SUKHOI SUPERJET 100


SUKHOI SUPERJET 100
SUKHOI RRJ95 SUPERJET
SUKHOI SSJ100 SUPERJET

INTRODUÇÃO
Logo acima, o moderno jato regional bimotor Sukhoi SuperJet 100, fabricado em série pela empresa russa Sukhoi Corporation, nas cores da companhia aérea mexicana InterJet, uma das maiores companhias aéreas domésticas do México. Logo abaixo, imagem publicitária do mesmo modelo de aeronave.
O Sukhoi SuperJet 100 é uma moderna aeronave comercial bimotor de médio porte e alta performance, com motorização turbofan e asas baixas, com capacidade para transportar 98 passageiros, numa configuração de média densidade de assentos, em viagens interestaduais e internacionais, criada e desenvolvida durante a década de 2000 pela tradicional empresa russa Sukhoi Corporation, com apoio técnico da fabricante americana Boeing Company, e fabricada em série e em larga escala na Rússia, a partir da década de 2010, pela Sukhoi, atualmente uma subsidiária da estatal russa UAC – United Aircraft Corporation.

Os seus principais concorrentes desse modelo russo de aeronave são os novíssimos e moderníssimos jatos regionais da família Airbus A220 / Bombardier CSeries, anteriormente fabricados pela canadense Bombardier e atualmente fabricados pela europeia Airbus; o moderno avião turboélice regional ATR-72, fabricado pela joint venture ATR, composta pela Airbus e pela italiana Leonardo / Alenia; o também moderno turboélice regional de Havilland Dash 8 / Bombardier Q-400, anteriormente fabricado pela canadense Bombardier e atualmente fabricado pela também canadense Lonview Aviation / Viking Air; os modernos, eficientes e já consagrados jatos regionais da família Embraer E-Jet, incluindo a sua nova fase Embraer E-2, os modernos jatos regionais Bombardier CRJ / Canadair CRJ, fabricados anteriormente pela Bombardier e atualmente pela japonesa Mitsubishi Aircraft; os novos e modernos jatos regionais Mitsubishi MRJ, também fabricados pela Mitsubishi, e o clássico modernizado COMAC ARJ-21 Regional Jet, da fabricante chinesa COMAC.

A UNITED AIRCRAFT

Logo acima, o logotipo da UAC - United Aircraft Corporation, uma grande estatal russa fabricante de aeronaves militares e comerciais. Logo abaixo, o logotipo da Sukhoi Corporation, uma grande fabricante estatal russa de aeronaves militares e comerciais.

A UAC – United Aircraft Corporation é uma grande e poderosa estatal russa da indústria aeronáutica, aeroespacial e de defesa, fundada pelo Governo Russo em 2006 para reunir várias tradicionais empresas russas fabricantes de aeronaves civis e militares e de armamentos, a Ilyushin, a Irkut, a Mikoyan, a Sukhoi, a Tupolev e a Yakovlev.

É a maior fabricante de aeronaves da Rússia e uma das maiores fabricantes de aeronaves militares e civis do mundo, considerando receitas e unidades fabricadas, depois da europeia Airbus Group, da americana Boeing Company, da chinesa AVIC – Aviation Industry Corporation of China, da americana Lockheed Martin, da brasileira Embraer S.A., da italiana Leonardo Company / Alenia, da Textron Company, da General Dynamics / Gulfstream e do Grupo Dassault / Falcon, não necessariamente nessa ordem.

A Sukhoi Corporation é uma tradicional fabricante russa de aeronaves militares, fundada por Pavel Sukhoi no início da década de 1940, tendo como foco principal a fabricação de caças para uso militar e alguns modelos de aeronaves civis.

Entre os seus projetos militares mais conhecidos estão os temidos e respeitados caças militares bimotores de altíssimo desempenho Sukhoi Su-27, Sukhoi Su-30 e Sukhoi Su-35, que, juntamente com outros modelos de caças de outras marcas russas, formaram a espinha dorsal do sistema de defesa aéreo da Rússia e de países alinhados.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Logo acima, a cabine de passageiros do jato regional Sukhoi SuperJet 100, com uma típica configuração de assentos para 98 passageiros, em média densidade. Logo abaixo, o cockpit ou cabine de comando do mesmo modelo de aeronave, com um moderno conjunto de aviônicos do tipo EFIS – Electronic Flight Instrument System, da marca francesa Thales.

