzir o aquecimento da estrutura da aeronave;

MERCADO
Apenas um modelo de Concorde foi fabricado, com capacidade para transportar entre 80 e 120 passageiros em viagens internacionais e intercontinentais. Ele começou a ser fabricado em série a partir de 1968 e o seu primeiro operador foi a companhia aérea britânica BOAC / British Airways, que encomendou apenas 7 unidades. O Concorde não foi um sucesso de vendas, somente 20 unidades foram fabricadas e apenas 14 unidades foram comercializadas.

A crise do petróleo da década de 1970, causada pela redução abrupta e proposital da extração, processamento e comercialização de petróleo dos países formadores da OPEP – Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo, com o consequente aumento abrupto do preço do produto no varejo, foi um dos principais causadores, talvez o maior causador, do fracasso comercial do Concorde, com apenas 14 encomendas.

Em 1976 o Concorde iniciou voos comerciais ligando Paris ao Rio de Janeiro, com uma escala em Dakar, capital do Senegal, um país do continente africano. Essa linha comercial ou rota durou pouco tempo.

O serviço de passageiros com o Concorde permaneceu sem acidentes por cerca de 24 anos, atendendo regularmente, além de Nova Iorque e Washington, as cidades de Miami, Bridgetown (Barbados), Caracas, Ilha de Santa Maria, Dakar, Bahrain, Singapura, Cidade do México e Rio de Janeiro. Porém, somente as rotas Paris / Nova York e Londres / Nova York se firmaram comercialmente ao longo dos anos.

O avião rodou o mundo nas duas direções por alguns anos, visitando todos os continentes, exceto a Antártida. Porém, em 25 de julho de 2000, uma das unidades de Concorde da Air France teve um acidente fatal, causado por uma peça de um Douglas DC-10 da Continental Airlines, que se soltara na pista minutos antes da decolagem do Concorde. Este acidente levou à paralisação de toda a frota francesa e britânica e é considerado como a principal causa do fim definitivo dos voos regulares do Concorde.

Após o acidente, o Concorde sofreu algumas modificações, retornando ao serviço de passageiros 15 meses após. Porém, em 10 de abril de 2003, Air France e British Airways decidiram juntas encerrar os voos comerciais da aeronave.

Dos vinte Concordes produzidos, dezessete estão expostos para visitação, um na fábrica da Airbus, em Toulouse, na França, quatro em aeroportos e doze em museus aeroespaciais:
  • Museu Aeroespacial de Le Bourget, em Le Bourget, na França;
  • Museu Aeronáutico de Yeovilton, em Somerset, na Inglaterra;
  • Museu de Duxford, em Cambridgeshire, na Inglaterra;
  • Museu Delta, em Orly, na França;
  • Fábrica da Airbus (exposto), em Toulouse, na França;
  • Museu de Brooklands, na Inglaterra;
  • Aeroporto de Manchester (exposto), na Inglaterra;
  • Museu Aeroespacial Smithsonian, em Washington, nos Estados Unidos;
  • Museu Nacional de Aeronáutica, em Edimburgo, na Escócia (Reino Unido);
  • Museu do Automóvel de Sinchein, em Baden-Wurttemberg, na Alemanha;
  • Aeroporto de Heathrow (exposto), em Londres, na Inglaterra;
  • Museu Aeronáutico Aeroscopia, em Toulouse, na França;
  • Museu Marítimo Intrepit, em Nova York, nos Estados Unidos;
  • Aeroporto Grantley Adams (exposto), em Barbados;
  • Museu Aeroespacial de Seattle, em Seattle, nos Estados Unidos;
  • Aeroporto Charles de Gaulle (exposto), em Paris, na França;
  • Centro Aeroespacial Bristol, em Bristol, na Inglaterra;

FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
  • Capacidade: 80 até 120 passageiros (classe única);
  • Tripulação: 1 piloto, 1 co-piloto, 1 engenheiro e 3 ou 4 comissárias;
  • Comprimento: Aprox. 62 metros;
  • Envergadura: Aprox. 26 metros;
  • Altura: Aprox. 12 metros;
  • Peso máximo de decolagem: Aprox. 185.000 kg;
  • Motorização (potência / empuxo): 4 X RR / Snecma Olympus 593 (37.790 libras / cada);
  • Motorização: Turbojato, com pós-combustão;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 2.150 km / h;
  • Alcance: Aprox. 7.200 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Teto de serviço: Aprox. 18.000 metros;
  • Consumo médio (QAV): Aprox. 0,7 litro / passageiro / km voado;
  • Consumo médio (QAV): Aprox. 18.000 litros / hora;
  • Pista de pouso: Aprox. 3.600 metros (lotado / dias quentes);

TRÊS VISTAS


VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Concorde
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Concorde
  • Airbus Group (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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