EMBRAER EMB-120 BRASILIA


EMBRAER EMB-120 BRASILIA STANDARD
EMBRAER EMB-120 BRASILIA QUICK CHANGE
EMBRAER EMB-120 BRASILIA ADVANCED ER

INTRODUÇÃO

Logo acima, o turboélice bimotor brasileiro Embraer EMB-120 Brasilia nas cores da companhia aérea americana United Express, uma marca para viagens regionais da United Airlines, esta atualmente uma das maiores companhias aéreas dos Estados Unidos. Logo abaixo, um Embraer Brasilia da companhia aérea regional americana ASA - Atlantic Southeast Airlines, nas décadas de 1980 e 1990 uma das maiores companhias regionais dos Estados Unidos, conhecida atualmente como SkyWest.
Embraer EMB-120 Brasilia é uma aeronave turboélice bimotor pressurizada de alta performance e médio porte, com capacidade para transportar 30 passageiros em viagens interestaduais, projetada, desenvolvida e fabricada em larga escala no Brasil a partir da década de 1980 pela então fabricante brasileira Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica, atualmente Embraer S.A., que utilizou como base para sua criação e desenvolvimento o bimotor turboélice para uso executivo Embraer EMB-121 Xingu, incluindo o seu projeto de fuselagem, estabilizadores vertical e horizontal em “T” e o seu então inovador sistema de pressurização.

Os principais concorrentes do Embraer EMB-120 Brasilia no mercado aeronáutico mundial de aviação regional nas décadas de 1980, 1990 e 2000 foram o sueco Saab 340, o alemão Dornier 328 (com modelos a jato e turboélice), o britânico BAe Jetstream Super 31, o franco-italiano ATR-42 e o canadense Bombardier Dash 8-200. Atualmente, de todos esses modelos de aeronaves somente o ATR-42 é fabricado.

A EMBRAER S.A.

A Embraer S.A. é uma grande fabricante brasileira de aviões comerciais, executivos, militares e utilitários. Atualmente, ela é uma empresa de capital misto, com predominância de capital privado, com acionistas estrangeiros, inclusive. A sua sede está localizada em São José dos Campos, interior do Estado de São Paulo. Ela foi privatizada na década de 1990 e entregou mais de 100 aeronaves em 2017, com uma carteira de encomendas de cerca de 400 unidades para os próximos quatro anos.

Considerando receitas e número de aeronaves fabricadas, a empresa brasileira Embraer S.A. é a terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do planeta e a quinta maior fabricante de jatos executivos. Ela foi fundada como uma estatal no início da década de 1970 e, desde a sua fundação, fabricou mais de 8.000 unidades, incluindo aviões comerciais para a aviação regional; aviões executivos em geral, entre eles jatos bimotores, turboélices bimotores, bimotores e monomotores a pistão; aviões utilitários para aviação agrícola; e aviões militares para treinamento e combate; sendo que a maioria deles ainda está em condições de voo.

Em unidades vendidas, a empresa brasileira Embraer S.A. é uma das maiores fabricantes de aeronaves executivas, aeronaves utilitárias para uso agrícola e aeronaves militares. Comparando receitas, a Embraer foi o quarto maior grupo fabricante de aeronaves civis do planeta em 2014, somando os números de todas as unidades da empresa, no Brasil e no exterior, com receita bruta de aproximadamente US$ 5,6 bilhões.

Alguns anos atrás, a Embraer S.A. despertou o interesse da gigante americana da indústria aeronáutica e aeroespacial Boeing Company, que chegou ao ponto de fazer uma oferta de compra da fabricante aeronáutica brasileira, proposta reformulada meses depois em razão da disposição do Governo Brasileiro em manter sua participação minoritária do tipo golden share, já que a subsidiária Embraer Defesa e Segurança é a principal fornecedora de aeronaves para a FAB - Força Aérea Brasileira. A nova proposta da Boeing consiste em assumir o controle gerencial de uma nova subsidiária para a fabricação de aviões comerciais e, atualmente, as duas empresas estão em negociação para atuarem juntas na fabricação de aeronaves comerciais para a aviação regional.