O Sukhoi SuperJet 100 é uma moderna aeronave bimotor de porte médio e alta performance, com cabine pressurizada e com asas baixas enflechadas, com motorização turbofan e com construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com capacidade para transportar entre 88 passageiros e 108 passageiros, dependendo da configuração de assentos adotada, em viagens interestaduais e internacionais, criada e desenvolvida em conjunto, durante a década de 2000, pela russa Sukhoi Corporation e pela americana Boeing Company, e fabricada em série e em larga escala na Rússia, pela Sukhoi, a partir da década de 2010.

Ele é um modelo de aeronave totalmente original, o que significa que não é derivado de nenhum outro modelo de avião. Ele foi projetado a partir de 2001 pela Boeing Company, a pedido da Sukhoi Corporation, e desenvolvido em conjunto pelas duas empresas, com testes estáticos, de voo e de certificação, a partir de 2007, realizados na Rússia, na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, com as certificações americana, europeia e russa alcançadas em 2012, com as primeiras entregas para operadores de diversos países, orientais e ocidentais, realizadas a partir de então.

Uma variedade de conhecimentos e experiências da Boeing Company e da Sukhoi Corporation, adquirida anteriormente na fabricação de outros modelos de aeronaves, militares e civis, de ambas as fabricantes, foi empregada na criação e no desenvolvimento do Sukhoi SuperJet 100, incluindo as asas enflechadas, com dispositivos aerodinâmicos hipersustentadores; a seleção de um motor turbofan com alta taxa de bypass; o sistema de comandos de voo do tipo fly-by-wire; o moderno e preciso cockpit ou cabine de comando digital, do tipo EFIS – Electronic Flight Instrument System; e o porão de cargas amplo, aquecido e pressurizado, para permitir o transporte das bagagens dos passageiros, incluindo cargas vivas, como animais de estimação, por exemplo; entre outros.

O jato regional de passageiros Sukhoi SuperJet 100, conhecido anteriormente, antes do início da produção seriada, como Sukhoi RRJ95 SuperJet, é fruto do Projeto Russian Regional Jet, avaliado em cerca de US$ 1,5 bilhão, em valores autalizados, financiado principalmente pelo Governo Russo, cujo principal objetivo na época de seu desenvolvimento era colocar novamente a indústria aeronáutica russa no topo do cenário mundial da aviação civil, isso porque os aviões militares russos sempre foram respeitados e temidos, mas os aviões civis fabricados por empresas russas sofriam de uma imagem desfavorável, principalmente no lado ocidental do planeta, principalmente pela operação complicada, manutenção difícil e pouco acessível, alto consumo de combustível e níveis de segurança questionáveis.

Assim, é possível dizer que o Sukhoi SuperJet conseguiu, até ponto, resgatar a imagem desgastada da indústria aeronáutica civil russa, com um projeto civil realmente moderno e confiável, embora não tenha conseguido alcançar ainda o sucesso de vendas, pois a economia russa, de um modo geral, passou a ser alvo de sanções econômicas diversas de países desenvolvidos da OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte e/ou alinhados com ela, principalmente depois da invasão russa, em 2014, sobre a Crimeia, que é parte do território da Ucrânia, uma ex-integrante da União Soviética.

O projeto do Sukhoi SuperJet 100 consiste, basicamente e de modo geral, numa estrutura de fuselagem e asas convencional reforçada para transporte intensivo de passageiros, projetada para o uso diário de cerca de 10 horas, com limite de vida útil de até 70.000 horas ou 54.000 ciclos, o equivalente a cerca de 30 anos de utilização intensiva. A sua elegante fuselagem foi projetada a partir do conceito convencional, com centro de gravidade no centro da fuselagem, com seção circular, com espaço interno bem razoável, quando em média densidade, para passageiros e bagagens de mão na cabine de passageiros e bom espaço no porão de cargas, em relação a outros modelos de aeronaves comerciais.

A pedido da Sukhoi Corporation, que não queria lidar com a tecnologia do material composto de fibra de carbono, que até então não dominava muito bem, a Boeing Company projetou a estrutura do Sukhoi SuperJet quase totalmente em metais, com ligas de alumínio, aço e titânio. O curioso é que foi justamente essa decisão conservadora da Sukhoi que lhe trouxe alguns problemas de qualidade e durabilidade do avião apenas alguns anos após sua entrada em serviço, com fadiga precoce de material, mas, felizmente, sem danos graves ou acidentes fatais registrados em decorrência disso. Segundo a fabricante, esses problemas já foram resolvidos.