Atualmente, a Embraer S.A. é sócia minoritária com 20% da Boeing Commercial Brasil, a subsidiária brasileira da Boeing Company para a fabricação de aeronaves comerciais, principalmente os jatos regionais da bem sucedida familia Embraer E-Jet.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Logo acima, o Embraer EMB-120 Brasilia operado na década de 1990 pela companhia aérea americana Comair, anos depois comprada pela Delta Airlines, que assumiu suas operações por meio da Delta Connection. Logo abaixo, o Embraer EMB-120 Brasilia da empresa aérea regional alemã DLT, uma das primeiras operadoras do modelo na década de 1980.

Embraer EMB-120 Brasilia é uma aeronave turboélice bimotor pressurizada de alta performance e médio porte, com construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com capacidade para transportar 30 passageiros em viagens interestaduais, projetada, desenvolvida e fabricada em larga escala no Brasil a partir da década de 1980 pela fabricante brasileira Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica. 

Na década de 1980, o projeto do Embraer EMB-120 Brasilia estava focado em oferecer às companhias aéreas regionais um modelo de aeronave rentável, moderno, eficiente no consumo de combustível e aerodinâmico. Ele foi certificado nos Estados Unidos na categoria de aeronaves para transporte de passageiros, conhecido oficialmente como FAR PART 25, uma das mais rígidas normas para criação, desenvolvimento e fabricação de aeronaves.

O avião foi projetado para ter uma vida útil de célula de 40 mil horas de voo ou cerca de 20 anos de utilização intensiva diária. Entretanto, mais de 100 unidades desse modelo de aeronave ainda estão em condições de voo, com cerca de 90 unidades em uso normal por companhias aéreas nos Estados Unidos, na Austrália, na Espanha, no Brasil, no Caribe e em vários países africanos.

O avião brasileiro Embraer EMB-120 Brasilia foi projetado e fabricado com sistemas hidráulico, de combustível e de controle de voo duplicados. Já a fuselagem convencional em alumínio e ligas metálicas possui três seções de montagem, a dianteira, com o cockpit, a central, totalmente cilíndrica, e a traseira, com o cone de cauda. A seção central tem 2,2 metros de diâmetro, o que possibilita a fixação de três assentos para passageiros adultos por fileira, com um corredor central.

Na seção dianteira estão embutidos o radar meteorológico, o trem de pouso de nariz, o compartimento eletrônico, a cabine de comando e a porta principal de acesso dos passageiros e da tripulação, com escada fixada na própria porta. Já o compartimento de bagagens, localizado na parte de trás da fuselagem do avião, acomoda 6,4  de cargas, o equivalente a 550 kg na versão Standard.

Resumidamente, de modo geral e do ponto de vista puramente conceitual, um motor turboélice é uma combinação de um motor a reação, com compressor e turbina (não muito diferente dos motores dos aviões a jato), com um conjunto de hélice acoplado ao eixo. No caso específico dos motores turboélice Pratt & Whitney PW115 e Pratt & Whitney PW118 são três eixos com dois compressores centrífugos movimentados por turbinas axiais independentes.

Na época de seu lançamento, na década de 1980, o Embraer EMB-120 Brasilia já era tracionado por hélices de quatro pás de material composto da Hamilton Standard, conhecida atualmente como Collins Aerospace, por sua vez uma subsidiária da gigante americana United Technologies. Essas hélices são uma combinação de longarina de liga de alumínio, recheio de uma espuma especial, um revestimento de fibra de vidro e uma bainha de níquel no bordo de ataque, que por sua vez possui sistema de aquecimento.

O avião regional brasileiro possui uma variedade de sensores de temperatura espalhados pelos sistemas e compartimentos da fuselagem e das asas, assim na eventualidade de princípio de incêndio o piloto aciona, a partir da cabine de comando, os sistemas de extinção, principalmente nos motores e no trem de pouso.