Entre as principais características do Sukhoi SuperJet 100 estão as quatro portas laterais de bom tamanho, que podem ser usadas para embarque e desembarque de passageiros e acesso do serviço de limpeza / catering (pronuncia-se kêiterin). A aeronave não tem saídas de emergência junto às asas.

Trata-se de um típico modelo de avião russo, mas com características de modelos ocidentais, para uso comercial, principalmente para companhias aéreas regionais, com fuselagem semi-monocoque de construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com capacidade para transportar entre 88 e 108 passageiros em viagens interestaduais e, em algumas situações, até mesmo viagens internacionais. Não é impossível realizar viagens intercontinentais transoceânicas com o Sukhoi SuperJet 100, pois ele possui certificação ETOPS 120 minutos, mas esse não é o foco do produto.

Ele é impulsionado por dois motores turbofan PowerJet SAM146 fixados nas asas, o que resulta em velocidades de cruzeiro de aproximadamente 800 km/h e alcances entre 3.000 quilômetros e 4.400 quilômetros, dependendo da sub-versão, com teto de serviço de 12.700 metros. Esse motor russo foi criado e desenvolvido em conjunto pela fabricante russa NPO Saturn e pela fabricante francesa Safran / Snecma, com a fabricação seriada realizada na Rússia pela PowerJet, uma joint venture formada pela Saturn e pela Safran.

Atualmente, o Sukhoi SuperJet 100 está entre os mais modernos aviões para transporte aéreo regional de passageiros do mundo, desde o início, nos primeiros anos da década de 2010, fabricado já com as modernas versões do sistema EFIS – Electronic Flight Instrument System, o sistema de voo por instrumentos, com interfaces em telas de cristal líquido, e com FMC - Flight Management Computer, o computador de gerenciamento de voo, que, por sua vez, integra o FMS - Flight Management System, o sistema de gerenciamento de voo, dentro de um contexto de glass cockpit ou cockpit de vidro, como também é conhecido no meio aeronáutico.

A fabricação em série do Sukhoi SuperJet 100 foi iniciada em 2012 e as primeiras entregas foram realizadas para as companhias aéreas Aeroflot, da Rússia, Interjet, do México, e Armavia, da Armênia, seguidas de outras companhias aéreas. A cabine de passageiros do avião russo tem aproximadamente 21 metros de comprimento, o suficiente para transportar até 98 passageiros com um nível de conforto razoável para os padrões atuais da aviação regional, com cerca de 45 centímetros úteis de largura de assentos e cerca de 80 centímetros para cada fileira de assentos. Desde o início da fabricação em série ele está disponível com pelo menos duas sub-versões, a Sukhoi SSJ100-95B SuperJet 100, com alcance menor, e Sukhoi SSJ100-95LR, com alcance maior.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

O jato regional Sukhoi SuperJet 100 nasceu a partir dos primeiros anos da década de 2000, a partir da percepção do Governo Russo e da percepção dos executivos e projetistas da Sukhoi Corporation sobre o aquecimento do mercado mundial de transporte aéreo e a necessidade de aeronaves regionais com maior capacidade de transporte do que a capacidade apresentada até então pela maioria das famílias de aeronaves das principais fabricantes.

Na segunda metade da década de 1990 e na primeira metade da década de 2000, é provável que a falência da fabricante holandesa Fokker Aircraft, a falência da fabricante americana e alemã Fairchild Dornier, e a compra e incorporação da fabricante americana McDonnell Douglas pela também americana Boeing Company, com a consequente descontinuação de vários produtos daquela, tenha reforçado dentro da Sukhoi Corporation a percepção e a impressão de que havia um espaço vago, em termos de oferta e demanda, que precisava ser preenchido com agilidade.

É verdade que a Rússia, um dos Estados formadores da então extinta União Soviética, ainda estava se recuperando de uma grave crise econômica iniciada com a falência do regime comunista, mas, ao que parece, o Governo Russo se sentia desconfortável com a baixa reputação de seus produtos aeronáuticos civis e via nessa oportunidade a chance de dar a volta por cima, mesmo que para isso fosse necessário colocar dinheiro do contribuinte em um grande empreendimento.