Já na década de 1980, na época do lançamento do Embraer EMB-120 Brasilia, a fabricante brasileira Embraer disponibilizou como opcional um modelo de APU - Auxiliary Power Unit da fabricante americana Garrett. Esse equipamento é uma unidade independente geradora de energia elétrica para tornar a operação em solo mais independente de fontes externas de eletricidade.

Embora não seja o principal requisito de companhias aéreas, a beleza é uma das características mais notáveis do avião regional brasileiro, uma característica herdada pelos aviões derivados Embraer EMB-145 Regional Jet, para voos regionais, e pelo jato executivo Embraer Legacy 600, um sofisticado avião intercontinental, ambos também sucessos de vendas do fabricante brasileiro.

Na década de 1980, a Embraer selecionou a fabricante aeronáutica ERAM para fornecimento do trem de pouso triciclo do Embraer EMB-120 Brasilia, com conjuntos duplos de pneus em cada perna, sem câmara.

O Embraer EMB-120 Brasilia foi um dos primeiros modelos de aviões regionais no mundo a ser projetado desde o início com o painel dentro do conceito glass cockpit, nesse caso o modelo Collins ProLine II, com cinco telas de tubos de raios catódicos no total, duas do lado esquerdo (comandante), duas do lado direto (co-piloto) e uma no console central.

O conjunto de aviônicos EFIS - Electronic Flight Instrument System da marca Collins, modelo Collins ProLine II, era um dos mais avançados recursos tecnológicos disponíveis para a aviação regional na década de 1980, com um sistema integrado composto por dois ADI, dois HSI e um MFD - Multi Function Display.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Logo acima, a cabine de passageiros do Embraer EMB-120 Brasilia, configurada para 30 passageiros em classe única. Nível de conforto bem razoável, com pé-direito suficiente no corredor para acessar o toalete sem necessidade de se curvar. E mais: Cabine climatizada em voo e no solo, e galley para serviço de bordo com refeições rápidas, água mineral, sucos e refrigerantes. Logo abaixo, uma imagem histórica da década de 1980, um dos protótipos do Embraer Brasilia na fase de testes.

Cerca de 10 anos após o lançamento do bimotor turboélice de médio porte Embraer EMB-110 Bandeirante, a fabricante brasileira Embraer deu início ao projeto do turboélice bimotor Embraer EMB-120 Brasilia, um avião maior, mais moderno e mais confortável que o primeiro modelo de aeronave comercial da empresa de capital misto e controle estatal. Após os bons resultados obtidos com o turboélice regional Embraer Bandeirante, a Embraer lançou em abril de 1980 o projeto do Embraer Brasilia, que logo alcançou uma carteira de pedidos com mais de 100 unidades, garantindo o sucesso futuro da aeronave.

A já experiente Embraer investiu na década de 1980 cerca de US$ 150 milhões (em valores da época, sem correção monetária, o equivalente hoje a cerca de US$ 500 milhões) no projeto de criação, desenvolvimento e infraestrutura para introduzir com sucesso o seu primeiro turboélice regional para o mercado de avião regional. O primeiro voo do Embraer EMB-120 Brasilia ocorreu em julho de 1983, com a entrada em serviço em outubro de 1985, pela empresa aérea regional norte americana ASA - Atlantic Southeast Airlines, após a certificação obtida junto à FAA - Federal Aviation Administration, a agência reguladora da aviação americana.

Inicialmente, o Embraer EMB-120 Brasília foi fabricado na versão Embraer EMB-120 Brasilia Stardard, com motores Pratt & Whitney PW115 com 1.500 shp de potência, cada motor, e cerca de 1.000 quilômetros de alcance e, posteriormente, a partir da década de 1990, passou a ser fabricado na versão Embraer EMB-120 Brasilia Advanced ER com motores mais potentes Pratt & Whitney PW118 com 1.800 shp de potência, cada motor, dotados de hélices quadripás da marca Hamilton Standard. A versão aprimorada do Embraer Brasilia, com motores mais potentes, tem velocidade de cruzeiro de aproximadamente 550 km/h e alcance de aproximadamente 1.500 quilômetros.

A partir da década de 1980, os engenheiros da Embraer já possuíam o domínio de uma variedade de tecnologias e experiências conquistadas durante a criação, o desenvolvimento e a fabricação de outros modelos de aeronaves, incluindo o Embraer EMB-110 Bandeirante e o Embraer EMB-121 Xingu.

Uma parte das novas tecnologias e das experiências adquirida no processo de desenvolvimento e fabricação do Embraer EMB-121 Xingu, incluindo a tecnologia de pressurização, foi utilizada como base para dar origem ao Embraer EMB-120 Brasilia.

Com a moderna tecnologia de asas de perfil supercrítico em mãos, já na década de 1980 a Embraer conseguiu criar e desenvolver o Embraer EMB-120 Brasília, na época o turboélice bimotor para transporte regional de passageiros mais veloz, mais econômico e mais leve da sua categoria de 30 assentos.

Para alcançar um novo padrão de modernidade e leveza foi realizado um criterioso trabalho de seleção de fornecedores de matérias primas, peças, partes e componentes, incluindo a metalúrgica Alcoa (alumínio), a fabricante canadense de motores aeronáuticos Pratt & Whitney Canada (motores turboélice), a fabricante americana de aviônicos Collins (o sistema EFIS - Electronic Flight Instrument System era um notável avanço tecnológico para a época), entre outros.

Na década de 1980, a Embraer já incluía no projeto e na fabricação do Embraer EMB-120 Brasilia uma surpreendente variedade e quantidade de componentes e partes em material composto, utilizadas na montagem da aeronave, como partes integrantes da aeronave. Porém, as partes principais que formam a estrutura da aeronave (fuselagem, asas e empenagem) sempre foram construídas em alumínio e ligas metálicas.

O Embraer EMB-120 Brasília foi homologado com sistemas de degelo boots por várias autoridades aeronáuticas, e o primeiro dia de trabalho da aeronave nos Estados Unidos foi realizado em 1985, pela companhia aérea americana ASA – Atlantic Southeast Airlines, partindo da cidade de Atlanta, capital do estado da Georgia.

APRIMORAMENTO
Logo acima, o cockpit (cabine de comando) do Embraer EMB-120 Brasilia ainda é considerado moderno. Com um olhar mais atento, percebe-se duas telas juntas de cada lado, duas do lado esquerdo (piloto / comandante) e duas do lado direito (co-piloto), conhecidas no meio aeronáutico como ADI e HSI. Já no centro do painel está fixada uma tela multifuncional. Juntas elas compõem o EFIS - Electronic Flight Instrument System, o sistema de voo por instrumentos eletrônicos. No console central, nota-se o FMS - Flight Management System, o sistema de gerenciamento de voo. Logo abaixo, o roll-out do primeiro avião comercial pressurizado fabricado pela Embraer.

A versão melhorada Advanced ER passou a ser produzida em série a partir da década de 1990, com um variedade de itens de conforto e conveniência, incluindo ar-condicionado para climatizar a cabine de passageiros em voo, com os motores em pleno funcionamento, e também no solo, com os motores desligados, alimentado pela eletricidade gerada pela APU - Auxiliary Power Unit, uma unidade independente fornecedora de energia.

Na década de 1990 a Embraer submeteu às autoridades aeronáuticas brasileiras, estadunidenses e europeias um novo Plano de Manutenção Programada do Embraer EMB-120 Brasilia, resultando numa significativa redução de aproximadamente 25% no custo de manutenção programada do equipamento, com intervalos maiores entre revisões e redução do tempo de permanência da aeronave no solo para manutenção programada, com consequente ganho de produtividade. Isso tornou o Embraer Brasilia ainda mais competitivo, com um custo operacional ainda menor.