Além disso, a China ainda estava dando os primeiros passos na fabricação de aviões comerciais e o Japão ainda não tinha decidido voltar a produzir aviões comerciais, o que formava um cenário favorável para a empresa russa investir pesadamente na criação e desenvolvimento de mais uma família de jatos regionais. A estratégia adotada pelo Governo da Rússia foi cautelosa, convidar uma empresa ocidental que entendesse com profundidade sobre projetos aeronáuticos e tivesse experiência na área, nada menos que a Boeing Company, uma gigante do setor. Assim, o risco de fracasso do Projeto Russian Regional Jet foi reduzido o máximo possível, dentro dos padrões dos bons e conhecidos projetos ocidentais.

Optou-se então por uma fuselagem com cinco assentos por fileira, separados por um corredor, assim cerca de 80% dos passageiros estaria ao lado de uma janela ou corredor, o que já seria uma vantagem competitiva, realçando no usuário uma sensação agradável de espaço interno, de conforto, tudo isso reforçado por um piso totalmente plano, com um corredor com pé direito de 2,1 metros.

Segundo o fabricante, optou-se pela fixação dos motores nas asas para melhorar aspectos de centragem, peso e balanceamento, embora, por outro lado, houvesse aspectos desfavoráveis a ser considerados nesse caso, como o risco maior de ingestão de peças, pedras e objetos na pista (FOD – Foreign Object Damage). Segundo o fabricante esse problema foi contornado com um trem de pouso mais alto.

O foco principal do Sukhoi SuperJet 100 é atender o passageiro de linhas aéreas regionais, ligando grandes hubs de grandes metrópoles aos aeroportos regionais, geralmente com infraestrutura menos sofisticada que os aeroportos internacionais das grandes metrópoles. Porém, é uma aeronave com fuselagem alta e trem de pouso com amortecedores de longo curso, e sua operação exige alguns equipamentos de apoio em solo, como a escada para passageiros, caminhão de comissaria e a esteira mecanizada para embarque de bagagens.

Entretanto, aeronaves comerciais com fuselagem alta têm pelo menos uma vantagem, o risco de atrito do cone de cauda na pista durante a decolagem, no momento da rotação, é um pouco menor que em aeronaves com fuselagem mais baixa.

O Sukhoi SuperJet 100 foi lançado oficialmente pela Sukhoi Civil Aircraft, uma subsidiária da Sukhoi Corporation, em 2003, com uma sequência de gigantescos investimentos estatais russos em infraestrutura e em tecnologia aeronáutica para a criação e desenvolvimento de um produto para atender o mercado civil mundial, um dos mais pesados investimentos da história da indústria aeronáutica russa, avaliado em cerca de US$ 1,5 bilhão, em valores atualizados. É possível afirmar que a Sukhoi Corporation foi feliz na escolha de seus fornecedores de matérias primas, peças, partes e componentes, uma parte deles localizada no lado ocidental do planeta e a outra parte de nacionalidade russa, mas com parceiros estratégicos no lado ocidental. Portanto, as dificuldades comerciais atuais do Projeto Russian Regional Jet estão mais relacionadas ao contexto geopolítico russo do que necessariamente a qualidade do Sukhoi SuperJet 100, o que é uma pena, pois é um bom avião.

Uma criteriosa seleção de fornecedores de peças, partes e componentes foi realizada, com a escolha da francesa Thales para os aviônicos; da também francesa Messier-Bugatti-Dowty para o trem de pouso; da americana Honeywell para a APU – Auxiliary Power Unit; da suíça Liebherr para os controles de voo; da francesa Safran / Intertechnique para o sistema de combustível; da americana Parkin Hannifin para o sistema hidráulico; da americana B/E Aerospace / Collins para o interior da cabine de passageiros, incluindo os assentos; entre outros fornecedores;

MOTOR POWERJET SAM146

O motor turbofan de alta taxa de bypass PowerJet SAM146 é um projeto contemporâneo de motorização a jato para impulsionar o Sukhoi SuperJet 100, derivado do consagrado motor CFM International CFM56, por sua vez um grande best seller da indústria aeronáutica francesa e americana, até o momento com mais de 32.000 unidades fabricadas, o motor a jato mais vendido do mundo, criado, desenvolvido e fabricado em larga escala nos Estados Unidos e na França a partir da década de 1970 para impulsionar grandes best sellers da indústria aeronáutica mundial, como o Boeing 737 e o Airbus A320, por exemplo.