Revisões Tipo A
Antes: 300 horas de voo.
Depois: 400 horas de voo.

Revisões Tipo C
Antes: 3.000 horas de voo.
Depois: 4.000 horas de voo.

Revisões Estruturais
Antes: 16.000 pousos.
Depois: 20.000 pousos.

Nessa mesma época, uma nova versão Embraer EMB-120 Brasilia Quick Change do Embraer EMB-120 Brasilia foi lançada, adaptada para transporte de passageiros e de carga, aumentando assim a produtividade do equipamento.

Mais de 350 unidades de Embraer EMB-120 BrasIlia foram fabricadas, uma parte delas ainda está voando, transportando passageiros e cargas aéreas em viagens interestaduais, o que comprova na prática as características da aeronave.

MERCADO

Logo acima e logo abaixo, mais dois exemplos incontestáveis da confiança que a Embraer conquistou no mercado aeronáutico americano nas décadas de 1980 e 1990, o Embraer EMB-120 Brasilia nas cores da companhia aérea USAir Express, a marca regional da grande companhia aérea americana USAir, esta fundida alguns anos atrás com a American Airlines, e o avião regional brasileiro nas cores da Continental Express, a regional da grande Continental Airlines, esta fundida alguns anos atrás com a United Airlines.

O Embraer EMB-120 Brasilia ainda é considerado uma aeronave moderna no meio aeronáutico e foi um avião largamente adotado por companhias aéreas regionais norte americanas e europeias, que adquiriram centenas de unidades do modelo, principalmente nas décadas de 1980 e 1990 e, posteriormente, a produção do Embraer Brasilia foi transferida na década de 2000 para sua subsidiária Indústria Aeronáutica Neiva, que chegou a fabricar algumas unidades do modelo. Atualmente, a aeronave não é fabricada.

Mais de 350 unidades de Embraer EMB-120 Brasilia, em várias versões, foram fabricadas pela Embraer nas décadas de 1980, 1990 e 2000, principalmente para companhias aéreas americanas, europeias e brasileiras, entre elas a United Express (United Airlines), a ASA (posteriormente SkyWest), a Comair (posteriormente Delta Connection), a DLT (Alemanha), a Air France (França), a USAir Express (USAir), a Continental Express (Continental Airlines), a Rio Sul (uma subsidiária da Varig, a grande companhia aérea brasileira, que não existe mais), a Ocean Air (conhecida atualmente como Avianca), a Passaredo, uma empresa regional brasileira, a InterBrasil Star (uma subsidiária da grande companhia aérea brasileira Transbrasil, que também não existem mais), entre muitas outras.

Parte das unidades fabricadas de todos esses modelos ainda está em condições de voo e ainda é operada por companhias aéreas regionais, de táxi aéreo e de voos charter.

NO BRASIL

Logo acima, o Embraer EMB-120 Brasilia da empresa regional Rio Sul, a subsidiária da então grande e conhecida companhia aérea brasileira Varig, esta a tradicional transportadora de bandeira brasileira nas décadas de 1980 e 1990. Logo abaixo, o avião regional brasileiro da Pantanal Linhas Aéreas, uma companhia aérea regional comprada em 2009 pela TAM Linhas Aéreas, esta conhecida atualmente como Latam Linhas Aéreas.
O primeiro operador do Embraer Brasilia no Brasil foi a companhia aérea Rio Sul, uma subsidiária regional da Varig, que introduziu a aeronave em sua frota em 1988. O avião voou no Brasil também pelas companhias aéreas MetaRicoAir Minas, Passaredo, Interbrasil STAR (um subsidiária da Transbrasil), Ocean Air (conhecida posteriormente como Avianca), Pantanal (alguns anos atrás comprada e incorporada pela TAM Linhas Aéreas), NordestePentaTAVAJKMW - Táxi AéreoAmerica AirTRIP Linhas Aéreas (atualmente Azul Linhas Aéreas), e pela FAB - Força Aérea Brasileira.