O motor do Sukhoi SuperJet 100 é fabricado em duas linhas de produção, uma na França, da Safran / Snecma, e outra localizada na Rússia, em instalações próprias da joint venture PowerJet International, que, por sua vez, é uma empresa criada pela fabricante russa de motores aeronáuticos NPO Saturn e pela fabricante francesa Safran / Snecma, esta uma das maiores fabricantes de motores aeronáuticos do mundo, uma das maiores fornecedoras de peças, partes e componentes aeronáuticos do mundo.

Ele é um motor turbofan com alta taxa de bypass, com empuxos / potências variando entre 15.000 libras e 18.000 libras, composto por um fan (ventilador) convencional de um estágio, um compressor de baixa pressão de três estágios, um compressor de alta pressão de seis estágios, uma turbina de alta pressão de estágio único e uma turbina de baixa pressão de três estágios.

A empresa francesa Safran / Snecma é responsável pela fabricação e montagem do sistema de controle, dos acessórios e do núcleo do motor, enquanto a empresa russa de encarrega da fabricação da turbina de baixa pressão, do compressor de baixa pressão e do fan.

A FAMÍLIA SUPERJET

A família Sukhoi SuperJet tem duas fases, a primeira fase foi estabelecida no mercado na década de 2000 e é composta por dois modelos principais, o Sukhoi SSJ100-95B SuperJet, com alcance menor, e o Sukhoi SSJ100-95LR SuperJet, com alcance maior. Já a segunda fase só será iniciada pela Sukhoi Corporation se ela conseguir deslanchar de vez o Projeto Russian Regional Jet, com novas encomendas, inclusive de futuros modelos de maior capacidade de assentos, chegando até 130 passageiros.

SUKHOI SSJ100-95B SUPERJET

A fabricação em série do Sukhoi SSJ-95B SuperJet foi iniciada em 2012. Ele é um dos dois membros atuais da família Sukhoi SuperJet, com alcance de 3.000 quilômetros. Conhecido também como Sukhoi SuperJet 100, ele é quase idêntico ao seu irmão Sukhoi SSJ-95LR SuperJet, exceto pelo alcance maior e pelos motores mais potentes deste seu irmão. Ambos os modelos são semelhantes em quase tudo, exceto pela capacidade de combustível maior do Sukhoi SSJ-95LR SuperJet, com motores mais potentes e maior peso máximo de decolagem, inclusive.

O peso máximo de decolagem do Sukhoi SSJ-95B SuperJet é de aproximadamente 45.000 kg e seu alcance é de aproximadamente 3.000 quilômetros, em condições normais de operação. A sua capacidade de transporte é de 98 passageiros em classe única, com cerca de 80 centímetros para cada fileira de assentos, mas a aeronave foi e é comercializada também com a possibilidade de uma configuração de alta densidade para até 108 passageiros.

O seu cockpit ou cabine de comando está equipado com o moderno sistema de aviônicos do tipo EFIS – Electronic Flight Instrument System da fabricante francesa Thales, modelo Top Deck, com a interface do EICAS - Engine Indicating and Crew Alerting System no centro do painel, com a interface do FMC – Flight Management Computer no console central e equipado com o GPS – Global Positioning System, o conhecido sistema de posicionamento por satélites. O modelo está homologado RNAV e para operações de aproximação por instrumentos do tipo ILS, para maior precisão e segurança nos pousos sob neblina ou nevoeiro. Ele possui também TCAS - Traffic Collision Avoidance System e radar meteorológico. Ele possui sistema anti-ice ou anti-gelo nas asas para operação em países frios e APU – Auxiliary Power Unit da fabricante americana Honeywell, para climatizar a cabine de passageiros em aeroportos de países quentes.

Desde o início, ele foi projetado e fabricado com o uso intensivo de superfícies aerodinâmicas de controle de voo comandadas ou controladas por meio de impulsos ou pulsos elétricos até os atuadores hidráulicos, a chamada tecnologia fly-by-wire. Esse sistema é composto por geradores de energia que alimentam os computadores da aeronave, que por sua vez percebem os movimentos dos pilotos nos sidesticks (joysticks laterais) e pedais, interpretando esses movimentos e enviando sinais elétricos para os atuadores hidráulicos juntos às superfícies aerodinâmicas de controle de voo, entre elas os flaps, os slats, os profundores e o leme.