Aqui no Brasil, na década de 1980, o break-even do Embraer EMB-120 Brasilia estava em cerca de 50% do número total de assentos disponíveis para passageiros. Isso significa que naquela época era possível ter lucro operando o avião regional quando 15 assentos ou mais estavam ocupados. Assim, esse modelo de avião regional da Embraer conseguiu substituir com vantagens o Embraer EMB-110 Bandeirante em várias companhias aéreas.

Devido à sua capacidade de pousos e decolagens curtos o Embraer Brasilia é utilizado pela FAB - Força Aérea Brasileira, em viagens oficiais, e por algumas companhias aéreas regionais que operam na Amazônia, região possuidora de grande número de pistas curtas que inviabilizam o uso de jatos.

FICHA TÉCNICA
  • Capacidade: 30 passageiros;
  • Tripulação: 1 piloto, 1 co-piloto e 1 comissária;
  • Velocidade máxima de cruzeiro: Aprox. 585 km / h;
  • Velocidade de cruzeiro normal: Aprox. 550 km / h;
  • Velocidade de cruzeiro econômica: Aprox. 485 km / h;
  • Comprimento: Aprox. 20 metros;
  • Envergadura: Aprox. 20 metros;
  • Altura da aeronave: Aprox. 6,3 metros;
  • Altura da cabine: Aprox. 1,7 metro;
  • Motorização / Advanced ER (potência): 2 X Pratt & Whitney PW118 (1.800 shp / cada);
  • Motorização / Standard (potência): 2 X Pratt & Whitney PW115 (1.500 shp / cada);
  • TBO da PW115 (tempo entre revisões): 6.000 horas;
  • Hélices do EMB-120 Standard: 14RF-9 Hamilton (material composto);
  • APU: Garret (opcional);
  • Consumo médio (QAV): Aprox. 960 litros / hora (lotado / 75% potência);
  • Consumo médio (QAV): Aprox. 0,06 litro / passageiro / km voado;
  • Trem de pouso: ERAM, triciclo retrátil;
  • Freios: Metálicos, com anti-skid (anti-travamento);
  • Sistema elétrico: 28 volts (DC);
  • Homologação: IFR Noturno, FAR PART 25;
  • Teto de serviço: Aprox. 9.500 metros;
  • Alcance / Advanced ER: Aprox. 1.500 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Alcance / Standard: Aprox. 1.000 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Peso máximo decolagem: Aprox. 11.980 kg;
  • Pista de pouso: Aprox. 1.650 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios);

TRÊS VISTAS

PRINCIPAIS CONCORRENTES
  • Saab 340
  • BAe Jetstream Super 31
  • Fairchild Dornier 328
  • ATR-42
  • Bombardier Dash 8-200

GALERIA DE IMAGENS

Logo acima, um dos primeiros protótipos do Embraer Brasilia, esse com fuselagem polida, com faixas e logotipo da Embraer. Essa mesma técnica de polimento foi solicitada pela companhia aérea americana American Airlines para as suas unidades utilizadas para transportar seus passageiros em rotas regionais dentro dos Estados Unidos. Logo abaixo, o Embraer Brasilia da Air France. A credibilidade da Embraer no mercado internacional de aviação comercial ficou evidente na década de 1980, quando grandes e tradicionais companhias aéreas americanas e europeias passaram a usar intensivamente esse turboélice brasileiro para transportar seus passageiros.



Logo acima, o belo pássaro metálico fabricado pela Embraer taxiando em um aeroporto. Grandes e tradicionais companhias aéreas brasileiras, americanas e europeias optaram pelo modelo brasileiro, incluindo United Airlines, American Airlines, Varig / Rio Sul, US Air, Continental Airlines e Air France. Logo abaixo, o Embraer Brasilia da companhia aérea regional americana SkyWest, decolando de um típico aeroporto regional americano.


VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Embraer_EMB_120_Brasilia
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/EMB_120_Brasilia
  • Revista Voar
  • Embraer (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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