Entre as vantagens do sistema fly-by-wire está o menor peso do sistema e a maior confiabilidade e precisão das manobras, já que os computadores evitam que alguns limites de funcionamento da aeronave, como atitude (não confundir com altitude) excessivamente cabrada, o que poderia causar um perigoso estol, por exemplo, sejam ultrapassados. Traduzindo isso numa linguagem mais simples, os computadores “filtram” ou “refinam” as intenções da tripulação, evitando que eventuais comandos “rudes” ou “brutos” demais cheguem até os atuadores hidráulicos.

Os motores PowerJet SAM146 que impulsionam o Sukhoi SSJ-95B SuperJet produzem 17.000 libras de empuxo / potência em cada motor, o suficiente para que a aeronave consiga alcançar a velocidade de 800 km/h em altitude típica de cruzeiro, com teto de serviço de 12.700 metros. Esses motores possuem FADEC – Full Authority Engine Control, um sistema que controla o funcionamento dos motores para evitar que, durante a operação da aeronave, os parâmetros de funcionamento deles não sejam excedidos pelos pilotos, o que resulta em mais segurança, menor consumo de combustível e redução de custos de manutenção.

O seu preço de tabela é de cerca de US$ 53 milhões, mais barato que a grande maioria de seus principais concorrentes, incluindo o Embraer E-190 E2 e o Airbus A220, ambos de capacidade semelhante. Aliás, esse é um dos principais argumentos de vendas da Sukhoi Corporation, com mais de 170 unidades fabricadas até o momento, de ambos os modelos.

SUKHOI SSJ100-95LR SUPERJET

A fabricação em série do Sukhoi SSJ-95LR SuperJet também foi iniciada em 2012, ao lado de seu irmão menos potente Sukhoi SSJ-95B SuperJet. Ele é um dos dois membros atuais da família Sukhoi SuperJet, mas neste caso com alcance aumentado para 4.400 quilômetros. Conhecido também como Sukhoi SuperJet 100, ele é quase idêntico ao seu irmão Sukhoi SSJ-95B SuperJet, exceto pelo alcance menor e pelos motores menos potentes deste seu irmão. Ambos os modelos são semelhantes em quase tudo, exceto pela capacidade de combustível maior do Sukhoi SSJ-95LR SuperJet, com motores mais potentes e maior peso máximo de decolagem, inclusive.

O peso máximo de decolagem do Sukhoi SSJ-95LR SuperJet é de aproximadamente 48.000 kg e seu alcance é de aproximadamente 4.400 quilômetros, em condições normais de operação. A sua capacidade de transporte também é de 98 passageiros em classe única, com cerca de 80 centímetros para cada fileira de assentos, mas a aeronave foi e é comercializada também com a possibilidade de uma configuração de alta densidade para até 108 passageiros.

Os motores PowerJet SAM146 que impulsionam o Sukhoi SSJ-95LR SuperJet produzem 18.000 libras de empuxo / potência em cada motor, o suficiente para que a aeronave consiga alcançar a velocidade de 800 km/h em altitude típica de cruzeiro, com teto de serviço de 12.700 metros. Esses motores também possuem FADEC – Full Authority Engine Control, um sistema que controla o funcionamento dos motores para evitar que, durante a operação da aeronave, os parâmetros de funcionamento dos motores não sejam excedidos pelos pilotos, o que resulta em mais segurança, menor consumo de combustível e redução de custos de manutenção.

MERCADO

As aeronaves comerciais com motorização turbofan são economicamente e tecnicamente mais vantajosas no transporte de passageiros em viagens com mais de 750 quilômetros de distância, enquanto os turboélices apresentam mais vantagens em viagens com menos de 500 quilômetros de distância e operando em aeroportos menores e menos sofisticados que os aeroportos internacionais das grandes cidades, com pistas de pouso com menos de 1.850 metros de comprimento e com obstáculos próximos das cabeceiras e prolongamentos, com até 6 graus de inclinação na rampa de aproximação.

A principal vantagem do jato é a produtividade maior, em função justamente da velocidade de cruzeiro maior. Considerando apenas o aspecto tempo, apenas para efeito de comparação, desconsiderando outros aspectos técnicos, como, por exemplo, o comprimento da pista de pouso, o jato pode ser até duas vezes mais produtivo que um turboélice, viajando até duas vezes mais quilômetros que um turboélice em um mesmo dia. Por outro lado, em viagens de menos de 500 quilômetros de distância o turboélice pode ser até 15% mais econômico, consumindo menos combustível.

Na década de 1990, a fabricante holandesa Fokker Aircraft faliu e a americana e alemã Fairchild Dornier parou de fabricar aeronaves. Já a British Aerospace parou de produzir o quadrimotor a jato BAe 146 Regional Jet / Avro 146 em 2002. Assim, a partir da década de 2000, apenas a Bombardier, com turboélices e jatos; a Embraer, com a família Embraer ERJ e a família Embraer E-Jet; a Boeing Company, com o Boeing 717; e a fabricante franco-italiana ATR, com seu turboélice regional ATR-72 disputavam o mercado ocidental de aeronaves para transporte regional na faixa de 70 passageiros até 120 passageiros.

Assim, a Sukhoi Corporation entendeu que havia poucos competidores no mercado e estava aberta a possibilidade de empreender no segmento regional da indústria aeronáutica. Até o momento a empresa fabricou e entregou mais de 170 unidades do Sukhoi SuperJet 100, com mais de 500.000 horas de voo acumuladas. Ainda não é o suficiente para cobrir o gigantesco investimento do Governo Russo no Projeto Russian Regional Jet, mas a empresa está confiante em mais encomendas, principalmente de companhias aéreas russas e chinesas e de países alinhados, principalmente na Ásia, na Europa Oriental, no Oriente Médio e na África.

Durante a década de 2000, uma joint venture foi criada pela Sukhoi Corporation e pela empresa italiana Leonardo / Alenia, responsável pela esforços de marketing, comercialização, suporte pós-venda e treinamento de pilotos e mecânicos do Sukhoi SuperJet 100. No entanto, a alguns anos atrás essa empresa italiana saiu da joint venture SuperJet International e a Sukhoi Corporation seguiu de forma independente a partir de então.

A SuperJet International possui três centros próprios de manutenção e de fornecimento de peças de reposição, um na Rússia, um na China e outro nos Estados Unidos.

Os principais operadores do Sukhoi SuperJet 100 são e/ou foram as companhias aéreas Aeroflot, da Rússia, Yamal Airlines, também da Rússia, a Interjet, do México, a Gazpromavia, da Rússia, e a Azimuth, da Rússia.

FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
  • Capacidade: 98 passageiros;
  • Tripulação: 1 piloto, 1 co-piloto e 3 ou 4 comissárias;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 800 km / h;
  • Comprimento: Aprox. 30 metros;
  • Envergadura: Aprox. 28 metros;
  • Altura da aeronave: Aprox. 11 metros;
  • Altura da cabine de passageiros: Aprox. 2,1 metros;
  • Motorização 98B (potência / empuxo): 2 X PoweJet SAM146 (17.000 libras / cada);
  • Motorização 98LR (potência / empuxo): 2 X PoweJet SAM146 (18.000 libras / cada);
  • Taxa bypass: 4,4:1;
  • Trem de pouso: Dowty;
  • APU - Auxiliary Power Unit: Honeywell;
  • Aviônicos: Thales Top Deck;
  • Teto de serviço: Aprox. 12.700 metros;
  • Alcance (95B): Aprox. 3.000 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Alcance (95LR): Aprox. 4.400 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas):
  • Peso máximo decolagem (95B): Aprox. 45.000 kg;
  • Peso máximo decolagem (95LR): Aprox. 48.000 kg;
  • Pista de pouso (95B): Aprox. 1.999 metros (lotado / dias quentes);
  • Pista de pouso (95LR): Aprox. 2.500 metros (lotado / dias quentes);
  • Preço (95B): US$ 53 milhões (novo);


SEGURANÇA DE VOO

Estatisticamente, em números aproximados, a aviação comercial e a aviação executiva são os meios de transporte mais seguros que existem, com cerca de três acidentes graves com vítimas fatais para cada um milhão de viagens realizadas, considerando a média mundial. Porém, se forem levados em consideração apenas os números de países desenvolvidos, como Canadá, Estados Unidos, países da Europa Ocidental, o Japão, a Coreia do Sul e a Austrália, os números de acidentes para cada um milhão de viagens são ainda menores, na média cerca de um acidente grave com vítimas fatais para cada um milhão de viagens realizadas.

Foram registrados dois acidentes graves com vítimas fatais nos quais o Sukhoi SuperJet 100 se envolveu e/ou foi envolvido, o equivalente a cerca de 2% do número total de aeronaves fabricadas.

TRÊS VISTAS


VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sukhoi_Superjet_100
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Sukhoi_Superjet_100
  • Sukhoi Corporation (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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